Projeto do vereador Coronel Ustra propõe patrulhamento diário e reforço na segurança de Porto Alegre

Porto Alegre poderá ganhar um reforço de peso na segurança pública: 

patrulhamento diário com agentes identificados, atuação estratégica e o uso de 

policiais e militares da reserva. O projeto "Segurança Presente", protocolado na 

Câmara Municipal pelo vereador Coronel Ustra, se inspira em um modelo de 

sucesso do Estado do Rio de Janeiro e pode reduzir significativamente a 

criminalidade na capital gaúcha. 

A proposta prevê patrulhamento diário das 6h às 22h, com agentes capacitados 

atuando em áreas estratégicas da cidade. O projeto também conta com viaturas, 

motocicletas, bicicletas e vans, garantindo agilidade no atendimento à população. 

Além disso, será disponibilizado um canal sigiloso de denúncias, permitindo que os 

cidadãos ajudem no combate ao crime sem medo de represálias. 

Um dos grandes diferenciais do Segurança Presente é o aproveitamento de policiais 

e militares da reserva, que poderão atuar tanto em funções administrativas quanto 

operacionais. Essa medida permitirá aumentar o efetivo sem gerar sobrecarga à 

tropa ativa, trazendo mais experiência para o policiamento preventivo. 

"A população está cansada de promessas vazias e insegurança. Precisamos 

de ação concreta, e o 'Segurança Presente' vai garantir que as ruas sejam 

devolvidas aos cidadãos de bem. Segurança pública se faz com planejamento, 

estratégia e presença policial efetiva", destaca Coronel Ustra. 

O Segurança Presente faz parte de um projeto maior: a Frente Parlamentar dos 

Veteranos e Oficiais R2, lançada pelo vereador para fortalecer as ações legislativas 

voltadas à segurança pública em Porto Alegre. A iniciativa busca estruturar políticas 

eficazes e garantir que a segurança seja prioridade. 

Com 28 anos de serviço no Exército Brasileiro e experiência no Gabinete de 

Segurança Institucional da Presidência da República, onde atuou como Chefe de 

Segurança do presidente Jair Bolsonaro, Coronel Ustra reforça que sua trajetória na 

segurança pública embasa essa iniciativa. 

"Sabemos o que funciona e o que precisa ser feito. Esse projeto tem o 

potencial de transformar Porto Alegre e devolver a segurança aos cidadãos", 

afirma. 

O projeto já foi protocolado e segue para análise na Câmara Municipal. Com a 

aprovação, Porto Alegre dará um passo essencial para garantir ruas mais seguras e 

um combate mais efetivo à criminalidade.

Jornal Valor de hoje, dia 5 de fevereiro - Entenda os impactos para o Brasil da guerra comercial iniciada por Trump

 Os reflexos das tarifas que o americano Donald Trump impôs a China, Canadá e México - e as respectivas retaliações - podem afetar fluxos comerciais do Brasil, mas não de imediato, dizem economistas. Eles estão mais preocupados com os desdobramentos da guerra tarifária que incluem inflação alta com atividade fraca nos EUA e juro americano elevado, além de dólar forte globalmente, tudo isso em um contexto em que o Banco Central do Brasil também tenta controlar os níveis dos preços por aqui.


“O conjunto agressivo de aumento de tarifa nos EUA faz com que a economia americana entre em cenário de possível estagflação”, diz Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados. O impacto disso, diz, tende a ser mundial. Se, além do “ataque tarifário” de Trump, o mundo retaliar, o PIB dos EUA poderia cair mais de 1 ponto percentual, estima Vale. “Claro que Trump ainda pode reverter sua política, mas os sinais são de que ele vai aprofundar nos erros que tentou no primeiro mandato. Paga o mundo com menos crescimento e/ou recessão”, afirma.


No caso brasileiro, continua, como há também o impacto negativo via depreciação do câmbio, o cenário pode ser ainda mais complicado, pois uma desaceleração da atividade já está contratada este ano pelos juros. “O movimento americano só piora esse quadro e arrasta a gente para um cenário mais adverso, com potencial estagflacionário aqui também”, diz.


A disputa tarifária encabeçada por Trump está escalando rápido, observa Nicola Tingas, economista-chefe da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), a partir, por exemplo, das respostas de autoridades do Canadá.


“A questão de fluxo de comércio para o Brasil é algo que não tem efeito grande imediato, porque vai depender do que vai acontecer, nos próximos meses, nessa escalada da guerra comercial e como cada país vai se ajustar. O efeito, realmente, é para as economias mais ligadas à disputa com Trump. Países que mantêm um certo equilíbrio com os EUA, como o Brasil, podem ter consequência direta desse processo, mas eu vejo isso numa escala de tempo”, afirma.


O Brasil, no entanto, é “totalmente afetado pelo juro americano e pela força do dólar”, diz Tingas. “A situação é complexa porque tem vetores de força de mercado para os dois lados. O melhor que o Brasil tem a fazer é tentar cuidar da própria casa para se fortalecer numa eventual conjuntura muito mais negativa.”


No governo, a reação foi de cautela e expectativa quanto à conversa que o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, terá com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick. A conversa, por telefone, estava prevista para acontecer na sexta-feira (28), mas não ocorreu e ainda não há data definida. O Valor apurou, no entanto, que a ligação pode acontecer mais provavelmente a partir da semana que vem.


Exportadores brasileiros também estão de olho na ordem executiva assinada pelos EUA no sábado para abrir uma investigação que pode levar à elevação de tarifas sobre produtos de madeira, incluindo a serrada e derivados, como móveis. A preocupação alegada é a segurança nacional, assim como no anúncio de tarifas universais sobre aço e alumínio, lembra Livio Ribeiro, sócio da BRCG e pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre). “Os argumentos são que tem muita oferta doméstica e a importação estaria tirando espaço disso.”


Embora esses itens não estejam no “top 10” das exportações brasileiras, os EUA, junto à Europa, são um dos principais destinos para a indústria de móveis e madeira do país, e as implicações de eventuais medidas podem ser substanciais, segundo Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior do Brasil e advogado do BPP Advogados. “Pode levar a tarifas adicionais ou cotas”, diz. “Dependendo da conclusão, as tarifas podem dificultar a competitividade dos produtos brasileiros no mercado dos EUA.”


A investigação tem até 270 dias para ser concluída. “Dado o movimento mais agressivo de Trump, é provável que esse aumento aconteça”, diz Vale, acrescentando que “não será tão simples” mudar de comprador com o mundo e o Brasil crescendo menos. (Com Lu Aiko e Fabio Murakawa, de Brasília)

Oposição denuncia negócio multimilionário com OIE e aciona TCU por supostas irregularidades

Além de contrato sem licitação de quase R$ 500 milhões para a realização da COP30, chama atenção a doação de R$ 98 milhões para a entidade


O líder da Oposição na Câmara, deputado federal Zucco (PL-RS), protocolou 

representação junto ao  Tribunal de Contas da União (TCU), solicitando a suspensão cautelar de um contrato milionário entre o governo federal e a Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI). A denúncia aponta indícios de irregularidades na gestão dos recursos públicos e possíveis conflitos de interesse.


O governo federal assinou, em dezembro de 2024, um Acordo de Cooperação Internacional com a OEI no valor de R$ 478,3 milhões para a organização da COP30, que ocorrerá em novembro de 2025, em Belém (PA).


O contrato foi firmado sem licitação, o que levanta questionamentos sobre sua transparência e necessidade.


O atual secretário executivo do Ministério da Educação, Leonardo Barchini, teria desempenhado um papel-chave na concessão de verbas à OEI. Antes de assumir o cargo no governo, Barchini era diretor da OEI no Brasil (de setembro de 2023 a julho de 2024). "Temos graves indícios de que possa ter havido facilitação na transferência de recursos para a organização antes e depois de sua nomeação no MEC. Isso precisa ser investigado urgentemente", alertou Zucco.


Já o vice-líder da oposição, deputado Evair de Melo (PP-ES), ressaltou que o uso de ONGs

escolas em tempo integral. "Estamos diante de um escândalo que pode literalmente abalar a República. Dinheiro do contribuinte brasileiro, que deveria ser usado com nossos estudantes, está sendo doado para uma organização espanhola. Que tipo de negócio é esse?", questionou o líder da oposição. 


Um crédito especial de R$ 35 milhões foi destinado à OEI através da Lei 14.894/2024, com pagamento realizado pela Subsecretaria de Gestão Administrativa do MEC já sob comando de Barchini.



Pedidos da oposição ao TCU


A representação apresentada pela oposição solicita ao TCU a suspensão cautelar do contrato de R$ 478 para desviar recursos públicos é uma prática bastante comum em casos de escândalo envolvendo governos de esquerda no Brasil. “Como uma nuvem de gafanhotos, esse governo avança sem escrúpulos sobre o dinheiro do povo brasileiro! São bilhões despejados em ONGs ideológicas e entidades internacionais, enquanto setores essenciais são deixados à míngua. Esse governo não tem limites! Enquanto o brasileiro trabalha e sua para pagar impostos, a esquerda faz a festa com o dinheiro público. É preciso dar um basta nessa farra antes que não sobre nada!”, alertou o parlamentar. 


Explosão de gastos com a OEI


Em 2023, os gastos federais com a OEI somaram R$ 17,4 milhões. Entre setembro de 2023 e julho de 2024 (período de Barchini na OEI), os repasses saltaram para R$ 46,8 milhões. Após sua entrada no MEC, os valores dispararam para R$ 133,4 milhões entre agosto de 2024 e janeiro de 2025.


No total, incluindo o contrato da COP30, o governo já destinou R$ 676 milhões à OEI nos dois primeiros anos da atual gestão, enquanto no governo anterior os gastos em quatro anos foram de apenas R$ 78,9 milhões.


Doações suspeitas e mudanças no orçamento


Foram identificadas contribuições voluntárias do governo brasileiro à OEI, totalizando R$ 98 milhões, algo inédito nos registros do Portal da Transparência.


Parte desses recursos foi retirada de programas nacionais, incluindo educação básica e milhões com a OEI; o afastamento de Leonardo Barchini do MEC; investigação sobre as movimentações financeiras do governo com a OEI; sanções aos responsáveis, incluindo ressarcimento aos cofres públicos.


Lobby


No perfil oficial da OEI, o secretário-geral da entidade, Mariano Jaboneiro, aparece em diversas reuniões com autoridades brasileiras. Na postagem datada de 14 de fevereiro deste ano, Jaboneiro pode ser visto ao lado dos ministros da Educação, Camilo Santana, Direitos Humanos, Macaé Evaristo, o Advogado-Geral da União, Jorge Messias, entre outros agentes públicos.


Artigo - Os adultos na sala são cúmplices da tragédia

 Quando Pérsio Arida, Armínio Fraga, Pedro Malan e Edmar Bacha — os 

chamados "adultos na sala" — ergueram a bandeira de apoio a Lula 

em 2022, venderam ao Brasil a promessa de um governo responsável. 

Com suas credenciais do Plano Real e ares de sobriedade liberal, 

juraram que garantiriam estabilidade e compromisso fiscal a um 

governo historicamente inclinado ao populismo. O mercado aplaudiu, 

os editoriais celebraram, e Lula foi eleito com o selo de aprovação 

desses "carrapatos do mercado". Hoje, em março de 2025, com a 

economia em frangalhos, uma coisa fica clara: eles não foram meros 

espectadores da tragédia — foram coautores dela.

 Esses "adultos" sabiam exatamente quem era Lula. Não era segredo 

que o PT, em seus anos de glória, priorizou gastos descontrolados 

e alianças políticas em detrimento de reformas estruturais. Ainda 

assim, Arida, com sua retórica acadêmica, e Fraga, com seu prestígio 

no Banco Central, escolheram ignorar os sinais. Apostaram que sua 

influência poderia domar as velhas tendências petistas, que suas vozes 

se sobreporiam às promessas eleitoreiras. O resultado? Uma economia 

à deriva: inflação descontrolada, real despencando, déficit fiscal em 

colapso e um mercado que, depois de lucrar com Lula, vê agora o 

estrago que ajudou a causar. E o pior: já articulam nos bastidores para 

garantir que o sucessor de Lula não seja Jair Bolsonaro.

 A corresponsabilidade desses economistas está na ilusão que 

venderam. Durante a transição, posaram como guardiões da 

racionalidade, garantindo que o tripé macroeconômico do governo 

Bolsonaro — câmbio flutuante, metas de inflação e superávit fiscal — 

seria preservado. Mas o tripé ruiu, e eles assistiram calados enquanto 

o governo expandia gastos sem contrapartidas, afrouxava a política 

monetária e terceirizava a culpa para a "herança maldita" ou o cenário 

externo. Em 2024, Arida já admitia que o tripé estava "manco", mas 

f

 ingiu não ver que sua chancela a Lula só acelerou o colapso. Fraga, 

com sua experiência, não pode alegar ingenuidade ao endossar um 

projeto fadado ao fracasso.

 O pior veio depois: o silêncio ensurdecedor. Enquanto o Brasil afunda, 

esses "adultos" não fazem um mea culpa. Preferem se esconder atrás 

de análises técnicas e discursos sobre fatores globais, esquivando

se da responsabilidade de terem dado legitimidade a um governo 

que trocou a disciplina fiscal por benesses políticas. O agronegócio, 

e não a política econômica de Haddad, é o que ainda impede um 

desastre maior. Enquanto isso, o povo sente no bolso o preço da 

irresponsabilidade: desemprego crescente, custo de vida sufocante e 

uma moeda que derrete a cada nova canetada.

 Os "adultos na sala" não foram vítimas de circunstâncias. Foram 

cúmplices conscientes movidos por vaidade, cálculo político, ou pela 

ilusão de que poderiam domar o indomável. Deram ao PT o verniz 

de seriedade que ele precisava para vencer, mas esqueceram de que 

estavam embarcando em um trem desgovernado. A tragédia econômica 

de 2025 tem muitos pais, mas esses economistas deixaram suas digitais 

na cena do crime. Lula riscou o fósforo, e eles jogaram a gasolina.