Insisto em declarar que as instituições brasileiras, de alto a baixo, estão literalmente falidas e moralmente maculadas, algumas delas, inclusive, destruídas. A tragédia, afinal de contas, superou todos os limites, perpassando tudo que se poderia enquadrar sob o manto da moralidade pública. É uma devastação ampla, geral a irrestrita, de efeitos deletérios nefastos, quase irreparáveis. Quem são, afinal, os responsáveis por termos alcançado tão miseráveis níveis de corrupção endêmica? Somos todos nós, ao fim e ao cabo.
Por mais de quatro décadas, a sociedade mergulhou numa perversa e satânica submissão e permissividade a certa ideologia política que dourava a pílula do inferno com as cores vivas da entrada do templo celestial. Foi criada e disseminada a hermenêutica perfeita do "truque ideológico" assim construído. E não é que caímos na armadilha?
Quanta ignorância e ingenuidade de brasileiros e brasileiras em sua estúpida fidelidade, devoção e crença cega a um lulismo escancaradamente iconoclasta e psicopata, que jamais sequer teve qualquer sintonia com a moralidade, com a ética e o ideal nacional de construção de uma nação respeitável, próspera e justa! Deu no que deu. Viramos um Estado assassino! Ou não?
Quando um membro da Suprema Corte (bem identificado, pois virou celebridade nacional, encarnando com perfeição a figura do mal) age como um genuíno serial killer, ao estilo aprimorado (prá ser justo), de um Gengis Khan moderno, e sob o silêncio obsequioso, quando não cúmplice, de instituições como o Congresso Nacional, Ministério Público, OAB, Polícia Federal e tantas outras -outrora vigilantes na observância das leis e da ordem- é porque já estamos amordaçados e presos num cativeiro inexpugnável de onde pouca chance há de sermos libertos.
Pobre nação de tantos heróis nacionais honrados que sonharam vê-la um dia desenvolvida, próspera e liberta! Quanta vileza e covardia dominam a mente hipócrita daqueles que deveriam, justo, defender sua Pátria, sua honra e sua liberdade, mas se acovardam e negociam seu caráter, sem qualquer empatia e compaixão pelos milhões de compatriotas agora condenados à escravidão e ao desencanto! Quanta infâmia e canalhice juntas!
Sílvio Lopes, jornalista, economista e palestrante