Artigo, Tito Guarnieri - Reforma do Ensino Médio

Reforma do Ensino Médio
Ninguém de bom senso dirá que o ensino brasileiro é de qualidade. E não seria exagero dizer que o ensino médio é que está na pior situação: de cada 100 alunos que ingressam no grau médio, nada menos do que 50 deles desistem no caminho.
Para superar os gargalos do ensino médio não faltaram debates, mesas redondas, audiências públicas. Eis aí um dos nossos defeitos fundamentais: somos pródigos na discussão, na retórica, no diagnóstico das nossas mazelas, mas somos lerdos, incapazes de sair do chão, botar a mão na massa e fazer.
Foi com certa surpresa que o governo Temer apresentou um projeto de reforma, que se não era - e nem pretendeu ser - a última palavra sobre a matéria, entretanto abriu perspectivas e apontou novos e promissores caminhos para o ciclo médio.
O projeto tomou em conta devida as inclinações naturais, os gostos e predileções dos alunos. O currículo não será o mesmo e igual para todo o ciclo. Não se quis, de fora para dentro, enquadrar o aluno na camisa de força da grade curricular única. Assim, o curso fica igual para todos até a metade do ensino médio, mas na outra metade o itinerário escolar se desdobra de acordo com os gostos e predileções do aluno: providência simples que com toda a certeza tornará a escola mais atraente e diminuirá a evasão.
Antes, para fazer o ensino técnico, o aluno teria de concluir os três anos de ensino médio. Pelo projeto, ele poderá na segunda metade optar por um curso técnico que, ao final, o habillitará imediatamente para o mercado de trabalho.
O projeto previa uma redução do número de disciplinas da grade curricular. Matérias como português, matemática e inglês continuariam obrigatórias. Outras seriam optativas, como sociologia, filosofia, artes e educação física. Tratava-se de seguir a tendência dos sistemas de ensino do mundo que deram certo em educação. Era para que o aluno aprendesse mais em menos disciplinas. Entram em jogo conceitos como foco e dispersão, fundamentais da boa escola. É preciso se deter no essencial, diz a experiência internacional bem sucedida. Uma pena: o Congresso cedeu às corporações docentes e manteve obrigatórias inclusive as matérias que seriam apenas optativas.
De toda forma, uma proposta de mudança e ação imediata, que deixa o debate e entra na vida real. Nele não há grandes inovações nem mudanças espetaculares, nada que não tenha sido objeto de anteriores e velhas discussões. Porém, a proposta foi recebida de pedras na mão pelos grandes atores do setor educacional e esquerdas em geral.
No Brasil surreal, o governo “conservador” quer mudar, propõe e faz aprovar, ainda que parcialmente, uma mudança de razoável alcance no ensino médio. As esquerdas, que por definição deveriam ser mudancistas e reformadoras, reagem e se opõem, querendo que tudo fique no estágio sofrível em que se encontra.
Quem é conservador e quem é reformista nesta história? É conservador o governo que quer mudar e propõe a mudança? São progressistas aqueles que se opõem às mudanças, querem que tudo permaneça como está, em estado de falência?

titoguarniere@terra.com.br

Mrenda em Porto Alegre

Memorando nº 60, de 03 de março de 2017.
De: Setor de Nutrição
Para: RME
Prezados Diretores
Informamos que, devido à escassez de recursos municipais, mas com o compromisso de priorizar os alunos com a alimentação de qualidade ofertada pelo município de Porto Alegre intensificamos o cuidado com os financiamentos dispensados à alimentação escolar. Portanto, manteremos o nosso cardápio com talvez algumas pequenas alterações, sem comprometer a qualidade nutricional, tão pouco os critérios impostos pela legislação vigente no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Mas para isso, haverá redução de gêneros, com pretensão de atendimento prioritário ao aluno e controle de alimentação de adultos.
A alimentação de adultos é permitida por razões pedagógicas, única e exclusivamente.
Portanto somente serão permitidas refeições de educadores quando acompanharem as turmas.
O Setor de Nutrição também entende que os profissionais responsáveis pelo preparo da alimentação do aluno, isto é, cozinheiros, auxiliares de cozinha e técnicos/estagiários de nutrição, assim como os educadores das turmas da educação infantil que acompanham a refeição, como já dito, possam continuar a se alimentar com os alunos da RME. Entendemos como um ato consciente e pedagógico de muita importância, no que se refere à dedicação desses profissionais com a alimentação qualificada, como também com a educação nutricional.
Pedimos que as Direções de escola, junto aos técnicos de nutrição, dialoguem com seus servidores/funcionários, deixando bem esclarecido as restrições e liberações quanto a esse processo do ato alimentar-se na escola, para evitar futuros e possíveis constrangimentos.
Neste mês, fizemos algumas alterações nas quantidades de carnes que chegarão ás escolas. Foram considerados como critérios: consumo per capita (aluno) e número máximo de refeições/dia realizadas no mês de março de 2016. Informamos que a necessidade de proteína para o período é suficiente com 1 porção de carne ou ovos. Não é autorizada a repetição de carnes, nem para alunos, nem para adultos.
Em oportuno, lembramos que não é permitido que adulto façam uso do refeitório para refeição diferenciada junto aos alunos.

Estamos á disposição para possíveis esclarecimentos.

Para o novo eleitor, um novo politico

Para o novo eleitor, um novo politico
O Brasil testemunha o nascimento de um novo eleitor, que exibe o seu desprezo pela política e os políticos, sem saber ainda que caminho seguir. Nas últimas eleições, cerca de 30% dos votantes deixaram claro o seu descrédito com o processo político: 19,4% não compareceram às urnas, 5,8% votaram nulo e 3,8%, em branco. Conquistar esses eleitores é o grande desafio para quem pretende se candidatar em 2018.  Para o novo eleitor, um novo político. Os radicais, os marcados pelos velhos métodos e pelo discurso unilateral não correspondem aos anseios dos que querem voltar a acreditar no País, na política e em seus representantes. Qual é o perfil deste novo político, esperado pelo novo eleitor? Para responder a esta pergunta e orientar os que desejam atuar com ética e responsabilidade, quatro jornalistas com experiência em meios de comunicação, assessorias de imprensa e campanhas políticas criaram a NS²- Consultoria política personalizada: Carlos Bastos, Jorge Seadi, Nubia Silveira e Sérgio Araújo, profissionais capacitados a contribuir para a formação de um quadro político realmente comprometido com o futuro do Brasil e dos brasileiros.
NS² - Consultoria Política Personalizada

ns2consultoria@gmail.com

Justiça sequestra cobertura usada por Lula

A Justiça Federal avaliou em R$ 1,594 milhão a cobertura 151, vizinha ao apartamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ocupada por ele desde os tempos em que era presidente da República. O apartamento foi avaliado e sequestrado por ordem judicial. Em relato por escrito, a oficial de Justiça avaliadora Edilamar Dormas afirmou ter entrado em contato com a segurança do ex-presidente no dia 6 de fevereiro, quando foi informada que ele não poderia recebê-la, por estar de luto. Dona Marisa Letícia havia falecido três dias antes, no dia 3.

No mesmo dia, segundo a oficial, o advogado Roberto Teixeira entrou em contato e disse que Lula ocupa o apartamento desde 1 de fevereiro de 2011 e que o contrato estava em nome de dona Marisa Letícia. Ele ficou de enviar cópia. Passados dois dias, diz a oficial, ela voltou a entrar em contato e o advogado informou que não tem cópia do documento. A ordem de sequestro foi cumprida.

O documento do sequestro e a avaliação foram anexados nesta segunda-feira (6) a um dos processos que Lula responde na Lava Jato. De acordo com o documento, o apartamento - um duplex - possui 188,9 metros quadrados de área privativa, três dormitórios (um deles suíte) e três vagas de garagem.

O sequestro é uma medida judicial que impede a venda do imóvel. A posse não é alterada. Ou seja, Lula pode continuar a usar o imóvel até que a ação tenha sido julgada.

O imóvel fica no edifício Hill House, mesmo andar da residência principal de Lula, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Quando ele era presidente, o apartamento havia sido alugado pela Presidência da República, por questões de segurança.

Pouco antes de Lula deixar a presidência e voltar a morar em São Bernardo do Campo, o apartamento 121 foi comprado por Glaucos Costamarques, primo de José Carlos Bumlai, pecuarista amigo de Lula e já condenado na Lava Jato por ter retirado empréstimo em seu nome para o PT - o empréstimo não foi pago e a quitação ocorreu quando o grupo credor, o Schahin, fechou um contrato com a Petrobras.

Para a força-tarefa da Lava Jato, a Odebrecht teria disponibilizado a Lula, como parte de propina da Petrobras, R$ 12,4 milhões. O valor teria sido usado para compra de um prédio em São Paulo, destinado ao Instituto Lula, e para a compra do apartamento por Costamarques. A denúncia foi aceita pelo juiz Sérgio Moro em dezembro passado.


Glaucos Costamarques teria pago R$ 504 mil pelo apartamento. A defesa do ex-presidente afirma que Lula aluga o apartamento e que Glaucos Costamarques teria comprado o imóvel a título de investimento. O Instituto Lula informa que nunca mudou sua sede.