Batalha jurídica corporativista bloqueia extinções de Fundações

Batalha jurídica corporativista bloqueia extinções de Fundações


Esquerda positivista reacionária, que mistura Marx e Augusto Comte, sempre foi contra o Rio Grande do Sul. Mas quer mesmo é garantir os empregos , já que não sabe fazer nada se não for funcionária pública.Conta com apoio de juizes corporativistas, que são os do Trabalho.

O assunto foi objeto desta reportagem de Fábio Schaffner, jornal Zero Hora, que revela que as extinções de fundações viram batalha jurídica para o Piratini.

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Eventuais demissões e legalidade do fechamento de órgãos são questionadas por entidades representantes dos trabalhadores

Fundação Piratini, que gere TVE e FM Cultura, foi a primeira a ser proibida pela Justiça de realizar demissão em massa.
Após a vitória política na votação dos projetos que autorizam a extinção de nove órgãos públicos, o governo agora se prepara para enfrentar uma longa batalha judicial. Além de lograr êxito na obtenção de liminares que suspendem demissões nas fundações Piratini, Zoobotânica, de Economia e Estatística (FEE), de Ciência e Tecnologia (Cientec), Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH) e na Corag, as entidades classistas irão questionar a legalidade da própria liquidação dessas estruturas.
Pelo menos seis advogados formam a frente jurídica organizada pelo Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisa e de Fundações Estaduais do RS (Semapi). Nesta segunda-feira, quando termina o recesso do Judiciário, pretendem dar início a novas ações. Uma das principais alegações é a de que o governo contrariou princípios de ordem econômica estabelecidos pela Constituição Estadual.
Justiça determina que Fundação Piratini não pode demitir funcionários sem acordo coletivo
— Temos uma série de estratégias para ser usada no momento apropriado. A votação desses projetos foi eivada de vícios — diz o advogado do Semapi, Délcio Caye.
O Piratini tem até 17 de janeiro para sancionar as leis que autorizam o fechamento das fundações. Agora, o governo estuda formas de recorrer das três decisões que sustaram o iminente desligamento dos servidores. O entendimento da Justiça é de que o governo não pode promover demissões em massa sem negociação coletiva mediada pelos sindicatos de cada categoria. As liminares desagradaram o governador José Ivo Sartori, que pretendia imprimir um ritmo rápido na extinção dos órgãos e no desligamento dos 1.199 servidores.
Nos últimos dias, assessores da Casa Civil e da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) discutiram como reagir aos despachos judiciais, ao mesmo tempo em que preparam terreno para fechar as estruturas. Ficou acertado que a Corag terá um "liquidante". Nas fundações, serão indicados uma pessoa ou grupo para o ato final. O suporte jurídico será dado por procuradores designados para cada órgão.
— A intenção é ir até o fim, fazer a liquidação. Estamos vendo como se insurgir contra as liminares — afirma um articulador do Piratini.
Multa em caso de suspensão dos serviços
Na primeira liminar concedida, a juíza Maria Teresa da Silva Oliveira, da 27ª Vara do Trabalho de Porto Alegre, proibiu demissões na Fundação Piratini e estipulou multa de R$ 10 mil por dia por funcionário dispensado.
A juíza Valdete Souto Severo, da 18ª Vara do Trabalho de Porto Alegre, foi além. No despacho em que susta eventuais demissões em cinco fundações, a magistrada impede que os órgãos deixem de praticar os serviços prestados ao Estado antes de negociações com as entidades de classes e determina que o governo "se abstenha da prática de qualquer ato a esvaziar as atividades de cada fundação sob pena de multa de R$ 50 mil".
De acordo com o advogado trabalhista e professor da Unisinos Guilherme Wunsch, o governo terá de garantir o cumprimento de todas as normas. Em geral, a legislação veda dispensas em massa e busca respeitar todas as prerrogativas dos trabalhadores.
— No caso da Fundação Piratini, os servidores foram impedidos de ingressar no próprio local de trabalho. Foi criada toda uma situação de incerteza que levou a Justiça a intervir — afirma o advogado.
Segundo o procurador-geral do Estado, Euzébio Ruschel, o governo irá recorrer das decisões. No caso da Fundação Piratini, foi impetrado mandado de segurança, que foi negado. Agora, um agravo regimental tentando cassar a liminar tramita no TRT da 4ª Região:
— Após a sanção das leis, que deve ocorrer nesta semana, vamos dar curso aos processos de negociações coletivas. Caso não haja acerto, vamos invocar a mediação da Justiça do Trabalho. A PGE vai se contrapor a qualquer decisão que tente impedir a extinção das fundações.
Esquerda positivista reacionária, que mistura Marx e Augusto Comte, sempre foi contra o Rio Grande do Sul. Mas quer mesmo é garantir os empregos , já que não sabe fazer nada se não for funcionária pública.Conta com apoio dos piores juizes atrasados corporativos, que são dos do Trabalho. Pessoalmente, sou contra extinção da FEE e Zoobotânica - instituições de pesquisa. TVE tem que ser uma sociedade civil, nunca algo do Estado

Sem-votos querem o caos

Sem-votos querem o caosA depender das lideranças carbonárias que comandam alguns dos chamados movimentos sociais, 2017 é um ano que promete em termos de manifestações de protesto violentas contra o governo e suas propostas para recuperar o equilíbrio das contas públicas e criar condições para a retomada do crescimento econômico       

A depender das lideranças carbonárias que comandam alguns dos chamados movimentos sociais, 2017 é um ano que promete em termos de manifestações de protesto violentas contra o governo e suas propostas para recuperar o equilíbrio das contas públicas e criar condições para a retomada do crescimento econômico. É o que revela levantamento feito pelo Estado e publicado na terça-feira passada. Guilherme Boulos, o notório agitador que lidera o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), faz, mais do que um prognóstico, uma ameaça: “Haverá um agravamento da situação e vamos nos aproximar de um estado de convulsão social”. Essa clara manifestação de propósito traduz, em resumo, o pensamento de várias lideranças das entidades e organizações sociais historicamente engajadas no chamado movimento de esquerda no País.
Desalojados da órbita governamental com o impeachment de Dilma Rousseff, movimentos e entidades dessa tendência, principalmente aqueles tradicionalmente patrocinados por verbas públicas, dão-se conta de que só lhes resta o confronto político com o poder central como meio de se manterem ativos no cenário político. É uma opção radical que decorre da natureza autoritária desses movimentos, que não lhes permite sequer cogitar da negociação de propostas com o governo – aliás, com qualquer governo, enquanto eles próprios não se instalarem no poder –, restando-lhes assim apenas o recurso da violência para contestar a legitimidade de aparatos estatais que são apenas “instrumentos de opressão das classes dominantes”.
Agarrados a essa política do “nós” contra “eles”, que sempre foi a marca registrada de Lula et caterva, essas entidades e movimentos sociais sabem que já não podem contar com a via eleitoral para voltar ao poder. Isso ficou dramaticamente demonstrado nas eleições municipais do ano passado, em que PT & Cia. foram massacrados nas urnas. Por exemplo, a atual presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, disputou pelo PCdoB a prefeitura de Santos. Teve menos de 15 mil votos, o equivalente a 6,6% do eleitorado santista.
A jovem Carina dispõe-se então a obter nas manifestações o sucesso que não conseguiu nas urnas: “Nós vamos para as ruas contra a reforma da Previdência e, principalmente, contra a PEC dos gastos públicos, que acaba com os investimentos em educação e condena o futuro do País”. Pretende incendiar as cidades com a versão mentirosa – mas capaz de sensibilizar corações sensíveis porém mal informados – de que nos próximos 20 anos não haverá investimentos em educação.
Numa linha politicamente mais ambiciosa pretende atuar o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), braço sindical do PT, Vagner Freitas: “A pauta que vai puxar protestos contra o governo é o combate à reforma da Previdência. Vamos partir dessa proposta absurda de reforma e, no fim, chegaremos ao grito de ‘Diretas Já’”.
A completa irresponsabilidade política desses movimentos que planejam incendiar o País em nome, para começar, do revanchismo consubstanciado na palavra de ordem “Fora Temer”, escancara-se quando essas lideranças “populares” admitem, com todas as letras, que antes de qualquer outro objetivo a intenção é lutar “contra o governo”. Quer dizer: não importa quais sejam as propostas apresentadas pelo presidente Temer e sua equipe. O que importa no momento é ser “contra o governo”, se possível derrubá-lo. Depois que esse objetivo for atingido, mais cedo ou mais tarde, o País poderá começar a pensar na solução da grave crise econômica, política e social em que está mergulhado.
Até lá, prometem os incansáveis salvadores da Pátria, os movimentos “populares” continuarão nas ruas agitando bandeiras “progressistas”, com o apoio dos vibrantes black blocs, responsáveis pelos melhores momentos da coreografia de horrores que traduz o sentimento de indignação dos brasileiros contra tudo e contra todos, segundo cândida interpretação sociológica de Guilherme Boulos, amplamente disponível nas mídias sociais.

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