Por que ele pegou o jet ski e foi salvar vidas no Rio Grande do Sul

Era um domingo e Andy Terezo não conseguia dormir após ver vídeos do Rio Grande do Sul, o estado vem sendo atingido por fortes chuvas desde o dia 27 de abril. O empresário e músico de 35 anos estava em sua casa com esposa e filho, em Curitiba (PR), e sentiu que precisava fazer algo. Na manhã seguinte, Andy reuniu 30 amigos, com quem costuma andar de jet ski e saiu no mesmo dia para Porto Alegre, capital gaúcha, sem data para retorno.


"Nós passamos a noite viajando, não dormimos, chegamos na manhã desta terça e ficamos assustados com tudo que vimos. A gente tem uma dimensão através dos vídeos, mas nem chega perto do que é ver pessoalmente. Nós vamos passando e tem gente gritando pedindo ajuda, cachorro nadando, pessoas sozinhas nadando no meio da água. É muito triste, a água não para de subir", destacou o empresário ao Valor.

Terezo e seus amigos chegaram a Porto Alegre de carro, deixaram o veículo em uma garagem e seguiram de jet ski para outras cidades que precisavam de ajuda. O grupo composto por 30 pessoas está utilizando 15 jet skis e dois barcos e, neste momento, está em Canoas, um dos municípios mais afetados.


"Esse é o único jeito de chegar em alguns pontos, a gente vai passando por cima de casas, de lojas porque está tudo embaixo d'água. Tem muita coisa aqui, tem muitos animais na rua, cavalo desesperado com água até o pescoço, pessoas sofrendo, perdendo tudo. Para estar aqui tem que estar com a cabeça em dia porque é muito difícil, eu nunca imaginei na minha vida ver tanto sofrimento", diz.

Na casa de sua mãe em Curitiba, o empresário montou um local de campanha para receber doações de água, comida e produtos de higiene que serão transportadas para a capital gaúcha através de um outro amigo dono de uma transportadora.


Além disso, Terezo afirma que vem recebendo ajuda das pessoas que estão em Canoas, como um mecânico que consertou um jet ski que quebrou, outro que permitiu que o grupo colocasse um colchão na sala ou usasse o banheiro.


Entretanto, o empresário afirma que a falta de segurança vem dificultando o trabalho dos voluntários, não só pela sua própria proteção, como por moradores que não querem deixar suas casas por medo de serem roubados.


"Em alguns momentos a Polícia Federal nos escolta, mas quando eles vão embora é nós por nós. A gente escuta tiro, uns alertam para não ir em tal lugar que estão roubando, tem gente que pede ajuda em uma casa, o pessoal chega lá e é roubado. Segurança zero", afirmou.


"Só que existe mais gente ajudando que atrapalhando, e isso é o que importa. Estamos muito emocionados de estar aqui, você não sabe mais o que é impressionante ou emocionante, é tudo muito forte. Arrepia poder ajudar uma família que perdeu tudo", acrescentou.



Narrativa assombosa de uma viagem dramática até Torres

 Olha só o sufoco que passamos.

Moramos na Armando Barbedo, Tristeza,  na beira do rio e a água entrou direto na nossa casa.

Todas comportas e ralos anti-enchentes não foram suficientes, pois a água passou por cima de tudo.

Agora, mais tranquilo, depois de doze horas de sono, coisa que não me acontecia há muitos anos. Três dias sem dormir dá nisso. 

Ontem foram 7 horas de viagem até Torres: 5 horas só na RS 040/RS 118.  Foi um sufoco até chegarmos à freeway. 

Na RS 118, vimos cenas dantescas. Nem em filme de apocalipse feito pelo Spielberg descreverioa o que vimosm ontem, naquela estrada. Um horror com fortes emoções e, com certeza, Deus estava ao nosso lado e ao lado de todo mundo que estava lá. Parecia haver uma aura protetora em volta dos carros, pois ninguém bateu.

Bombeiros, ambulâncias, motos, carros da polícia, Brigada Militar, Defesa Civil, enormes caminhões do Exército com potentes faróis  indo e vindo em todas as direções e sentidos, com sirenes e giroflex ligados. Não existia mais mão e contramão, pois qualquer espaço era válido para passar, enfim, um verdadeiro caos.

E, na freeway, zero movimento. Tudo ao contrário do que a imprensa tradicional divulga!

No pedágio de Glorinha, havia 5 carros, incluído o nosso. No pedágio de Sto. Antonio, 4 carros, incluído o nosso.

Tirando os poucos caminhões, havia poucos carros no percurso atéTorres: a cidade vazia, apenas com o movimento característico de “fora de temporada”.

Artigo, Silvio Lopes - Viva o Exército!

      Não é o de maior contingente do mundo, mas é, disparado, o  melhor preparado, o mais eficiente. E o mais compromissado.

     Com sua história, com sua nação, com o seu povo, com seus valores, crenças, e até com a própria sobrevivência da raça humana nesta aventura terrena.

         Valores como amor à pátria, defesa inquestionável de seus mais caros e determinísticos traços culturais e cívicos. Zelo pela defesa de seu território, de suas fronteiras contra os inimigos, que são muitos.

      Povo amante das liberdades, tem no espírito de seus soldados, de seus comandantes, no seu Exército, a armadura inquebrantável prá suportar e derrotar qualquer guerra, declarada ou não.

      Em tragédias aqui ou alhures, lá está o Exército, fardado ou em trajes civis, aliviando a dor de seus irmãos humanos, independente de procedência.. 

      Detentor de princípios inalienáveis, mantém-se blindado aos achaques do mal, irretorquível, impávido e destemido.

    Quantas lições a nos apontar. Histórias de tenacidade, amor e despreendimento além fronteira. Ah! se pudéssemos ao menos absorver e cultivar tamanhos atos de bravura, de amor pátrio e imperturbável apego às liberdades individuais. À verdadeira democracia.

      Que esses tons inapagáveis do Exército de Israel possam, um dia, serem por aqui incorporados no espírito vendilhão e covarde dos nossos generais. Viva o Exército. De Israel.

Sílvio Lopes, jornalista, economista, escritor e palestrante sobre Economia Co

Artigo, J.R. Guzzo, Gazeta do Povo - O povo cansou de levar Lula a sério

É princípio firmado pela ciência e pelo bom senso que você não pode esperar resultados diferentes se pratica sempre a mesma experiência. O presidente Lula está oferecendo um “plus a mais” para contribuir com esse ensinamento: o sujeito pode até mudar as experiências, mas vai obter sempre o mesmo zero se continua sendo a pessoa que é.


Em quase um ano e meio na Presidência, não conseguiu entregar uma única solução, ou mesmo sugestão coerente, para qualquer dificuldade concreta da população. Só fala bobagem, aqui e quando viaja. Não pode, desse jeito, ser levado a sério pelo cidadão comum – e muito menos contar com a sua presença quando tenta aparecer em praça pública.


A última coisa que passa pela cabeça de Lula é mudar a própria conduta e, muito menos, achar que haja alguma relação entre o que ele faz no governo e o fracasso das concentrações de rua em seu favor

Sua última tentativa, no feriado do dia 1º de maio em São Paulo, foi mais uma humilhação. É a data sagrada para os operários de todo o mundo, de quem o comandante supremo do PT se considera o único líder genuíno – o dia das massas, da discurseira contra o “neoliberalismo” e da defesa dos “pobres”. Há 17 anos, desde 2007, Lula não se apresenta diante do povo – do povo de verdade, e não dos autômatos que vão para auditórios fechados, de boné vermelho, com a ordem de bater palmas para ele. Foi tentar agora, sabe-se lá por quê. O resultado, obviamente, foi uma maciça ausência de público.


É um fracasso contratado, mesmo com todo o apoio da máquina oficial. Logo depois de o ex-presidente Bolsonaro comandar uma manifestação nos três quilômetros abertos da Avenida Paulista e outra no meio da praia de Copacabana, Lula convocou o seu comício de 1º de maio para o estacionamento do estádio do Corinthians, a 20 quilômetros de distância e a 50 minutos de viagem da Paulista. Parece uma piada, mas foi exatamente isso que fizeram – e não encheram nem o estacionamento.


Não deveriam nem ter tentado fazer o que fizeram – e se fizerem de novo o desastre será o mesmo. A última coisa que passa pela cabeça de Lula é mudar a própria conduta e, muito menos, achar que haja alguma relação entre o que ele faz no governo e o fracasso das concentrações de rua em seu favor. A culpa é sempre dos outros. Em geral, é da “articulação da direita” e da estupidez do próprio povo, que não tem capacidade para perceber o quanto Lula ajuda “os pobres”, comanda o “Sul global” e outras fumaças.


Desta vez, ele acusou a própria CUT. Segundo disse ao passar recibo da derrota, a culpa foi dos altos comissários do aparelho sindical, que “não souberam” convocar o povo como deveriam. Não explicou à CUT o que teria de ser feito, pois não tem a mais remota ideia do que está fazendo.




Congresso americano viraliza sessão sobre perseguições políticas de Moraes e do STF
Foi devastadora a sessão de hoje da Comissão de Relações Exteriores da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, que ouviu seus deputados e também convidados brasileiros, que expuseram os atos de censura, de perseguição política  e até de centenas de prisões políticas, tudo sob a liderança do ministro A. de Moraes, do STF.

Estivedram presentes personalidades brasileiras como a juiza Ludmila Lins e os jornalistas Allan dos Santos, Ana Paula Henkel e Paulo Figueiredo.

A representante republicana María Elvira Salazar criticou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante audiência na Câmara, sobre a censura no Brasil e violações de liberdades.

María expôs alguns fatos para acusar o juiz do STF de cercear a liberdade: 1) A ordem para derrubar um post segundo o qual Lula apoia o ditador da Nicarágua, Daniel Ortega;. 2) Prazo de uma hora para o Twitter derrubar posts de políticos conservadores, sob pena de multa de US$ 30 mil.


Dique

 O jornalista Fernando Albrecht assina a principal página de opiniões do Jornal do Comércio, Porto Alegre. Trata-se de um experiente profissional. Na edição de hoje, Albrecht faz a memória das obras de contenção das águas do Guaíba e a interrupção da maior parte delas.

Leia tudo (só para assinantes, mas o editor é assinante):

Já foi explicado, em eventos anteriores, como foi o projeto do Muro da Mauá e dos diques, mas o que não foi feito, cuja fatura pagamos hoje, mas não custa repetir.Tudo começou com técnicos alemães que iniciaram os estudos em 1967 - na época eu era secretário da gerência de um banco e agilizava para eles o câmbio de marcos para cruzeiros.Na década de 1970, o Muro da Mauá e a avenida Castelo Branco foram inaugurados. O financiamento foi do Banco Mundial a fundo perdido. O agente federal foi o extinto DNOS, Departamento Nacional de Obras de Saneamento.Era superintendente do órgão o engenheiro Marcos Barth. Além do muro, das casas de bombas e da Castelo Branco, o projeto original previa a extensão do dique até São Leopoldo para evitar futuras cheias.Em cima, uma via expressa como alternativa para a BR-116. Antevendo o futuro, incluía pequenas barragens ao longo do Vale do Paranhana, então com pouca população.O muro tinha estaqueamento para suportar uma elevada de seis pistas até o Gasômetro; debaixo, ficariam os terminais dos ônibus urbanos e intermunicipais. Para variar, tudo foi feito pela metade. Depois veio o Trensurb e melou a ideia.


Calamidade pública

A Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira (6) projeto de decreto legislativo (PDL) reconhecendo estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul até 31 de dezembro de 2024.

    O PDL 236/24, derivado de mensagem do Poder Executivo, e relatado pelo deputado Osmar Terra (MDB-RS), será enviado ao Senado.

    Terra afirmou que o decreto tem valor importante de união em torno da tragédia que o Rio Grande do Sul está sofrendo:

- Abre as portas para colocar recursos da União em uma escala importante no Rio Grande do Sul. Há mais ou menos R$ 5 bilhões que podem ser usados sem causar dano nas metas fiscais (de Itaipu, Petrobras). A população está dando exemplo enorme de solidariedade humana. "Estamos vivendo um momento de extremo fervor solidári-, disse.

Defesa Civil

Segundo dados da Defesa Civil do estado, até agora foram registradas 85 mortes, 111 desaparecidos, cerca de 150 mil pessoas desalojadas, das quais 20 mil em abrigos e outras 130 mil em casas de familiares ou amigos. Os temporais começaram há dez dias e atingiram 364 municípios.

Em Porto Alegre, quatro das seis estações de tratamento de água não estão funcionando. Há áreas no estado também sem energia e comunicação. O governo do estado decretou estado de calamidade.

O projeto autoriza a União a não computar, para a meta de resultado fiscal, exclusivamente as despesas autorizadas por meio de crédito extraordinário e as renúncias fiscais necessárias ao enfrentamento dessa calamidade pública e de suas consequências sociais e econômicas. O dinheiro usado nessa finalidade também não estará sujeito à limitação de empenho (contingenciamento).

Restrições fiscais

Para viabilizar a aplicação dos recursos nas operações de socorro, assistência às vítimas, restabelecimento dos serviços essenciais e ações de reconstrução da infraestrutura pública e privada destruídas, outras limitações previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) serão dispensadas:

compensação da ampliação de incentivo ou de benefício de natureza tributária por meio de cortes de despesas ou aumento de receita;

estimativa de impacto orçamentário e financeiro e compatibilidade com o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias;

estimativa de despesas e a origem dos recursos para aumento de despesas de caráter continuado;

proibição de realização de operação de crédito entre ente da Federação e fundo, fundação ou empresa estatal de outro ente;

proibição de captar recursos a título de antecipação de receita, de receber antecipadamente valores de empresa estatal ou de assumir compromissos com fornecedores para pagamento a posteriori de bens e serviços;

no caso de prefeituras, a proibição de contrair despesas nos últimos oito meses do mandato que não possam ser cumpridas integralmente dentro do mandato ou sem dinheiro em caixa para pagar parcelas futuras;

observância de prazos para reenquadramento de despesas com pessoal acima dos limites da LRF; e

observância de prazos para reconduzir a dívida consolidada aos limites estabelecidos.


A situação do RS

 Vocês sabem que o governo lulopetista voltou ao território gaúcho neste domingo, 72 horas depois da desastrada visita feita a Santa Maria por Lula da Silva.

Desta vez o líder inconteste das esquerdas brasileiras veio acompanhado de 10 ministros, do presidente da Câmara e do presidente do Senado.

Desta vez ele não fez piadinha infame sobre futebol e nem falou apenas abobrinhas, mas novamente não entregou nada.

O prefeito Sebastião Melo, Porto Alegre, fez a melhor cobrança da reunião que o governo federal manteve com autoridades estadual e municipal, ao cobrar de modo incisivo:

- Não adianta falar. Esta é a maior tragédia ambiental da história do Brasil. Queremos ação imediata.

Lula e seus ministros voltaram a fazer promessas de ajuda infinita.

O fato é que o povo gaúcho supera de muito a mobilização dos governos, que atuam como se tivessem perdido o eixo, inclusive e principalmente os militares. É o povo quem sai em massa às ruas para resgatar alagados, refugiá-los nos abrigos, fornecer-lhes roupas, remédios, comida, assistência médica, psicológica, além de estender-lhes a mão amiga. Governos estaduais como SC, PR, SP e Minas, mandaram socorro. De Santa Catarina, ajuda de pessoas comuns e empresários vieram a tempo. 

O Estado rendeu-se perante a Nação gaúcha. 

Milhares de gaúchos estão nas ruas para socorrer, correndo todos os riscos, gastando o que têm e o que não têm, mostrando aquela coragem que a história brasileira registra quando se referem os habitantes desta parte do Brasil.

As chuvas cessaram neste domingo, depois de 10 dias de dilúvio. 

No balanço entregue por Eduardo Leite para Lula, ontem, os números são assustadores, caracterizando uma situação que eu chamo de Tragédia das Águas: 334 dos 497 municípios severamente atingidos, 75 mortos e 110 desaparecidos até este momento, quase 1 milhão dos 10,5 milhões de gaúchos atingidos diretamente. 

A Capital está praticamente sem água, porque 4 das 6 estações de tratamento colapsaram. Caminhões pipa, como no Nordeste, abastecem quem tem pelo menos R$ 10 mil para pagar, já há desabastecimento pontual de combustíveis e perecíveis, saques ocorrem em residências alagadas. E Porto Alegre, invadida pelo Guaíba, que alcançou níveis inimagináveis, maiores do que os da histórica enchente de 1941, faz das tripas coração.

Já há quem queira discutir o tamanho dos prejuízos e o início da reconstrução.

Um Plano Marshall para o RS ou uma mistura de Marshall com New Deal ?

Eu fiz um cálculo com base no que a média dos municípios sofreu de prejuízos com a tragédia das águas de setembro, no caso R$ 150milhões por cada um, e encontrei algo semelhante a R$ 350 bilhões, desta vez. Seria algo como a arrecadação de 8 anos do governo do RS. 

É cedo para fazer as contas, porque será preciso mapear o tamanho da destruição, muito mais grave na chamada infraestrutura material do Estado, mas a gauchada vai meter a mão na massa para valer e recuperará o que perdeu para avançar civilizatoriamente e melhor depois da união que consegue diante desta tragédia sem paralelo na história. 


CNseg recomenda medidas de apoio a segurados e corretores do RS

Acionada pelo Sincor-RS, que registrou diversas manifestações de Corretores de Seguros do estado, a Fenacor solicitou à CNseg - Confederação Nacional das Seguradoras a adoção de medidas de apoio, amparo e proteção aos segurados atingidos pelas fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul. A CNseg, demonstrando bastante sensibilidade, acatou prontamente a solicitação da Fenacor e divulgou, neste sábado (04), uma recomendação para que as suas associadas que atuam no Rio Grande do Sul, façam a prorrogação dos contratos de seguros de todos os segmentos cujos vencimentos ocorrem entre primeiro e 10 de maio. “Essa é uma medida muito importante, que vai ajudar sensivelmente milhares de segurados e centenas de Corretores de Seguros”, afirma o presidente da Fenacor, Armando Vergilio.

De acordo com a CNseg, a recomendação visa atender os moradores que foram drasticamente atingidos pelas fortes chuvas que impactaram as cidades do Rio Grande do Sul nos últimos dias.  “A extensão de prazo também se aplica aos boletos emitidos pelas Seguradoras com vencimento neste período, sem prejuízo no atendimento da cobertura dos contratos”, informa o texto da nota, assinada pelos presidentes Executivo e do Conselho Diretor da CNseg, Dyogo Oliveira e Roberto Santos, respectivamente

Nota CNseg ao mercado segurador gaúcho


A Confederação Nacional das Seguradoras recomenda as suas associadas que atuam no estado do Rio Grande do Sul a prorrogação dos contratos de seguros de todos os segmentos cujos vencimentos ocorrem entre primeiro e 10 de maio. A proposta visa atender os moradores que foram drasticamente atingidos pelas fortes chuvas que impactaram as cidades do Rio Grande do Sul nos últimos dias.  A extensão de prazo também se aplica aos boletos emitidos pelas Seguradoras com vencimento neste período, sem prejuízo no atendimento da cobertura dos contratos.  


Dyogo Oliveira – Presidente Executivo da CNseg 

Roberto Santos – Presidente do Conselho Diretor CNseg

Marshall + New Deal

 O mínimo que o governo lulopetista poderá entregar, hoje, na nova visita de Lula da Silva e seus 10 ministros, é a carênciade pelo menos 1 anos para o pagamento da dívida do governo estadual com a União, liberando R$ 3 bilhões para uso imediato.

Lula tenta se redimir do fiasco que foi sua viagem de 72 horas atrás a Santa Maria.

Hoje, terá que anunciar mais do que promessas sem conteúdo efetivo e prático, ou seja, mais do que discursos demagógicos e mentirosos de verdade.

O governador Eduardo Leite fala em exigir um Plano Marshal para o RS. O editor falou em algo semelhante na live de sexta-feira a noite no programa "De olho na Notícia", apresentado desde Portugal pelo jornalista Alfredo Bessow. O que o editor sugeriu:

- Na verdade, uma combinação de Plano Marshall com New Deal.

Trata-se de um plano de ajuda maciça e imediata, como o Marshall, mas também de recuperação econômica de longo prazo, como o New Deal.

E para isto, além da união de todas as correntes políticas gaúchas, será preciso forte participação federal.

Moinhos

 O Hospital Moinhos de Vento se prepara para receber, ainda na tarde deste sábado (4), cinco bebês recém-nascidos, transferidos da CTI Neonatal do Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre.


Com o Aeroporto Salgado Filho fechado devido ao alagamento, o Heliponto do Hospital Moinhos de Vento está sendo utilizado como ponto de pouso e decolagem. 


Também neste sábado, o Hospital Moinhos de Vento enviou medicamentos ao Hospital Pompeia, de Caxias do Sul, e materiais de diálise para o Hospital Bruno Born, de Lajeado. 


A Instituição também informa que a rede de telefonia está funcionando normalmente, por meio dos números (51) 3314-3434 e (51) 3537-8000.


Pela manhã, a Instituição suspendeu procedimentos eletivos – consultas, exames e cirurgias – a fim de focar o atendimento em casos graves. A orientação é de que os pacientes busquem atendimento somente em casos de urgência e emergência.

Os 21 bairros

  Auxiliadora

Azenha

Bela Vista

Bom Fim

Centro Histórico

Cidade Baixa

Farroupilha

Floresta

Independência

Jardim Botânico

Menino Deus

Moinhos de Vento

Mont Serrat

Partenon

Petrópolis

Praia de Belas

Rio Branco

Santa Cecília

Santana

São João

Três Figueira

Insulina

A Secretaria da Saúde do RS recomenda aos pacientes que utilizam insulina que, caso falte energia elétrica, mantenham as embalagens lacradas (seja em frasco, caneta descartável ou cartucho de caneca reutilizável) e armazenadas em embalagem térmica ou isopor. Nestas situações, é necessário o cuidado para que a insulina não entre em contato com o gelo ou similar, evitando o risco de congelamento. Assim que a luz voltar, o medicamento deve ser mantido na geladeira com temperatura entre 2 e 8 graus.

Leia o comunicado integral do governo estadual:

Se for preciso transportar a insulina lacrada, o paciente deve usar uma bolsa térmica ou caixa de isopor. É permitido o uso de gelo artificial no resfriamento, mas não é recomendado o uso de potes com gelo caseiro.

No caso de embalagens em uso e já abertas, a insulina pode ser mantida em temperatura ambiente (de no máximo 30 graus) por até 28 dias. O medicamento não pode ser congelado. Já em relação às canetas reutilizáveis, apenas o cartucho deve ser guardado na geladeira. É preciso também retirar os medicamentos do isopor ao guardá-los na geladeira

Zona Sul

 


Artigo, Tenente-Coronel Zucco - O apocalipse gaúcho

O Rio Grande do Sul terá que recomeçar do zero. De verdade, estamos vivendo a pior catástrofe da nossa história, a maior crise meteorológica de todos os tempos. As cidades e comunidades que até poucos dias atrás conhecíamos já não existem mais. Milhares de pessoas estão fora de suas casas, gente ilhada, desaparecida e muitos mortos. É um quadro desolador. Não tem água, não tem luz, tampouco internet. A infraestrutura ruiu. Os próximos dias serão desafiadores. Assim como as pessoas, os animais também estão sofrendo muito. 


Simplesmente, não temos como sair dessa situação sozinhos. As forças da natureza foram implacáveis pelo segundo ano consecutivo. Mal conseguimos nos recuperar da tragédia do ano passado e vem outra paulada ainda maior. Tudo está destruído novamente. Precisamos da ajuda de todos os governadores, empresários, artistas, enfim, uma corrente nacional de solidariedade. Estamos precisando de tudo e aceitamos doações: roupas, agasalhos, água, alimentos, lonas, colchões, cobertores, ração animal. Botes, lanchas, aeronaves, equipamentos de resgate também são fundamentais. Por fim, vamos precisar de recursos, muitos recursos públicos para que possamos nos reerguer. 


É preciso reiterar esse apelo ao governo federal, ao Congresso Nacional (Câmara e Senado), Ministério Público Federal (MPF), Supremo Tribunal Federal (STF). Precisamos de todas as instituições neste momento, sem exceção. É uma chuva milenar, um volume de águas que não consigo descrever para vocês, só mesmo as imagens feitas pelos celulares para dar alguma dimensão do que estamos vivendo. 


Não temos mais agricultura, indústrias foram destruídas, hospitais fechados por falta de condições de atendimento, estradas varridas do mapa. Como uma sociedade pode se reerguer dessa forma? Somente com o apoio e medidas tão extraordinárias como as chuvas que castigaram os gaúchos. Portanto, deixo como sugestão a decretação de uma moratória temporária do pagamento da dívida do Estado com a União. A situação é muito crítica e não há tempo a perder. 

Nota da Ceasa para seu público interno

 🚨 Importante Aviso para a Comunidade da Ceasa RS! 🚨


Caros comerciantes e atacadistas, gostaríamos de compartilhar uma informação relevante baseada no estudo realizado pela Rhama Analysis em conjunto com o IPH/UFRGS. 


Entre hoje e amanhã, existe essa possibilidade de inundação no complexo da Ceasa devido ao aumento do nível de água do Guaíba e a localização do complexo. Embora não haja certeza absoluta, é crucial estarmos preparados.


Em caso de uma possível inundação, será necessário evacuar a área por questões de segurança. Para minimizar quaisquer prejuízos financeiros e físicos, solicitamos encarecidamente que todos que tenham mercadorias e maquinários no nível do chão tomem medidas preventivas, como a elevação ou retirada desses itens.


A segurança de todos é nossa prioridade. Pedimos que fiquem atentos às atualizações e orientações das autoridades competentes. A equipe da Ceasa RS estará atualizando quanto a informações e atualizações.

Reiteramos que, em caso de necessidade de evacuação do complexo NÃO SERÁ PERMITIDA A PERMANÊNCIA DE NENHUMA PESSOA NA EMPRESA.

Estamos a disposição para eventuais dúvidas e orientações no WhatsApp (51) 98433‑0003‬.


 

Artigo, Rafael Caferati - Direitos e orientações legais para reconstrução após enchentes no Rio Grande do Sul

Pessoas atingidas pelas cheias devem recorrer a órgãos públicos e privados que auxiliem na reconstrução de bens e negócios. Confira o passo a passo elaborado pelo advogado Dr. Rafael Caferati

Nesta semana, o Rio Grande do Sul sofreu o que pode ser considerada a mais grave catástrofe climática do estado. Atingido por enchentes provocadas pelas fortes chuvas, a vida de milhares de pessoas foi afetada. Em meio a esse cenário desafiador, é essencial saber quais ações, direitos e recursos estão disponíveis para ajudar todos que perderam seus bens e negócios. 

Para melhor auxiliar a população, realizou o Dr. Rafael Caferati, do escritório Jobim Advogados, um passo a passo para seguir em razão do enfrentamento das condições causadas pelos desastres vivenciados:

1. Primeiramente, coloque-se em segurança: Priorize a sua vida e a de seus familiares e, se necessário, abandone o local, procurando abrigo em áreas seguras, sempre de acordo com as orientações das autoridades locais.

2. Registre os danos: Faça fotos e vídeos dos danos causados pela enchente à sua propriedade e aos seus bens e inclua imagens dos itens danificados, tanto dentro quanto fora da casa. Vídeos que retratem a extensão dos danos e a água invadindo o local também são importantes. Guarde os comprovantes de compra dos bens danificados, como notas fiscais e extratos de cartão de crédito.

3. Contate a sua seguradora: É imprescindível que, o mais rápido possível, entre em contato com a sua seguradora pelo telefone, aplicativo ou site, informando sobre o ocorrido e fornecendo dados pessoais junto do número da apólice. O processo segue com abertura de um chamado para registrar o sinistro e solicitar a indenização. A seguradora poderá solicitar fotos, vídeos e outros documentos para comprovar o sinistro.

4. Coopere com a seguradora: Forneça todas as informações e documentos solicitados pela seguradora, permitindo também que um inspetor da seguradora examine o local dos danos para avaliar a situação. Responda a todas as perguntas da seguradora com honestidade e clareza.

5. Mantenha a calma e a organização: Este é um momento difícil, mas é importante manter a calma e a organização para facilitar o processo de acionamento do seguro. Guarde todos os documentos e comprovantes relacionados ao sinistro e anote datas, horários, nomes de pessoas com quem você conversou na seguradora.

6. Prazos e procedimentos: Cada seguradora possui seus próprios prazos e procedimentos para o acionamento do seguro, por isso, consulte as condições gerais da sua apólice para saber quais são os prazos para comunicar o sinistro e apresentar a documentação necessária. Lembrando que a seguradora tem um prazo legal para analisar o pedido de indenização e dar uma resposta ao segurado.

7. Orientação profissional: Caso tenha dúvidas ou precisar de ajuda, procure um advogado especializado em direito dos seguros. O profissional irá lhe orientar sobre seus direitos e ajudá-lo a lidar com a seguradora. É importante ter em mãos o número da apólice do seguro e os seus dados pessoais quando for entrar em contato com a seguradora, assim como guarde todos os documentos e comprovantes relacionados ao sinistro. A calma e a organização durante o processo são fundamentais. 

Este passo a passo é um guia geral e pode haver variações de acordo com a sua apólice de seguro e com a seguradora.

Nos casos envolvendo propriedades alugadas, é importante ter ciência da responsabilidade tanto do locador quanto do locatário em caso de desastres naturais. “Havendo danos a um imóvel alugado, nos casos em que não se observar qualquer ação, omissão, negligência ou imprudência por parte do locatário, serão todos os prejuízos e reparos decorrentes de desastres naturais de responsabilidade do locador (proprietário) do imóvel”, afirma o Dr. Rafael Caferati.

Ainda, é possível que os Governos Estadual e Federal realizem a abertura de linhas de crédito, suspensão de tributos e auxílios financeiros aos afetados, para que possam se reestruturar frente aos prejuízos, o que somente será possível se ter certeza após os pronunciamentos dos chefes de estado e governo. “Após a passagem dos riscos de vida sofridos pela população, em decorrência dos desastres naturais, faz-se de extrema importância que todos acompanhem os canais de comunicação oficiais e mantenham-se atualizados sobre quais serão as políticas públicas adotadas pelos Governos para minimizar os prejuízos sofridos por todos os afetados, sendo de grande necessidade a mobilização de todos (afetados ou não) e o ativismo através dos meios de comunicação acessíveis para pressionar aqueles que efetivamente detém o poder de movimentar a máquina pública em prol da população”, conclui o advogado.

 



Artigo, Alexandre Garcia - Donos da verdade

 Nesse 23 de abril completou 10 anos de vigência a Lei que é o marco civil da internet, estabelecendo que as plataformas não podem tratar de modo diferente seus usuários, que deve ser resguardada a privacidade de seus frequentadores e que a internet é um lugar de liberdade de expressão. A lei 12.965 foi sancionada pela Presidente Dilma, depois de três anos de discussões na Câmara e no Senado e na época não se viu necessidade de inventar censura nas redes sociais, mesmo porque isso é vedado pela Constituição. Mas em 2020 foi apresentado um projeto de lei da mordaça, relatado pelo deputado Orlando Silva, do Partido Comunista do Brasil. O projeto está indo para o arquivo, com a ajuda do Presidente da Câmara. Não há como não desconfiar de qualquer obra que receba influência uma ideologia que impõe censura férrea onde quer que conquiste o poder. Assim está demonstrado pela História. O projeto foi aprovado no Senado, mas semana passada Artur Lira anunciou um Grupo de Trabalho para modificá-lo. Tudo indica que é para justificar enterro do projeto. Mas os adeptos do controle do estado sobre manifestações da cidadania, insistem em restringir a expressão do pensamento, inclusive no Supremo, embora a liberdade de expressão seja garantida pela Constituição. Essa liberdade já sofre controles de facto por quem deveria guardar a Constituição. A Lei Maior está carente de quem a defenda. Os de natureza totalitária insistem em legislar controles sobre as redes sociais. Talvez a mídia e autoridades ainda não tenham entendido que as redes sociais são a voz contemporânea do povo, origem do poder. Não é preciso ir para uma praça, subir num caixote e discursar. Basta um celular ligado a uma rede social. É a nova ágora da democracia, agora digital. Sem ser preciso gritar, a voz de cada pessoa pode alcançar os limites do universo. A mídia sente a novidade como concorrente e quer censura; os poderosos sentem o poder crescente, volumoso, da voz do povo, e ferindo a democracia, querem censura. Juntos, inventam uma narrativa pueril e simplória de “defesa da democracia”. Na União Soviética de Stálin e na Alemanha de Hitler, também se usavam pretextos semelhantes, para justificar o controle. Na verdade, a democracia está ferida por atos antidemocráticos que violam a Constituição, porque impõem a censura proibida, restringem a liberdade de expressão, desobedecem ao princípio do juiz natural, o amplo direito de defesa, a iniciativa exclusiva do Ministério Público, a inviolabilidade de deputados e senadores. Ao se ferir a Constituição, fere-se o sistema democrático. Quando há alguém decidindo o que é a verdade, para suprimir o que decide ser mentira, então se usurpa do direito sagrado de cada um de escolher o que é verdade e o que é mentira. O tutelado em opinião é anulado em cidadania.

Entrevista, Carolina Seabra, advogada - Esta menina de 15 anos foi presa como golpista, sofreu lavagem cerebral e cumpre pena alternativa

A dra. Carolina Seabra é advogada da menina e diretora da Asfav,
A Associação das Famílias e Vítimas do 8 de Janeiro

O jornalista Paulo Figueiredo, que está exilado nos Estados Unidos, denunciou o caso de uma menina de 15 anos que foi presa como golpista no dia 8 de janeiro. Isto é verdade?
Sim, ela é minha cliente. Ela e a mãe foram presas sob a acusação de participarem de ações destinadas a desfechar um golpe de Estado e por violento atentado contra o estado democrático de direito.

Ela continua presa ?
No dia 9, o Ministério Público Federal recomendou a soltura, mas ela ficou presa numa Delegacia aqui de Brasília, até a irmã chegar de Minas para buscá-la. A mãe ficou presa 9 meses, até agosto.

Esta menina continua submetida a restrições ?
Bom, o MPF acusou-a de cometer crime análogo a golpe de Estado e que por isto não seria necessário interná-la, mas cumprir medida socioeducativa por meio ano, além de liberdade vigiada.No momento, ela cumpre medidas socioeducativas na biblioteca de Betim.;

Quem foi o magistrado que decidiu isto: foi o ministro Moraes ?
Foi o Juiz da Vara da Infância do Distrito Federal.

Paulo Figueiredo fala que ela sofreu lavagem cerebral pelo período de 4 horas, tudo por parte de assistente social. Isto é verdade ?
É verdade, ela ficou 4 horas ouvindo preleções contra o governo Bolsonaro e a favor do governo Lula.

Outras crianças foram presas ?
Como golpistas ? Sim, existem outros casos.


Osmar Terra explica o Dia Nacional de Combate ao Aguso e à Exploração Infantil no Brasil

18 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil no Brasil. Do que se trata ?
A campanha Maio Laranja foi instituída pela Lei Nº 14.432, de 3 de agosto de 2022. e estabelece que durante o mês de maio  cada ano, sejam realizadas atividades efetivas de combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes.Durante a campanha Maio Laranja serão realizadas atividades para conscientização sobre o combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. A lei é de minha autoria.

O que diz a lei ?
Ela considera crime hediondo agenciar, coagir ou intermediar, participação de crianças ou adolescentes em imagens pornográficas; adquirir, possuir ou armazenar imagens pornográficas com crianças e adolescentes; sequestrar ou manter em cárcere privado, crianças e adolescentes; traficar pessoas com menos de 18 anos; instigar ou auxiliar suicídio ou automutilação por meio de internet , independente da idade da vítima.

Punições maiores para os criminosos ?
Essa lei inicia um novo ciclo de enfrentamento a crimes violentos no Brasil, tendo como base um maior rigor penal contra os transgressores. O mais cruel dos crimes violentos é o cometido contra crianças inocentes. Também é hediondo o crime contra adolescentes, mais vulneráveis emocionalmente, e que mal compreendem, ainda, a extensão da maldade humana. 

Quais as promoções do mês de maio  ?
A critério dos gestores, devem ser desenvolvidas as seguintes atividades durante a campanha Maio Laranja, entre outras:

I – iluminação de prédios públicos com luzes de cor laranja/ II – promoção de palestras, eventos e atividades educativas/ III – veiculação de campanhas de mídia e disponibilização à população de informações em banners, em folders e em outros materiais ilustrativos e exemplificativos sobre a prevenção e o combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes, que contemplem a generalidade do tema.



Facas artesanais Made in Gramado, RS.

Empresa líder em cutelaria artesanal no Sul do país, com pontos de vendas em todos os estados do Brasil e exportação para mais de 15 países, a SG Facas Artesanais de Gramado decidiu voltar às origens da produção artesanal para criar uma edição especial de facas artesanais. 


Para isso, a marca está lançando a Linha Origens by Maciel Burtett, abrindo na fábrica localizada na Serra Grande em Gramado, uma linha de produção específica para produção e forja de aço aos moldes da produção original de itens como enxadas, foices e facões.


O empresário Maciel Burtett comanda a SG Facas há 19 anos, período em que chegou à liderança no segmento. Mas, sua ligação com a arte da cutelaria e do fogo vem de família. Os primeiros registros são de que os antepassados da família já forjavam utensílios por volta de 1917.


O avô  de Maciel, Ervino Weber,  foi um dos pioneiros na produção e forja de utensílios de forma artesanal no Rio Grande do Sul. Seu pai, Ângelo Burtett, seguiu a tradição e continuou com a forjaria até Maciel inaugurar a SG há 19 anos.


“Com a Linha Origens estamos trazendo de volta o processo de forjaria original, com conceito de  transformação do metal base e bruto em produtos de alto padrão, excelente acabamento de durabilidade maior. É uma homenagem ao passado e, pensando no futuro”, destaca o empresário Maciel Burtett.


Para a nova linha de produção o objetivo é trazer ao mercado cerca de 8 modelos de facas, com uma produção mensal de cerca de 500 peças. A matéria prima será as molas de aço.


“A empresa do meu avô e do meu pai produzia ferramentas agrícolas com mola de caminhão que é um material muito bom e com alta dureza. A empresa começou assim com a produção de enxadas, foices e facões”, conta Maciel. 


Para a produção serão coletadas as molas, que têm aço muito resistentes. Após, o material será levado para a empresa onde será feito o processo de cortar, forjar, temperar, dar formato e acabamento com cabo e bainha.


“Remodelamos um setor dentro da fábrica só para esta produção. Nosso desafio é aprimorar os métodos de produção artesanal a partir das origens de nossos antepassados”, finaliza o empresário.


Mais informações em: www.sgfacas.com.br.



Bourbon Shopping Ipiranga amplia mix com quatro novas operações e anuncia outros quatro contratos

Os primeiros meses do ano trouxeram novidades para o Bourbon Shopping Ipiranga, com a abertura de quatro novas operações no empreendimento: o Galeto Mamma Mia Express, a Elleve Clinic, a N Procedimentos Saúde Integrativa e Estética Avançada e a BeB Games. O shopping também assinou contrato para receber, nos próximos meses, outras quatro lojas: uma unidade da rede de culinária italiana Spoleto, operações das marcas de calçados Bottero e Pegada, além de uma academia da Smart Fit.  

 

Inaugurações 

Dentre as operações recém-inauguradas, duas são da área de saúde e estética. A N Procedimentos é uma clínica especializada que oferece uma ampla variedade de procedimentos corporais, faciais e capilares assistidos por uma equipe multidisciplinar. Dentre os serviços disponíveis estão massoterapia, podologia, acupuntura, limpeza de pele e harmonização facial. Já a Elleve Clinic oferece serviços de estética corporal e facial utilizando tecnologia de última geração, além de depilação a laser. 

 

Outra novidade é a BeB Games, loja especializada em videogames e produtos geek, além de assistência técnica para celulares. A operação já atua no mercado há mais de 20 anos e um de seus principais diferenciais é aceitar videogames antigos como entrada para a aquisição de um novo. A praça de alimentação do shopping também recebeu uma nova opção com o Galeto Mamma Mia Express. Inspirada na típica culinária dos imigrantes italianos, a operação possui cardápio de pratos montados com os mesmos produtos do tradicional restaurante e mantendo o sabor e a eficiência do serviço. Fazem parte do menu os galetos assados na brasa, a polenta frita, as massas frescas com molhos variados, e a tradicional salada de radicci com bacon – com hortaliças orgânicas cultivadas em estufas próprias. 

 

Contratos assinados para futuras novidades 

O shopping se prepara para receber mais quatro novidades que irão ampliar ainda mais o seu mix de operações esse ano. Dentre elas, estão duas das principais marcas gaúchas de calçados, a Pegada e a Bottero.  O empreendimento também aguarda a abertura de uma operação do Spoleto, uma operação de rede de culinária italiana, e de uma unidade da Smart Fit, academia líder no segmento na América Latina. 


Compensações

 No protocolo de intenções assinado com o governo estadual, ontem, a companhia e o Estado comprometem-se a realizar diversas obras de melhorias na infraestrutura do Rio Grande do Sul, como a duplicação de 376 quilômetros da BR-290, entre Eldorado do Sul e Rosário do Sul, e a finalização da duplicação do trecho sul da BR-116.


Também estão previstas obras de pavimentação asfáltica, melhorias em trevos de acesso a diversos municípios onde a CMPC possui operação florestal e construção de novos acessos rodoviários para o Porto de Pelotas e para a Fazenda Barba Negra (terreno de 10 mil hectares localizado a 15 quilômetros do centro de Barra do Ribeiro e que pertence ao Grupo CMPC). As melhorias facilitarão o fluxo de caminhões e reduzirão o percurso em áreas urbanas.


O documento estabelece, ainda, o acordo para instalação de um novo Terminal de Uso Privado no Porto de Rio Grande, bem como obras de dragagem e de ampliação da capacidade de armazenagem e operação da CMPC nos portos de Rio Grande e Pelotas. Dessa forma, o projeto contribui com a ampliação do uso da hidrovia do Rio Grande do Sul, sendo que hoje a CMPC já é responsável por aproximadamente 44% do volume total transportado por esse modal.

Programa de Núcleos Esportivos reúne mais de 1,5 mil pessoas em Gravataí

Público de todas as faixas etárias, especialmente idosos, participam de prática de atividades físicas gratuitas em 41 grupos espalhados pela cidade


Que a atividade física é fundamental para uma vida saudável ninguém duvida. Em Gravataí, cerca de 1,5 mil pessoas participam do Programa de Núcleos Esportivos, oferecido gratuitamente pela prefeitura por meio da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (Smel). Além de promover a saúde para os integrantes dos 41 núcleos espalhados por 26 bairros da cidade, a iniciativa incentiva a socialização, a inclusão e o lazer, ampliando a sensação de bem-estar da população.


A maioria dos participantes faz aulas de ginástica localizada e dança, principalmente idosos. São exercícios duas vezes por semana e com duração de uma hora cada sessão. A participação é gratuita e aberta a toda a comunidade, a partir dos 12 anos. Há ainda, grupos de vôlei e escolinhas de futebol para crianças e adolescentes. Para a grande parte dos participantes, o único momento que fazem atividades físicas é durante as aulas do programa. 


“Sair de casa para fazer exercícios e amigos é uma atividade que faz toda a diferença na vida das pessoas, especialmente os idosos. Quem participa se sente melhor em todos os aspectos, o que acaba diminuindo o uso de remédios e as doenças. A prefeitura está empenhada em aumentar o bem-estar da população e oferecer alternativas de convivência”, comentou o prefeito Luiz Zaffalon (PSDB).


Um dos principais locais usados pelos núcleos é o ginásio de esportes da Ulbra, que foi comprado pela prefeitura dentro do complexo que formou o novo Centro Administrativo. A estrutura foi repassada pela a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer para ser disponibilizada aos núcleos esportivos.


Alguns núcleos chegam a reunir mais de cem pessoas. Para o secretário municipal de Esporte e Lazer, Valtair Luciano Cardoso, os relatos dos participantes são gratificantes: “O programa tem sido transformador para muitas pessoas, especialmente para os idosos. Há relatos de pessoas que só ficavam em casa, sozinhos a maior parte do tempo. Ao começarem a participar das atividades, pararam com remédios e venceram a depressão. São vidas transformadas. No caso dos núcleos esportivos, com aulas de vôlei e futebol, é uma alternativa para crianças e adolescentes focarem nas coisas boas para o seu desenvolvimento e alimentarem o sonho de serem atletas profissionais”, avaliou.


Para participar, o interessado pode se dirigir diretamente ao local onde ocorrem as atividades e procurar pelo coordenador do Núcleo Esportivo. Para saber onde funciona o Núcleo Esportivo no seu bairro, basta entrar em contato com a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer pelo telefone (51) 3600-7735.


Planos de saúde coletivos terão reajuste significativo: médico detalha como saúde preventiva pode ajudar na redução de custos para empresas

Os planos de saúde coletivos terão reajuste de dois dígitos pelo terceiro ano consecutivo, conforme o mais recente relatório da XP. Entre dezembro e fevereiro, o aumento estimado desses produtos foi de 15%. O acréscimo vem reafirmar a crise financeira do setor, enfatizada especialmente nos anos pós-pandemia. 

Em 2023, a alta média nos preços de planos coletivos foi de 14,38%, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O que acarretou nessa precificação, como explicou a XP, reside no montante que a escalada das despesas assistenciais passou a representar na receita de seguradoras, operadoras e cooperativas de saúde, a chamada “taxa de sinistralidade” – basicamente, a relação entre as despesas com a utilização dos serviços e a receita que a operadora recebeu pelo contrato.

Vale lembrar que a taxa de sinistralidade é o principal fator para que sejam reajustados os valores entre operadoras e empresas. Ela alcançou 87,9% no ano passado, recuando dos 89,2% de 2022. Para se ter uma ideia, só em 2022 o prejuízo foi de R$11,5 bilhões, segundo a ANS. Tal cenário reflete em outros agentes dessa cadeia, como os hospitais e os próprios clientes das operadoras. Na prática, a cada R$100 da receita vinda das mensalidades, as operadoras gastaram R$88 em despesas com serviços médicos.

Importante salientar que a ANS só define o reajuste dos planos vendidos diretamente a uma pessoa ou família. Em 2023, a Agência aumentou a mensalidade em 9,6%. Já os planos coletivos, que representam 70% do setor, são vendidos para empresas ou a determinadas categorias (a exemplo de advogados, médicos e servidores). Nesses casos, quem decide o índice é a operadora em acordo com a empresa ou entidade.

Em meio a essa trajetória de alta, especialistas apontam quão essenciais são os programas de saúde preventiva dentro das empresas. “Devido ao grande impacto do sinistro, espera-se que os custos sejam ainda mais observados pelas empresas, e o ideal é que estratégias sejam desenvolvidas para amenizar esse cenário, até mesmo para que ao final do contrato não haja surpresas. A prevenção é o presente e o futuro da medicina. Para começar, a saúde preventiva pode reduzir até metade das faltas de trabalho por questões médicas. Além disso, ela contribui para que os colaboradores se mantenham mais saudáveis, mais produtivos e, consequentemente, mais satisfeitos em seu ambiente laboral”, explanou o superintendente da Unimed Assis, Dr. Fausi Elias Maluf.

De acordo com o médico, investir na promoção da saúde acaba reduzindo a ocorrência de internações e de problemas mais graves, dessa forma colaborando para a redução de custos. “Quando adotamos hábitos mais saudáveis, aliados à realização de exames preventivos, além de evitar que as doenças se instalem, é possível que as enfermidades sejam detectadas em seu estágio inicial, encurtando o tempo dos tratamentos e tornando-os menos dispendiosos. Nesse sentido, pode ao mesmo tempo haver um decréscimo na sinistralidade e um maior equilíbrio nos gastos”, afirmou.

Como a empresa pode elaborar um programa de prevenção? 

Campanhas de vacinação, educação em saúde e promoção do bem-estar, através de ações proativas, são algumas das iniciativas que envolvem um programa de saúde preventiva nas empresas, como elencou o médico. “Mas, antes de tudo, é preciso que essas iniciativas sejam centradas na conscientização do usuário, para que ele compreenda os reais benefícios dessas práticas e saiba das oportunidades e recursos disponíveis”, destacou o superintendente da Unimed Assis.

Outro ponto importante é o estabelecimento de metas claras e mensuráveis para o programa. “Por exemplo, a empresa pode definir objetivos de redução nas taxas de absenteísmo (ou seja, a ausência ou falta prolongada de funcionários), melhoria nos índices de saúde geral da equipe ou redução nos custos relacionados à assistência médica”, citou.

O médico acrescentou que também é uma boa ideia experimentar uma plataforma capaz de fornecer dados úteis para a gestão de saúde corporativa, otimizando o processo. “O avanço das tecnologias digitais derrubou barreiras, gerando mais conveniência para as empresas e os usuários, inclusive com o acompanhamento médico via aplicativos que facilitam a observação da glicose, pressão arterial e levantam, ainda, uma variedade de tópicos úteis, como nutrição, exercícios, cessação do tabagismo”, afirmou. 

De acordo com Luciana Souza, sócia-fundadora da Sinerji – empresa que desenvolveu um software integrado, através do qual é possível fazer o gerenciamento das atividades relacionadas à saúde preventiva – através dessas ferramentas dá para analisar mais facilmente, por exemplo, a eficácia do programa, a participação em atividades e receber o feedback dos funcionários, de modo a identificar áreas de melhoria e ajustar as ações conforme necessário.

Parcerias estratégicas são igualmente fundamentais. “Elas devem ser estabelecidas com clínicas médicas, hospitais, seguradoras de saúde e outros provedores de serviços. Essas parcerias podem fornecer serviços médicos, como check-ups regulares, aconselhamento de saúde e vacinações, colaborando para o sucesso do programa”, disse o Dr. Fausi Elias.

Além disso, é essencial criar políticas internas de saúde e bem-estar que incentivem ativamente comportamentos saudáveis. “Isso pode incluir políticas de licença por doença, flexibilidade de horário para atividades físicas e recompensas para aqueles que adotarem melhores hábitos”, finalizou.


Cortes de incentivos fiscais começarão nesta quarta no RS

Nesta quarta-feira, dia 1º de maio, entrarão em vigor os decretos de cortes nas concessões de incentivos fiscais. A data original, em 1º de abril, foi adiada pelo Executivo a pedido da ala de entidades.

Há pressão para que o governo adie tudo de novo, esperando pela votação da proposta de aumento do ICMS, prevista para o dia 14. Já há maioria formada entre os deputados para a rejeição.

O aumento do imposto é defendido pelos prefeitos, via Famurs, e por meia dúzia de entidades empresariais, mas rejeitado por 100% das federações. 

Sexta-feira, sem surpresa, entidades do funcionalismo tiraram posição em favor do aumento e do corte dos incentivos, já que entrariam, anualmente, R$ 6 bilhões a mais de dinheiro nos cofres públicos, com o que os servidores poderiam receber polpudos aumentos salariais.

Artigo, Eugênio Esber, Zero Hora - Iceberg

- O autor é colunista de Zero Hora, que disponibiliza leitura apenas para assinantes. O editor é assinante do jornal. 

Não foram poucas as vezes em que ouvi de executivos, gestores e pessoas sujeitas ao escrutínio da opinião pública o receio de atender a demandas de imprensa que lhes pareciam contaminadas por viés – seja do veículo, seja do profissional. O relacionamento entre fontes e jornalistas é assunto espinhoso, minado por incompreensões de parte a parte. Mas entre tantos tópicos, variáveis e circunstâncias que cabem nesta questão, detenho-me, aqui, em uma abordagem que me parece importante – o desafio da imprensa de refletir a diversidade de visões sobre os temas cruciais do debate público, de modo a evitar o alinhamento, por vezes passional, com grupos de interesse como partidos políticos, entidades de lobby e autoridades de governo ou de Estado.


Embora tenha resistência ao uso da rotulagem “esquerda” e “direita”, que me parece artificial e enganosa como grande parte do discurso político, sirvo-me, à falta de outro parâmetro, desta classificação que inspirou duas pesquisas sobre o perfil dos jornalistas. Em 2022, a Syracuse University (EUA) pesquisou 1,6 mil jornalistas norte-americanos e constatou ampla hegemonia da “esquerda”: 36,4% dos profissionais se identificam com o Partido Democrata. O Partido Republicano, conservador, tem 10 vezes menos simpatizantes – 3,4%. No Brasil, mesmo padrão. Uma enquete online realizada em 2021 pela Universidade Federal de Santa Catarina buscou saber como 6.650 jornalistas brasileiros se definiam politicamente. 52,8% se disseram “de esquerda”; 25,9% de “centro-esquerda; e 2% assumem ser de “extrema-esquerda”. A soma resulta em 80,7% de “esquerdistas” ante 4% de “direitistas”.


Esta correlação de forças contrasta com o perfil da população brasileira, a quem, em princípio, o jornalismo busca servir. O Ipec (ex-Ibope) divulgou na semana que passou uma pesquisa segundo a qual brasileiros identificados com a “direita” correspondem a 24%, enquanto 11% se dizem de “esquerda”. Se a soma incluir os centristas que pendem para um dos dois lados, tem-se 45% no espectro da “direita” e 21% no bloco da “esquerda”. A consequência óbvia é que largas parcelas da população, de tendência conservadora, não vejam seus valores e seus pontos de vista refletidos na chamada grande imprensa. Ao mesmo tempo, depararam com páginas e noticiários do jornalismo profissional referindo-se aos bárbaros que trucidaram famílias indefesas em Israel, em 7 de outubro de 2023, como “combatentes” ou “militantes” do Hamas, não como terroristas – ofensa prontamente dirigida a centenas de brasileiros que tomaram parte, sem armas, dos atos de protesto do 8 de janeiro que descambaram, em circunstâncias ainda não conhecidas, para ações de vandalismo. O que explica tamanho disparate?


Se quiser reconciliar-se com a audiência conservadora, a imprensa precisará distanciar-se de paixões que pulsam interna corporis. Mas não é esta a tendência que vislumbro face ao aguerrimento de uma corrente que flerta com um novo conceito de “objetividade”, em que o jornalista é árbitro da verdade e, portanto, está dispensado do dever de ouvir ou dar voz aos dois lados quando sua convicção assim recomendar. É um delírio, claro. Mas talvez só haja uma correção de rota quando o iceberg estiver inapelavelmente perto.



Está faltando pudor

 Junto com a balança e a venda, a toga preta simboliza a uniformidade, a isonomia, a sobriedade da Justiça. Todo servidor deve seguir os princípios da administração pública – impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, legalidade –, mas, se aos juízes cabe um figurino, é porque devem não só segui-lo, mas representá-lo. Não basta ser íntegro, é preciso parecer.


Mas as aparências às vezes enganam. É louvável que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se reúnam em fóruns para discutir questões jurídicas do País. É mais difícil entender, no entanto, os motivos pelos quais esses ministros precisaram sobrevoar o Atlântico para fazê-lo num caríssimo hotel de Londres, com tudo pago por um organizador privado.


Entre os dias 24 e 26, celebrou-se no Hotel Peninsula, na capital britânica o “1.º Fórum Jurídico Brasil de Ideias”, organizado por um certo “Grupo Voto”, que, no seu dizer, “trabalha na interlocução entre o setor público e o privado através de relacionamento, comunicação e conexões de poder”.


“Relacionamento” e “conexões de poder” não faltaram – lá estavam, debatendo conceitos jurídicos com empresários, três ministros da Suprema Corte (Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Alexandre de Moraes), além de membros do Superior Tribunal de Justiça, o procurador-geral da República, o ministro da Justiça, o advogado-geral da União, o diretor-geral da Polícia Federal, senadores e deputados. Já a “comunicação” deixou a desejar. A imprensa foi barrada na porta.


Segundo os organizadores, o “Brasil de Ideias” é uma “missão internacional, perpetuando o espaço democrático e promovendo um diálogo construtivo em prol do avanço do Brasil”. Mas não é dado aos brasileiros conhecer o teor desse “diálogo construtivo”, travado a léguas do Brasil, entre o mais alto escalão do Judiciário com empresários que certamente estão longe de serem observadores desinteressados. Além do palavrório sobre democracia, as passagens aéreas, os jantares de quase R$ 2 mil e as diárias de mais de R$ 8 mil foram bancados por uma empresa de tecnologia digital.


Nem todo país tolera essa extravagância. Há pouco, causou escândalo nos EUA a revelação de que um juiz da Suprema Corte aceitara férias luxuosas e outros mimos de um bilionário. A Corte se viu constrangida a editar um código de ética postulando, entre outras coisas, que juízes devem “evitar a impropriedade e a aparência de impropriedade”, “apenas exercer atividades extrajudiciais compatíveis com as obrigações do cargo” e “abster-se da atividade política”. Por aqui, não houve constrangimento nenhum, mesmo que regras como estas existam há tempos.


Recentemente, um ministro do STF viajou em “missão internacional” aos torneios de Roland Garros e da Champions League com as despesas pagas por um advogado. Outro obtém todos os anos patrocínios de empresas públicas e privadas – algumas com processos no STF – para um meeting em Lisboa. Raro exemplo de discrição no Supremo, a ex-ministra Rosa Weber até tentou aprovar regras disciplinando a participação de juízes em eventos e palestras pagas, mas foi voto vencido.


O Código de Ética da Magistratura determina que juízes evitem “comportamento que possa refletir favoritismo”, e o Código de Processo Civil, a suspeição do juiz “amigo íntimo” ou “inimigo” das partes. Mas os ministros julgam casos em que amigos são partes ou familiares são advogados. Um ministro se jactou a uma plateia estudantil de ter “derrotado o bolsonarismo”. Outro conduz inquéritos secretos há anos, mas basta um holofote ou microfone para desandar a condenar os investigados como “golpistas” e “extremistas”. Muitos anunciam veredictos fora dos autos, às vezes antes mesmo da abertura do processo.


A Lei da Magistratura exige que juízes ajam com “independência” e tenham “conduta irrepreensível na vida pública e particular”. Para vários integrantes das Cortes superiores, contudo, tais conceitos parecem relativos, razão pela qual não é raro vê-los em eventos empresariais dentro e fora do País ou em coquetéis homenageando políticos nas mansões de advogados em Brasília.


Mas não há necessidade de lei nem de código de ética quando há pudor.



Lira sobe o tom contra o STF

 O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, prometeu subir o tom, ontem, contra o STF, ao declarar que vai apoiar propostas para limitar seus poderes.

E prometeu agir desde já quem bate às portas em busca do atendimento de pelo menos um tipo de ação:

- Vou descer o sarrafo em quem pode propor ações diretas de inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal, inclusive contra decisões do parlamento. 

Ele quer limitá-las drasticamente.

E avisou:

-Temos parlamentares que têm coragem de enfrentar esse tema.

As falas de Lira são de discurso feito, na manhã de ontem, sábado (27), na abertura da 89ª ExpoZebu em Uberaba (MG), organizada pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). 

Rafael K Gessinger - Bicentenário da imigração alemã no Brasil: uma festa da integração humana

Sabemos, no Sul do Brasil, que 2024 é o ano em que são celebrados os 200 anos da Imigração Alemã no nosso país, data conhecida por nós como Bicentenário. Quando o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, fez publicar, em setembro de 2021, o Decreto 56.110 para organizar as comemorações, o recado foi claro: o Rio Grande do Sul celebra a integração humana, o Rio Grande do Sul festeja os encontros culturais que marcam sua população. Exaltemos, portanto, as culturas e seus encontros. Por isso, a Comissão Oficial do Bicentenário, composta por dezenas de entidades e permanentemente aberta a se expandir, volta seus olhos não apenas ao passado, mas também para o futuro. São muitas as frentes estimuladas: ciência, cooperação técnica, economia, agricultura, intercâmbio acadêmico, arquitetura, gastronomia, música, cinema, cidadania, direitos humanos, literatura, língua alemã, sustentabilidade, turismo, enfim, nada escapa ao Bicentenário.


Ao Bicentenário também pertence a reflexão sobre a migração e o migrante de ontem e de hoje. Quem chegou ao Brasil há 200 anos? Quem chega no Brasil hoje, em 2024? A resposta deve ser única: seres humanos. Pessoas! Nós! Antes de tudo, o fenômeno migratório é um fenômeno humano universal, que apenas acidentalmente consuma-se mais neste ou naquele período, nesta ou naquela região.


A nova Lei de Migração revela a maneira como o fenômeno da migração humana deve ser compreendido atualmente, a saber, assumindo a universalidade, a indivisibilidade e a interdependência dos direitos humanos, afirmando a acolhida humanitária e o repúdio à xenofobia e ao racismo, e sobretudo concebendo o migrante como fator de desenvolvimento econômico, turístico, social, cultural, esportivo, científico e tecnológico do Brasil.


O migrante foi, é e será, sempre, uma enorme riqueza que deve ser comemorada e valorizada. Prova disso é o sucesso de São Leopoldo, Novo Hamburgo, Santa Cruz do Sul e de todo o Rio Grande do Sul. O migrante de hoje é o bem-sucedido cidadão de amanhã. Por tudo isso, o Bicentenário celebra a pessoa humana e sua capacidade de enfrentar desafios, de acolher, de se adaptar, de olhar o próximo como irmão e de partilhar sofrimentos e alegrias. O Bicentenário da Imigração Alemã quer ser a festa da fraternidade entre todas as pessoas.


Com esse espírito, o governo do Estado do Rio Grande do Sul e mais de 50 entidades da sociedade civil colocam-se como parceiros de todas as instituições e pessoas interessadas em fazer, ao longo de 2024, eventos e projetos que celebrem a vida e as pessoas, tomando como referência histórica os 200 anos da imigração alemã, projetando o passado até o presente e mirando o futuro como palco de valores cada vez mais sólidos, como liberdade, igualdade e fraternidade, tudo isso em torno de uma ideia viva e vibrante de dignidade humana.


[Tradução da versão publicada em alemão na Tópicos - Revista da Sociedade Brasil-Alemanha, edição 1 de 2024, p. 23]

O autor é Subsecretário de Justiça e Integridade Institucional da SJCDH e presidente da Comissão Oficial do Bicentenário da Imigração Alemã

Desperdício mental

        Todos nós, creio eu, aprendemos que a mente tem poder. E poder extraordinário se usada devidamente. Seja pro bem, ou seja pro mal. Diz a psicologia e, em especial, a neurociência, que somos relapsos ou mesmo ignorantes nesse quesito e só usamos 2 % desse potencial. Imaginem só o desperdício mental que nos acomete!

        O problema é que para o mal sempre buscamos potencializar esse poder. Nem tanto para o bem. É uma questão crucial essa.

         Em sua consagrada obra  Paradise Lost ou "Paraíso Perdido", o poeta épico John Milton( 1607-1674) conclui que " a mente é um lugar em si mesma; e, em si mesma, pode fazer do céu um inferno; como do inferno, um céu". Aqui reside nossa redençâo. Ou nossa condenação ao cadafalso da perdição!

        Como se comprova  uma vez mais, tudo em si depende de uma escolha de vida. A própria vida daí decorre, naturalmente. Está claro?

         A obra de Milton narra a queda do homem a partir da desobediência de Adão e Eva às determinações de Deus, no Jardim do Éden.

      Ao cair precipício abaixo no abismo do inferno, Satanás, o Lúcifer revoltado, decide que irá perseguir e arruinar a criação de Deus- o Homem. É o que faz, ou no mínimo tenta, desde o começo dos tempos.

      No final e ao cabo, a obra miltoniana traduz e põe às claras a sede de poder de Lúcifer, o denominado " anjo caído", que decidiu usar seu poder malígno para vingar-se de sua desventura no Paraíso, buscando arrastar consigo mais e mais criaturas no rumo da desolação e do sofrimento sem fim.

        Repare bem, amigo e amiga, se a figura bizarra desse Lúcifer não se enquadra - na integralidade- na personalidade do comandante da quadrilha que tomou de assalto a nação brasileira e quer porque quer nos condenar ao fogo do inferno, onde ele sofre desde sempre, mas se consola e realiza em ver a criatura de Deus também cair e sofrer como ele essa desventura que não acaba.

     Bela obra essa de John Milton. Pungente. E atualíssima. Como a Iliada e Odisséia, de Homero; Eneida, de Virgílio e a Divina Comédia do grande Dante Alighieri, se inscreve no rol das obras- primas da literatura universal. São obras cujos conteúdos dizem tudo da felicidade ou da infelicidade dos humanos sobre a superfície da terra. Pena que poucos as conhecem. E a maioria,  as conhecendo ou não, resistem em seguir as lições ali retratadas.

   Sílvio Lopes, jornalista, economista e escritor. Palestrante sobre Economia Comportamental.

Governo federal do PT amarra autorizações para pedidos de Porto Alegre

 O prefeito Sebastião Melo foi esta semana a Brasília para pedir celeridade ao governo federal na liberação de aval para os financiamentos internacionais em andamento em Porto Alegre. Ele se reuniu com o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron.

O governo lulopetista está engavetando os pedidos da Capital.

O prefeito também se reuniu com o secretário executivo adjunto do órgão, Rafael Ramalho, e a procuradora-geral da Fazenda Nacional, Anelise de Almeida. 

Conheça os financiamentos:


Centro+4D - O Programa Centro+4D é um investimento significativo na requalificação inclusiva e sustentável do núcleo central de Porto Alegre. São intervenções positivas para melhorar a mobilidade urbana, reduzir alagamentos, qualificar áreas verdes e revitalizar prédios históricos. O contrato prevê empréstimos de 77,76 milhões de euros do Banco Mundial e 51,84 milhões de euros da Agência Francesa de Desenvolvimento.


Porto Alegre+Social - O Programa de Desenvolvimento Social com Sustentabilidade Fiscal aumentará o acesso, eficiência e modernização dos serviços em saúde, educação, trabalho e segurança social. O financiamento com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) prevê US$ 150 milhões para as melhorias.


POA Territorial - O Programa de Inovação Social para Transformação Territorial de Porto Alegre vai ampliar a eficiência e a qualidade dos serviços públicos oferecidos nos territórios mais vulneráveis da cidade. O valor em captação junto com o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) é de US$ 80 milhões.


Ônibus elétricos - Junto com a Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Melo também entregou reivindicação à Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda para que a União conceda incentivos tributários aos municípios para a compra de ônibus elétricos. A prefeitura recentemente investiu R$ 38 milhões em 12 veículos com tecnologia sustentável que entram em operação até junho. “Fazer essa transposição do mundo antigo à energia sustentável tem ganhos essenciais para a cidade, para os cidadãos e para o meio ambiente”, finaliza.

Autor do Twitter Files denuncia TSE, STF, Moraes, Lula e governo do PT à OEA

O  jornalista norte-americano Michael Shellenberger acionou a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) contra o governo federal. Em defesa da liberdade de expressão, ele pede medida cautelar. 

O comunicador anunciou a ação ontem a noite.

Shellenberger foi o responsável por divulgar, no início do mês, a série de conteúdos que ficou conhecida como Twitter Files. Conforme os materiais revelados, funcionários do Twitter/X no Brasil afirmaram que órgãos como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pressionaram a plataforma de rede social a excluir perfis e a monitorar hashtags durante a campanha eleitoral de 2022.

E sempre contra a oposição.

Por causa do Twitter Files, o jornalista dos Estados Unidos virou alvo de Moraes e do seu aliado, o governo Lula.

Ao anunciar que denunciou o governo brasileiro à CIDH, o jornalista norte-americano acusou a Polícia Federal (PF), o STF e a AGU de censurarem o “discurso jurídico” no país. 

Além disso, registra o temor de que o Brasil caminhe de vez para o “totalitarismo”.

Leia o relato por inteiro:


“Meu caso é muito forte. Os dois relatórios da Polícia Federal e o relatório da Advocacia-Geral da União sugerem que estou sob investigação criminal e sob risco iminente de processo criminal por publicar informações totalmente precisas e legais.


O Brasil ainda hoje é formalmente uma democracia. Mas não deveria mais ser considerado liberal. A guerra à liberdade de expressão pelo Supremo Tribunal Federal e pelo presidente Lula foi longe demais. Na melhor das hipóteses, o Brasil é uma ‘democracia iliberal’. Na pior das hipóteses, caminha para o totalitarismo.


A Organização dos Estados Americanos deve tomar medidas para impedir que o Brasil continue no perigoso caminho em direção ao totalitarismo.


Minha inscrição completa pode ser lida no site da minha organização de pesquisa sem fins lucrativos, Environmental Progress. Lá também se encontram os relatórios da Polícia Federal e o relatório do Procurador-Geral da República.“

Rumble

  A coisa engrossou muito para o ministro A. de Moraes, para o TSE e para o STF, e também para o governo do PT, porque o Comitê de Assuntos Judiciários da Câmara dos Estados Unidos, presidido pelo republicano Jim Jordan, ampliou do X para as demais plataformas de internet as investigações sobre os atos de censuras ilegais e perseguições políticas movidas contra opositores e jornalistas.

A Câmara, agora, intimou a Rumble, plataforma de mídia social semelhante ao YouTube, a entregar decisões do STF (Supremo Tribunal Federal) relacionadas ao funcionamento da rede social no Brasil.

O Rumble foi selvagemente atacado por Moraes+TSE+STF e decidiu fugir do Brasil, tudo para proetstar contra censuras ilegais e perseguições políticas contra perfis alojados nele. Em dezembro do ano passado, o fundador da plataforma, Chris Pavlovski, disse que a ação ia contra os princípios da rede social.

“Recentemente, os tribunais brasileiros exigiram que removêssemos certos criadores do Rumble. Como parte da nossa missão de restaurar uma internet livre e aberta, comprometemo-nos a não alterar as metas das nossas políticas de conteúdo. Os usuários com opiniões impopulares são livres para acessar nossa plataforma nos mesmos termos que nossos milhões de outros usuários. Dessa forma, decidimos desabilitar o acesso ao Rumble para usuários no Brasil enquanto contestamos a legalidade das demandas dos tribunais brasileiros”, disse a empresa em comunicado divulgado em dezembro de 2023.

O Rumble atraiu personalidades da direita brasileira à medida que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) passou a proferir decisões determinando o bloqueio de perfis em outras redes sociais. Na época, influenciadores como Monark, Rodrigo Constantino e Allan dos Santos passaram a produzir conteúdos na plataforma.

MARCHA DA MACONHA|

 MARCHA DA MACONHA

https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2014/05/manifestantes-realizam-marcha-da-maconha-em-porto-alegre.html

Pesquisas

Nesta segunda-feira, ontem, falei para 2 mil candidatos a vereadores e a prefeitos do RS. Entre eles, estavam muitos assessores, além de vereadores, deputados e dirigentes do PL do RS.

No auditório no qual falei, estavam 720 candidatos, assessores, vereadores, deputados e dirigentes do Partido de Bolsonaro, inclusive o presidente estadual Giovani Cherini. Os demais, acompanharam pela internet.

Aliás, o próprio Bolsonaro falou por videoconferência. Ele deveria falar 15 minutos e falou 1h30min.

O PL terá 3 mil candidatos no RS.

O evento de ontem foi para preparar um curso sobre marketing eleitoral.

Minha palestra foi sobre o relacionamento dos candidatos com a imprensa.

Mas nem é sobre isto que quero falar com vocês, mas é a respeito de outro tema que acabei abordando, no caso duas pesquisas que li com atenção neste final de semana:

Uma, do Instituto Pesquisas de Opinião, IPO, realizado em 80 municípios
Outra, da RBS, que ouviu 5.500 pessoas.

Ambas tratam do gaúcho. No caso da IPO, mais sobre o eleitor do RS.

O que achei de mais surpreendente é a convergência que ambas as pesquisas encontraram para definir o gaúcho, simples cidadão ou eleitor:

- 92% dos cidadãos gaúchos são conservadores, diz a pesquisa da RBS, com variações para mais ou menos.
- 70% dos eleitores pesquisados pela IPO, apresentam-se como conservadores.

Vou ficar com o caso da IPO, porque a pesquisa da RBS é muito ampla e quero falar mais tarde, noutro comentário, sobre ela.

Ontem, no PL, para os 720 candidatos e assessores que estavam no Ritter Hotel, falei sobre a pesquisa da IPO.

Acho que muitos dos resultados encontrados, são comuns à imensa maioria dos municípios do Brasil.

O Instituto Pesquisas de Opinião, IPO, Porto Alegre, concluiu uma extensa pesquisa junto a eleitores de 80 municípios de grande, médio e pequenos portes do RS, buscando respostas para 4 grandes vetores políticos, desde a caracterização do perfil dos eleitores até a definição das agendas defendidas por eles e a influência que sofrem da chamada polarização entre bolsonaristas e lulopetistas. 

A pesquisa destacou que o principal perfil do eleitor gaúcho é que 70% deles são conservadores ou de direita, portanto atentos à defesa da família e contra demandas como aborto, drogas ou linguagem neutra. O STF e o Congresso são abominados.

Em síntese, o que querem os eleitores gaúchos dos candidatos de 2024:

1) Que os gestores sejam líderes para cuidar e resolver problemas locais.

2) Que sejam honestos.

3) Que sejam populares, mas não populistas, no sentido de ouvir a população.

4) Ênfase para saúde, zeladoria dos bairros e força à segurança pública. 

A IPO diz que a verticalização nacional só entrará na agenda das decisões dos eleitores nas grandes e médias cidades, sendo que nas demais a polarização será pauta eleitoral forte nos casos onde o lulopetismo e a oposição já fazem isto, como são os casos de São Leopoldo, Caxias do Sul ou Viamão.

Osmar Terra defende PEC 45 e diz que Congresso tem prerrogativa de legislar sobre drogas

Depois de aprovada pelo Senado, chegou à Câmara a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 45/2023) que criminaliza a posse e o porte de drogas, independentemente da quantidade da substância. 

Em entrevista ao programa Painel Eletrônico da Rádio e TV Câmara, nesta terça-feira (23/4), o deputado Osmar Terra (MDB-RS), favorável à proposta, afirmou que ela não traz novidades, mas coloca na Constituição que cabe ao Congresso a decisão sobre o tema, já que, segundo ele, o Supremo Tribunal Federal quer legislar sobre o assunto, o que não seria tarefa do STF.

    Terra salientou que descriminalizar o uso de drogas pode aumentar o consumo e trazer consequências graves principalmente para a população jovem. Ele acrescenta que, se fosse determinada a quantidade de droga para caracterizar alguém como usuário, o traficante nunca seria preso.

 O parlamentar classifica como “mito” a visão de que a polícia reprime mais o uso de drogas entre a população pobre. Ele opina que as políticas públicas devem se concentrar na divulgação dos males das drogas e no tratamento, que no entender dele, deve incluir a abstinência.


No discurso de Copacabana, Bolsonaro sugere que querem matá-lo

O que mais surprendeu no ato público desta manhã em Copacabana, no Rio, não foi a presença do oceano de manifestantes de verde e amarelo e nem o entusiasmo de todos eles, que se recusaram a sair dos postos 4 e 5 depois de encerrada a manifestação.

O que ficou marcado foi este trecho do discurso de 34 minutos pronunciado por Bolsonaro de cima do caminhão de som, vestido com sua camisa da seleção brasileira:

- Se acontecer algo de pior comigo, não desistam de lutar pelo restabelecimento da liberdade dos brasileiros.

É uma referência direta às ameaças de assassinato.

Pouco antes, Bolsonaro já tinha identificado quem quer matá-lo. Acompanhe:

- O sistema não quer apenas desconstruir minha pessoa ou me prender, porque o que ele quer de verdade é completar o que começou em Juiz de Fora.

O público reagiu com rugido de emoção à flor da pele.

Eleitor deste ano terá olhar de galinha e também de águia, diz Cleber Benvegnú

Nas eleições municipais, diz Benvegnú, o eleitor terá olhos de galinha (o microcosmo local), mas também o de águia (o macrocosmo nacional).

O jornalista, advogado e ex-chefe da Casa Civil, fundador da Critério - Resultado em Opinião Pública, Porto Alegre, Cleber Benvegnú, considera que a grande novidade das eleições municipais deste ano é o surgimento do que ele chama de Nova Direita, mas também o advento de redes sociais muito mais influentes, que quebraram o monopólio da verdade estabelecido pela velha mídia.

É a emergência do PL como principal Partido da Nova Direita, sob a liderança de Bolsonaro.

É ele quem enfrentará nas urnas o PT, que demonstra não ter esquecido nada e nem aprendido nada ao longo dos últimos 40 anos, com discurso típico dos renegados sociais dos anos 80. "Maria do Rosário, por exemplo, candidata do PT em Porto Alegre, faz discurso démodé", avalia Benvegnú, cuja agência, a Critério, assessora há muitos anos candidatos interessados do RS.

O diretor da Critério não fez menção à questão do histórico de corrupção que marca como herança maldita o PT, apresentado ao eleitor como organização criminosa emergente do Mensalão e da Lava Jato.

Pesquisa IPO

 O Instituto Pesquisas de Opinião, IPO, Porto Alegre, concluiu uma extensa pesquisa junto a eleitores de 80 municípios de grande, médio e pequenos portes do RS, buscando respostas para 4 grandes vetores políticos, desde a caracterização do perfil dos eleitores até a definição das agendas defendidas por eles e a influência que sofrem da chamada polarização entre bolsonaristas e lulopetistas.

A pesquisa destacou que o principal perfil do eleitor gaúcho é que 70% deles são conservadores ou de direita, portanto atentos à defesa da família e contra demandas como aborto, drogas ou linguagem neutra. O STF e o Congresso são abominados.

Em síntese, o que querem os eleitores gaúchos dos candidatos de 2024: 1) Que os gestores serjam líderes para cuidar e resolver problemas locais. 2) Que sejam honestos. 3) Que sejam populares, mas não populistas, no sentido de ouvir a população. 5) Ênfase para saúde, zeladoria dos bairros e força à segurança pública. 

A IPO diz que a verticalização nacional só entrará na agenda das decisões dos eleitores nas grandes e médias cidades, sendo que nas demais a polarização será pauta eleitoral forte nos casos onde o lulopetismo e a oposição já fazem isto, como são os casos de São Leopoldo, Caxias do Sul ou Viamão.

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PL
A Nova Direita e seu Líder

Nas eleições municipais, diz Benvegnú, o eleitor terá olhos de galinha (o microcosmo local), mas também o de águia (o macrocosmo nacional).

O jornalista, advogado e ex-chefe da Casa Civil, fundador da Critério - Resultado em Opinião Pública, Porto Alegre, Cleber Benvegnú, considera que a grande novidade das eleições municipais deste ano é o surgimento do que ele chama de Nova Direita, mas também o advento de redes sociais muito mais influentes, que quebraram o monopólio da verdade estabelecido pela velha mídia.

É a emergência do PL como principal Partido da Nova Direita, sob a liderança inabalável de Bolsonaro.

É ele quem enfrentará nas urnas o PT, que demonstra não ter esquecido nada e nem aprendido nada ao longo dos últimos 40 anos, com discurso típico dos renegados sociais dos anos 80. "Maria do Rosário, por exemplo, candidata do PT em Porto Alegre, faz discurso démodé", avalia Benvegnú, cuja agência, a Critério, assessora há muitos anos candidatos interessados do RS.

O diretor da Critério não fez menção à questão do histórico de corrupção que marca como herança maldita o PT, apresentado ao eleitor como organização criminosa emergente do Mensalão e da Lava Jato.

PESQUISA
O perfil do eleitor gaúcho em 2024

O Instituto Pesquisas de Opinião, IPO, Porto Alegre, concluiu uma extensa pesquisa junto a eleitores de 80 municípios de grande, médio e pequenos portes do RS, buscando respostas para 4 grandes vetores políticos, desde a caracterização do perfil dos eleitores até a definição das agendas defendidas por eles e a influência que sofrem da chamada polarização entre bolsonaristas e lulopetistas.

A pesquisa destacou que o principal perfil do eleitor gaúcho é que 70% deles são conservadores ou de direita, portanto atentos à defesa da família e contra demandas como aborto, drogas ou linguagem neutra. O STF e o Congresso são abominados.

Em síntese, o que querem os eleitores gaúchos dos candidatos de 2024: 1) Que os gestores serjam líderes para cuidar e resolver problemas locais. 2) Que sejam honestos. 3) Que sejam populares, mas não populistas, no sentido de ouvir a população. 5) Ênfase para saúde, zeladoria dos bairros e força à segurança pública. 

A IPO diz que a verticalização nacional só entrará na agenda das decisões dos eleitores nas grandes e médias cidades, sendo que nas demais a polarização será pauta eleitoral forte nos casos onde o lulopetismo e a oposição já fazem isto, como são os casos de São Leopoldo, Caxias do Sul ou Viamão.

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A relação dos candidatos com a imprensa não muda muito de figura nos casos de candidatos a prefeito ou vereador.

Já vou falar sobre isto.

Antes de tudo, no entanto, o candidato a prefeito ou a vereador precisa atrair um jornalista para sua equipe, que seja remunerado ou seja voluntário. Se for voluntário e o candidato, caso eleito, vá contar com alguma condição de nomear CC, prometer nomeá-lo em caso de vitória é um bom contrato de risco.

O candidato precisa saber que não pode deixar tudo sob responsabilidade do profissional, porque precisa, também, entrar de ponta cabeça no jogo:

Mídia de internet
Gravando intervenções rápidas, promovendo podcasts, tudo para veiculação nas redes sociais, usando as plataformas mais requisitadas, e permitindo que tudo seja enviado para suas listas via WhatsApp ou Telegram.

Midia tradidiconal
Aproximando-se tanto quanto possível de dois personagens fundamentais para o êxito da missão de abrir espaço nos meios de comunicação:

- O dono do veículo.
- Os jornalistas que receberão seu material ou que manterão contato com o candidato.

Eu espero que o próprio Partido tenha sua própria estrutura de apoio nas áreas de publicidade, relações públicas e imprensa, pelo menos para formatar as páginas dos candidatos em plataformas como You Tube, X, Facebook, Instagram e Tik Tok, deixando que o candidato faça a operação diária.

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Nós podemos conversar mais sobre isto, mas antes de concluir esta parte da minha intervenção, quero chamar a atenção de que o candidato precisa incluir seu profissional de imprensa no organograma da campanha, que necessariamente precisa contar com um Conselho Político, coordenado pelo chefe da campanha, e do qual façam parte pelo menos apoiadores que respondam pela logística, pelo financeiro e pelo jurídico. 

Se não der, a ordem é buscar apoiadores voluntários, mesmo familiares, e sempre acenando com algum tipo de contrato de risco, vinculado ao caso de vitória. 

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