Texto do Promotor de Justiça Eugênio Paes Amorim:

Este é o PM Thales Ferreira Floriano, falecido neste final de semana em Cidreira-RS, aos 31 anos. Morto em serviço por marginais, deixa mulher e a filha pequena. Nas fotos, uma linda família destruída e a imagem do soldado fardado.
Era um herói destes anônimos, que mal pago e recebendo em parcelas, jamais deixou de honrar a defesa da sociedade na profissão que escolheu por ideal.
Minha homenagem a todos os policiais, militares e civis, que assim como Thales entregam sua vida por nós e por nossas famílias.
Meu desprezo, nojo e indignação por todos os canalhas que participaram direta e indiretamente de mais esta morte.
Meu desprezo a quem puxa os gatilhos e mata vidas e sonhos, deixando órfãos e familias na dor.
Meu desprezo ao garantismo parcial que permeia as universidades, levado adiante por professores inescrupulosos, no mais das vezes criminalistas que endeusam o dinheiro que ganham e a fama que sustentam entre estudantes acríticos e boçais.
Meu desprezo ao mesmo garantismo parcial que permeia a política, especialmente através da corja esquerdista tupiniquim, que acumula leis e outras medidas sempre a favor dos criminosos. Os mesmos que querem desmilitarizar a polícia, desarmar a população, legalizar as drogas e são contra a redução da maioridade penal e a pena perpétua.
Por fim, meu mais profundo desprezo ao garantismo parcial que permeia o Poder Judiciário, sustentado por uma pequena parcela de Juízes - mas muito gravosa - que, no exercício de uma bandidolatria injustificável, regozijam-se em soltar réus, deixam de encaminhar os assassinos ao Júri, baixam penas ou absolvem facínoras e, ainda, em execução penal, fazem acordos com o crime, permitindo benesses nos presídios ou concedendo tornozeleiras e prisões domiciliares inócuas.
Você estará ao lado de Deus, Soldado Thales, como todos aqueles que defendem a vida e a sociedade. Quanto aos demais, aproveitem seu dinheiro sujo de sangue inocente e sua fama efêmera, pois espero muito que exista um inferno para recebê-los!
Estou indignado!

Pelo fim da cultura antipolicial!!!!!

Artigo, Marcelo Aiquel - E a ladainha não tem fim

          A cada dia surge uma nova notícia, uma nova denúncia, um novo processo, envolvendo geralmente os mesmos denunciados, os mesmos réus.
         Para não ser injusto, reconheço que há uma troca nos nomes, mas raramente há mudança nas suas origens. Ou seja, a grande maioria é oriunda do grupo ligado ao PT, ao Lula, à Dilma, à esquerda brasileira e, como não poderia deixar de ser, à guerrilha dos anos 60.
         É verdade que também apareceram nas listas outras figuras que – em tese – nada tem a ver com a referida ideologia, o que só serve para alimentar a surrada e canalha justificativa, utilizada sempre por todos os culpados do mundo: “MAS, OUTROS TAMBÉM FIZERAM”...
         Como se, em algum lugar decente do planeta, um erro possa ter o condão de justificar outro!
         E, em meio a tudo isso ainda se tem que aturar a infindável ladainha patrocinada por meia dúzia de pelegos amestrados e reproduzida por um grupelho de “Maria vai com as outras”, que grita sem parar: É GOLPE!
         Eu poderia até plagiar a piada que diz ter sido realmente um golpe a saída forçada da Dilma e do PT do governo. Foi um golpe sim, mas um GOLPE DE SORTE para o Brasil...
         Juntamente com a ladainha, vieram agora dois novos jargões: (i) “O Temer não vale nada. Fora Temer!”; e (ii) “O juiz Moro é parcial e a Lava Jato só tem interesse em perseguir injustamente o Lula”.
         Sem nenhuma surpresa, o falastrão de nove dedos lidera a estratégia para desacreditar a Justiça Federal de Curitiba.
         Aliás, uma estratégia tão “anã e esdrúxula” quanto o caráter do ser vivo mais honesto do Brasil! 
         O curioso é que os mesmos que se amparam nestes jargões, até o ano passado clamavam por justiça e achavam o Temer um ótimo vice-presidente. Agora que a mão da justiça alcançou os “deles”, não querem mais? Ou será que votaram na guerrilheira bolivariana e não votaram no seu vice? Só os hipócritas declaram tal feito. O decadente Caetano Veloso, por exemplo, é um dos que se prestam a isso.
         Então, além de reclamar de golpe, o grupelho também quer a cabeça do Temer.
         Se eu fosse eles, estaria MUITO (mas realmente muito) mais irado com o Zé Dirceu, o Vaccari, o Delcídio, o Paulo Bernardo, e tantos outros que eram “cama e mesa” do PT até ontem.
         Afinal, não há ladainha suficiente para desmanchar o antigo ensinamento que nossos avós usavam para “filtrar” as más companhias: “dize-me com quem andas e dir-te-ei quem és”.
         Simples assim!
         Enfim, se os crimes foram cometidos pelos companheiros de caminhada, de papo, os velhos amigos de sempre, como separar o joio do trigo?
         Ou será que alguém imagina que poderá me fazer acreditar que todas as dezenas de indícios JÁ FARTAMENTE DEMONSTRADOS (vários destes, inclusive, lastreados em provas robustíssimas, inatacáveis) são obra de uma perseguição orquestrada para desmanchar a figura do Lula e do seu partido de corruptos processados, e muitos já condenados?
         Se alguém pensa assim, é – com certeza – muito mais imbecil do que parece ser.
         Eu poderia escrever mais uma dezena de parágrafos, até criando um especialmente em “homenagem” ao patético deputado gaúcho Paulo Pimenta (atual porta voz oficial do “É GOLPE!”), mas prefiro encerrar com uma frase que define exatamente QUEM SÃO estas pessoas:

         NEM TODO IMBECIL É HIPÓCRITA. MAS TODO HIPÓCRITA É – COM CERTEZA – UM IMBECIL.

Nelson Jobim: eleições municipais. O desafio

Jurista, ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal 

O Supremo Tribunal Federal (STF) julgou inconstitucional a doação de pessoas jurídicas (empresas) para o financiamento de campanha eleitoral.
Contra tal decisão, o Congresso, em projeto de reforma política, aprovou o financiamento por pessoas jurídicas.
A presidência da República sancionou o projeto, com o veto à regra permissiva (L. 13.168, de 2015).
Retornamos ao sistema proibitivo instituído em lei de 1965, do regime militar (Castello Branco).
Relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito, que examinara o financiamento nas eleições de 1989 (Collor), concluiu que a proibição de contribuições das pessoas jurídicas era o problema, pois: a) o Fundo Partidário, os recursos próprios e as contribuições das pessoas físicas eram insuficientes; b) logo, a contribuição das pessoas jurídicas era necessária.
Em 2015, quando da discussão no STF, o ministro Teori Zavascki advertiu quanto à imposição de "gessos artificiais e permanentes às alternativas (...) ao sistema de financiamento dos partidos políticos e das campanhas eleitorais".
Nas eleições municipais, o financiamento deverá ser feito: a) por recursos próprios; b) por até 15% do Fundo Partidário, a ser distribuído aos candidatos de cada partido; e c) por doações de pessoas físicas, limitadas a 10% dos rendimentos declarados em 2015.
Além do mais, o limite de gastos será de 70% (setenta por cento) do maior gasto ocorrido na eleição imediatamente anterior.
Não conheço os números que tal limite produzirá.
Será de cada município a apuração desse limite.
A proibição, imposta pelo regime militar, ressuscitada pelo STF e pela lei, não irá empurrar os partidos para a ilegalidade, tal como observado pela CPI de 1992?
Examine-se a seguinte hipótese: candidato a prefeito ou a vereador, 15 dias antes da eleição, é informado que foi atingido o limite dos recursos.
Ele e seu partido paralisarão a campanha ou dirão: "Vamos em frente, depois daremos um jeito."
Advertidos dessa hipótese, quem vai pretender ser candidato?
Aquele que paralisará a campanha ou aquele que "dará um jeito"?
Esse dilema contribuirá para a melhora dos quadros políticos?
Essa fórmula melhorará as campanhas eleitorais ou imporá a sua burla?

Será que a necessidade não derrubará o "gesso artificial" da proibição e voltaremos a 1989?