Cartórios gaúchos passam a validar documentos pela internet a partir desta sexta-feira

 Em meio a um aumento de 71% no Rio Grande do Sul na busca para a validação de documentos para viver e estudar no exterior ou então obter dupla cidadania, os Cartórios brasileiros lançam nesta sexta-feira (03.06), em cerimônia oficial no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Brasília (DF), o novo serviço de Apostilamento Eletrônico, que permitirá que cidadãos recebam de forma online certidões, diplomas escolares e documentos públicos nacionais validados para uso nem qualquer um dos 120 países signatários da Convenção da Apostila da Haia.

Dados do sistema e-Apostil, plataforma administrada pelo Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal (CNB/CF), entidade que reúne os Cartórios de Notas de todo o país, mostram que nos primeiros cinco meses de 2022 o número de documentos certificados para uso no exterior atingiu a marca de 50.246 validações no Rio Grande do Sul, superando em mais de 20 mil o número verificado em 2021, que totalizou 29.330 apostilamentos, com destaque aos meses de março e abril que registraram aumentos de mais 75%.

Com o lançamento do Apostilamento Eletrônico, o cidadão que enviar um documento para ser certificado em qualquer Cartório do Brasil poderá solicitar seu recebimento também de forma online, por email ou pelo celular, no qual constará um QR Code para que seja feita a verificação de autenticidade pela autoridade estrangeira.

“O serviço disponível também de forma eletrônica garante uma maior facilidade e acesso pelos usuários, com a mesma segurança jurídica do pedido presencial. O processo para a legalização de documentos brasileiros para uso no exterior diretamente em Cartório já havia tornado o serviço mais simples, rápido e menos burocrático, e migrar esse ato para o formato online mostra o quanto buscamos aprimorar nossos serviços em prol da sociedade”, destacou o presidente do CNB/RS, José Flávio Bueno Fischer.

O Apostilamento, realizado em Cartórios de todo o país, é utilizado para autenticar e permitir o reconhecimento mútuo de documentos brasileiros em outros 120 países. Entre os documentos mais comuns de serem apostilados estão as certidões de nascimento, casamento e óbito, as escrituras de divórcio, inventário, compra e venda e união estável, procurações, testamentos, diplomas, históricos e certificados escolares.

Crescimento similar ao registrado neste ano já havia sido verificado com o arrefecimento da pandemia no Rio Grande do Sul no segundo semestre de 2021, que registrou um aumento de 77,2% nas validações de documentos nos meses de junho a dezembro em comparação com o mesmo período de 2020 (59.607 x 33.638).

Convenção de Haia e Apostilamento digital

O Apostilamento visa dar agilidade e rapidez ao reconhecimento e autenticidade internacional de diferentes documentos nos países signatários da Convenção de Haia, firmado em 1965, na Holanda. Sob coordenação e regulamentação de aplicação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Convenção entrou em vigor no Brasil em 2016. Em junho de 2020 a base de dados do Apostilamento do CNJ foi migrada para o sistema gerido pelo Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal


Pernambucanas inaugura sua mais nova loja,desta vez em Caxias do Sul

 A Pernambucanas, marca varejista nacional pioneira em inovações, anuncia a inauguração da sua 14ª loja no estado do Rio Grande do Sul, no dia 3 de junho. Localizada em Caxias do Sul, a loja é a 11ª inaugurada pela varejista no Brasil somente em 2022. Com ela, a companhia totaliza 476 unidades e dá continuidade ao seu sólido plano de expansão, intensificando a capilaridade de produtos e serviços. A previsão é que mais de 50 lojas sejam abertas este ano no Brasil. 

 

A nova unidade possui 1.210 m² e gerou cerca de 24 empregos diretos e 120 indiretos. O espaço conta com o conhecido portfólio de produtos que vão desde vestuário feminino, masculino e infantil, itens de lar como cama, mesa e banho, além de eletroportáteis, telefonia e informática. A loja também reúne as demais categorias de produto como a linha esportiva, bijuterias e brinquedos, além do Espaço Beleza, área dedicada a produtos das marcas Jequiti e Multi B.  

 

Os clientes que visitarem a loja terão acesso a brindes e promoções especiais. Nos dias 3, 4 e 5 de junho terão 20% de desconto nas compras de vestuário, cama, mesa, banho, tapetes e cortinas, pagando com o Cartão Pernambucanas. No dia da inauguração, quem efetuar a compra de qualquer produto também ganha uma sacola exclusiva da Pernambucanas.

 

“Estamos comprometidos com nosso plano de expansão e em estarmos cada vez mais próximos de nossos clientes. Nossa nova loja está localizada em um ponto comercial bastante estratégico do centro de Caxias do Sul e tenho certeza de que será um grande sucesso, assim como as demais do estado”, conta Sergio Borriello, CEO da Pernambucanas.

 

A marca também disponibiliza em todas as suas unidades o sistema “Clique e Retire”, no qual os clientes compram pelo site ou aplicativo da marca e retiram na própria loja. Além disso, o cliente também tem à disposição a compra por WhatsApp, também com retirada na loja, em apenas 2 horas. 

 

Sobre a Pernambucanas

Há 114 anos, a Pernambucanas evolui junto com a família brasileira. Referência no varejo nacional, a companhia tem como marca registrada o pioneirismo e a contribuição para o progresso de diversas cidades do país. Conta com um time de estilistas que identificam as principais tendências mundiais da moda e oferece uma ampla variedade de produtos em moda, beleza, lar, eletroportáteis, telefonia e informática.  Está presente em mais de 310 cidades, em 14 estados e no Distrito Federal, com mais de 470 lojas e cerca de 16 mil colaboradores. Além do varejo, a companhia tem a sua fintech, a Pefisa, braço financeiro do grupo, responsável pelo desenvolvimento e gestão dos produtos como a Conta Digital Pernambucanas, PIX, Carteira Digital, cartões, empréstimo pessoal e seguros. Sempre se reinventando e acompanhando às necessidades de seus clientes, a Pernambucanas oferece uma inovadora plataforma digital de relacionamento em varejo e produtos financeiros, com aplicativos, compra online, tablet (concessão de crédito 100% digital em 7 minutos), emissão instantânea de cartão com chip, atendimento digital e Wi-Fi grátis em todas as lojas.

 

Pacientes que tiveram AVC têm resultados diferentes quando atendidos em hospitais privados e públicos

 Pacientes que tiveram AVC têm resultados diferentes quando atendidos em hospitais privados e públicos

Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento comparou os resultados de duas instituições que utilizam os mesmos protocolos de atendimento

 

Um estudo do Hospital Moinhos de Vento buscou comparar as medidas de resultados relatados por pacientes de dois centros de acidente vascular cerebral (AVC): o da instituição e do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, que usam os mesmos protocolos de atendimento ao AVC, mas que representam cenários de saúde distintos: privado e público. Resultados apontaram que apesar dos pacientes do hospital público serem mais jovens, tinham mais fatores de risco, com quase 27% tendo um AVC prévio em comparação com 16% no hospital privado, além de apresentarem AVCs mais graves.

 

O AVC é considerado um problema de saúde global, atingindo aproximadamente 12 milhões de pessoas a cada ano, sendo que cerca de 6,5 milhões vêm a óbito. Na América Latina, é a segunda causa de morte, correspondendo a 6,7% do total de falecimentos. No Brasil, por 30 anos, o AVC foi a principal causa de óbitos, mas a mortalidade vem diminuindo na última década no país.

 

Entre 2014 e 2015, 340 pacientes foram avaliados por 90 dias após o AVC, por meio do método PROMs, do International Consortium for Health Outcomes Measures (ICHOM), que elaborou medidas globais padrão para mensurar os desfechos que importam ao paciente. O resultado foi que pacientes atendidos em um centro público de AVC de boa qualidade, com o mesmo protocolo usado no hospital privado, eram mais jovens e apresentavam maior incapacidade de se comunicar, vestir-se, ir ao banheiro, alimentar-se e andar. Ambos os hospitais tiveram uma porcentagem semelhante de pacientes com AVCs isquêmicos tratados com trombólise intravenosa, que aumentam as chances de bons desfechos funcionais.

 

“Esses resultados podem estar associados, provavelmente, à menor prevenção nos pacientes do sistema público de saúde, o que faz com que os pacientes tenham AVC mais precocemente e mais graves, além de se apresentarem com fatores de risco descontrolados. Além disso, apesar de mais pacientes já terem tido um AVC prévio, eles não usam medidas preventivas para um novo AVC. A trombólise também mostrou que faz uma enorme diferença no desfecho, mas as diferenças basais de gravidade do paciente no SUS provavelmente são os fatores determinantes para uma pior evolução. Um sinal de alerta sobre a importância de estruturar os hospitais, mas também atuar fortemente na prevenção”, afirmou a chefe do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia do Hospital Moinhos de Vento, Dra. Sheila Martins.

Ela também ressalta que, apesar das equipes dos dois hospitais serem muito parecidas, o Hospital Moinhos de Vento acaba tendo resultados melhores com seus pacientes. “Eles conseguem caminhar sozinhos mais frequentemente, comunicar-se melhor e ter mais qualidade de vida”, destacou.

A médica coordenou o estudo e a produção do artigo que foi publicado recentemente no periódico Frontiers in Neurology, intitulado “Disparidade na medição de desfechos relatados por pacientes com AVC entre sistemas de saúde no Brasil”. O CEO do Hospital Moinhos de Vento, Mohamed Parrini, e o superintendente médico, Dr. Luiz Antônio Nasi, também assinam a publicação.


Realidade brasileira

No Brasil, apenas 25% da população possui plano de saúde privado. Além disso, as diferentes regiões do país apresentam disparidades no acesso à saúde entre os sistemas público e privado. 

 

A gerente-médica do Hospital Moinhos de Vento e responsável pelo Escritório de Gestão da Prática Clínica na instituição, Dra. Juçara Gasparetto Maccari, destacou que o acompanhamento pós-alta dá a oportunidade de monitorar o desfecho clínico a longo prazo, especialmente em relação à qualidade de vida dos pacientes. 

"O uso de uma ferramenta padronizada de avaliação após a alta nos permite ter melhores medidas de desfechos clínicos, avaliar processos e adequar condutas médicas. Assim, agregamos valor, conhecendo o que realmente importa para o paciente e trabalhando para diminuir a morbimortalidade causada pelo AVC", afirmou.

Confira o artigo completo neste link.


Instituto de Pesquisa Moinhos


Inaugurada em  dia 7 de janeiro de 2021, a nova unidade teve um investimento de R$ 1 milhão e abriga o Centro de Pesquisa Clínica (com consultórios, sala de infusão e farmácia, áreas de apoio e um amplo espaço para os profissionais conduzirem seus estudos) e os Grupos de Pesquisa (os quais hoje envolvem Cardiologia, Neurologia, Oncologia, Terapia Intensiva e Desfechos Clínicos). Os espaços seguem padrões internacionais de qualidade para pesquisa científica, com uma estrutura completa e profissionais capacitados, o Instituto de Pesquisa Moinhos registrou crescimento além do projetado em 2021. Sobretudo devido às demandas da pandemia de COVID-19, que reforçou a importância dos estudos clínicos, o Hospital aumentou em mais de 400% a receita bruta na área.


Cuidar de pessoas, integrando saúde, pesquisa e educação, é o propósito do Hospital Moinhos de Vento e poder contribuir nesta construção é muito importante, conforme o oncologista e pesquisador Dr. Pedro Henrique Isaacsson Velho, Chefe do Instituto de Pesquisa Moinhos. “Em dois anos, quase 140 projetos de pesquisa foram desenvolvidos em nossa instituição, o que gerou um benefício direto a praticamente seis mil pessoas. Sabemos da importância de nosso trabalho em prol de nossa sociedade, uma vez que conseguimos oferecer tratamentos promissores para os nossos pacientes simultaneamente aos pacientes que estão nas melhores instituições hospitalares fora do Brasil”,  afirma.



Artigo, Jurandir Soares, Correio do Povo - Colômbia entre dois caminhos

 Artigo, Jurandir Soares, Correio do Povo - Colômbia entre dois caminhos

A extrema-esquerda nunca governou a Colômbia. No entanto, em função do resultado do primeiro turno das eleições, realizado domingo passado, esta possibilidade se tornou viável. Afinal, o candidato da extrema-esquerda Gustavo Petro chegou em primeiro lugar com 40,1% dos votos. Lembrando que Petro é ex-integrante do grupo guerrilheiro M-19, o qual praticou um dos maiores atentados ocorridos na Colômbia, com o ataque ao Palácio da Justiça, que resultou na morte de 89 pessoas. Talvez este histórico de Petro tenha sido um dos fatores a impulsionar a candidatura do outsider Rodolfo Hernández, ex-prefeito de Bucaramanga. Este vinha correndo por fora e durante muito tempo não passou de 10% nas pesquisas de intenção de voto. Na semana da eleição, entretanto, apareceu com 20%, e ao final do pleito chegou a 27,9%, superando o candidato da direita, o ex-prefeito de Medellín, Federico Gutierrez. Na pesquisa desta última quinta-feira já apareceu em empate técnico, mas levemente à frente: 41% contra 39%.


Lógico que o que faz Hernández crescer é o temor de liberais e de conservadores de ter um ex-guerrilheiro na presidência. Muito embora a Colômbia esteja em processo de reinserção na sociedade dos integrantes da guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, as Farc. O combate à guerrilha, que somou-se ao do narcotráfico e às milícias, resultou na morte de cerca de 600 mil pessoas em um período de 50 anos. Foram 7 milhões de pessoas deslocadas de seus lugares de origem. Em meio a isto, proliferaram os cartéis do narcotráfico como o de Cali e, o mais famoso deles, o de Medellín, sob a liderança de Pablo Escobar. Depois de muita luta e com o apoio do governo dos Estados Unidos, o país conseguiu exterminá-los. Hoje Medellín é uma cidade tranquila, e as comunidades antes dominadas pelo narcotráfico vivem em paz, com o desenvolvimento de múltiplas atividades comunitárias e de turismo. A Villa 13, por exemplo, onde Escobar tinha sua base, é um ponto de atração turística.


Ainda não há uma paz total, porque dissidentes das Farc seguem na guerrilha, assim como integrantes de outra organização, ELN (Exército de Libertação Nacional), que ainda não assinou um acordo de paz. Porém esta nova situação já permitiu a pessoas, que antes não tinham condições de participar do processo eleitoral, por estarem em zonas isoladas pelos conflitos, se candidatarem às eleições. A expressão maior disso está no fato de os dois candidatos que passaram para o segundo turno terem na chapa, como vice, mulheres negras. A parceira de Petro é Francia Márquez, uma advogada e ativista ambiental de 40 anos. A companheira de chapa de Hernández é Marelen Castillo Torres, 53, pedagoga. São duas figuras que fogem do padrão da elite que até hoje tem governado o país. Enfim, o segundo turno é que definirá se o país vai passar para um governo de extrema-esquerda, cujo candidato tem ligação próxima com Nicolás Maduro, da Venezuela, ou se vai ficar com um populista de direita, engenheiro que fez fortuna no ramo da construção e que é visto como o “Donald Trump” da Colômbia.