Restrições de fornecimeno de energia afeta indústrias da China

 A Louis Dreyfus Company, uma das maiores tradings e processadoras de commodities agrícolas do mundo, informou nesta sexta-feira que uma de suas plantas de esmagamento de soja na China interrompeu as operações esta semana, em meio a restrições generalizadas no consumo de energia que atingiram vários setores em todo o país. 

É o que informa a agência Reuters. Leia toda a reportagem;

Cinco esmagadoras de soja na cidade de Tianjin, no Norte do país, fecharam esta semana, disse a Tianfeng Futures em nota nesta sexta-feira. Entre as que pararam está a unidade da Dreyfus. 

Os preços do farelo de soja na China, maior consumidor mundial do ingrediente para ração animal, estão subindo depois das paralisações. 

A instalação da Dreyfus tem uma capacidade de esmagamento diária de 4.000 toneladas, e está fechada desde 22 de setembro, informou a empresa à Reuters. 

Cerca de cinco esmagadoras também fecharam província oriental de Jiangsu, disse um comprador de farelo de soja de uma grande empresa de ração animal no norte da China. 

Pelo menos 20 esmagadoras em todo o país foram afetadas, disse um trader de Cingapura de uma empresa internacional com indústrias de processamento de soja na China. 

As autoridades provinciais da China intensificaram a fiscalização das restrições às emissões nas últimas semanas, levando a limites estritos nas cargas de energia que têm prejudicado a produção entre consumidores industriais. 

O fechamento das instalações das esmagadoras elevou os preços no mercado a vista do farelo de soja em cerca de 100 yuanes (US$ 15,47) por tonelada, para 3.920 yuanes, em Tianjin nos últimos dois dias em meio a preocupações com o fornecimento de curto prazo para os feriados de uma semana do Dia Nacional, que começa em 1º de outubro. 

“Essas paralisações impactam nossos planos, normalmente é o momento em que as fábricas de rações precisam aumentar os estoques antes do feriado”, disse o comprador de farelo de soja. 

A LDC não quis comentar mais sobre o impacto. Não se sabe por quanto tempo as restrições ao consumo de energia continuarão. 

Nota do Clube de Opinião do RS sobre a prisão política do jornalista Wellington Macedo

NOTA DO CLUBE DE OPINIÃO  - WELLINGTON MACECO

O Clube de Opinião do Rio Grande do Sul torna público veemente protesto de seus membros: há um jornalista preso por motivos políticos, em greve de fome, e isso acontece no Brasil! 

O colega Wellington Macedo, preso no contexto do inquérito com que o STF investiga atos ditos antidemocráticos, completou ontem (23/09) 19 dias em greve de fome até que os apelos de sua esposa fossem ouvidos e seu estado de saúde motivasse, enfim, socorro médico. Ele continua encarcerado. 

De um lado, nos sentimos solidários com o colega e indignados com o cerceamento de sua liberdade e a restrição de seus direitos. Vale lembrar que sua prisão foi determinada por presunção de que algo “antidemocrático” e calamitoso fosse ocorrer nas manifestações do 7 de setembro. O colega Wellington Macedo foi a única vítima dessas fantasias e fantasmas.

De outro lado, lamentamos o silêncio de organizações ligadas a Direitos Humanos, das representações nacionais dos jornalistas e a omissão de tantos veículos de comunicação do país em relação a este caso que nos faz lembrar antigos tempos sombrios e atualidades cubanas. 


Porto Alegre, 24 de setembro de 2021.

Julio Ribeiro – Presidente

Alexandre Appel

Ayres Cerutti

Felipe Vieira

Fernanda Barth

Fernando Di Primio

Flávio Dutra

Gilberto Simões Pires

Guilherme Baumhardt

Gustavo Victorino

Joabel Pereira

Karim Miskulin

Marco Poli

Milton Cardoso

Percival Puggina

Políbio Braga

Ricardo Azeredo

Rogério Amaral

Rogério Mendelski

Sergio Jost

Vitor Bley de Moraes

Pronunciamento da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) sobre a divulgação de informações incorretas sobre Cuidados Paliativos

 Rio de Janeiro, 23 de Setembro de 2021 


Pronunciamento da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) sobre a divulgação de informações incorretas sobre Cuidados Paliativos 

A SBGG, em compromisso de disseminar e fomentar a busca por conhecimento adequado e embasado em estudos científicos sobre Cuidados Paliativos (CP) em idosos, vem por meio desta manifestar seu posicionamento a respeito da divulgação recente de informações equivocadas sobre o que são cuidados paliativos. 

Os cuidados paliativos visam aliviar o sofrimento e agregar qualidade à vida e ao processo de morrer, auxiliando pacientes e familiares a: 

(I) lidar com questões físicas, psicológicas, sociais, espirituais e de ordem prática, com seus medos, suas expectativas, necessidades e esperanças; 

(II) preparar-se para a autodeterminação no manejo do processo de morrer e do final da vida; 

(III) lidar com as perdas durante a doença e o período de luto; e 

(IV) alcançar o seu potencial máximo, mesmo diante da adversidade. 

Cuidados Paliativos são indicados para todos os pacientes (e familiares) com doença ameaçadora da continuidade da vida por qualquer diagnóstico, com qualquer prognóstico, seja qual for a idade, e a qualquer momento da doença em que eles tenham expectativas ou necessidades não atendidas. 

Os idosos apresentam maior prevalência de doenças crônico degenerativas para as quais não existe tratamento curativo e que podem prolongar-se por tempo indeterminado, como nas situações de demência, doença renal crônica, insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica, fragilidade, câncer e outras. Todas são indicações de uma abordagem e seguimento paliativo. 

Cuidados Paliativos podem complementar e ampliar os tratamentos modificadores da doença ou podem tornar-se o foco total do cuidado. Esses cuidados são prestados mais efetivamente por uma equipe interdisciplinar, por exemplo, médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, capelães e voluntários que sejam competentes e habilidosos em todos os aspectos do processo de cuidar relacionados à sua área de atuação. 

Sobre o histórico dos cuidados paliativos no mundo, sabemos que, em meados de 1900, no Reino Unido, através de Cicely Saunders, surgiu o conceito de cuidado que pretende aliviar o sofrimento e melhorar a qualidade de vida a pacientes terminais, modelo de atuação atualmente denominado de cuidados paliativos. 

No Brasil, as primeiras iniciativas de cuidados paliativos, datam-se do início de 1990. Em 2002, o Sistema Único de Saúde - SUS - inclui a prática dos Cuidados Paliativos em serviços de Oncologia. 

E diante da grande necessidade de reflexões dos cuidados de final de vida das pessoas idosas, em 2004, a SBGG institui sua Comissão Permanente de Cuidados Paliativos que existe até os dias de hoje e que trabalha de maneira incansável na disseminação de conhecimento sobre cuidados paliativos em idosos.