Artigo, Michel Gralha, Zero Hora - Vergonha para o Rio Grande do Sul


Após a morte  de quatro policiais, é  frustrante saber que alguns deles poderiam estar vivos, protegidos por equipamentos adequados

- O autor é advogado, RS.

Milhões de reais que poderiam ser destinados à segurança, não foram, porque os burocratas ainda discutem sobre a regulamentação da leiDivulgação Pixabay
A cidade de Porto Alegre, há muito pouco tempo, aparecia como uma das mais violentas do Brasil. Tínhamos medo de sair às ruas à noite e durante o dia não encontrávamos viaturas. Vergonhosamente, nem sequer carros os policiais tinham para fazer as rondas ou eventuais perseguições. Os bandidos, de outro lado, estavam cada vez mais equipados e ousados. Como um basta, a sociedade civil se organizou, através de alguns jovens que resolveram arregaçar as mangas, pedir apoio dos empresários, parar de reclamar do Estado e fazer a diferença. 
Com a fundação do Instituto Cultural Floresta e a doação de equipamentos de alto nível para as polícias, os agentes, heróis urbanos, conseguiram melhorar os índices de segurança da nossa cidade. Foi uma ação pontual que mostrou resultados, não tendo a intenção de resolver todo o problema da insegurança, mas com a ideia de mostrar à sociedade que é possível haver colaboração entre o público e o privado, com um objetivo comum. 
Nesta linha, o trabalho culminou com a aprovação da lei que permite às empresas destinar cinco por cento do Imposto de Circulação de Mercadorias (ICMS) à segurança. Com isto, provavelmente, resolveríamos os problemas de forma mais efetiva e duradoura. Todos comemoraram! Finalmente, tínhamos um novo projeto que faria a diferença. Resultados claros e uma perspectiva de um futuro mais seguro para os cidadãos e para o desenvolvimento econômico do Estado. Mas, como um balde de água fria, não contávamos com a lentidão e ineficiência do ente público. 
Após a morte de quatro policiais, é frustrante saber que alguns deles poderiam estar vivos, protegidos por equipamentos adequados. Triste, muito triste, mas ainda não é possível aplicar a nova legislação. Milhões de reais que poderiam ser destinados à segurança não foram porque os burocratas ainda discutem sobre a regulamentação da lei. O governo gaúcho ainda não conseguiu achar uma saída para isto e drasticamente caminhamos para uma cidade ainda mais violenta. Trata-se de um empurra-empurra de responsabilidades que mostra o quanto estamos atrasados intelectualmente. 
Somos pioneiros na aprovação da lei e retrógrados na sua implementação. Que vergonha! Até quando? A solução tem que ser breve, caso contrário, muitas outros inocentes morrerão.

Oi prevê levantar até R$7,5 bi com venda de ativos não essenciais

A operadora de telecomunicações Oi prevê arrecadar de 6,5 bilhões a 7,5 bilhões de reais com a venda de ativos não essenciais para a operação até 2021, conforme plano estratégico divulgado nesta terça-feira, que trouxe também projeções de receita e desempenho operacional nos próximos anos.
Entres os ativos listados para desinvestimentos estão torres, data center e imóveis, com prazo estimado para realização das operações entre o quarto trimestre de 2019 e o primeiro de 2021.

A Oi também prevê efeito positivo no caixa de créditos de PIS/Cofins, de entre 2,1 bilhões e 3,1 bilhões de reais, sendo cerca de 650 milhões de reais em 2019, a partir do terceiro trimestre, além de 4 bilhões de reais do aumento de capital realizado no primeiro trimestre de 2019. Citando sinais de estabilização sequencial de receitas desde fevereiro de 2019, a Oi diz que calcula crescimento anual de mais de 2% na receita líquida de serviços para o período de 2019 a 2024.

Ao mesmo tempo, de acordo com a companhia, a transformação do negócio, investimentos e simplificação operacional devem levar a uma expansão de 15% a 20% ao ano no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de rotina para o período de 2019 a 2021.
De acordo com o plano, a companhia estima uma redução de custos de 1 bilhão de reais a ser alcançada até 2021.