No dia 8 de novembro de 2024, a 70ª Feira do Livro de Porto Alegre será palco do lançamento do livro “Joana Virou Estrelinha”, do autor Mário Bertani, A obra, carregada de emoção e de reflexão, é uma homenagem póstuma à sua filha Joana, que faleceu aos 5 anos de idade, em um acidente na piscina, no dia 12 de novembro de 2005.
A motivação para a escrita surgiu após Bertani compartilhar uma publicação em seu perfil no Facebook sobre a perda da filha, em 2006. Ele recebeu uma mensagem de um homem agradecendo, pois sua esposa, que enfrentava depressão, encontrou consolo e conseguiu se curar após ler o relato. Segundo Bertani, todos que tiveram acesso a esta postagem se emocionaram.
Neste ano, impulsionado pelo “desespero” de alguns amigos que também perderam seus filhos em diversas circunstâncias, Mário Bertani começou a escrever a história de sua filha. Seu objetivo foi transmitir uma mensagem de consolo a esses pais, incentivando-os a mudar sua perspectiva: “ao invés de focar na perda, é importante valorizar a oportunidade que tiveram com seus filhos”.
Joana nasceu com Síndrome de Down e enfrentou desafios desde o nascimento. No início do livro, ele narra o difícil parto em que, tanto a mãe quanto a filha, enfrentaram, inclusive com riscos à vida. Após um período na UTI, Joana cresceu cercada pelo amor da família e recebeu todo o suporte médico e terapêutico necessário.
A narrativa é entremeada por momentos de alegria e dor. Bertani compartilha memórias da infância da filha e as tentativas de buscar tratamentos na Europa, sempre movido pela esperança e pelo amor incondicional.
O relato ganha contornos ainda mais profundos ao descrever o dia da partida de Joana. Enquanto se dirigia a um jogo de futebol com seu filho João Pedro, Bertani recebeu a trágica notícia da morte da filha. A obra também revela sinais premonitórios da menina, que expressou à avó sua intenção de “ir para o céu” e se despediu da escola levando para casa todo o seu material escolar, justo no dia do acidente fatal.
“Joana Virou uma Estrelinha” não é apenas um relato sobre perda; é uma celebração da vida e do amor que transcende a dor”, relata o autor. Segundo ele, a obra promete tocar o coração dos leitores e provocar reflexões sobre a importância dos laços familiares. Trata-se, segundo Bertani, de uma oportunidade para aqueles que desejam compreender melhor as nuances da paternidade e do luto. O autor oferece não apenas um relato sobre perda, mas também uma reflexão sobre a fragilidade da vida e a força do amor paternal.
Prefácio de Odacir Klein e depoimento de Pedro Simon, que estarão presentes