BRDE contratou R$ 2,2 bilhões em financiamentos em 2017


O BRDE contratou R$ 2,2 bilhões em financiamentos nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, em 2017. O diretor-presidente, Orlando Pessuti, ressaltou que o Banco encerrou o ano mantendo-se como o maior repassador de recursos entre as instituições credenciadas pelo BNDES na Região Sul e o sexto colocado quando são considerados todos os estados do País.
- Este desempenho do BRDE produziu repercussões socioeconômicas importantes para o Sul. Foram 33.065 empregos criados ou mantidos, 6.613 diretos e 26.452 indiretos. As operações também geraram o recolhimento de ICMS incremental de R$ 359 milhões que os três estados destinarão às comunidades através de políticas públicas – disse o presidente Pessuti.
Das 4.744 operações de crédito realizadas pelo BRDE, 79% foram para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), num volume de R$ 1.013.323,00. A média de R$ 463 mil por contratação demonstra o cumprimento do compromisso do BRDE com o fomento ao desenvolvimento econômico e social sustentável para empreendimentos de todos os portes.
Somado o valor de R$ 2,2 bilhões das contratações aos recursos próprios dos investidores, o total aplicado nos projetos financiados pelo banco chega a R$ 4,071 bilhões.
Assim, o Banco elevou para R$ 132,7 bilhões, em valores atualizados, o volume de recursos que aplicou nos seus 56 anos de atuação na Região Sul.
Destaque para a sustentabilidade
Nas contratações em 2017, foi destaque entre os programas de crédito do banco o BRDE Produção e Consumo Sustentáveis – PCS, com R$ 45,7 milhões destinados a empreendimentos de desenvolvimento sustentável – econômico, ambiental e social – na região Sul do Brasil.
Como o primeiro banco a exigir Licença Ambiental para financiar projetos de empresas, o BRDE mantêm acordo de cooperação com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD/ONU para a promoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os projetos financiados pelo BRDE nos setores agropecuário, industrial e de serviços a ele associados, da agricultura familiar e do cooperativismo, assim como as recentes contratações no setor eólico, os projetos de inovação e de produção e consumo sustentáveis, resultam na elevada aderência de 83% aos ODS.

Artigo, Astor Wartchow - O golpe da narrativa


Artigo, Astor Wartchow - O golpe da narrativa
- O autor é advogado, RS


      Alguns professores e departamentos de universidades públicas estão empenhados em criar e oferecer cursos e palestras acerca do impeachment da presidente Dilma Roussef (PT). Na opinião prévia e notória destes professores, o fato se caracterizaria como um golpe político.
      Antecipadas suas avaliações e certezas pessoais, tudo indica que o curso não tratará exata e especificamente acerca das razões e da natureza do respectivo processo constitucional. Mas, sim, do ponto de vista pessoal, ideológico e partidário dos ditos professores. Ou seja, o curso em questão renovará e fortalecerá tal narrativa.
      Consequentemente, esta tese acadêmica (originariamente petista) não reconhece a legalidade e legitimidade do processo de impeachment , ainda que cumprido todo o ritual, inclusive presidido o ato pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).
      Assim como não reconhece como infringidos fundamentos legais da administração pública, como fazem prova documentos e relatórios públicos.  A “narrativa do golpe” também pressupõe ignorância e desvinculação da situação atual (recessão e desemprego) relativamente àqueles antecedentes de má administração.
      À época, entre as razões políticas e fiscais que sustentariam um processo de impeachment, as “pedaladas fiscais” são prova óbvia e conseqüência direta da administração perdulária, insustentável e fiscalmente irresponsável, práticas típicas de administrações populistas. 
      A anunciada iniciativa acadêmica vem apenas confirmar o que já sabe há muito tempo. Não há mais debate, criatividade e autonomia intelectual na universidade brasileira.
      Fica evidente que se criou um ambiente de contínuo patrulhamento ideológico, estabelecendo constrangimentos a livre opinião e prática docente (e discente), assim como obstáculos invisíveis (ainda que reais) às pretensões individuais de objetivos e carreira acadêmica.
      Não sou contra tais cursos, palestras e abordagens! Mas, como explicar que a exemplo do curso ora em discussão não haja iniciativa semelhante voltado a pesquisar e divulgar, por exemplo, o sucesso e a popularidade da Operação Lava-jato, a surpreendente degradação nacional (logo após a messiânica narrativa do “nunca dantes”), a exportação da corrupção, o escandaloso financiamento e cooptação de partidos, etc...
      Final e ironicamente, a vingar o curso sugerido, caberia consultar os regimes parlamentaristas em vigor em outras nações - a título de pesquisa e comparação acadêmica - se a cada queda dos respectivos gabinetes ministeriais, também realizados pela maioria congressual e dentro do processo legislativo-constitucional de cada país, a respectiva minoria, ou próprio primeiro ministro, também afirmaria se tratar de “golpe”?

Fundador do Psol, Babá, dispara: "Que Boulos vá se abraçar com o governo corrupto de Lula"

João Batista Oliveira de Araújo, o Babá, fundador do PSOl, parece menos tolerante do que Luciana Genro, que torceu o nariz e acabou absorvendo tudo. Ele escreveu nas redes sociais:

- Vergonha irreparável! Foi o que aconteceu em São Paulo no dia 03 de março de 2018 no lançamento da pré-candidatura a presidente da República pelo PSOL do lulista Guilherme Boulos.

E disparou:

-Que Boulos vá se abraçar com o governo corrupto de Lula.

Psol em pé de guerra por causa de Boulos

João Batista Oliveira de Araújo, o Babá, fundador do partido, escreveu nas redes sociais:

“Vergonha irreparável! Foi o que aconteceu em São Paulo no dia 03 de março de 2018 no lançamento da pré-candidatura a presidente da República pelo PSOL do lulista Guilherme Boulos. A direção do partido, que insiste em desconhecer as pré-candidaturas dos companheiros Plínio de Arruda Sampaio Jr, de Nildo Ouriques e Hamilton de Assis, quadros históricos de nosso partido, se nega a realizar as prévias exigidas pela militância para a escolha de nossa candidatura, e ainda realiza um ato onde apresenta um vídeo do corrupto Lula apoiando a candidatura de Boulos, seu homem de confiança dentro do PSOL.

O PSOL foi fundado em 2004 após a nossa expulsão do PT em 2003 porque votamos contra a Reforma da Previdência de Lula e porque não apoiamos o nome do banqueiro Henrique Meireles, que Lula foi buscar da presidência do Bank Boston em Nova York para dirigir o Banco Central, para aprofundar a política econômica neoliberal de FHC e atender os interesses dos banqueiros.

Também fomos contra o nome do corrupto José Sarney que foi quem Lula indicou para a presidência do Senado.

Em 2004 junto com milhares de companheiros coletamos mais de 500 mil assinatura e fundamos o Partido Socialismo e Liberdade, pra enfrentar o governo corrupto de Lula que se aliou à uma verdadeira quadrilha da qual faziam parte Sérgio Cabral, Renan Calheiros, Romero Jucá, Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, Collor de Mello, Jader Barbalho, entre outros bandidos. Uma boa parte deles foram ministros nos governos de Lula e Dilma.


Será que os companheiros Chico Alencar, Marcelo Freixo e Ivan Valente já se esqueceram que Lula e o PT colocaram o corrupto Michel Temer por duas vezes vice-presidente de Dilma em 2010 e 2014? O mesmo Temer que há poucos dias Lula defendeu ardorosamente, o absolvendo como se fosse o mais honesto dos homens.

Será que os companheiros também estão absolvendo as íntimas relações políticas com corruptos presos como Cabral e Cunha e o investimento de empresas privadas em suas campanhas, em troca de benefícios corruptos que caracterizaram o governo corrupto de Lula?

O Lula é um corrupto não apenas pelo triplex do Guarujá ou o sítio de Atibaia, mas principalmente por ter recebido das empreiteiras R$ 606 mil reais que foram bloqueados em 4 contas correntes dele em 4 bancos diferentes.

E mais grave ainda foi ter recebido de propina das empreiteiras R$ 9.039.295.09, dos quais investiu na BRASILPREV R$ 1.848.331,09 em um plano de previdência pessoal e mais R$ 7.190.963,75 em um Plano de Previdência empresarial.O que comprova a expectativa do ex-presidente na privatização da Previdência Pública brasileira, ainda que discurse em sentido contrário.

Os companheiros do PSOL que lutam tanto contra corrupção e construíram no Partido uma avaliação correta de que a corrupção mata (!) e principalmente a população mais pobre e que hoje apoiam a candidatura Terceirizada por Lula, que é o Lulista Guilherme Boulos, deveriam sentir vergonha de fazer o lançamento de Boulos em São Paulo apresentando um vídeo do corrupto Lula apoiando o seu candidato Terceirizado para o PSOL. É UMA VERGONHA!!

Nós que fomos expulsos do PT em 2003 justamente por termos tido a coragem de VOTAR CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA DE LULA e que fundamos com milhares de companheiros o PSOL em 2004, ficamos revoltados ao vermos essa cena deprimente que aconteceu em São Paulo.

FORA BOULOS DO PSOL e que ele vá se abraçar com o governo corrupto de LULA dentro do PT!!!”

A Proliferação da impostura


A Proliferação da impostura
Luis Milman

A proliferação, nas universidades públicas federais, de cursos sobre o “Golpe de 2016 contra Dilma Roussef” escancara a falta de vergonha e de pudor, que são valores indispensáveis na vida acadêmica, assim como a busca da verdade. Demonstra, ainda, que a vida intelectual e crítica na Universidade deu lugar à militância abjeta de um corpo de professores esquerdistas e intelectualmente paranoicos. Os cursos são propostos na forma de uma invalidez lógica, pois supõem aquilo que deveriam demonstrar, viciando, assim, a alegada tese golpista com uma petição de princípio. A derrapada lógica que os caracteriza expõe o fato de que nada que possa vir a ser objeto de análise nestes cursos guarda sequer uma remota proximidade com os fatos que levaram Dilma Roussef a ser apeada do Governo,
O que está a ocorrer nestes cursos de extensão abrigados em universidades públicas, que desejam tematizar um inexistente golpe, em flagrante percepção delirante do que ocorreu no processo do impeachmant, é uma tentativa de rebaixar a institucionalidade e a legalidade de todo o processo que levou à destituição constitucional de Dilma Roussef. Mais ainda, é uma tentativa articulada de construir uma narrativa com base em pressupostos aparvalhados, próprios de uma classe de professores militantes do PT que,  há muito, dominam culturamente a universidade, em especial a áreas de ciências humanas, Estes cursos sobre o golpe que não existiu deformam a verdade científica em sentido estrito, porque Dilma Roussef foi   processada pelo Senado Federal, por crime de responsabiliade, com a autorização da Câmara dos Deputados, tudo em conformidade com a Constituição e a Lei do Impeachmant.
É de se perguntar que, se houve golpe, quem o praticou. A resposta é sempre conspiratória. Quem executou o golpe foi a mídia, os poderosos, o aparato jurídico e forças de segurança dos EUA, como as definiu num artigo recente aquele ex-frei marxista Leonardo Boff. Que uma militância desprovida de raciocínio e em permanente estado de delírio acredite nesta fórmula, se entende. Mas quando professores de universidades federais, ainda que esquerdistas, professam a mesma crença degenerada e assumem papel de protagonistas na denúncia de um golpe inexistente, o caso torna-se grave. Se quisessem analisar honestamente o que ocorreu em 2016, que fossem buscar pesquisadores que fazem pautar suas análises sine ira et studio, que pudessem demonstrar que, em todos os sentidos, a legalidade institucional foi preservada e a conclusão inevitável do processo foi o afastamento definitivo da presidente petista da presidência da república, com a consequente posse na presidência do seu vice legítimo, como manda a lei, Não houve golpe algum, não houve ruptura institucional alguma.
As universidades públicas que abriram suas portas para a enganação e a falta de vergonha, estão consorciadas numa missão revisionista. Elas não podem levar a termo cursos sobre o golpe sem que deixem de falsificar a história, sem que lancem mão de uma mitologia abjeta de conspirações, e mais, sem que rebaixem seus professores ao nível de impostores.