Pesquisa

 A Pesquisa de Hábitos de Consumo das Classes C e D da Superdigital, fintech do Santander, indica que em março, o consumo dos brasileiros caiu 4% em relação ao mês anterior. O levantamento é realizado mensalmente e busca traçar o perfil do consumidor dessas classes sociais.

O Rio Grande do Sul acompanhou o cenário nacional. A pesquisa apontou que os gastos no Estado também recuaram 4% em março ante fevereiro deste ano. Os setores que mais caíram foram Companhias Aéreas (-39%), Hotéis e Motéis (-20%) Lojas de Roupas (-12%). Por outro lado, houve crescimento nos gastos com Diversão e Entretenimento (65%), Combustível (12%) e Automóveis e Veículos (11%).

Ao analisar os dados por região, o maior recuo foi no Sudeste, que repetiu a tendência registrada no mês anterior, com recuo de 6%. A região Nordeste registrou queda de 4%, enquanto as regiões Norte e Sul apresentaram declínio de 1% cada. A única região que apresentou um pequeno crescimento foi o Centro-Oeste, com 1%.

Segundo Luciana Godoy, CEO da Superdigital no Brasil, a pesquisa aponta que o movimento se deve, em parte, às famílias estarem mais em casa, por conta do distanciamento social imposto em boa parte do País. “Mas podemos perceber que, além da sensível queda, houve uma mudança na forma de consumo, com uma migração relevante para itens mais necessários em casa e compras online. Além disso, pudemos ver outras mudanças de hábitos, como o aumento dos gastos com combustíveis e a queda dos gastos com transporte. Ou seja, as pessoas, em março reduziram o uso de transportes públicos e deram preferência ao automóvel”, diz.

Em termos setoriais, as maiores quedas registradas em março na comparação com fevereiro foram em Restaurantes (-6%), Lojas de Roupas (-5%), Transportes (-5%) e Serviços (-4%). Enquanto isso, cresceram os gastos com Diversão e Entretenimento (32%), Combustível (11%), Drogaria e Farmácia (10%) e Supermercado (8%).

“Se detalharmos cada segmento, entenderemos mais os efeitos gerados do isolamento social. Por exemplo, o que apresentou grande aumento nos gastos em Diversão e Entretenimento foi a aquisição de jogos online”, explica a executiva.

Outro ponto a observar na pesquisa em março é que, além do aumento dos gastos em Supermercados, a categoria esteve mais presente no orçamento dos brasileiros das classes C e D, com três pontos percentuais a mais. Enquanto a participação de Restaurantes caiu um ponto percentual.

Na análise do valor médio de cada compra no mês de março é possível observar aumento nas categorias Farmácia, Prestadores de Serviços e Combustível, principalmente. Em contrapartida, os consumidores gastaram menos em Hotéis e Motéis, Automóveis e Veículos, Restaurantes e Transporte.

A pesquisa também reforça a tendência de queda nas compras físicas, dando mais espaço às compras online.

Recortes regionais

Rio Grande do Sul

No Rio Grande do Sul, a pesquisa apontou que os gastos recuaram 4% em março ante fevereiro deste ano. Os setores que mais caíram foram Companhias Aéreas (-39%), Hotéis e Motéis (-20%) Lojas de Roupas (-12%). Por outro lado, houve crescimento nos gastos com Diversão e Entretenimento (65%), Combustível (12%) e Automóveis e Veículos (11%).

Paraná

No Paraná, a pesquisa apontou leve recuo mensal de 1%. Os gastos que mais recuaram foram os com Companhias Aéreas (-14%), Telecomunicações (-13%) e Hotéis e Motéis (-5%). Na outra ponta, houve crescimento nos gastos com Combustível (21%), Automóveis e Veículos (19%) e Drogaria e Farmácia (12%).

Espírito Santo

No Espírito Santo, a consumo caiu 2%. A pesquisa aponta que em março ante fevereiro, as categorias mais prejudicadas foram Hotéis e Motéis (-49%), Companhia Aéreas (-48%) e Automóveis e Veículos (-36%). Houve avanço nos gastos com Diversão e Entretenimento (54%), Combustível (28%) e Supermercado (20%).

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, os dados da pesquisa mostram que os gastos recuaram 14%. Os setores que puxaram a queda foram Serviços (-15%), Companhias Aéreas (-7%) e Hotéis e Motéis (-3%). Houve aumento nos gastos com Diversão e Entretenimento (24%), combustível (17%) e Supermercado (11%).

São Paulo

Em São Paulo, a pesquisa mostrou que o consumo teve queda de 3% em março ante fevereiro. As maiores quedas foram registradas pelos setores de Restaurantes e Serviços (-6%), Lojas de Roupas (-5%), Automóveis e Veículos (-5%) e Transportes (-4%). Contudo, houve avanço nos gastos com Diversão e Entretenimento (26%), Drogaria e Farmácia (11%), Combustível (11%) e Supermercado (9%).

Minas Gerais

Em Minas Gerais, o levantamento apontou que o consumo recuou 6% em março. Os setores que mais caíram foram Hotéis e Motéis (-18%), Automóveis e Veículos (-17%), Serviços (-9%) e Restaurantes (-9%). Houve grande aumento nos gastos com e Companhias Aéreas (83%), Diversão e Entretenimento (41%), prestadores de Serviços (37%) e Drogaria e Farmácia (6%).

Pernambuco

Em Pernambuco, os dados revelaram que o consumo andou praticamente de lado, com um leve recuo de 0,1% em março ante fevereiro. Os gastos que mais recuaram foram os das categorias Combustíveis (-27%), Companhias Aéreas (-24%) e Serviços (-15%). Houve um grande crescimento dos gastos com Automóveis e Veículos (76%), Rede Online (51%) e Diversão e Entretenimento (44%).

Ceará

No Ceará, a pesquisa aponta que o consumo em março reduziu 1% na comparação com fevereiro. Os gastos que mais caíram foram os com Companhias Aéreas (-56%), Lojas de Roupas (-20%) e Restaurantes (-10%). Na outra ponta, subiram os gastos com Diversão e Entretenimento (51%), Rede Online (22%) e Drogaria e Farmácia (21%).

Bahia

Na Bahia, a pesquisa mostrou que o consumo caiu 10%. As categorias que mais recuaram foram Hotéis e Motéis (-26%), Restaurantes (-17%) e Lojas de Roupas (-14%). Na outra ponta, subiram os gastos com Diversão e Entretenimento (48%) e Prestadores de Serviços (30%).

Sobre a Superdigital

A Superdigital (www.superdigital.com.br) é uma das fintechs do Banco Santander com atuação global. Possui mais de 1,7 milhão de clientes e processa mais de 70 milhões de transações por ano. O propósito da empresa é democratizar os serviços bancários: em apenas cinco minutos, qualquer pessoa pode abrir uma conta e gerenciar sua vida financeira sem burocracias, pelo celular.


 


Vendas sobem 23,02% na Capital de São Paulo

As medidas mais restritivas da Fase Vermelha do Plano São Paulo parecem não ter impactado negativamente no mercado imobiliário da Capital paulista. Os resultados levantados pela pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CRECISP) demonstram que o isolamento social não interferiu na venda de casas e apartamentos residenciais usados na cidade de São Paulo, no mês de março. Ao contrário, houve um aumento de 23,02% no volume de imóveis vendidos nesse mês, na comparação com fevereiro.

 Curiosamente, uma proporção de 44,35% dos negócios desse período foi feita à vista e outros 45,97% foram financiados por bancos privados. Restou à CAIXA um percentual de financiamento de 4,84% dos negócios ocorridos em março na Capital. O índice é um pouco superior aos 3,23% correspondentes às vendas financiadas diretamente pelos proprietários. E os consórcios responderam por 1,61% do total vendido.

 “Isso demonstra que as instituições financeiras – especialmente as privadas - têm visto o mercado imobiliário com bons olhos, acirrando a concorrência por novos clientes e oferecendo condições muito atraentes aos futuros mutuários”, afirmou o presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto. Viana acredita que há uma tendência de crescimento dos negócios até o final do ano, principalmente com a ampliação da cobertura das vacinas, garantindo a retomada gradativa das atividades.

 “Os novos clientes não sumiram. Apenas estão buscando condições mais interessantes para negociar, com taxas de juros mais baixas, por exemplo. O grande percentual de negócios à vista também indica que o comprador está preferindo investir no imóvel agora, do que contar com um pagamento parcelado com que talvez tenha dificuldade em arcar futuramente, caso perca seu emprego.

 A Zona C da cidade, composta por bairros como Aricanduva e Chácara Santo Antonio, foi que a apresentou o maior percentual de vendas de casas e apartamentos, com 33,05%. Na sequência, vieram as Zonas B (27,41%); A (25,01%); D (13,72%) e a Zona E, com 0,82%.

Mais da metade das vendas de casas e apartamentos (58,06%) ocorridas na Capital em março foi de imóveis cujo valor final médio não ultrapassou R$ 800 mil. Com relação ao valor médio do metro quadrado, 52,17% dos imóveis negociados estavam na faixa de R$ 8 a R$ 9 mil/m².

No mês de março, o perfil das casas e apartamentos foi, na maioria, de padrão médio (76%).

 Aluguel sofre queda em março

 A tendência de alta nas vendas pode ter respingado no menor número de imóveis alugados em março na comparação com fevereiro. Nesse período, a queda chegou a 21,46%.  Mesmo assim, o acumulado do ano ainda está positivo em 8,97%, demonstrando que o mercado ainda está aquecido.

 Uma surpresa nas garantias locatícias foi o percentual de 45% registrado nos depósitos em poupança de três meses de aluguel. O fiador, anteriormente preferência nas locações, ficou com 22,74% dos contratos e o seguro fiança, com 20,48%.

 “Na Capital e em cidades maiores, a figura do fiador está se tornando mais rara, pois poucos querem se dispor a avalizar um aluguel e, por outro lado, os inquilinos também não se sentem muito à vontade para pedir a um amigo ou familiar para que assuma esse papel. Por conta disso, o depósito acabou se tornando uma opção mais viável”, comentou o presidente do CRECISP.

 O volume de chaves devolvidas em março superou em 51,29% o número de imóveis alugados. Em fevereiro, esse índice tinha chegado apenas a 6,44%, o que indica um aumento de 42,14% nas devoluções. “Ao que tudo indica, a correção do aluguel pelo IGPM levou os inquilinos a não renovarem seus contratos e buscarem imóveis com valores de aluguel mais acessíveis. Os proprietários que não aceitaram negociar, acabaram com suas casas e apartamentos vazios”, ressaltou Viana.

 Em fevereiro, o IGPM fechou em 25,71% e em março, o índice subiu ainda mais, chegando a 28,94%.

 A inadimplência também cresceu em março na Capital, fechando o mês 20,71% maior que em fevereiro (6,82% contra 5,65% na comparação).

A faixa de preço de locação preferida dos inquilinos foi de imóveis de até R$ 1.500 (59,35% dos novos contratos).