‘Proprietário real do sítio de Atibaia’
Outubro de 2015. O caseiro Maradona manda notícias via
email: “Boa tarde morreu mais 1 pintinho essa noite e caiu 2 gambá (sic) nas
armadilhas”. Lula leu e sorriu: pegamos os bichos fedidos.
Mal imaginava o ex-presidente que, pouco tempo depois, a
Operação Lava Jato também o pegaria seguindo o fétido cheiro da malandragem.
Mensagens eletrônicas, objetos pessoais e fotografias,
documentos e depoimentos provam à farta que Lula, proprietário real do sítio de
Atibaia, ali fazia seu esconderijo.
Ao depor nesta quarta (14) para a juíza Gabriela Hardt,
Lula dirá, como sempre, que não sabia de nada. Que lá no sítio de Atibaia ia de
vez em quando convidado para tomar uns tragos, fumar 1 charuto, jogar conversa
fora, essas besteiras.
Talvez nem se lembre daqueles pobres gambás.
Lula é a maior decepção da política brasileira, campeão
mundial da desilusão de 1 povo sofrido.
Chefe da mais perigosa quadrilha que assaltou os cofres
públicos da nação, ficará frente a frente com a Justiça e, com seu jeito
peculiar, fará cara de perseguido, fingindo ser como os ingênuos pintinhos que
criava no sítio de Atibaia.
Como pode ter Lula enganado a tantos e por tanto tempo? A
dúvida me remeteu à releitura do livro “O que sei de Lula”, de autoria de José
Nêumanne Pinto.
Lançado em 2011, logo após a eleição de Dilma Rousseff, a
obra, recebida com certo temor por afrontar o poder central da República,
passou a ser obrigatória. Seu autor, 1 visionário.
Baseado em fatos, por ele presenciados, Nêumanne desnuda
a má índole de Lula, já notada, mas sempre dissimulada, desde as lutas
operárias de São Bernardo do Campo.
Pelas palavras de Mário Chamie, ao evidenciar no prefácio
a lucidez de o jornalista mostrar que “Lula, sobrepondo a tudo suas ambições
pessoais, não vê limites éticos em manipular a boa-fé do povo que o cultua
fervorosamente, na dócil embriaguez de sua ingenuidade e de sua inadvertida
inocência”.
Lendo novamente agora sua escrita, estando Lula na
cadeia, e prestes a sofrer sua segunda condenação, percebe-se claramente o
certeiro vaticínio de Nêumanne: Lula
nunca prestou, sempre foi 1 ilusionista da esquerda, 1 rei da esperteza
política, que tomava cachaça com os operários e depois jantava com os patrões.
Era o que Nêumanne tentava dizer, quase gritando.
Mas a opinião pública, influenciada pelos bajuladores do
petismo, incluindo os empresários aproveitadores das falcatruas, sempre relevou
quem ousasse dizer verdades sobre o operário malandro.
Lula, a encarnação do povo, era 1 “semideus”. Até cair
nas mãos do impoluto Sérgio Moro.
Nós não sabemos o que foi feito dos 2 gambás presos na
armadilha do caseiro Maradona.
Sobre a história de Lula, porém, já conhecemos quase
tudo. O capítulo deste seu novo depoimento judicial apenas comprovará: Lula é 1
traidor da nossa democracia. Deverá mofar na prisão.