Este industrial gaúcho diz que números sobre negócios fechados na Expointer são mentirosos

O jornalista Rogério Mendelsky leu no seu programa matinal da Rádio Guaíba, nota do dono da Stara, Gilson Trenepoll, que confirma as dúvidas que o editor colocu ontem neste blog, tudo a respeito do verdadeiro tamanho do volume de negócios frechado na 47a. Expointer.

Ele duvida igualment e do que foi anunciado (negócios de R$ 8,1 bilhões).

Sobre isto, vale a pena ler, também, opinião do ex-deputado Jerônimo Goergen a respeito dos desvios de objetivos que ocorrem em feiras do agro.

A opinião do empresário Gilson Trenepoll sobre a venda de máquinas agrícolas na última Expointer. Gilson o, que é sócio majoritário da Stara Máquinas Agrícolas, com sede em Não-Me-Toque é de que “o PIB do RS de máquinas não chega a 10 bilhões por ano e alguém tem o disparate de querer enganar a todos nós como se fôssemos uns bocós, dizendo que o setor de máquinas vendeu 7 bi?".

O industrial avisa

-  Com todo o respeito vão mentir assim lá na Venezuela.

Explica GTilson Trenepoil, sem meias palavrasa

- Somos – a Stara -a maior empresa de máquinas agrícolas do RS e temos vendido e intenções de compra menos de 30 milhões. Chega de palhaçada. Simples assim. Gostaria de saber como foi composta a base desse número absurdo da Expointer. Temos que ser otimistas sim, mas temos que ter responsabilidade  em divulgar um resultado que nunca existiu só para dar manchete. Tenho apreço e consideração ao presidente do Simergs e agora da Fiergs, Claudio Bier, ma

Análise: A Importância de Reavaliar o Papel das Feiras Agropecuárias no Brasil, por Jeronimo Goergen

As feiras agropecuárias são eventos tradicionais e importantes para o setor rural brasileiro, representando momentos de encontro, troca de conhecimento, exposição de tecnologias e, principalmente, de negócios. No entanto, é preciso refletir sobre a maneira como esses eventos estão sendo avaliados e o impacto que isso pode ter sobre os produtores, especialmente em momentos críticos como o que os gaúchos enfrentam atualmente devido aos efeitos climáticos adversos.


A métrica predominante utilizada para avaliar o sucesso de uma feira agropecuária é o volume de negócios realizados durante o evento. A cada edição, ouvimos notícias sobre o crescimento nos números de vendas e sobre a movimentação financeira expressiva que as feiras proporcionam. Contudo, considero essa abordagem equivocada, pois muitas vezes os negócios anunciados são, na verdade, acordos artificiais, feitos apenas para inflar os números apresentados ao público e às autoridades.


Esse tipo de prática tem consequências negativas para os produtores rurais. Quando precisamos discutir com o governo a necessidade de apoio e de políticas públicas mais eficazes, como agora, quando os agricultores do Rio Grande do Sul enfrentam perdas significativas devido a cheias e secas, os números "inflados" das feiras são utilizados contra nós. O governo, ao ver esses números de vendas expressivos, pode argumentar que "está tudo bem" e que não há necessidade de maiores intervenções ou apoio financeiro. Essa fals sa percepção de prosperidade pode minar nossos esforços para obter ajuda em momentos de verdadeira necessidade.


É preciso compreender que o sucesso de uma feira agropecuária não deve ser medido apenas pelo volume de vendas ou pelo impacto econômico imediato, mas pelo seu valor como um espaço de fortalecimento do setor, de fomento ao conhecimento e de promoção de novas tecnologias que realmente auxiliem o produtor no campo. A Expointer, uma das maiores feiras do setor no Brasil, poderia liderar esse movimento de mudança. Poderia inaugurar uma nova fase em que o foco principal não seja apenas os números, mas sim o valor intrínseco do evento para os produtores, para o agronegócio como um todo e para a sociedade.


A realidade dos nossos agricultores é dura, marcada por desafios climáticos, econômicos e sociais. Precisamos de feiras que, além de oferecer um espaço para negócios, sirvam como plataformas para a construção de políticas públicas mais justas e que reflitam a realidade do campo. Precisamos de um debate honesto sobre o impacto real desses eventos para o agronegócio e, principalmente, para os produtores que estão na ponta, enfrentando adversidades todos os dias.


Ao mudar o foco das feiras agropecuárias, poderemos construir um setor mais forte, mais unido e mais consciente de suas reais necessidades e desafios. A Expointer, como um dos maiores e mais importantes eventos do setor, tem a oportunidade de ser pioneira nesse movimento, promovendo uma visão mais realista e transparente sobre a situação do agronegócio brasileiro.


Jeronimo Goergen  

Presidente da Acebra

Novas revelações sobre ordens secretas de Moraes

 A rede social X (antigo Twitter), controlada pelo bilionário Elon Musk, divulgou nesta terça-feira, uma nova decisão sigilosa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com ordens de remoção de perfis. A plataforma acusou o magistrado de violar a liberdade de expressão dos usuários e se queixou do fato de não ter tido acesso à integra da fundamentação jurídica que embasou os despachos.

“A determinação encaminhada não foi acompanhada de uma decisão judicial proferida de maneira fundamentada. Tal circunstância viola o art. 5º, LV, da Constituição Federal, que garante aos jurisdicionados o devido processo legal e, consequentemente, o direito ao recurso. Desta forma, o X não sabe sequer a razão pela qual as contas foram bloqueadas, prejudicando sobremaneira o direito ao recurso”, afirmou a rede social X por meio do perfil Alexandre Files, criado para divulgar decisões sigilosas de Moraes após a decisão de bloquear o acesso da rede social no País.

Nos casos divulgados pela rede social nesta terça-feira, os atingidos pela decisão de Moraes são o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), o senador Alan Rick (União Brasil-AC), o influenciador Monark e outras personalidadesde oposição. Somente as pessoas que tiveram as redes removidas por decisão judicial têm acesso à argumentação d

Musk e os canais oficiais do X revelam que Moraes os impede de acessar a fundamentação jurídica das decisões durante o chamado “Twitter Files”, quando a comissão de Judiciário da Câmara dos Estados Unidos divulgou dezenas de ordens do STF e do Tribunal Super Eleitoral (TST) - enviadas ao X - de remoção de perfis e conteúdos.