Microentrevista, Gustavo Victorino - A tragédia humana de Bento é tratada de modo espetaculoso e sem proporção

MICROENTREVISTA

Deputado estadual Gustavo Victorino, Republicanos RS

Autoridades públicas das esferas estadual e federal, acompanhadas por boa parte da mídia tradicional, publicizaram de modo espetaculoso o caso dos trabalhadores baianos submetidos a trabalho degradante em duas vinícolas de Bento Gonçalves.
Sim,/eu acompanhop. Há um oportunismo com que se exploram tragédias brasileiras, como o que está acontecendo nas manifestações sobre o caso de trabalho análogo à escravidão ocorrido na serra gaúcha. 

Mas o fato é real.
O fato que aconteceu em Bento Gonçalves nos envergonha.

Então ?
Masnãoépossívelque as manifestações ataquem uma região inteira - que é motivo de orgulho há mais de um século para os gaúchos, reconhecida pelos melhores vinhos e espumantes  do mundo. É uma vergonha que atribuam aos bolsonaristas o fato criminoso.

Ué, bolsonaristas ?
Fico imaginando como é que tem pessoas que acreditam que uma ideologia interferiu no que aconteceu na serra gaúcha, quando na verdade o que houve lá foi um crime, previsto na legislação trabalhista, que será apurado e será punido.


 


Comandante do Exército disse que vitória de Lula foi indesejada

 O atual comandante do Exército, general Tomás Paiva, afirmou durante uma conversas com subordinados que a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República era "indesejada" pela maioria dos militares, mas "infelizmente" aconteceu. Segundo a Folha de S. Paulo, a declaração de Tomás Paiva foi feita durante uma reunião com oficiais do Comando Militar do Sudeste no dia 18 de janeiro. Ele foi indicado para o comando do Exército três dias depois. 



Na conversa, divulgada pelo podcast Roteirices, Tomás Paiva diz que os militares haviam participado do processo eleitoral sem que fossem encontradas irregularidades e que, por isso, era preciso aceitar o resultado das urnas. "Não dá para falar com certeza que houve qualquer tipo de irregularidade [na eleição]. Infelizmente, foi o resultado que, para a maioria de nós, foi indesejado, mas aconteceu", disse o general.


"A diferença nunca foi tão pequena, mas o cara fala assim: ‘General, teve fraude’. Nós participamos de todo o processo de fiscalização, fizemos relatório, fizemos tudo. Constatou-se fraude? Não. Eu estou falando para vocês, pode acreditar. A gente constatou fraude? Não", disse o militar em um outro trecho da reunião. 


"Este processo eleitoral que elegeu o atual presidente e que não elegeu o ex-presidente foi o mesmo processo eleitoral que elegeu majoritariamente um Congresso conservador. Elegeu majoritariamente governadores conservadores", destacou Paiva. Para ele, era preciso reconhecer que "nós estamos na bolha fardado, militarista, de direita e conservadora" e que "existe outra bolha, e ela não é pequena".


Ao falar sobre os atos terroristas do dia 8 de janeiro, quando militantes bolsonaristas e de extrema direita depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, Tomás Paiva observou que “havia um entendimento do comandante em chefe das Forças Armadas, que era o presidente da República [Jair Bolsonaro], que não era para mexer [nos acampamentos], que era legítimo. Não teve nenhuma intercorrência, ninguém se manifestou [pelo término dos atos], nem a Justiça, nem o Ministério Público, não teve nada.

Moraes manda 103 presos políticos para prisões domiciliares e sob severas restrições

  As decisões de Moraes sobre os manifestantes presos estão sob sigilo e, por essa razão, os nomes dos beneficiados com a nova determinação do ministro não foram divulgados.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, mudou a forma de prisão de 102 manifestantes presos, por participação nos protestos de 8 de janeiro. Agora, eles póderão voltar para suas cidades, mas ficarão em prisão domiciliar por tempo indeterminado, já que terão que usar tornozeleiras eletrõnicas com restrições às áreas de movimento.

As medidas restritivas, a exemplo da tornozeleira eletrônica, incluem a retenção dos passaportes, que vão ser cancelados. Os integrantes do grupo que tenham licença para porte de armas de fogo, vão ter os certificados suspensos, assim como os registros para colecionadores, atiradores e caçadores.Moraes também proibiu os manifestantes de se comunicar entre si por qualquer meio, além de impedi-los de acessar as redes sociais. O ministro determinou ainda que as pessoas se apresentem, semanalmente, à Justiça.

Desemprego é o menor desde 2015. Agradeçam a Bolsonaro.

 O ano de 2022 terminou com uma taxa média de desocupação de 9,3%, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados nesta terça-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa é inferior aos 13,2% registrados no fim de 2021.

Essa também é a menor taxa de desocupação desde 2015 (8,6%). A menor taxa da série histórica, iniciada em 2012, foi registrada em 2014 (6,9%).

Em relação à população desocupada média, o país totalizou 10 milhões de pessoas, queda de 3,9 milhões (-27,9%) em relação ao ano anterior. A população ocupada média no ano atingiu 98 milhões, 7,4% acima de 2021.

O nível médio de ocupação, ou seja, o percentual de pessoas em idade de trabalhar que estão efetivamente ocupadas, ficou em 56,6% em 2022, segundo ano de crescimento consecutivo depois de atingir o menor patamar em 2020 (51,2%).

Manifesto de Bento em defesa do trabalho digno e dos valores sociais

A Serra Gaúcha tem uma história de trabalho e acolhimento. Essa terra recebeu nossos antepassados que — com esforço e boa-fé — fortificaram uma sociedade justa, fraterna e humana. Uma comunidade empreendedora, que construiu oportunidades e leva para todo o mundo essa identidade cultural. 

Em respeito a essa trajetória, jamais silenciaríamos nem deixaríamos de adotar medidas concretas para enfrentar o fato ocorrido em nossa região, ainda que seja um episódio pontual, e que a responsabilidade direta seja de uma empresa de serviços, que atende diversos segmentos. Mais do que isso: nos movem a agir para que não se repitam episódios que causam tanta indignação e tristeza em todos nós. 

Com esse objetivo, em encontro liderado pela Prefeitura Municipal de Bento Gonçalves na segunda-feira (27), o poder público e entidades representativas do setor CONSEVITIS, UVIBRA, FECOVINHO, AGAVI, SINDIVINHOS, ASBRASUCO, COMISSÃO INTERESTADUAL DA UVA, Centro da Indústria Comércio e Serviços (CIC BG), Conselho Municipal do Turismo (Comtur), Bento Convention & Visitors Bureau, Segh Uva e Vinho, Aprovale e Associações e rotas: Rio das Antas, Encantos da Eulália, Cantinas Históricas, Associação dos Guias de Turismo, Caminhos de Pedra,  manifestam que: 


1 - O fato ocorrido merece total repúdio de todos que prezam pela dignidade humana. A ocorrência não representa as práticas do setor, as vinícolas, as mais de 20 mil famílias de produtores, o segmento produtivo da cidade e, tampouco, a história da nossa comunidade.


2 -Todos os envolvidos têm o dever de tratar o tema com máxima seriedade e encaminhar soluções concretas. E assim já estamos fazendo. 


3 - As primeiras medidas adotadas foram de acolhimento aos trabalhadores — abrigando e cuidando de sua saúde —, até que pudessem retornar para casa em segurança e com dignidade. Mas aqui seguimos com foco total na implantação de medidas rigorosas de enfrentamento ao problema. 


4 - Imediatamente foi iniciada uma força-tarefa de fiscalização em alojamentos, visando verificar as condições oferecidas aos trabalhadores. Essa iniciativa será consolidada em um programa permanente.


5 - Também foi definida a intensificação da fiscalização de fornecedores e prestadores de serviços do setor, buscando o cumprimento dos requisitos legais e trabalhistas — tais como uso de EPIs, fornecimento de alimentação e carga horária de trabalho.


6 - Será iniciado, nas próximas semanas, o programa de comunicação, conscientização e qualificação para toda cadeia vitivinícola, incluindo produtores rurais e safristas — garantindo o acolhimento correto e o zelo à legislação.


7 – Será criada a Central do Trabalhador. A unidade atenderá diretamente os operários, recebendo denúncias e orientando os profissionais.


8 - Todo o segmento promoverá os aprimoramentos internos de fiscalização e ouvidoria, assegurando que as ações de terceirizados também sejam acompanhadas com rigor.


9 - Tanto o poder público como o setor privado seguirão atuando em conjunto com as forças responsáveis pela investigação e pelo acompanhamento dos direitos humanos e trabalhistas — o que certamente acarretará em novas ações, que serão oportunamente divulgadas.


O manifesto tem o propósito de garantir que o trabalho não se encerre com as ações aqui apresentadas. Precisamos, todos, seguir vigilantes e ainda mais ativos no enfrentamento de um problema que, infelizmente, ainda é realidade Brasil afora. Evoluir é uma necessidade e um compromisso que assumimos publicamente, respeitando valores e princípios tão caros a uma comunidade que não pode ser estigmatizada por episódios que não representam sua essência. 


Com união e transparência, vamos superar este momento e honrar o que sempre fomos: uma terra de oportunidades que acolhe a todos.


Lemann, velho amigo de Eduardo Leite, quer comprar a Corsan

 Eduardo Leite é um velho apadrinhado de Jorge Paulo Lemann, que atua no meio político através da sua Fundação Lemann. No atual escândalo das Americanas e que envolve Lemann, o governador tem permanecido em silêncio obsequioso, até porque não tem nada a ver com o caso, mas apenas tem a ver com o empresário, seu amigo e mecenas. Lemann tamgém é o maior acionista da Ambev.

Leite e seu vice, 17 de novembro de 2022, estiveram em Londres, num cursinho de gestão pública na Oxford. Viajaram com tudo pago pela Fundação Lemann. Ele esteve em OXford em 2018 (CLIQUE AQUI e AQUI TAMBÉM). Em novembro de 2017, antes de ser eleito, Leie foi convidado para cursinho e jantar na Universidade de Colúmbia, EUA (CLIQUE AQUI para ler postagem do próprio governador).

Lideranças do Congresso e do Executivo, mas também do Judiciário, membros de órgãos de controle, do empresariado e da sociedade civil também participam dos encontros patrocinados por Lemann., que costuma escolher membros da Rede de Líderes Fundação Lemann, um grupo de pessoas que exercem liderança, com grande potencial de mudar o Brasil e que já estão agindo para transformá-lo em um país mais justo e avançado. 

PL decide se apoia CPI da Corsan

 As pressões do governo sobre Kelly e Lara são muito grandes.Adriana, foto ao lado, é de uma família de políticos. Um dos seus irmãos é prefeito de Bagé e o outro foi presidente da Assembleia.

A bancada de deputados estaduais do PL definirá, esta manhã, daqui a pouco, se dará ou não as 5 assinaturas que faltam para a instalação da CPI da Corsan. Caso a proposta consiga este apoio, ela poderá funcionar, já que estarão dadas as 19 assinaturas necessárias. 

Será o maior desafio do governo Eduardo Leite, que poderá tomar um impeachment ao final dela.

A bancada do PL já tem maioria formada para aprovar a proposta:

A favor - Rodrigo Lorenzoni, Paparico Bacchi, Claudio Tatsch.

Indecisas - Kelly Moraes e Adriana Lara. Kelly, no entanto, é mãe do deputado federal Marcelo Moraes, parlamentar de ferrenha oposição ao governo, enquanto que Adriana é irmã do prefeito de Bagé, Divaldo Lara, que tem sido maltratado pelo governo tucano.

Porto Alegre resiliente

 Porto Alegre está entre as três cidades que apresentarão suas candidaturas para serem reconhecidas pela iniciativa MCR2030 (Making Cities Resilients), ligada ao Escritório das Nações Unidas para Redução do Risco de Desastres (UNDRR) como HUB de Resiliência da Região Metropolitana. A candidatura será formalizada na 8ª Plataforma Regional para Redução de Risco de Desastres nas Américas e no Caribe, que ocorre de 28 de fevereiro a 2 de março, em Punta del Este, no Uruguai.


Representando o prefeito Sebastião Melo, o secretário municipal de Governança Local e Coordenação Política, Cassio Trogildo, entregará documento em reunião com prefeitos, representante do secretário-geral da ONU, Mami Mizutori, coordenador regional da MCR2030, Raul Salazar, e o diretor-executivo do ICLEI América do Sul, Rodrigo Perpétuo. 


Trogildo, que é diretor de Resiliência de Porto Alegre, destaca que a capital foi a primeira cidade da América Latina a preencher a Ferramenta de Autoavaliação da Resiliência a Desastres para Cidades (Scorecard) sobre os sistemas alimentares. “Nossa expectativa é que esse resultado chancele a candidatura de Porto Alegre no encontro de prefeitos com representantes da ONU”, disse.


Para ser hub de resiliência, uma cidade necessita compartilhar boas práticas em redução de risco de desastres, capacitando cidades em nível nacional, estadual ou metropolitano. A candidatura de Porto Alegre se dará no âmbito metropolitano. Outras cidades que apresentarão suas candidaturas para se tornarem Polos de Resiliência são: Barcarena (Brasil) e Quito (Equador). Outras três serão anunciadas como já aprovadas: Salvador (Brasil), Bogotá e Dosquebradas (Colômbia).


MCR2030 – É uma iniciativa que apoia as cidades a se tornarem mais inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis até 2030 para que contribuiam com a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e outros marcos globais, como o Marco de Sendai para a Redução do Risco de Desastres, o Acordo de Paris e a Nova Agenda Urbana. Porto Alegre aderiu à iniciativa MCR2030, no final de 2022.


O diretor de Articulação Institucional, Djedah Lisboa, e o representante da Coordenação de Resiliência da secretaria, Bruno Beltrame, acompanham o titular da pasta na agenda internacional.