Sílvio Lopes, jornalista, economista, professor e palestrante.
Toda ação, ou mesmo omissão que parta de nós, terá suas consequências - boas ou ruins. Por isso eu insisto em observar que o processo decisório, sobre o que for, seja amparado e fundamentado em quatro etapas indispensáveis para dar bons frutos: conhecimento, entendimento, discernimento e, finalmente, ação. Não basta a quantidade de informações para se tomar a melhor decisão. É necessário entendê-las no contexto que se vive para, então, e diante disso, alcançar o discernimento que dará o sustentáculo para a nossa ação. Quando se trata do futuro de um país, tal postura se reveste de um significado maiúsculo porque decide o destino de milhões de seres humanos. Nós, brasileiros, somos em parte cúmplices dos males que afligem a nação, não por falta de conhecimento/informação, mas pela absoluta e inadmissível falta de processar o entendimento sobre tais informações. Onde quer tenha sido implantado, o socialismo e sua expressão máxima, o comunismo, só trouxe opressão, miséria e lançou o povo no fundo de um calabouço de desespero, desesperança e aniquilamento da dignidade e honra humanas. Entre um candidato que podia muito bem não ser polido, mas se destacava dono de um caráter imaculado, optamos por alguém fétido, cheio de iniquidades pessoais e de caráter desprezível. E pior: cujo projeto de nação ( ao contrário do adversário), mesclava tudo que é essencialmente perverso e contra os mais elementares direitos da sociedade, com destaque às liberdades individuais no sentido amplo, que constituem um direito natural e constitucional e não favor ou concessão do Estado. Poucos, hoje, é verdade, podem dizer que estão entendendo o que ocorre no Brasil e, mais grave, para onde nos estão encaminhando. A destruição dos valores éticos e morais, como a família e o fim das liberdades, faz parte da sodomização social que nos leva rápido para o aniquilamento de todo o vestígio civilizatório consagrado pelo mundo ocidental. O deserto é desafiador, tem seu grau elevado de crueldade, com certeza. Porém, se for para apurar nosso processo decisório futuro, que fique logo para trás. Claro, isso tudo se ainda houver tempo para a reconstrução impostergável e gigante que nos aguarda logo ali à frente.