Artigo, Marcelo Aiquel - Quem tem medo de Jair Bolsonaro ?


        Independente de eu ter “plagiado” (foi apenas um trecho, porém essencial para a compreensão do recado) o título da obra do dramaturgo americano Edward Albee (Quem tem medo de Virgínia Woolf?), que serviu de base para o famoso filme estrelado por Richard Burton e Elisabeth Taylor, está mais do que na hora de comentar sobre a candidatura de Bolsonaro e sua concorrência.
         E, cabe a pergunta: Quem tem medo de Jair Bolsonaro?
         A resposta é fácil: Todos os dependentes do PT; aqueles que querem (mesmo inconscientemente) o comunismo “venezuelano” no Brasil; e alguns “reacionários” que ainda acreditam nesta mídia dissimulada. Sem contar os “moderninhos” de plantão.
         Tá certo que virou “modismo” criticar o Capitão, mesmo aqueles “liberais” que acham que o brilhante Paulo Guedes, não vai suportar o tranco.
         Ah, eles realmente não conhecem o mestre...
         Antecipei este artigo (era pra ser publicado só na semana da eleição), preocupado com muitas pessoas queridas que ainda estão indecisas e também para aqueles que acreditam na “ladainha” de que o capitão, eleito, não terá respaldo para governar.
         Ora, caros amigos, sem comprar apoio, nenhum candidato (eu repito, nenhum candidato) conseguirá governar, a não ser na “marra”.
         E quem é o único postulante á presidência que pode “meter o pé na porta”?  E, ainda por cima, se garantir! A resposta é de uma obviedade ululante.
         Ok. Mas também se fala muito em mudar o Brasil.
         Porém, se nem no futebol funciona mais, o “mudando sem mudar”, o que dirá na política brasileira, tão malandramente cheia de lobos.
         Querem realmente mudar?
         Não há de ser votando no Alkmin (o representante do Centrão, ou o “ajuntamento” de quem – há anos – enterra o país, não – sem antes – “posar” de viúva arrependida), cujo discurso nada mais é do que um “replay” das campanhas anteriores; ou nos candidatos da esquerda (o símbolo do velho discurso; da “mesmice”). Muito menos jogando votos fora naqueles sem chance alguma (um voto nitidamente irresponsável, jamais de protesto).
         Ah, quer protestar? Mostrar descontentamento? Pois o faça apostando em um candidato viável, jamais num sonho. A eleição não é uma brincadeira, onde você brinca de apostar e, se errar, leva um país inteiro ladeira abaixo. E depois, irresponsavelmente, “lava as mãos”.
         Que falta de criatividade!
         Pôncio Pilatos já fez isso há mais de 2 mil anos...
         Você também já parou para pensar que só sem o roubo do dinheiro público, metade do caminho para a recuperação dos sistemas de educação, saúde, e segurança, estará sendo tomado?
         Pois, de todos os candidatos, quem é o único sobre quem não há acusações de desvio de dinheiro?
         Isto ainda não basta? Não, é claro!
         Eis que o Bolsonaro é também acusado de ser homofóbico, racista, misógino, machista e radical.
         Alguém – de sã consciência – já testemunhou alguma real atitude dele, em algum destes sentidos (e não, tirada de um contexto maior)? Ou somente “ouviu dizer”, através da imprensa? Que aumenta cada ato do candidato, de modo desproporcional.
         Uma imprensa tão isenta ao ponto de preparar armadilhas contra este mesmo candidato? E que não tem dado certo!
         Seja responsável! Ajude realmente a mudar o cenário. E mude mesmo!
         Porque, depois, não adiantará ficar reclamando no bar ou na internet.
         A hora é agora! Faça a sua parte com responsabilidade cívica.
         O futuro do Brasil merece este seu “sacrifício”...

         UM PAÍS QUE “SE ASSUSTA” COM A CANDIDATURA DE UM MILITAR, MAS “ACHA NORMAL” A DE UM PRESIDIÁRIO CONDENADO (E DE SEUS APOIADORES), NÃO PODE SER LEVADO A SÉRIO!

        Você quer ver o LULA livre? 
         Ah, não quer?
         Mesmo?
         Então vote no 17# Bolsonaro.

         Marcelo Aiquel – advogado (16/setembro/2018)

Artigo, Denis Rosenfield, Estadão - O PT e o PCC


      O PCC está fazendo escola. Estabeleceu uma forma de organização presidida por criminosos em presídios que dão ordens a todos os seus membros. Comandam, da carceragem, toda uma série de operações que são executadas por comparsas que agem enquanto homens livres. O seu raio de ação abarca o território nacional, graças a uma hierarquia claramente estabelecida, estendendo os seus braços, inclusive, para o exterior, como é o caso do comércio de armas e do narcotráfico. Presidente é presidente, independentemente de ser presidiário. Chefe é chefe e, enquanto tal, deve ser obedecido.
      Seria de se esperar que este modelo de atuação, além de ser devidamente combatido, deveria ficar restrito à sua esfera específica de influência. Evidentemente, a segurança do país disto depende. Ora, este modelo, para surpresa geral, foi imitado pelo PT e, em particular, por seu chefe, que segue, do ponto de vista formal, os mesmos moldes de operação.
      O que menos se poderia esperar é que a política seguisse o modelo de uma organização criminosa. A política, em sua inspiração ateniense, seria um modo público de congregação pública através da razão, e não o apêndice de um partido que chama para si toda uma hegemonia através da ação de um presidiário. Presidiário condenado em todas as instâncias legais e constitucionais do país, tendo exercido o seu livre direito de defesa e sustentando publicamente suas posições graças, em boa medida, a uma mídia e a jornais complacentes.
      O Ex-presidente Lula, condenado, está cumprindo pena. Goza, porém, de condições carcerárias não autorizadas para outros cidadãos. Trata-se de um criminoso especial. Costuma falar da igualdade de todos os brasileiros, mas não aceita, de modo nenhum, ser considerado um igual. Acima de todos os cidadãos e acima, inclusive, das leis de seu próprio país.  A sua cela tornou-se um centro de comando, com a anuência das autoridades públicas que deveriam ter exercido um controle sobre esta falta de limites morais e jurídicos. Recebe partidários mascarados de advogados, com os quais discute a estratégia partidária a ser seguida. De lá emanam ordens que vão ser, depois, seguidas pelo partido. Ao contrário do PCC que guarda o sigilo, Lula e o PT fazem isto à luz do dia.
      Não deixa, contudo, de causar espanto o fato de o PT prestar-se a tal serviço. Historicamente, o partido apresentou-se, em um passado que parece agora remoto, como o partido da ética na política. Dizia aceitar os valores da democracia representativa e transmitia a imagem de uma nova vida partidária, encarregada de regenerar o país. Muitos caíram nesse encantamento e chegaram, inclusive, a ser considerados como parceiros socialdemocratas dos tucanos, apesar de relutarem em aceitar tal denominação.
      A queda foi vertiginosa, tornando-se a corrupção e o desvio dos recursos públicos um meio de governar e de fazer avançar um projeto próprio de Poder, à revelia dos mesmos valores e princípios que outrora dissera defender. A questão, aliás, que deveria ser colocada por aqueles que permanecem aderindo a esses valores e princípios reside em como obedecer ordens de uma organização partidária que segue o modelo do crime. Ou o PT enfrenta seriamente esta questão ou estará programaticamente e moralmente perdido.
      Ocorre que a corrente majoritária no partido adotou o modelo de atuação do PCC. Ordens de comando de dentro da carceragem são transmitidas para fora e obedecidas. A narrativa ainda mantém o ranço das posições socialistas/comunistas em sua nova roupagem do “nós” contra “eles”, dos “ricos” contra os “pobres”, dos “progressistas” contra os “conservadores”. Só uma academia cega ideologicamente consegue aceitar e propagar tais disparates, além dos propriamente incultos por falta de informação e formação.
      A narrativa politicamente correta é a que ampara as ações internacionais desta organização. Criminosos comuns fazem isto pelo contrabando, pela violência e pela completa ilegalidade. Essa esquerda o faz via uma transmissão ideológica amparada por uma suposta defesa dos direitos humanos, sustentada por acadêmicos que comungam da mesma confissão e fanatismo. O artifício não deixa de ser eficaz, embora não perca a sua perfídia.
      A operação internacional foi feita a partir de uma atuação junto a uma “Comissão de Direitos Humanos”, cujas recomendações não são vinculantes e, sobretudo, não se sobrepõem ao ordenamento jurídico do país. Ora, utilizando-se de seus contatos ideológicos, o PT conseguiu que dois ditos peritos desta “Comissão” de 18 membros, declarassem Lula como usufruindo de direitos políticos para disputar eleições, quando isto está expressamente vedado pela Lei da Ficha Limpa pelo mesmo Lula promulgada quando presidente. Seria hilário, não fosse dramaticamente real.
      Imaginem se a moda pega nesta “Comissão” e no “Conselho dos Direitos Humanos” da mesma ONU. Aliás, este último é constituído por países que são costumeiros na violação dos verdadeiros direitos humanos, como integridade física das pessoas, violência generalizada, desigualdade entre homens e mulheres, ausência de liberdade de imprensa e de expressão e assim por diante. Junta-se assim uma maioria de países que não comunga de nenhum valor de liberdade e de democracia, que imporia ao Brasil uma “decisão” tomada por um grupo de esquerdistas deste naipe, alguns francamente religiosos.
Compartilhando das posições de um editorial deste mesmo jornal, de boa hora o General Villas Boas, Comandante do Exército, insurgiu-se contra tal postura, afirmando que a soberania nacional não é negociável, nem pode estar subordinada a nenhuma organização externa, muito menos a de um grupo de esquerdistas que procura minar internamente o Estado Democrático de Direito. Cumpriu com sua missão constitucional, expondo com clareza os perigos que assolam nosso país. Mais vale um alerta lúcido do que as consequências nefastas de uma renúncia à soberania