O maior programa de concessões do mundo será alvo das atenções de investidores globais com pelo menos US$ 2 trilhões em ativos, com atuação em mais de 50 países, durante toda esta semana. Entre esta segunda-feira (9) e a próxima sexta-feira (13), a delegação brasileira liderada pelo ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio apresentará o portfólio que, somente para 2022, tem previsão de conceder 44 ativos e garantir R$ 110 bilhões em investimentos privados.
Por meio de reuniões individuais e de conferências com diversos representantes do setor, a delegação brasileira vai se reunir com cerca de 30 grupos diferentes. Entre os interlocutores estão os fundos de investimentos Macquire (AUS), Artisan Partner (FRA), Mubadala (Emirados Árabes Unidos), a gestora de ativos Jennison Associates (EUA) e a gestora Pátria, que atua na América Latina. Instituições bancárias de atuação mundial e corretoras de valores como UBS, Itaú BBA, Bank of Amercia, XP Investimentos também integram a extensa lista de investidores.
Neste período, a delegação brasileira estará engajada em dialogar com os parceiros para entender quais são os desafios para investir no Brasil e buscar soluções para tentar superá-los. Além disso, responder questionamentos de empresas interessadas a investir no Brasil em projetos como a sétima rodada de aeroportos, as próximas desestatizações portuárias e de sistemas rodoviários.Continua depois da publicidade
Encontros
Abrindo o primeiro dia de tratativas, Sampaio se reúne com o fundo soberano de Cingapura GIC, com a gestora de fundos nova-iorquina Global Infrastructure Partners (GIP), grandes investidores de mercado, e com a gestora de ativos BTG Pactual. De acordo com a equipe, há um aceno dos investidores no leilão das rodovias do Paraná, com mais de R$ 44 bilhões em investimentos previstos.
A desestatização do Porto de Santos também está entre os maiores destaques da carteira de projetos. Com previsão de investimentos na faixa dos R$ 16 bilhões durante a duração do contrato, o projeto deve atrair multinacionais do setor de logística e gestores de fundos de olho do setor portuário. Outros buscam oportunidades em ativos que sigam os preceitos ESG – sigla em inglês para ambiental, social e governança, pelo entendimento de que os padrões de sustentabilidade têm direcionado os fluxos financeiros – diretriz prioritária para todos os projetos do MInfra.Continua depois da publicidade