A Santa Casa atende a população pobre que precisa de médicos e hospitalização para todos os tipos de doenças, a imensa maioria, e não só vírus chinês.
Depois que viralizou vídeo descontextualizado de entrevista que concedeu na TV Pampa, Porto Alegre, o renomado médico gaúcho Fernando Luchese gravou nova fala, muito mia socmpleta. Leia o texto degravado pelo jornalista Glauco Fonseca a pedido do editor: "Há poucos dias, circulou um vídeo editado de uma participação minha no programa da Rede Pampa, em que eu afirmava que a Santa Casa dispõe de 200 respiradores e 100 aparelhos de anestesia. Eu quero esclarecer um pouco melhor essa informação. Os números estão corretos, são exatamente esses os números, mas a edição foi incompleta por que, na realidade, eu afirmava que os respiradores - esses 200 - eles estão uso nos nossos mais de 150 leitos de UTI e em nossas 6 emergências em nossos 9 hospitais. Assim como os carros anestésicos eles propiciaram no ano passado – 2019 - a realização de 80 mil cirurgias no complexo da Santa Casa. Então todos esses equipamentos estão em uso e estão disponíveis (...) A Satna Casa decidiu destinar, do seu hospital Pavilhão Pereira Filho, que é o nosso hospital de pneumologia, onde trabalham pneumologistas reconhecidos no Brasil todo, 40 leitos para atendimento de casos de Covid podendo expandi-los para 80 se necessário. Para isso, nós lançamos uma campanha de captação de recursos para a criação de 80 leitos de UTI, com custo médio de R$ 210.000,00 por leito, o que permitirá vencer uma situação de grande expansão do Covid, o que rezamos para que não aconteça, mas estaremos prontos se acontecer. No Rio Grande, 70% dos atendimentos do SUS são realizados pelas 272 Santas Casas e hospitais filantrópicos em 220 municípios"
Ex-ministro avalia crise causada pelo coronavírus: "É preciso colocar dinheiro no caixa das pessoas e das empresas"
Ex-ministro avalia crise causada pelo coronavírus: "É preciso colocar dinheiro no caixa das pessoas e das empresas"
O repórter Leonardo Vieceli ouviu o ex-ministro do governo FHC, do qual foi derrubado depois que uma conversa sua vazou (uma conversa sobre privatizações, na qual o ministro tinha toda razão) Luiz Carlos Mendonça de Barros, que afirmou para o jornal Zero Hora, que publicou a entrevista neste final de semana, que governo Bolsonaro deve aumentar gastos para socorrer economia
Leia tudo:
O economista Luiz Carlos Mendonça de Barros avalia que não resta outra saída ao governo Jair Bolsonaro a não ser intensificar medidas para garantir recursos a empresas e famílias durante a crise do coronavírus. Na entrevista a seguir, o ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também aponta diferenças e semelhanças do atual momento frente à turbulência financeira de 2008. Além de comandar o BNDES, Mendonça de Barros atuou nos anos 1990 como ministro das Comunicações na gestão Fernando Henrique Cardoso (FHC).
Como o senhor descreve o atual momento da economia?
Tenho 50 anos de profissão e nunca passei por isso. É algo extraordinário. Já vi várias crises no Brasil e no Exterior, mas não com esta complexidade. Brinquei com meus netos ao dizer que esta é a primeira coisa que vivemos juntos pela primeira vez. O que acontecerá com a economia dependerá da situação da saúde. Tem gente que acha que o problema será passageiro, tem gente que acha que vai demorar mais.
As notícias são de que, na China, o cenário está se normalizando. O presidente chinês, Xi Jinping, passou por período de questionamento pela forma como o país lidou com a crise do coronavírus na fase inicial. O que acontece durante o problema é um colapso da economia, tanto pelo lado da oferta quanto pelo lado da demanda. A crise na saúde é o que chamamos de cisne negro, ou seja, algo que ninguém esperava.
O atual tem alguma semelhança com a turbulência registrada em 2008?
A crise atual é nova em razão de sua origem. Mas tem alguns componentes parecidos com a de 2008. Um deles é o pânico no mercado financeiro.
Quais são as ações necessárias neste momento para amenizar as perdas na economia?
É preciso jogar dinheiro no sistema financeiro. O Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) fez isso, o governo americano lançou um pacotaço, com dinheiro para todo mundo, para evitar a quebradeira de empresas. É assim. Tem de ser assim. É preciso colocar dinheiro no caixa das pessoas e das empresas. Se estiver certo, e espero estar, esta é uma crise de três, quatro meses. Se os governos agirem corretamente, vai passar.
Como o senhor avalia a atuação do governo Bolsonaro para atenuar os prejuízos na economia?
O Banco Central cuida do mercado financeiro, fez isso corretamente aqui no Brasil, diminuiu compulsórios, criou uma série de facilidades. Mas não resolve o problema. O Paulo Guedes (ministro da Economia) é um monetarista de Chicago, não aceita a análise keynesiana de jogar dinheiro para empresas e pessoas. O Banco Central tem de evitar a quebradeira de bancos, mas a política monetária não chega a empresas e pessoas agora.
Por quê?
A população sofre por falta de renda, e as empresas sentem falta de recursos. Tem de botar dinheiro nelas. É uma pena o que aconteceu com o BNDES. O erro é amarrar o banco deste jeito. O BNDES sempre foi importante em momentos assim.
Quais são as medidas adotadas no Exterior que poderiam servir de exemplo para o Brasil?
O país tem de olhar para o pacote da Inglaterra, que tem governo ultraconservador. Lá existe um programa muito radical, para dar dinheiro nas mãos das pessoas. O governo americano fechou um pacote de trilhões de dólares. Tem de pegar essas ideias e trazer para cá.
O repórter Leonardo Vieceli ouviu o ex-ministro do governo FHC, do qual foi derrubado depois que uma conversa sua vazou (uma conversa sobre privatizações, na qual o ministro tinha toda razão) Luiz Carlos Mendonça de Barros, que afirmou para o jornal Zero Hora, que publicou a entrevista neste final de semana, que governo Bolsonaro deve aumentar gastos para socorrer economia
Leia tudo:
O economista Luiz Carlos Mendonça de Barros avalia que não resta outra saída ao governo Jair Bolsonaro a não ser intensificar medidas para garantir recursos a empresas e famílias durante a crise do coronavírus. Na entrevista a seguir, o ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também aponta diferenças e semelhanças do atual momento frente à turbulência financeira de 2008. Além de comandar o BNDES, Mendonça de Barros atuou nos anos 1990 como ministro das Comunicações na gestão Fernando Henrique Cardoso (FHC).
Como o senhor descreve o atual momento da economia?
Tenho 50 anos de profissão e nunca passei por isso. É algo extraordinário. Já vi várias crises no Brasil e no Exterior, mas não com esta complexidade. Brinquei com meus netos ao dizer que esta é a primeira coisa que vivemos juntos pela primeira vez. O que acontecerá com a economia dependerá da situação da saúde. Tem gente que acha que o problema será passageiro, tem gente que acha que vai demorar mais.
As notícias são de que, na China, o cenário está se normalizando. O presidente chinês, Xi Jinping, passou por período de questionamento pela forma como o país lidou com a crise do coronavírus na fase inicial. O que acontece durante o problema é um colapso da economia, tanto pelo lado da oferta quanto pelo lado da demanda. A crise na saúde é o que chamamos de cisne negro, ou seja, algo que ninguém esperava.
O atual tem alguma semelhança com a turbulência registrada em 2008?
A crise atual é nova em razão de sua origem. Mas tem alguns componentes parecidos com a de 2008. Um deles é o pânico no mercado financeiro.
Quais são as ações necessárias neste momento para amenizar as perdas na economia?
É preciso jogar dinheiro no sistema financeiro. O Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) fez isso, o governo americano lançou um pacotaço, com dinheiro para todo mundo, para evitar a quebradeira de empresas. É assim. Tem de ser assim. É preciso colocar dinheiro no caixa das pessoas e das empresas. Se estiver certo, e espero estar, esta é uma crise de três, quatro meses. Se os governos agirem corretamente, vai passar.
Como o senhor avalia a atuação do governo Bolsonaro para atenuar os prejuízos na economia?
O Banco Central cuida do mercado financeiro, fez isso corretamente aqui no Brasil, diminuiu compulsórios, criou uma série de facilidades. Mas não resolve o problema. O Paulo Guedes (ministro da Economia) é um monetarista de Chicago, não aceita a análise keynesiana de jogar dinheiro para empresas e pessoas. O Banco Central tem de evitar a quebradeira de bancos, mas a política monetária não chega a empresas e pessoas agora.
Por quê?
A população sofre por falta de renda, e as empresas sentem falta de recursos. Tem de botar dinheiro nelas. É uma pena o que aconteceu com o BNDES. O erro é amarrar o banco deste jeito. O BNDES sempre foi importante em momentos assim.
Quais são as medidas adotadas no Exterior que poderiam servir de exemplo para o Brasil?
O país tem de olhar para o pacote da Inglaterra, que tem governo ultraconservador. Lá existe um programa muito radical, para dar dinheiro nas mãos das pessoas. O governo americano fechou um pacote de trilhões de dólares. Tem de pegar essas ideias e trazer para cá.
Arttigo - O tranco vem aí
O tranco vem aí. E ninguém poderá alegar surpresa
A Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (@FGVDAPP) detectou uma novidade esta semana nas redes sociais: certa agregação de perfis que ela considera de esquerda e de centro. Vamos então aceitar para efeitos didáticos a classificação, pois aponta um movimento de razoável importância no público.
As ações do presidente da República para reagrupar e anabolizar a base mais próxima dele na guerra de opiniões da Covid-19 tiveram um custo: juntaram contra ele, pelo menos nas redes sociais, quem não se juntava há tempos para nada. Não existe mesmo almoço grátis, apesar de esse rearranjo na internet não ter até o momento maior implicação política.
O custo em imagem ainda precisa ser medido nas pesquisas, mas os dados digitais fazem deduzir que a base bolsonarista fiel continua preservada na essência. E duas coisas jogam a favor do presidente na correlação de forças: não há condições objetivas para protestos de rua em massa e tampouco o Congresso Nacional parece propenso a enveredar por um confronto aberto contra o Planalto.
Tirando os pontos fora da curva, por exemplo a suspensão dos contratos de trabalho sem contrapartida, a disposição no Legislativo é aprovar as medidas governamentais de combate às crises sanitária e econômica, aqui especialmente as de caráter anticíclico. Até porque de repente todos viraram keynesianos: economistas, empresários e jornalistas especializados.
E um Congresso que só pode reunir por teleconferência não chega a ser propriamente ameaça. Nesta condição, é pouco provável deputados e senadores colocarem para rodar qualquer coisa afastada do consenso. E se há um consenso nas duas Casas é não bater de frente com Jair Bolsonaro. Em vez de esticar a corda, dar corda para o presidente.
Nas últimas horas a sensação é de um movimento centrípeto governamental. Os ministros da Saúde e da Fazenda falaram à vontade no sábado para garantir que planos para a defesa contra o coronavírus estão aí e irão funcionar. Mostraram estar confiantes nas cadeiras. É pouco provável terem feito a aparição pública sem combinar com o chefe.
Mas nada servirá de escudo se duas coisas não funcionarem bem: se o dinheiro para empresas e trabalhadores não chegar na ponta e se o sistema de saúde não aguentar o tranco que vem aí nas próximas semanas. Os ministros responsáveis pelas duas áreas pareceram neste sábado confiantes de que os dois desafios serão equacionados.
Ninguém se engane. Ainda não saímos da etapa dos bate-bocas. Que têm hora para dividir o palco com os fatos duros. O tsunami vem aí. E o governo será julgado pelos resultados. Inclusive porque teve tempo de se preparar. O lockdown em Wuhan tem mais de dois meses, e a agudização na crise na Europa já vem há várias semanas. Ninguém poderá alegar surpresa.
Deu tempo suficiente para aprender com os erros dos outros. Vamos aguardar, e rezar, para termos aprendido.
*
Depois desta epidemia vai ficar muito difícil a vida de quem deseja enfraquecer o Sistema Único de Saúde. Se ele funcionar como prometem, e nada indica que não vá (tem um pouco de torcida nisso), estará aberta a estrada para atacar de vez o problema do subfinanciamento.
________________________________________
Alon Feuerwerker (+55 61 9 8161-9394)
alon.feuerwerker@fsb.com.br
A Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (@FGVDAPP) detectou uma novidade esta semana nas redes sociais: certa agregação de perfis que ela considera de esquerda e de centro. Vamos então aceitar para efeitos didáticos a classificação, pois aponta um movimento de razoável importância no público.
As ações do presidente da República para reagrupar e anabolizar a base mais próxima dele na guerra de opiniões da Covid-19 tiveram um custo: juntaram contra ele, pelo menos nas redes sociais, quem não se juntava há tempos para nada. Não existe mesmo almoço grátis, apesar de esse rearranjo na internet não ter até o momento maior implicação política.
O custo em imagem ainda precisa ser medido nas pesquisas, mas os dados digitais fazem deduzir que a base bolsonarista fiel continua preservada na essência. E duas coisas jogam a favor do presidente na correlação de forças: não há condições objetivas para protestos de rua em massa e tampouco o Congresso Nacional parece propenso a enveredar por um confronto aberto contra o Planalto.
Tirando os pontos fora da curva, por exemplo a suspensão dos contratos de trabalho sem contrapartida, a disposição no Legislativo é aprovar as medidas governamentais de combate às crises sanitária e econômica, aqui especialmente as de caráter anticíclico. Até porque de repente todos viraram keynesianos: economistas, empresários e jornalistas especializados.
E um Congresso que só pode reunir por teleconferência não chega a ser propriamente ameaça. Nesta condição, é pouco provável deputados e senadores colocarem para rodar qualquer coisa afastada do consenso. E se há um consenso nas duas Casas é não bater de frente com Jair Bolsonaro. Em vez de esticar a corda, dar corda para o presidente.
Nas últimas horas a sensação é de um movimento centrípeto governamental. Os ministros da Saúde e da Fazenda falaram à vontade no sábado para garantir que planos para a defesa contra o coronavírus estão aí e irão funcionar. Mostraram estar confiantes nas cadeiras. É pouco provável terem feito a aparição pública sem combinar com o chefe.
Mas nada servirá de escudo se duas coisas não funcionarem bem: se o dinheiro para empresas e trabalhadores não chegar na ponta e se o sistema de saúde não aguentar o tranco que vem aí nas próximas semanas. Os ministros responsáveis pelas duas áreas pareceram neste sábado confiantes de que os dois desafios serão equacionados.
Ninguém se engane. Ainda não saímos da etapa dos bate-bocas. Que têm hora para dividir o palco com os fatos duros. O tsunami vem aí. E o governo será julgado pelos resultados. Inclusive porque teve tempo de se preparar. O lockdown em Wuhan tem mais de dois meses, e a agudização na crise na Europa já vem há várias semanas. Ninguém poderá alegar surpresa.
Deu tempo suficiente para aprender com os erros dos outros. Vamos aguardar, e rezar, para termos aprendido.
*
Depois desta epidemia vai ficar muito difícil a vida de quem deseja enfraquecer o Sistema Único de Saúde. Se ele funcionar como prometem, e nada indica que não vá (tem um pouco de torcida nisso), estará aberta a estrada para atacar de vez o problema do subfinanciamento.
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Alon Feuerwerker (+55 61 9 8161-9394)
alon.feuerwerker@fsb.com.br
Medidas
- Serão zerados impostos sobre 67 produtos que previnem e combatem o Coronavírus.
- Presidente sugeriu e a Anvisa liberou que todas as farmácias de manipulação produzam álcool gel.
- Liberação de R$ 60 bilhões para a manutenção de empregos.
- Antecipação da primeira parcela do 13° para abril e a segunda para maio para aposentados e pensionistas do INSS.
- Ministério da Educação libera R$ 450 milhões para ajudar escolas na compra de itens de saúde como álcool gel e sabonete.
- Suspensão de visitas nos Presídios Federais.
- Substituição de aulas presenciais por aulas a distância.
- Restrição à entrada de estrangeiros por fronteiras do país. - Projeto de simplificação temporária de regras trabalhistas.
- Trabalhador e empregador poderão celebrar acordos individuais, respeitados os limites da Constituição.
- Auxílio emergencial de R$ 15 bilhões p/trabalhadores informais. - R$5bi p/pequenas e microempresas.
- Facilitação e renegociação de créditos.
- Desburocratização para importação de insumos e matéria-prima.
- Prorrogação do prazo de pagamento do FGTS, injetando R$ 30 bi na economia.
- Adiamento do pagamento do Simples Nacional, c/economia de R$ 22,2 bilhões p/pequenas e médias empresas. - Redução de 50% nas contribuições p/o Sistema S, beneficiando empregadores. - +5 mil médicos p/reforço no combate ao vírus.
- Instalação de mais 2 mil leitos no Brasil p/atendimento a pacientes.
- Distribuição de 30 mil kits para diagnóstico do Coronavírus.
- R$ 432 milhões para os estados. - Repasse de R$ 4,5 bilhões do fundo do DPVAT p/combate ao coronavírus.
- Suspensão da prova de vida por 120 dias, s/interrupção dos pagamentos -INSS.
- Antecipação do abono salarial p/junho, injetando R$12,8 bilhões na economia.
- Inclusão de mais 1 milhão de pessoas no Bolsa Família, com liberação de R$ 3,1 bilhões
- R$ 5 bilhões para pequenas e microempresas. - Criação do Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos do Covid-19.
- Criação do Comitê de Especialistas Rede Vírus, p/promover pesquisas relacionadas ao coronavírus.
- Liberação de R$ 147 bilhões para reduzir os efeitos do coronavírus, sendo:
.R$83,4bi p/a população mais vulnerável;
.R$59,4bi p/manutenção de empregos;
R$5bi no combate à pandemia.
- Presidente sugeriu e a Anvisa liberou que todas as farmácias de manipulação produzam álcool gel.
- Liberação de R$ 60 bilhões para a manutenção de empregos.
- Antecipação da primeira parcela do 13° para abril e a segunda para maio para aposentados e pensionistas do INSS.
- Ministério da Educação libera R$ 450 milhões para ajudar escolas na compra de itens de saúde como álcool gel e sabonete.
- Suspensão de visitas nos Presídios Federais.
- Substituição de aulas presenciais por aulas a distância.
- Restrição à entrada de estrangeiros por fronteiras do país. - Projeto de simplificação temporária de regras trabalhistas.
- Trabalhador e empregador poderão celebrar acordos individuais, respeitados os limites da Constituição.
- Auxílio emergencial de R$ 15 bilhões p/trabalhadores informais. - R$5bi p/pequenas e microempresas.
- Facilitação e renegociação de créditos.
- Desburocratização para importação de insumos e matéria-prima.
- Prorrogação do prazo de pagamento do FGTS, injetando R$ 30 bi na economia.
- Adiamento do pagamento do Simples Nacional, c/economia de R$ 22,2 bilhões p/pequenas e médias empresas. - Redução de 50% nas contribuições p/o Sistema S, beneficiando empregadores. - +5 mil médicos p/reforço no combate ao vírus.
- Instalação de mais 2 mil leitos no Brasil p/atendimento a pacientes.
- Distribuição de 30 mil kits para diagnóstico do Coronavírus.
- R$ 432 milhões para os estados. - Repasse de R$ 4,5 bilhões do fundo do DPVAT p/combate ao coronavírus.
- Suspensão da prova de vida por 120 dias, s/interrupção dos pagamentos -INSS.
- Antecipação do abono salarial p/junho, injetando R$12,8 bilhões na economia.
- Inclusão de mais 1 milhão de pessoas no Bolsa Família, com liberação de R$ 3,1 bilhões
- R$ 5 bilhões para pequenas e microempresas. - Criação do Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos do Covid-19.
- Criação do Comitê de Especialistas Rede Vírus, p/promover pesquisas relacionadas ao coronavírus.
- Liberação de R$ 147 bilhões para reduzir os efeitos do coronavírus, sendo:
.R$83,4bi p/a população mais vulnerável;
.R$59,4bi p/manutenção de empregos;
R$5bi no combate à pandemia.
Não se sabe cura do vírus que acomete a política, diz Xico Graziano
Agricultores seguem trabalhando; Não se para de comer na crise
Estou na fazenda, longe desse vírus maldito. Já que era para ficar isolado do mundo, resolvi vir trabalhar na roça. Tem um problema: aqui a internet pega mal. Chega a dar angústia ficar desconectado a maior parte do dia, ainda mais em dias agitados como esses. Por outro lado, desligar-se da internet parece um calmante. Uma benção.
Faz falta, porém, como instrumento de trabalho. Isso é horrível. Existe uma sútil discriminação entre o campo e a cidade nessa matéria: a conexão desaparece quando se ruma para o interior agrário do país. Uma sacanagem do século 21 contra o agricultor.
Todos meus colegas, engenheiros agrônomos, foram se esconder na fazenda, sua ou de alguém, nesses dias tormentosos do coronavírus. Chega a ser um privilégio, curtir o isolamento social perto da um produção rural. Foi isso que, entre nós, combinamos: vamos superar essa crise trabalhando.
Colhendo soja ou cana-de-açúcar, plantando milho, vacinando bezerro, apartando gado, combatendo pragas, cortando erosão, cada um de nós na sua labuta.
A virtude do agricultor é a sorte do citadino: ninguém para de comer, seja a crise que for. Você corta a diversão, deixa de comprar roupa nova, diminui o consumo de muitas coisas. Mas da comida, não. E ela não vai faltar por conta dessa desgraça, que será momentânea.
Seria uma ilusão total achar que o agro não será prejudicado nessa crise global. Reflexos serão sentidos, variando em função do setor de produção. A floricultura, por exemplo, está arrasada. A olericultura está capenga devido à fraqueza de seus canais de comercialização, como os Ceasas.
Haverá sofrimento no agro. Empresas e pessoas passarão apertado. Muita cautela se exige. Mas vamos sair logo dessa enrascada. Prevejo que em 60 dias o acelerador do agro estará ligado novamente.
Nós, agricultores, sofremos com doenças repentinas nas lavouras e nas criações há séculos. Tristeza da laranja, ferrugem do café, aftosa no gado, bicudo no algodoeiro, vassoura-de-bruxa no cacau, sigatoka na bananeira: a cada vírus, ou inseto, ou fungo, ou bactéria que surge, nós nos acostumamos a acreditar na força do conhecimento científico. Sempre que disseram que iríamos soçobrar, vencemos a desgraça da doença agrícola porque contamos com a ajuda da tecnologia. E seguimos em frente, com produtividade crescente.
Tiramos da nossa história do agro a lição: os pesquisadores científicos, médicos extraordinários, descobrirão um remédio, uma vacina, um jeito de escapar dessa covid-19.
O que mais dói nessa crise é ver os governantes disputando quem é mais bacana. Uns bancam os inventores mágicos, outros se parecem abutres. Aqui distante, no suor da roça e no sossego do campo, eu diria: o pior vírus acomete a política.
Desse nós não sabemos a cura.
Estou na fazenda, longe desse vírus maldito. Já que era para ficar isolado do mundo, resolvi vir trabalhar na roça. Tem um problema: aqui a internet pega mal. Chega a dar angústia ficar desconectado a maior parte do dia, ainda mais em dias agitados como esses. Por outro lado, desligar-se da internet parece um calmante. Uma benção.
Faz falta, porém, como instrumento de trabalho. Isso é horrível. Existe uma sútil discriminação entre o campo e a cidade nessa matéria: a conexão desaparece quando se ruma para o interior agrário do país. Uma sacanagem do século 21 contra o agricultor.
Todos meus colegas, engenheiros agrônomos, foram se esconder na fazenda, sua ou de alguém, nesses dias tormentosos do coronavírus. Chega a ser um privilégio, curtir o isolamento social perto da um produção rural. Foi isso que, entre nós, combinamos: vamos superar essa crise trabalhando.
Colhendo soja ou cana-de-açúcar, plantando milho, vacinando bezerro, apartando gado, combatendo pragas, cortando erosão, cada um de nós na sua labuta.
A virtude do agricultor é a sorte do citadino: ninguém para de comer, seja a crise que for. Você corta a diversão, deixa de comprar roupa nova, diminui o consumo de muitas coisas. Mas da comida, não. E ela não vai faltar por conta dessa desgraça, que será momentânea.
Seria uma ilusão total achar que o agro não será prejudicado nessa crise global. Reflexos serão sentidos, variando em função do setor de produção. A floricultura, por exemplo, está arrasada. A olericultura está capenga devido à fraqueza de seus canais de comercialização, como os Ceasas.
Haverá sofrimento no agro. Empresas e pessoas passarão apertado. Muita cautela se exige. Mas vamos sair logo dessa enrascada. Prevejo que em 60 dias o acelerador do agro estará ligado novamente.
Nós, agricultores, sofremos com doenças repentinas nas lavouras e nas criações há séculos. Tristeza da laranja, ferrugem do café, aftosa no gado, bicudo no algodoeiro, vassoura-de-bruxa no cacau, sigatoka na bananeira: a cada vírus, ou inseto, ou fungo, ou bactéria que surge, nós nos acostumamos a acreditar na força do conhecimento científico. Sempre que disseram que iríamos soçobrar, vencemos a desgraça da doença agrícola porque contamos com a ajuda da tecnologia. E seguimos em frente, com produtividade crescente.
Tiramos da nossa história do agro a lição: os pesquisadores científicos, médicos extraordinários, descobrirão um remédio, uma vacina, um jeito de escapar dessa covid-19.
O que mais dói nessa crise é ver os governantes disputando quem é mais bacana. Uns bancam os inventores mágicos, outros se parecem abutres. Aqui distante, no suor da roça e no sossego do campo, eu diria: o pior vírus acomete a política.
Desse nós não sabemos a cura.
Nota da Câmara da Indústria e Comércio de Caxias do Sul, CIC, RS
Como representante do setor empresarial de Caxias do Sul, a CIC Caxias tem estado vigilante e ativa, em cooperação com os governos municipal, estadual e federal, trabalhando incessantemente para mitigar os impactos do avanço da Covid-19 em nossa comunidade. Assim, temos recomendado o acatamento das medidas de controle da pandemia impostas pelo Poder Público, visando salvaguardar a saúde da população. E assim faremos, enquanto perdurar a crise.
Além disso, com o objetivo de dar suporte ao sistema de saúde público e privado do município, por meio da campanha Caxias Contra a Covid-19, CIC-Caxias, Sindicatos Patronais, MobiCaxias e Universidade de Caxias do Sul, com o apoio do Poder Público e da imprensa, estamos fazendo um chamamento à sociedade para que colabore com recursos e equipamentos de proteção aprovados pela Anvisa.
Não queremos e não vamos nos omitir.
Valorizamos o diálogo estabelecido pelo Poder Municipal com as entidades empresariais e demais setores sociais, e aplaudimos os primeiros atos no sentido de flexibilizar as atividades de alguns setores, em resposta a sugestões da CIC Caxias e dos Sindicatos Empresariais.
Entretanto, em consonância com as manifestações das federações empresariais do Rio Grande do Sul, a CIC Caxias reitera a necessidade de acelerar a retomada das atividades produtivas, já a partir dos próximos dias.
Ao mesmo tempo em que se continue reforçando o sistema de saúde e mantendo o isolamento social dos grupos de maior risco, como definidos pela OMS e pelo Ministério da Saúde, é preciso restabelecer o trabalho de empresas e trabalhadores, para evitar efeitos colaterais igualmente graves, como o desmantelamento da cadeia produtiva e suas inevitáveis consequências: desabastecimento, desemprego e empobrecimento da população.
O momento é delicado e desafiador, exigindo de todos serenidade, responsabilidade e esforço. Reafirmamos que a vida das pessoas deve ser a primeira prioridade e que a única forma de preservá-la é evitar o colapso do sistema social como um todo, protegendo tanto a saúde, contra o terrível vírus, como as atividades produtivas, que sustentam a população e o próprio governo.
Neste momento de extrema preocupação, apelamos para o bom senso de todos.
Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul
Ivanir Gasparin – presidente do Conselho Executivo
Dagoberto Lima Godoy – presidente do Conselho Superior
José Quadros dos Santos – presidente do Conselho Deliberativo
Além disso, com o objetivo de dar suporte ao sistema de saúde público e privado do município, por meio da campanha Caxias Contra a Covid-19, CIC-Caxias, Sindicatos Patronais, MobiCaxias e Universidade de Caxias do Sul, com o apoio do Poder Público e da imprensa, estamos fazendo um chamamento à sociedade para que colabore com recursos e equipamentos de proteção aprovados pela Anvisa.
Não queremos e não vamos nos omitir.
Valorizamos o diálogo estabelecido pelo Poder Municipal com as entidades empresariais e demais setores sociais, e aplaudimos os primeiros atos no sentido de flexibilizar as atividades de alguns setores, em resposta a sugestões da CIC Caxias e dos Sindicatos Empresariais.
Entretanto, em consonância com as manifestações das federações empresariais do Rio Grande do Sul, a CIC Caxias reitera a necessidade de acelerar a retomada das atividades produtivas, já a partir dos próximos dias.
Ao mesmo tempo em que se continue reforçando o sistema de saúde e mantendo o isolamento social dos grupos de maior risco, como definidos pela OMS e pelo Ministério da Saúde, é preciso restabelecer o trabalho de empresas e trabalhadores, para evitar efeitos colaterais igualmente graves, como o desmantelamento da cadeia produtiva e suas inevitáveis consequências: desabastecimento, desemprego e empobrecimento da população.
O momento é delicado e desafiador, exigindo de todos serenidade, responsabilidade e esforço. Reafirmamos que a vida das pessoas deve ser a primeira prioridade e que a única forma de preservá-la é evitar o colapso do sistema social como um todo, protegendo tanto a saúde, contra o terrível vírus, como as atividades produtivas, que sustentam a população e o próprio governo.
Neste momento de extrema preocupação, apelamos para o bom senso de todos.
Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul
Ivanir Gasparin – presidente do Conselho Executivo
Dagoberto Lima Godoy – presidente do Conselho Superior
José Quadros dos Santos – presidente do Conselho Deliberativo
Artigo, Fernanda Torres, Rede Globo - Ninguém sairá o mesmo desta quarentena
CLIQUE AQUI para ler o original no UOL.
Torço para que o coronavírus, a exemplo da peste negra, abrevie o obscurantismo medieval em que nos metemos.
(…)
Clamando pela proteção do Senhor, os tementes se juntavam às romarias ainda sãos, caíam doentes no decorrer do trajeto e terminavam o périplo em covas rasas. Foi necessário o alarmante milagre da multiplicação de óbitos para que a Igreja suspendesse missas, procissões e aglomerações de fiéis.
Sete séculos depois, Edir Macedo solta um vídeo na internet afirmando que o medo da Covid-19 é obra de Satanás.
Não satisfeito, procura fundamentar a tese com o depoimento de um patologista, doutor Beny Schmidt, que deveria ter o registro de CRM cassado.
“Morrer é o destino humano”, diz o doutor. “A gente morre de hipertensão, de diabetes, de câncer e de hemorragia, mas de coronavírus a gente não morre, porque Deus não quis.”
Sete séculos depois da disseminação da peste, Jair Bolsonaro desce a rampa do Planalto para trocar gotículas com seus seguidores como se não houvesse amanhã
(…)
Jair governa para o próprio gueto. Se reinasse na Europa do século 14, pregaria o Apocalipse e incitaria o autoflagelo em cortejos suicidas.
(..)
A aliança entre o ultraliberalismo econômico e o populismo de extrema direita enfrenta seu primeiro desafio com uma crise que mais parece lição divina.
A iniciativa privada será incapaz de substituir o Estado no atual salve-se quem puder. Todos os países do mundo estão abrindo as torneiras. Paulo Guedes será obrigado a agir na direção contrária de tudo o que aprendeu em Chicago e sonhou e planejou e prometeu. Duro acaso.
Torço para que o centro ressurja dessa emergência. E que o coronavírus, a exemplo da peste negra na Europa do século 14, venha abreviar o obscurantismo medieval travestido de liberal em que nos metemos.
No lado pagão, é preciso reconhecer, nota-se o mesmo estado de negação. Por não se sentirem ameaçados pela doença, os jovens descumprem o resguardo e lotam praias, bares e baladas. O egoísmo também serve de instrumento para o Capeta.
Ninguém sairá o mesmo desta quarentena. Daqui a quatro meses atingiremos, dizem, a imunidade de rebanho. Enterrados os mortos, espero que voltemos às ruas mais humanos e menos afeitos a fundamentalismos religiosos, políticos e econômicos.
Talvez esse vírus seja mesmo o recado de Deus. Deus natureza cansado do ódio, da ignorância, da irracionalidade, da brutalidade, da violência e da vileza dos mitos e profetas. Um Deus farto das trevas e ansioso por um Renascimento.
Aconteceu na Europa, 700 anos atrás.
Torço para que o coronavírus, a exemplo da peste negra, abrevie o obscurantismo medieval em que nos metemos.
(…)
Clamando pela proteção do Senhor, os tementes se juntavam às romarias ainda sãos, caíam doentes no decorrer do trajeto e terminavam o périplo em covas rasas. Foi necessário o alarmante milagre da multiplicação de óbitos para que a Igreja suspendesse missas, procissões e aglomerações de fiéis.
Sete séculos depois, Edir Macedo solta um vídeo na internet afirmando que o medo da Covid-19 é obra de Satanás.
Não satisfeito, procura fundamentar a tese com o depoimento de um patologista, doutor Beny Schmidt, que deveria ter o registro de CRM cassado.
“Morrer é o destino humano”, diz o doutor. “A gente morre de hipertensão, de diabetes, de câncer e de hemorragia, mas de coronavírus a gente não morre, porque Deus não quis.”
Sete séculos depois da disseminação da peste, Jair Bolsonaro desce a rampa do Planalto para trocar gotículas com seus seguidores como se não houvesse amanhã
(…)
Jair governa para o próprio gueto. Se reinasse na Europa do século 14, pregaria o Apocalipse e incitaria o autoflagelo em cortejos suicidas.
(..)
A aliança entre o ultraliberalismo econômico e o populismo de extrema direita enfrenta seu primeiro desafio com uma crise que mais parece lição divina.
A iniciativa privada será incapaz de substituir o Estado no atual salve-se quem puder. Todos os países do mundo estão abrindo as torneiras. Paulo Guedes será obrigado a agir na direção contrária de tudo o que aprendeu em Chicago e sonhou e planejou e prometeu. Duro acaso.
Torço para que o centro ressurja dessa emergência. E que o coronavírus, a exemplo da peste negra na Europa do século 14, venha abreviar o obscurantismo medieval travestido de liberal em que nos metemos.
No lado pagão, é preciso reconhecer, nota-se o mesmo estado de negação. Por não se sentirem ameaçados pela doença, os jovens descumprem o resguardo e lotam praias, bares e baladas. O egoísmo também serve de instrumento para o Capeta.
Ninguém sairá o mesmo desta quarentena. Daqui a quatro meses atingiremos, dizem, a imunidade de rebanho. Enterrados os mortos, espero que voltemos às ruas mais humanos e menos afeitos a fundamentalismos religiosos, políticos e econômicos.
Talvez esse vírus seja mesmo o recado de Deus. Deus natureza cansado do ódio, da ignorância, da irracionalidade, da brutalidade, da violência e da vileza dos mitos e profetas. Um Deus farto das trevas e ansioso por um Renascimento.
Aconteceu na Europa, 700 anos atrás.
Situação cidade por cidade no RS
RS, hoje, segundo a Secretaria Estadual da Saúde.
Os municípios de Santa Rosa e Cachoeira do Sul têm os primeiros registros da doença. Já em Porto Alegre são 107 casos, cidade do Estado com o maior número de ocorrências. No Rio Grande do Sul, 45 municípios têm pacientes com coronavírus.).
Confira a lista de casos por cidade
Alvorada -2
Anta Gorda - 2
Bagé - 9
Bento Gonçalves - 2
Cachoeira do Sul - 1
Campo Bom - 2
Canoas -7
Capão da Canoa - 2
Carlos Barbosa - 1
Caxias do Sul - 6
Cerro Grande do Sul - 1
Charqueadas - 1
Cruzeiro do Sul - 1
Dois Irmãos - 1
Dom Pedrito - 1
Eldorado do Sul - 1
Erechim - 3
Estância Velha -2
Estrela - 1
Farroupilha - 1
Garibaldi - 1
Gravataí - 1
Ivoti - 2
Lajeado -5
Marau - 1
Nova Palma - 1
Osório - 1
Paraí - 1
Passo Fundo - 1
Pelotas - 2
Piratini - 1
Porto Alegre - 107
Rio Grande - 2
Rolante - 1
Santa Maria - 2
Santa Rosa - 1
Santana do Livramento - 4
Santiago - 1
Santo Antônio da Patrulha - 1
São Leopoldo - 2
Sapiranga - 1
Serafina Corrêa - 3
Taquara - 1
Torres - 6
Viamão - 1
Os municípios de Santa Rosa e Cachoeira do Sul têm os primeiros registros da doença. Já em Porto Alegre são 107 casos, cidade do Estado com o maior número de ocorrências. No Rio Grande do Sul, 45 municípios têm pacientes com coronavírus.).
Confira a lista de casos por cidade
Alvorada -2
Anta Gorda - 2
Bagé - 9
Bento Gonçalves - 2
Cachoeira do Sul - 1
Campo Bom - 2
Canoas -7
Capão da Canoa - 2
Carlos Barbosa - 1
Caxias do Sul - 6
Cerro Grande do Sul - 1
Charqueadas - 1
Cruzeiro do Sul - 1
Dois Irmãos - 1
Dom Pedrito - 1
Eldorado do Sul - 1
Erechim - 3
Estância Velha -2
Estrela - 1
Farroupilha - 1
Garibaldi - 1
Gravataí - 1
Ivoti - 2
Lajeado -5
Marau - 1
Nova Palma - 1
Osório - 1
Paraí - 1
Passo Fundo - 1
Pelotas - 2
Piratini - 1
Porto Alegre - 107
Rio Grande - 2
Rolante - 1
Santa Maria - 2
Santa Rosa - 1
Santana do Livramento - 4
Santiago - 1
Santo Antônio da Patrulha - 1
São Leopoldo - 2
Sapiranga - 1
Serafina Corrêa - 3
Taquara - 1
Torres - 6
Viamão - 1
Apesar de decreto estadual, Prefeitura de Florianópolis mantém quarentena até dia 08 de abril
O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, divulgou um vídeo há pouco falando sobre as novas medidas do município para contenção do contágio do Coronavírus. Uma das principais medidas foi manter a quarentena em Florianópolis, mesmo após o decreto do Governo do Estado liberando setores da economia a partir de 1 de abril.
“É uma medida impopular e sei que vou ser criticado por muitos. Mas sei da minha responsabilidade por 500 mil vidas e vou seguir o que nossa equipe de inteligência e saúde está orientando como o mais correto”, explicou o prefeito.
A equipe médica da Prefeitura se diz a favor de iniciar uma volta à sociedade gradativamente, mas antes é necessário ter chegado os equipamentos de proteção individual e testes que a prefeitura está comprando. “O que precisamos agora é de mais alguns dias para que nossa estratégia de testar suspeitos e monitorar de forma mais eficaz possa estar acontecendo”, disse o secretário de saúde, Doutor Carlos Alberto Justo da Silva.
No vídeo, Gean dá o exemplo da cidade de Milão, quando resolveu “afrouxar” o distanciamento social e chegou a mais de 4 mil mortes em apenas 30 dias. “Todos nós sabemos que somente o isolamento não é a cura para o mal que nos assola. Precisamos vencer o vírus com estratégia. E, nesse momento, suspender a quarentena não é melhor estratégia”, disse o prefeito.
A Prefeitura de Florianópolis é a autoridade sanitária máxima no município e por isso pode atuar com mais restrição na cidade se considerar necessário para a preservação da saúde dos habitantes. Confira o que muda com o novo decreto que será publicado nesta sexta-feira, 27 de março.
*O que não pode?:*
Restaurantes, lanchonetes e cafés aberto para atendimento ao público no seu interior
Shoppings, academias, cinemas, bares, casas noturnas, cinemas e comércio em geral
Serviços públicos considerados não essenciais.
Entrada de novos hóspedes no setor hoteleiro, incluindo locações temporárias individuais,
Transporte coletivo
Aulas em creches, escolas e universidades
*O que pode?:*
Restaurantes, lanchonetes e cafés atendendo em modo take away/take out (retirada na porta) e delivery (tele-entrega)
Prestação de serviços autônomos e por profissionais liberais, devendo observar a necessidade de agendamento para atendimento individual, respeitando o limite de ocupação de 50% do espaço do local com distanciamento de pelo menos 1,5 metro entre as pessoas e reforçando as medidas de biossegurança.
Salões de beleza/barbearias, respeitando o limite máximo de 50% da capacidade, com distanciamento mínimo de 1,5 metro de cada pessoa e uso de luvas e máscaras
Funerais, desde que com menor número possível de pessoas pelo menor tempo possível, respeitando o limite de 50% da capacidade de público do local.
Atividade da construção civil, desde que não haja alojamento coletivo para trabalhadores ou aglomeração de trabalhadores.
“É uma medida impopular e sei que vou ser criticado por muitos. Mas sei da minha responsabilidade por 500 mil vidas e vou seguir o que nossa equipe de inteligência e saúde está orientando como o mais correto”, explicou o prefeito.
A equipe médica da Prefeitura se diz a favor de iniciar uma volta à sociedade gradativamente, mas antes é necessário ter chegado os equipamentos de proteção individual e testes que a prefeitura está comprando. “O que precisamos agora é de mais alguns dias para que nossa estratégia de testar suspeitos e monitorar de forma mais eficaz possa estar acontecendo”, disse o secretário de saúde, Doutor Carlos Alberto Justo da Silva.
No vídeo, Gean dá o exemplo da cidade de Milão, quando resolveu “afrouxar” o distanciamento social e chegou a mais de 4 mil mortes em apenas 30 dias. “Todos nós sabemos que somente o isolamento não é a cura para o mal que nos assola. Precisamos vencer o vírus com estratégia. E, nesse momento, suspender a quarentena não é melhor estratégia”, disse o prefeito.
A Prefeitura de Florianópolis é a autoridade sanitária máxima no município e por isso pode atuar com mais restrição na cidade se considerar necessário para a preservação da saúde dos habitantes. Confira o que muda com o novo decreto que será publicado nesta sexta-feira, 27 de março.
*O que não pode?:*
Restaurantes, lanchonetes e cafés aberto para atendimento ao público no seu interior
Shoppings, academias, cinemas, bares, casas noturnas, cinemas e comércio em geral
Serviços públicos considerados não essenciais.
Entrada de novos hóspedes no setor hoteleiro, incluindo locações temporárias individuais,
Transporte coletivo
Aulas em creches, escolas e universidades
*O que pode?:*
Restaurantes, lanchonetes e cafés atendendo em modo take away/take out (retirada na porta) e delivery (tele-entrega)
Prestação de serviços autônomos e por profissionais liberais, devendo observar a necessidade de agendamento para atendimento individual, respeitando o limite de ocupação de 50% do espaço do local com distanciamento de pelo menos 1,5 metro entre as pessoas e reforçando as medidas de biossegurança.
Salões de beleza/barbearias, respeitando o limite máximo de 50% da capacidade, com distanciamento mínimo de 1,5 metro de cada pessoa e uso de luvas e máscaras
Funerais, desde que com menor número possível de pessoas pelo menor tempo possível, respeitando o limite de 50% da capacidade de público do local.
Atividade da construção civil, desde que não haja alojamento coletivo para trabalhadores ou aglomeração de trabalhadores.
Roberto Rachewsky - Falsa dicotomia - A vida ou a economia
Não há vida humana na Terra sem produção econômica.
Quem imagina que parar a economia vai salvar a humanidade da morte por essa pandemia parece ignorar que é a produção que irá criar o que é preciso para enfrentá-la. E não apenas isso, as pessoas continuarão precisando de moradia, vestuário, alimento, sabão, água, luz, medicamentos e outros bens e serviços. Não apenas precisam disto as pessoas que trabalham, mas as que delas dependem, como os aposentados, doentes, crianças e os funcionários públicos.
É óbvio que se precisa deter a exponencialidade e a velocidade do contágio. Como somos um país pobre não há recursos para atender todos os doentes nos hospitais que normalmente já são precários. Como somos governados por egocentristas irresponsáveis, não há fundos que possam ser utilizados para a compra de testes, máscaras, remédios e equipamentos necessários. Quanto menos produzirmos como sociedade, menos capacidade teremos para atender as necessidades já existentes.
Já se sabe que os idosos e portadores de algumas doenças crônicas fazem parte do grupo de vulneráveis. São estes que estão demandando leitos nos hospitais e cuidados extremos. O foco das autoridades, e dos familiares dessas pessoas deve ser poupá-los do contágio. Somente o isolamento deles, sob critérios de proteção e higiene básicos, poderá reduzir a sobrecarga do sistema socializado que temos, além da rede privada.
Os indivíduos infectados, com ou sem sintomas, devem fazer quarentena. A falta de testes para aferição é um problema que deve ser tratado pelo governo e pelo mercado. Máscaras, álcool, sabão e controle de hábitos ajudará na contenção do contágio.
Eu acredito que medidas racionais possam resolver melhor nossos problemas do que decisões draconianas estabelecidas de cima para baixo sem a certeza de que seus efeitos ocorrerão no curto prazo e de maneira efetiva.
Se os governos querem impor a ordem de forma coercitiva devem estabelecer prazos e esclarecer como os afetados farão para tocar suas vidas. Ficar em casa parado enquanto começa a faltar água, comida e dinheiro não parece uma solução para um problema que já é gravíssimo, mas sim, a criação de outro que somado com aquele se verá ser catastrófico.
Esse talvez seja o último post que faço sobre o assunto.
Tomara que os cientistas da indústria farmacêutica e os médicos pesquisadores descubram um remédio porque se depender das políticas públicas para a gestão da crise, estamos perdidos.
Aos especialistas em infectologia, me solidarizo com seus esforços para encontrar uma solução para a pandemia. No entanto, o problema causado pelo vírus e a reação a ele, transcendem os limites da medicina e invadem outros campos do conhecimento humano, como por exemplo a economia e o direito. Quando isso acontece, ninguém tem autoridade suficiente para determinar, monopolisticamente, o que é certo e o que é errado.
Em cada campo do conhecimento humano, principalmente naqueles que tratam de organizações espontâneas complexas como a economia, há o que se vê e o que não se vê. Até o mais brilhante imunologista, no campo do direito ou da economia, pode ser um cego.
Misticismo e emocionalismo nunca resolveram problemas concretos. Eu entendo a extensão do problema. Tenho parentes que estão no grupo de risco, do qual eu mesmo me incluo, portanto não venham me passar sermão. Lamento cada morte, lamento a dor de cada familiar ou amigo das vítimas. Aplaudo o esforço dos médicos, enfermeiros, gestores e todos os que operam no front dessa batalha. Mas não podemos deixar de lado os demais problemas da vida.
Quem imagina que parar a economia vai salvar a humanidade da morte por essa pandemia parece ignorar que é a produção que irá criar o que é preciso para enfrentá-la. E não apenas isso, as pessoas continuarão precisando de moradia, vestuário, alimento, sabão, água, luz, medicamentos e outros bens e serviços. Não apenas precisam disto as pessoas que trabalham, mas as que delas dependem, como os aposentados, doentes, crianças e os funcionários públicos.
É óbvio que se precisa deter a exponencialidade e a velocidade do contágio. Como somos um país pobre não há recursos para atender todos os doentes nos hospitais que normalmente já são precários. Como somos governados por egocentristas irresponsáveis, não há fundos que possam ser utilizados para a compra de testes, máscaras, remédios e equipamentos necessários. Quanto menos produzirmos como sociedade, menos capacidade teremos para atender as necessidades já existentes.
Já se sabe que os idosos e portadores de algumas doenças crônicas fazem parte do grupo de vulneráveis. São estes que estão demandando leitos nos hospitais e cuidados extremos. O foco das autoridades, e dos familiares dessas pessoas deve ser poupá-los do contágio. Somente o isolamento deles, sob critérios de proteção e higiene básicos, poderá reduzir a sobrecarga do sistema socializado que temos, além da rede privada.
Os indivíduos infectados, com ou sem sintomas, devem fazer quarentena. A falta de testes para aferição é um problema que deve ser tratado pelo governo e pelo mercado. Máscaras, álcool, sabão e controle de hábitos ajudará na contenção do contágio.
Eu acredito que medidas racionais possam resolver melhor nossos problemas do que decisões draconianas estabelecidas de cima para baixo sem a certeza de que seus efeitos ocorrerão no curto prazo e de maneira efetiva.
Se os governos querem impor a ordem de forma coercitiva devem estabelecer prazos e esclarecer como os afetados farão para tocar suas vidas. Ficar em casa parado enquanto começa a faltar água, comida e dinheiro não parece uma solução para um problema que já é gravíssimo, mas sim, a criação de outro que somado com aquele se verá ser catastrófico.
Esse talvez seja o último post que faço sobre o assunto.
Tomara que os cientistas da indústria farmacêutica e os médicos pesquisadores descubram um remédio porque se depender das políticas públicas para a gestão da crise, estamos perdidos.
Aos especialistas em infectologia, me solidarizo com seus esforços para encontrar uma solução para a pandemia. No entanto, o problema causado pelo vírus e a reação a ele, transcendem os limites da medicina e invadem outros campos do conhecimento humano, como por exemplo a economia e o direito. Quando isso acontece, ninguém tem autoridade suficiente para determinar, monopolisticamente, o que é certo e o que é errado.
Em cada campo do conhecimento humano, principalmente naqueles que tratam de organizações espontâneas complexas como a economia, há o que se vê e o que não se vê. Até o mais brilhante imunologista, no campo do direito ou da economia, pode ser um cego.
Misticismo e emocionalismo nunca resolveram problemas concretos. Eu entendo a extensão do problema. Tenho parentes que estão no grupo de risco, do qual eu mesmo me incluo, portanto não venham me passar sermão. Lamento cada morte, lamento a dor de cada familiar ou amigo das vítimas. Aplaudo o esforço dos médicos, enfermeiros, gestores e todos os que operam no front dessa batalha. Mas não podemos deixar de lado os demais problemas da vida.
Voltou a faltar vacinas par os idosos em Porto Alegre
Voltou a faltar vacinas par os idosos em Porto Alegre
A meta estabelecida pelo ministério da Saúde é vacinar pelo menos 90% dos 213 mil idosos que compõem o grupo na capital gaúcha.No ano passado, foram todos vacinados. Na rede de farmácias, existem doses em 35 das 57 unidades. Os drive thrus fecharam por falta de vacinas. Em relação às unidades de saúde, há vacina em apenas em oito das 137.
O Ministério da Saúde informou ao editor que todos os Estados estão abastecidos para iniciar a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe.
CLIQUE AQUI para saber onde há vacinação em Porto Alegre.
A meta estabelecida pelo ministério da Saúde é vacinar pelo menos 90% dos 213 mil idosos que compõem o grupo na capital gaúcha.No ano passado, foram todos vacinados. Na rede de farmácias, existem doses em 35 das 57 unidades. Os drive thrus fecharam por falta de vacinas. Em relação às unidades de saúde, há vacina em apenas em oito das 137.
O Ministério da Saúde informou ao editor que todos os Estados estão abastecidos para iniciar a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe.
CLIQUE AQUI para saber onde há vacinação em Porto Alegre.
A carta da renúncia
A carta da renúncia
A costura de uma renúncia, como saída, passa pela anistia aos filhos
A tese do afastamento do presidente viralizou nas instituições. O combate à pandemia já havia unido o país, do plenário virtual do Congresso Nacional ao toque de recolher das favelas. Com o pronunciamento em rede nacional, o presidente conseguiu convencer os recalcitrantes de que hoje é um empecilho para a batalha pela saúde da nação. Se contorná-lo já não basta, ainda não se sabe como será possível tirá-lo do caminho e, mais ainda, que rumo dar ao poder em tempos de pandemia. A seguir a cartilha do presidiário Eduardo Cunha, seu afastamento apenas se dará quando se encontrar esta solução. E esta não se resume a Hamilton Mourão.
Ao desafiar a unanimidade nacional, no uniforme de vítima de poderes que não lhe deixam agir para salvar a economia, Bolsonaro já sabia que não teria o endosso das Forças Armadas para uma aventura que extrapole a Constituição. Era o que precisaria fazer para flexibilizar as regras de confinamento adotadas nos Estados. Duas horas antes do pronunciamento presidencial, o Exército colocou em suas redes sociais o vídeo do comandante Edson Leal Pujol mostrando que a farda hoje está a serviço da mobilização nacional contra o coronavírus.
Saída a ser costurada passa pela anistia aos filhos
Pujol falou como comandante de uma corporação que tem a massa de seus recrutas originários das comunidades mais pobres do país, hoje o foco de disseminação mais preocupante para as autoridades sanitárias. Disse que agirá sob a coordenação do Ministério da Defesa. Em nenhum momento pronunciou o presidente. Moveu-se pela percepção de que uma tropa aquartelada hoje é mais segura que uma tropa solta. Na mão inversa do trem desgovernado do discurso presidencial daquela noit
Quando já estava claro que descartara o papel de guarda pretoriana, Pujol reforçou a importância do combate ao coronavírus: “Talvez seja a missão mais importante de nossa geração”. Vinte e quatro horas depois, o vídeo ultrapassava 500 mil visualizações, mais do que o dobro do efetivo do Exército.
O distanciamento contaminou os ministros militares com assento no Palácio do Planalto. “Não quero ter minha digital nisso”, comentou um deles ao perceber o rumo provocativo que o pronunciamento da noite de quarta-feira teria. Deixou o Palácio antes da gravação, conduzida sob o comando dos filhos e da milícia digital do bolsonarismo.
A insistência do presidente na tese esticou a corda com os governadores e com o Congresso, que amanheceu na quarta-feira colocando pilha na saída do ministro Luiz Henrique Mandetta. A pressão atingiu o pico do dia com o rompimento do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), com o presidente. Aliado de primeira hora de Bolsonaro, presença mais frequente, entre seus pares, nas solenidades do Palácio do Planalto, Caiado foi um dos principais padrinhos de Mandetta, um deputado do Mato Grosso do Sul que não disputou em outubro de 2018 porque temia não se reeleger.
O ministro negaria a demissão numa entrevista em que citou Caiado, mas não Bolsonaro. O Congresso mantinha a aposta na saída de Mandetta como mais um tapume no isolamento do presidente quando João Doria, na reunião de governadores com o presidente, partiu para o confronto. O discurso de palanque do governador de São Paulo não é unanimidade entre os envolvidos em busca de uma solução de consenso, especialmente os da farda, mas sua ação deliberada para levar os governadores a recusar interlocução com o presidente, caiu como uma luva para a estratégia de levar Bolsonaro ao limite do isolamento.
Para viabilizar o enfrentamento dos governadores, o Congresso busca meios de manter o acesso dos Estados a recursos com os quais possam manter suas políticas de combate à doença, hoje confrontadas pelo Planalto. O pronunciamento acabou por frear a proposta de emenda constitucional com a qual se pretendia criar um orçamento paralelo para viabilizar as ações de Bolsonaro no combate à pandemia e calar a tecla com a qual o presidente se diz impedido de agir pelo Congresso. Cogitou-se até incluir nesta PEC instrumentos com os quais Bolsonaro poderia ter mais poderes sobre o confinamento e o confisco de insumos hospitalares, como meio de evitar o Estado de Sítio.
Ainda que Bolsonaro hoje não tenha nem 10% dos votos em plenário, um processo de impeachment ainda é de difícil de viabilidade. Motivos não faltariam. Os parlamentares dizem que Bolsonaro, assim como a ex-presidente Dilma Rousseff, já não governa. Se uma caiu sob alegação de que teria infringido a Lei de Responsabilidade Fiscal, o outro teria infrações em série contra uma “lei de responsabilidade social”. Permanece sem solução, porém, o déficit de legitimidade de um impeachment em plenário virtual.
Vem daí a solução que ganha corpo, até nos meios militares, de uma saída do presidente por renúncia. O problema é convencê-lo. A troco de que entregaria um mandato conquistado nas urnas? O bem mais valioso que o presidente tem hoje é a liberdade dos filhos. Esta é a moeda em jogo. Renúncia em troca de anistia à toda tabuada: 01, 02 e 03. Foi assim que Boris Yeltsin, na Rússia, foi convencido a sair, alegam os defensores da solução.
Não faltam pedras no caminho. A primeira é que não há anistia para uma condenação inexistente. A segunda é que ao fazê-lo, a legião de condenados da Lava-Jato entraria na fila da isonomia, sob a alcunha de um “Pacto de Moncloa” tupiniquim. A terceira é que o Judiciário, agastado com o bordão que viabilizou o impeachment de Dilma (“Com Supremo com tudo”), resistiria a embarcar. E finalmente, a quarta: Quem teria hoje autoridade para convencer o presidente? Cogita-se, à sua revelia, dos generais envolvidos na intervenção do Rio, PhDs em milícia.
A única razão para se continuar nesta pedreira é que, por ora, não há outra saída. Na hipótese de se viabilizar, o capitão pode estar a caminho de encerrar sua carreira política como começou. Condenado por ter atentado contra o decoro, a disciplina e a ética da carreira militar, Bolsonaro foi absolvido em segunda instância. Em “O cadete e o capitão” (Todavia, 2019), Luiz Maklouff, esboça a tese de que a absolvição foi a saída encontrada para o capitão deixar a corporação. Em seguida, o Bolsonaro disputaria seu primeiro mandato como vereador no Rio. Trinta e quatro anos depois, a borracha está de volta para esfumaçar o passado. Desta vez, com o intuito de tirá-lo da política.
Maria Cristina Fernandes é jornalista do “Valor”. Escreve às quintas-feiras.
A costura de uma renúncia, como saída, passa pela anistia aos filhos
A tese do afastamento do presidente viralizou nas instituições. O combate à pandemia já havia unido o país, do plenário virtual do Congresso Nacional ao toque de recolher das favelas. Com o pronunciamento em rede nacional, o presidente conseguiu convencer os recalcitrantes de que hoje é um empecilho para a batalha pela saúde da nação. Se contorná-lo já não basta, ainda não se sabe como será possível tirá-lo do caminho e, mais ainda, que rumo dar ao poder em tempos de pandemia. A seguir a cartilha do presidiário Eduardo Cunha, seu afastamento apenas se dará quando se encontrar esta solução. E esta não se resume a Hamilton Mourão.
Ao desafiar a unanimidade nacional, no uniforme de vítima de poderes que não lhe deixam agir para salvar a economia, Bolsonaro já sabia que não teria o endosso das Forças Armadas para uma aventura que extrapole a Constituição. Era o que precisaria fazer para flexibilizar as regras de confinamento adotadas nos Estados. Duas horas antes do pronunciamento presidencial, o Exército colocou em suas redes sociais o vídeo do comandante Edson Leal Pujol mostrando que a farda hoje está a serviço da mobilização nacional contra o coronavírus.
Saída a ser costurada passa pela anistia aos filhos
Pujol falou como comandante de uma corporação que tem a massa de seus recrutas originários das comunidades mais pobres do país, hoje o foco de disseminação mais preocupante para as autoridades sanitárias. Disse que agirá sob a coordenação do Ministério da Defesa. Em nenhum momento pronunciou o presidente. Moveu-se pela percepção de que uma tropa aquartelada hoje é mais segura que uma tropa solta. Na mão inversa do trem desgovernado do discurso presidencial daquela noit
Quando já estava claro que descartara o papel de guarda pretoriana, Pujol reforçou a importância do combate ao coronavírus: “Talvez seja a missão mais importante de nossa geração”. Vinte e quatro horas depois, o vídeo ultrapassava 500 mil visualizações, mais do que o dobro do efetivo do Exército.
O distanciamento contaminou os ministros militares com assento no Palácio do Planalto. “Não quero ter minha digital nisso”, comentou um deles ao perceber o rumo provocativo que o pronunciamento da noite de quarta-feira teria. Deixou o Palácio antes da gravação, conduzida sob o comando dos filhos e da milícia digital do bolsonarismo.
A insistência do presidente na tese esticou a corda com os governadores e com o Congresso, que amanheceu na quarta-feira colocando pilha na saída do ministro Luiz Henrique Mandetta. A pressão atingiu o pico do dia com o rompimento do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), com o presidente. Aliado de primeira hora de Bolsonaro, presença mais frequente, entre seus pares, nas solenidades do Palácio do Planalto, Caiado foi um dos principais padrinhos de Mandetta, um deputado do Mato Grosso do Sul que não disputou em outubro de 2018 porque temia não se reeleger.
O ministro negaria a demissão numa entrevista em que citou Caiado, mas não Bolsonaro. O Congresso mantinha a aposta na saída de Mandetta como mais um tapume no isolamento do presidente quando João Doria, na reunião de governadores com o presidente, partiu para o confronto. O discurso de palanque do governador de São Paulo não é unanimidade entre os envolvidos em busca de uma solução de consenso, especialmente os da farda, mas sua ação deliberada para levar os governadores a recusar interlocução com o presidente, caiu como uma luva para a estratégia de levar Bolsonaro ao limite do isolamento.
Para viabilizar o enfrentamento dos governadores, o Congresso busca meios de manter o acesso dos Estados a recursos com os quais possam manter suas políticas de combate à doença, hoje confrontadas pelo Planalto. O pronunciamento acabou por frear a proposta de emenda constitucional com a qual se pretendia criar um orçamento paralelo para viabilizar as ações de Bolsonaro no combate à pandemia e calar a tecla com a qual o presidente se diz impedido de agir pelo Congresso. Cogitou-se até incluir nesta PEC instrumentos com os quais Bolsonaro poderia ter mais poderes sobre o confinamento e o confisco de insumos hospitalares, como meio de evitar o Estado de Sítio.
Ainda que Bolsonaro hoje não tenha nem 10% dos votos em plenário, um processo de impeachment ainda é de difícil de viabilidade. Motivos não faltariam. Os parlamentares dizem que Bolsonaro, assim como a ex-presidente Dilma Rousseff, já não governa. Se uma caiu sob alegação de que teria infringido a Lei de Responsabilidade Fiscal, o outro teria infrações em série contra uma “lei de responsabilidade social”. Permanece sem solução, porém, o déficit de legitimidade de um impeachment em plenário virtual.
Vem daí a solução que ganha corpo, até nos meios militares, de uma saída do presidente por renúncia. O problema é convencê-lo. A troco de que entregaria um mandato conquistado nas urnas? O bem mais valioso que o presidente tem hoje é a liberdade dos filhos. Esta é a moeda em jogo. Renúncia em troca de anistia à toda tabuada: 01, 02 e 03. Foi assim que Boris Yeltsin, na Rússia, foi convencido a sair, alegam os defensores da solução.
Não faltam pedras no caminho. A primeira é que não há anistia para uma condenação inexistente. A segunda é que ao fazê-lo, a legião de condenados da Lava-Jato entraria na fila da isonomia, sob a alcunha de um “Pacto de Moncloa” tupiniquim. A terceira é que o Judiciário, agastado com o bordão que viabilizou o impeachment de Dilma (“Com Supremo com tudo”), resistiria a embarcar. E finalmente, a quarta: Quem teria hoje autoridade para convencer o presidente? Cogita-se, à sua revelia, dos generais envolvidos na intervenção do Rio, PhDs em milícia.
A única razão para se continuar nesta pedreira é que, por ora, não há outra saída. Na hipótese de se viabilizar, o capitão pode estar a caminho de encerrar sua carreira política como começou. Condenado por ter atentado contra o decoro, a disciplina e a ética da carreira militar, Bolsonaro foi absolvido em segunda instância. Em “O cadete e o capitão” (Todavia, 2019), Luiz Maklouff, esboça a tese de que a absolvição foi a saída encontrada para o capitão deixar a corporação. Em seguida, o Bolsonaro disputaria seu primeiro mandato como vereador no Rio. Trinta e quatro anos depois, a borracha está de volta para esfumaçar o passado. Desta vez, com o intuito de tirá-lo da política.
Maria Cristina Fernandes é jornalista do “Valor”. Escreve às quintas-feiras.
Voltou a faltar vacina contra a gripe em idosos de Porto Alegre.
A meta estabelecida pelo ministério da Saúde é vacinar pelo menos 90% dos 213 mil idosos que compõem o grupo na capital gaúcha.No ano passado, foram todos vacinados. Na rede de farmácias, existem doses em 35 das 57 unidades. Os drive thrus fecharam por falta de vacinas. Em relação às unidades de saúde, há vacina em apenas oito das 137.
O Ministério da Saúde informou ao editor que todos os Estados estão abastecidos para iniciar a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe.
Locais para vacinação em Porto Alegre:
Unidades de Saúde:
US Graciliano Ramos
US Farrapos
US Ilha da Pintada
US Ilha do Pavão
US Ilha dos Marinheiros
US Mário Quintana
US Mapa
Clínica da Família José Mauro Ceratti Lopes
Farmácias:
Rede São João
Av. Protásio Alves, 7401, Alto Petrópolis
Dr. Cecilio Monza, 11050, Belém Novo
Av. Borges de Medeiros, 1151, Centro
Rua dos Andradas, 1179, Centro
Av. Assis Brasil, 3277, Cristo Redentor
Av. Assis Brasil, 2840, Cristo Redentor
Av. Independência, 30, Independência
Av. Tramandaí, 11, Ipanema
Estr. Martim Félix Berta, 1601, Jardim Leopoldina
Estr. João de Oliveira Remião, 6636, Lomba do Pinheiro
Rua 24 de Outubro, 676, Moinhos de Vento
Rua Anita Garibaldi, 1047, Mont Serrat
Av. Carlos Gomes, 1723, Petrópolis
Av. Economista Nilo Wulff, 215, Restinga
Av. Assis Brasil, 6654, Sarandi
Rede Agafarma
Rua Felipe Neri, 459, Auxiliadora
Rua Dr. Cecilio Monza, 11010, Belém Novo
Av. Cavalhada, 2593, Cavalhada
Av. Duque de Caxias, 488, Centro
Av. Assis Brasil, 3711, Cristo Redentor
Av. Francisco Trein, 527, Cristo Redentor
Av. Engenheiro Felício Lemieszek, 125, Humaitá
Av. Presidente Juscelino Kubitscheck, 1173, Jardim Leopoldina
Av. Nonoai, 379, Nonoai
Av. Bento Gonçalves, 2110, Partenon
Estr. João Antônio da Silveira, 1773, Restinga
Av. Oscar de Oliveira Ramos, 4147, Restinga Nova
Rua Bernardino Pastoriza, 1185, Rubem Berta
Rua Wolfran Metzler, 320, Rubem Berta
Av. Baltazar de O. Garcia, 3538, LJ 10/11, Rubem Berta
Rua Cruzeiro do Sul, 2445, Santa Tereza
Av. São Pedro, 1126, São Geraldo
Av. Benjamin Constant, 1253, São João
Rua Catarino Andreatta, 115, Vila Nova
Rua Monte Cristo, 498, Vila Nova
O Ministério da Saúde informou ao editor que todos os Estados estão abastecidos para iniciar a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe.
Locais para vacinação em Porto Alegre:
Unidades de Saúde:
US Graciliano Ramos
US Farrapos
US Ilha da Pintada
US Ilha do Pavão
US Ilha dos Marinheiros
US Mário Quintana
US Mapa
Clínica da Família José Mauro Ceratti Lopes
Farmácias:
Rede São João
Av. Protásio Alves, 7401, Alto Petrópolis
Dr. Cecilio Monza, 11050, Belém Novo
Av. Borges de Medeiros, 1151, Centro
Rua dos Andradas, 1179, Centro
Av. Assis Brasil, 3277, Cristo Redentor
Av. Assis Brasil, 2840, Cristo Redentor
Av. Independência, 30, Independência
Av. Tramandaí, 11, Ipanema
Estr. Martim Félix Berta, 1601, Jardim Leopoldina
Estr. João de Oliveira Remião, 6636, Lomba do Pinheiro
Rua 24 de Outubro, 676, Moinhos de Vento
Rua Anita Garibaldi, 1047, Mont Serrat
Av. Carlos Gomes, 1723, Petrópolis
Av. Economista Nilo Wulff, 215, Restinga
Av. Assis Brasil, 6654, Sarandi
Rede Agafarma
Rua Felipe Neri, 459, Auxiliadora
Rua Dr. Cecilio Monza, 11010, Belém Novo
Av. Cavalhada, 2593, Cavalhada
Av. Duque de Caxias, 488, Centro
Av. Assis Brasil, 3711, Cristo Redentor
Av. Francisco Trein, 527, Cristo Redentor
Av. Engenheiro Felício Lemieszek, 125, Humaitá
Av. Presidente Juscelino Kubitscheck, 1173, Jardim Leopoldina
Av. Nonoai, 379, Nonoai
Av. Bento Gonçalves, 2110, Partenon
Estr. João Antônio da Silveira, 1773, Restinga
Av. Oscar de Oliveira Ramos, 4147, Restinga Nova
Rua Bernardino Pastoriza, 1185, Rubem Berta
Rua Wolfran Metzler, 320, Rubem Berta
Av. Baltazar de O. Garcia, 3538, LJ 10/11, Rubem Berta
Rua Cruzeiro do Sul, 2445, Santa Tereza
Av. São Pedro, 1126, São Geraldo
Av. Benjamin Constant, 1253, São João
Rua Catarino Andreatta, 115, Vila Nova
Rua Monte Cristo, 498, Vila Nova
Epidemiologista por trás do modelo de coronavírus altamente citado rebaixa drasticamente a projeção
Por Amanda Prestigiacomo, DailyWire.com
Os coronavírus devem seu nome à coroa como projeções visíveis ao microscópio que circundam o capsídeo. Os coronavírus são responsáveis por doenças respiratórias e gastrite. O vírus responsável por Sars pertence a esta família. (Foto By BSIP / UIG Via Getty Images)
O epidemiologista Neil Ferguson, que criou o célebre modelo de coronavírus do Imperial College London, citado por organizações como o The New York Times e tem sido fundamental para a tomada de decisões em políticas governamentais, ofereceu uma projeção massivamente rebaixada do possível número de mortes na quarta-feira.
O modelo de Ferguson projetou 2,2 milhões de pessoas mortas nos Estados Unidos e 500.000 no Reino Unido a partir do COVID-19, se nenhuma ação fosse tomada para retardar o vírus e diminuir sua curva. O modelo previa muito menos mortes se medidas de bloqueio - medidas como as tomadas pelos governos britânico e americano - fossem tomadas.
Após apenas um dia de bloqueios ordenados no Reino Unido, Ferguson está apresentando estimativas drasticamente rebaixadas, creditando medidas de bloqueio, mas também revelando que muito mais pessoas provavelmente têm o vírus do que sua equipe imaginava.
Ferguson explicou : “Devo admitir que sempre fomos sensíveis na análise na modelagem a uma variedade de níveis ou valores a essas quantidades. No entanto, o que temos visto na Europa nas últimas duas semanas é uma taxa de crescimento da epidemia mais rápida do que esperávamos dos dados iniciais da China. E assim estamos revisando nossas citações, nossa melhor estimativa central da reprodução ... algo da ordem de três ou um pouco acima, em vez de cerca de 2,5 ”. Ele acrescentou que "os valores atuais ainda estão dentro da ampla gama de valores que os grupos de modelagem [ininteligíveis] deveríamos ter analisado anteriormente".
Uma taxa de transmissão mais alta do que o esperado significa que mais pessoas têm o vírus do que o esperado anteriormente; quando o número de pacientes com coronavírus é dividido pelo número de óbitos, a taxa de mortalidade pela doença diminui.
Com base nessas estimativas revisadas e nas medidas de bloqueio adotadas pelo governo britânico, prevê o epidemiologista, os hospitais estarão bem em receber pacientes com COVID-19 e estima que 20.000 ou menos pessoas morrerão pelo próprio vírus ou pela agitação de outras pessoas. doenças, conforme relatado pela New Scientist Wednesday.
A mudança de tom de Ferguson ocorre dias depois que o epidemiologista de Oxford Sunetra Gupta criticou o modelo do professor.
"Estou surpreso que tenha havido uma aceitação tão qualificada do modelo imperial" , disse Gupta , de acordo com o Financial Times.
O professor Gupta liderou uma equipe de pesquisadores em Oxford em um estudo de modelagem que sugere que o vírus está se espalhando invisivelmente há pelo menos um mês antes do que se suspeitava, concluindo que cerca de metade das pessoas no Reino Unido já foram infectadas pelo COVID -19.
Se o modelo dela for preciso, menos de um em cada mil infectados pelo COVID-19 ficará doente o suficiente para precisar de hospitalização, deixando a grande maioria com casos leves ou sem sintomas.
Ferguson continuou a argumentar que o modelo de Oxford é otimista demais em relação às taxas de mortalidade.
Correção: O título original deste artigo sugeriu incorretamente que Neil Ferguson declarou que seu modelo inicial estava errado. O artigo foi revisado para deixar claro que ele forneceu uma projeção rebaixada, dados os novos dados e as atuais etapas de mitigação.
Os coronavírus devem seu nome à coroa como projeções visíveis ao microscópio que circundam o capsídeo. Os coronavírus são responsáveis por doenças respiratórias e gastrite. O vírus responsável por Sars pertence a esta família. (Foto By BSIP / UIG Via Getty Images)
O epidemiologista Neil Ferguson, que criou o célebre modelo de coronavírus do Imperial College London, citado por organizações como o The New York Times e tem sido fundamental para a tomada de decisões em políticas governamentais, ofereceu uma projeção massivamente rebaixada do possível número de mortes na quarta-feira.
O modelo de Ferguson projetou 2,2 milhões de pessoas mortas nos Estados Unidos e 500.000 no Reino Unido a partir do COVID-19, se nenhuma ação fosse tomada para retardar o vírus e diminuir sua curva. O modelo previa muito menos mortes se medidas de bloqueio - medidas como as tomadas pelos governos britânico e americano - fossem tomadas.
Após apenas um dia de bloqueios ordenados no Reino Unido, Ferguson está apresentando estimativas drasticamente rebaixadas, creditando medidas de bloqueio, mas também revelando que muito mais pessoas provavelmente têm o vírus do que sua equipe imaginava.
Ferguson explicou : “Devo admitir que sempre fomos sensíveis na análise na modelagem a uma variedade de níveis ou valores a essas quantidades. No entanto, o que temos visto na Europa nas últimas duas semanas é uma taxa de crescimento da epidemia mais rápida do que esperávamos dos dados iniciais da China. E assim estamos revisando nossas citações, nossa melhor estimativa central da reprodução ... algo da ordem de três ou um pouco acima, em vez de cerca de 2,5 ”. Ele acrescentou que "os valores atuais ainda estão dentro da ampla gama de valores que os grupos de modelagem [ininteligíveis] deveríamos ter analisado anteriormente".
Uma taxa de transmissão mais alta do que o esperado significa que mais pessoas têm o vírus do que o esperado anteriormente; quando o número de pacientes com coronavírus é dividido pelo número de óbitos, a taxa de mortalidade pela doença diminui.
Com base nessas estimativas revisadas e nas medidas de bloqueio adotadas pelo governo britânico, prevê o epidemiologista, os hospitais estarão bem em receber pacientes com COVID-19 e estima que 20.000 ou menos pessoas morrerão pelo próprio vírus ou pela agitação de outras pessoas. doenças, conforme relatado pela New Scientist Wednesday.
A mudança de tom de Ferguson ocorre dias depois que o epidemiologista de Oxford Sunetra Gupta criticou o modelo do professor.
"Estou surpreso que tenha havido uma aceitação tão qualificada do modelo imperial" , disse Gupta , de acordo com o Financial Times.
O professor Gupta liderou uma equipe de pesquisadores em Oxford em um estudo de modelagem que sugere que o vírus está se espalhando invisivelmente há pelo menos um mês antes do que se suspeitava, concluindo que cerca de metade das pessoas no Reino Unido já foram infectadas pelo COVID -19.
Se o modelo dela for preciso, menos de um em cada mil infectados pelo COVID-19 ficará doente o suficiente para precisar de hospitalização, deixando a grande maioria com casos leves ou sem sintomas.
Ferguson continuou a argumentar que o modelo de Oxford é otimista demais em relação às taxas de mortalidade.
Correção: O título original deste artigo sugeriu incorretamente que Neil Ferguson declarou que seu modelo inicial estava errado. O artigo foi revisado para deixar claro que ele forneceu uma projeção rebaixada, dados os novos dados e as atuais etapas de mitigação.
Entrevista, Cristino Kalkmann - Haverá aumento vertiginoso dos pedidos de recuperações judiciais nos próximos 90 dias
ENTREVISTA
Cristiano Kalkmann, sócio da Rebuild, onsultoria que atua na área jurídica, econômica e de reestruturação de empresas com sede em Porto Alegre.
Como ficarão as empresas que sobreviverem ao vírus chinês ?
Empresas serão obrigadas a passar por forte reestruturação devido ao colapso gerado pelo coronavírus
O que poderão fazer para evitar que também quebrem ?
Aumento vertiginoso de pedidos de recuperação judicial, não pagamentos de impostos e fornecedores, além de demissões e até acesso a fundos. Esse é o cenário para os próximos 90 dias.
Quem mais vai sofrer ?
Empresas e indústrias que não atuam no fornecimento de itens de primeira necessidade serão os primeiros a sofrer. Kalkmann cita, por exemplo, setores como estruturas metálicas, colchões, automotivo e peças, eletromecânica, móveis, construção e turismo.
Isto começa já ou depois da crise ?
Tentando projetar um cenário, imagine que, de uma semana para outra, simplesmente, os pedidos parem. Se uma indústria, por exemplo, ficar paralisada por 20 dias que seja, já basta para a operação ser completamente comprometida. E é o que seguramente ocorrerá. Já está ocorrendo, na verdade.
Como andam os pedidos de recuperação judicial ?
O número de pedidos de recuperação judicial de empresas gaúchas subiu de 15, em janeiro de 2019, para 23 em janeiro de 2020, segundo levantamento da Serasa Experian. Em todo o Brasil, foram 94 pedidos feitos no primeiro mês deste ano, contra 95 realizados em janeiro do ano passado.
Esta crise sanitária ocorre num momento em que a economia já não andava bem.
O desempenho da economia já não vinha bem há cerca de dois anos e muitas empresas já estão operando no limite, sem caixa, sem gordura para queimar.
Cristiano Kalkmann, sócio da Rebuild, onsultoria que atua na área jurídica, econômica e de reestruturação de empresas com sede em Porto Alegre.
Como ficarão as empresas que sobreviverem ao vírus chinês ?
Empresas serão obrigadas a passar por forte reestruturação devido ao colapso gerado pelo coronavírus
O que poderão fazer para evitar que também quebrem ?
Aumento vertiginoso de pedidos de recuperação judicial, não pagamentos de impostos e fornecedores, além de demissões e até acesso a fundos. Esse é o cenário para os próximos 90 dias.
Quem mais vai sofrer ?
Empresas e indústrias que não atuam no fornecimento de itens de primeira necessidade serão os primeiros a sofrer. Kalkmann cita, por exemplo, setores como estruturas metálicas, colchões, automotivo e peças, eletromecânica, móveis, construção e turismo.
Isto começa já ou depois da crise ?
Tentando projetar um cenário, imagine que, de uma semana para outra, simplesmente, os pedidos parem. Se uma indústria, por exemplo, ficar paralisada por 20 dias que seja, já basta para a operação ser completamente comprometida. E é o que seguramente ocorrerá. Já está ocorrendo, na verdade.
Como andam os pedidos de recuperação judicial ?
O número de pedidos de recuperação judicial de empresas gaúchas subiu de 15, em janeiro de 2019, para 23 em janeiro de 2020, segundo levantamento da Serasa Experian. Em todo o Brasil, foram 94 pedidos feitos no primeiro mês deste ano, contra 95 realizados em janeiro do ano passado.
Esta crise sanitária ocorre num momento em que a economia já não andava bem.
O desempenho da economia já não vinha bem há cerca de dois anos e muitas empresas já estão operando no limite, sem caixa, sem gordura para queimar.
Ações globais para mitigar os efeitos econômicos do coronavírus
- Esta análise é dos economistas do Bradesco e foram entregues, hoje, ao editor.
o Restrições cada vez mais amplas sobre o movimento da população para conter a transmissão do Covid-19 têm sido acompanhadas por medidas econômicas para mitigar o dano sobre o balanço das famílias e empresas. Em todo o mundo, vemos ações de isolamento social para conter a velocidade de transmissão da doença e, com isso, preservar a capacidade de atendimento dos sistemas de saúde. No entanto, o efeito dessa ação será uma espécie de “hibernação” da atividade econômica de duração incerta, e caberá à política econômica o papel de evitar que essa fase se torne uma depressão, ou mesmo contamine a economia real a ponto de inviabilizar uma normalização relativamente rápida da atividade econômica depois que a crise de saúde pública estiver controlada.
o A China foi o primeiro país a ser afetado pelo Covid-19 e o shutdown das províncias mais severamente afetadas – antes que o surto se espalhasse por todo o país – estabeleceu um roteiro sugestivo, que tem sido utilizado nos demais países. A transmissão local da doença na China arrefeceu e os primeiros sinais de retorno à normalidade começam a aparecer. Entretanto, como o grau de imunidade populacional ainda é baixo, o risco de um segundo surto ainda é elevado e, recentemente, novas medidas de restrição têm sido impostas na Ásia e em Wuhan, epicentro da doença na China, justamente para mitigar esse risco. Diante de novos casos, o governo chinês optou por estender as medidas restritivas a Wuhan até dia 8 de abril (inicialmente seriam afrouxadas em 25 de março). Ainda assim, caso o processo de normalização siga seu curso, é provável que a demanda chinesa – a ser estimulada por ações governamentais – poderá ter um papel importante no processo de recuperação da economia mundial, mesmo que insuficiente. As projeções para a economia dos Estados Unidos no segundo trimestre têm convergido para uma contração de duplo dígito e a queda do PIB da Área do Euro não deve ficar longe disso – mesmo considerando que as redes de proteção social europeia talvez ajudem a amortecer os efeitos secundários do choque econômico.
o Como na crise de 2008, os bancos centrais estão na linha de frente, buscando evitar disfuncionalidades nos mercados financeiros. O risco a ser controlado é evitar que a demanda por liquidez dos agentes econômicos – em reação ao choque de confiança e à incerteza – cause convulsões nos mercados, minando as cadeias de pagamentos. Além disso, em uma crise de grandes proporções, as decisões das empresas para preservar o caixa podem não só reforçar o processo recessivo, mas até mesmo criar obstáculos para a recuperação delas próprias depois que o surto do Covid-19 for controlado. O papel da política econômica nessas horas é de conter o efeito agregado das decisões individuais e dar condições para que os empresários continuem levando o cenário de médio e longo prazo em consideração em suas decisões.
o Os bancos centrais têm agido mais rápido do que em 2008/2009. Em parte, porque puderam reaproveitar mecanismos e programas desenvolvidos ao longo de vários anos após a crise de 2008 para lidar com o cenário inédito de risco de deflação em um ambiente de juros próximos a zero. Outra lição aprendida a partir de 2008, e posta em prática nos últimos dias, é a importância de se agir rapidamente e com firmeza. Na prática, os bancos centrais entraram no modo “faremos o que for necessário” nos primeiros dias da crise.
o Tal postura é desejável, pois ao contrário de crises anteriores, a natureza dessa crise é de ordem de saúde pública e não de gestão de negócios. Não há contingência possível para muitas empresas afetadas em seus negócios, com receitas e lucros cessantes. Em geral, parece haver mais disposição política global para que os governos ofereçam estímulos e, se necessário, resgatem empresas e famílias em dificuldade.
o Trata-se de um choque muito severo, mas que tende a ser temporário, mesmo que se prove mais longo do que imaginado inicialmente. E, nesse caso, cabe à política econômica e ao crédito (público e privado) suavizarem o ciclo econômico para se evitar uma depressão. Os bancos centrais têm os instrumentos e mostram disposição para mitigar os riscos associados ao empoçamento de liquidez. No entanto, a crise também tem um impacto sobre o balanço das empresas e das famílias. Para muitos setores, parte importante dos prejuízos com a perda de vendas (e no caso das famílias, de renda) não será reposta quando a crise sanitária ficar para trás – especialmente no setor de serviços. Caso isso dificulte a recuperação pós crise e gere uma perda permanente de bem-estar da sociedade, faz sentido que ao menos parte dessas perdas sejam absorvidas pelo governo. Esse é o papel da política econômica em situações como essas. Além disso, as políticas a serem implementadas precisam ser transitórias para que não haja deterioração fiscal permanente em nenhum lugar. Se bem desenhadas, seu efeito final sobre a dinâmica da dívida pública dos países pode ser neutro ou apenas marginalmente negativo.
o O objetivo tem que ser evitar um cenário de quebras em série na economia que inviabilizariam a própria recuperação. Não é um argumento para que o governo assuma os riscos privados de um negócio, mas justificável nesse momento, em que se “ganha” tempo contra a doença, para evitar que a paralisação temporária gere perdas permanentes. Um exemplo disso foi o anúncio de que ao mesmo tempo em que estava ordenando o fechamento de negócios não essenciais, o governo britânico se comprometeu a pagar parte da folha de salário das empresas enquanto as medidas de distanciamento social permanecessem em vigor. Todo esse debate evolui enquanto falamos e as quarentenas aplicadas em vários países visam também “ganhar” tempo para que essas decisões sejam tomadas.
o Não se sabe por quanto tempo a economia mundial ficará em “hibernação”, apenas que a crise tende a ser temporária se for bem administrada. Cabe à política econômica reduzir o impacto desse
o Restrições cada vez mais amplas sobre o movimento da população para conter a transmissão do Covid-19 têm sido acompanhadas por medidas econômicas para mitigar o dano sobre o balanço das famílias e empresas. Em todo o mundo, vemos ações de isolamento social para conter a velocidade de transmissão da doença e, com isso, preservar a capacidade de atendimento dos sistemas de saúde. No entanto, o efeito dessa ação será uma espécie de “hibernação” da atividade econômica de duração incerta, e caberá à política econômica o papel de evitar que essa fase se torne uma depressão, ou mesmo contamine a economia real a ponto de inviabilizar uma normalização relativamente rápida da atividade econômica depois que a crise de saúde pública estiver controlada.
o A China foi o primeiro país a ser afetado pelo Covid-19 e o shutdown das províncias mais severamente afetadas – antes que o surto se espalhasse por todo o país – estabeleceu um roteiro sugestivo, que tem sido utilizado nos demais países. A transmissão local da doença na China arrefeceu e os primeiros sinais de retorno à normalidade começam a aparecer. Entretanto, como o grau de imunidade populacional ainda é baixo, o risco de um segundo surto ainda é elevado e, recentemente, novas medidas de restrição têm sido impostas na Ásia e em Wuhan, epicentro da doença na China, justamente para mitigar esse risco. Diante de novos casos, o governo chinês optou por estender as medidas restritivas a Wuhan até dia 8 de abril (inicialmente seriam afrouxadas em 25 de março). Ainda assim, caso o processo de normalização siga seu curso, é provável que a demanda chinesa – a ser estimulada por ações governamentais – poderá ter um papel importante no processo de recuperação da economia mundial, mesmo que insuficiente. As projeções para a economia dos Estados Unidos no segundo trimestre têm convergido para uma contração de duplo dígito e a queda do PIB da Área do Euro não deve ficar longe disso – mesmo considerando que as redes de proteção social europeia talvez ajudem a amortecer os efeitos secundários do choque econômico.
o Como na crise de 2008, os bancos centrais estão na linha de frente, buscando evitar disfuncionalidades nos mercados financeiros. O risco a ser controlado é evitar que a demanda por liquidez dos agentes econômicos – em reação ao choque de confiança e à incerteza – cause convulsões nos mercados, minando as cadeias de pagamentos. Além disso, em uma crise de grandes proporções, as decisões das empresas para preservar o caixa podem não só reforçar o processo recessivo, mas até mesmo criar obstáculos para a recuperação delas próprias depois que o surto do Covid-19 for controlado. O papel da política econômica nessas horas é de conter o efeito agregado das decisões individuais e dar condições para que os empresários continuem levando o cenário de médio e longo prazo em consideração em suas decisões.
o Os bancos centrais têm agido mais rápido do que em 2008/2009. Em parte, porque puderam reaproveitar mecanismos e programas desenvolvidos ao longo de vários anos após a crise de 2008 para lidar com o cenário inédito de risco de deflação em um ambiente de juros próximos a zero. Outra lição aprendida a partir de 2008, e posta em prática nos últimos dias, é a importância de se agir rapidamente e com firmeza. Na prática, os bancos centrais entraram no modo “faremos o que for necessário” nos primeiros dias da crise.
o Tal postura é desejável, pois ao contrário de crises anteriores, a natureza dessa crise é de ordem de saúde pública e não de gestão de negócios. Não há contingência possível para muitas empresas afetadas em seus negócios, com receitas e lucros cessantes. Em geral, parece haver mais disposição política global para que os governos ofereçam estímulos e, se necessário, resgatem empresas e famílias em dificuldade.
o Trata-se de um choque muito severo, mas que tende a ser temporário, mesmo que se prove mais longo do que imaginado inicialmente. E, nesse caso, cabe à política econômica e ao crédito (público e privado) suavizarem o ciclo econômico para se evitar uma depressão. Os bancos centrais têm os instrumentos e mostram disposição para mitigar os riscos associados ao empoçamento de liquidez. No entanto, a crise também tem um impacto sobre o balanço das empresas e das famílias. Para muitos setores, parte importante dos prejuízos com a perda de vendas (e no caso das famílias, de renda) não será reposta quando a crise sanitária ficar para trás – especialmente no setor de serviços. Caso isso dificulte a recuperação pós crise e gere uma perda permanente de bem-estar da sociedade, faz sentido que ao menos parte dessas perdas sejam absorvidas pelo governo. Esse é o papel da política econômica em situações como essas. Além disso, as políticas a serem implementadas precisam ser transitórias para que não haja deterioração fiscal permanente em nenhum lugar. Se bem desenhadas, seu efeito final sobre a dinâmica da dívida pública dos países pode ser neutro ou apenas marginalmente negativo.
o O objetivo tem que ser evitar um cenário de quebras em série na economia que inviabilizariam a própria recuperação. Não é um argumento para que o governo assuma os riscos privados de um negócio, mas justificável nesse momento, em que se “ganha” tempo contra a doença, para evitar que a paralisação temporária gere perdas permanentes. Um exemplo disso foi o anúncio de que ao mesmo tempo em que estava ordenando o fechamento de negócios não essenciais, o governo britânico se comprometeu a pagar parte da folha de salário das empresas enquanto as medidas de distanciamento social permanecessem em vigor. Todo esse debate evolui enquanto falamos e as quarentenas aplicadas em vários países visam também “ganhar” tempo para que essas decisões sejam tomadas.
o Não se sabe por quanto tempo a economia mundial ficará em “hibernação”, apenas que a crise tende a ser temporária se for bem administrada. Cabe à política econômica reduzir o impacto desse
Processo civilizatório Astor Wartchow
Advogado
Ao contrário de outras tragédias do passado, de viés universal, o drama da pandemia do coronavírus é conhecido e vivenciado por todos em tempo real, dada a disponbilidade tecnológica.
Esta característica diferenciada - conhecer, viver e sofrer em tempo real - sugere que estejamos diante de uma nova oportunidade que possa vir a favorecer uma integração mundial e pacifista. O acalentado sonho humano!
Dada sua emergência e dimensão, e as consequentes soluções e reações comunitárias e cientificas no seu enfrentamento, advindas de todos os cantos, a experiência poderá resultar em um estado superior de compreensão e consciência acerca das limitações humanas e dos desafios coletivos.
Porém, ironica e contrariamente, a história não favorece, de modo lúcido, este desejo. A maior tragédia universal recente, a Segunda Guerra Mundial, não nos ensinou o suficiente, tanto que prosseguimos, logo após e até os dias de hoje, com as guerras e as fábricas de produtos bélicos.
Também como exemplo, podemos agregar as dúvidas acerca da questão climática, objeto de tantas reuniões e resoluções mundiais. Infelizmente, sem denominador comum.
O sonho de paz mundial e integração humana é um tema recorrente através dos tempos. Oportuno recordar uma parte da longa carta de Freud a Einstein, em setembro de 1932.
Trata-se de uma resposta a um convite para participação de um grupo de notáveis. O igualmente longo e arrazoado convite de Einstein era sintetizado na seguinte pergunta: “Existe alguma forma de livrar a humanidade da ameaça de guerra?”
Respondeu Freud: “(...) a humanidade tem passado por um processo de evolução cultural (civilização). É a este processo que devemos o melhor daquilo que nos tornamos, bem como uma boa parte daquilo de que padecemos. (...).
Ora, a guerra se constitui na mais óbvia oposição à atitude psíquica que nos foi incutida pelo processo de civilização, e por este motivo não podemos evitar de nos rebelar contra ela, não podemos mais nos conformar com ela. (...)
E quanto tempo teremos de esperar até que o restante da humanidade também se torne pacifista? (...) pode ser utópico esperar que (...) a atitude cultural e o justificado medo das consequências (...) venham a resultar (...) em que se ponha um término à ameaça de guerra.
Por quais caminhos (....) isso se realizará, não podemos adivinhar. Mas uma coisa podemos dizer: tudo o que estimula o crescimento da civilização trabalha simultaneamente contra a guerra."
Concluindo, caro leitor, vivenciar, enfrentar e solucionar pandemias, crises climáticas e as próprias guerras, por exemplo, são parte de nosso processo civilizatório. Neste sentido, quem sabe talvez possamos aprender algo novo com este vírus!
Ao contrário de outras tragédias do passado, de viés universal, o drama da pandemia do coronavírus é conhecido e vivenciado por todos em tempo real, dada a disponbilidade tecnológica.
Esta característica diferenciada - conhecer, viver e sofrer em tempo real - sugere que estejamos diante de uma nova oportunidade que possa vir a favorecer uma integração mundial e pacifista. O acalentado sonho humano!
Dada sua emergência e dimensão, e as consequentes soluções e reações comunitárias e cientificas no seu enfrentamento, advindas de todos os cantos, a experiência poderá resultar em um estado superior de compreensão e consciência acerca das limitações humanas e dos desafios coletivos.
Porém, ironica e contrariamente, a história não favorece, de modo lúcido, este desejo. A maior tragédia universal recente, a Segunda Guerra Mundial, não nos ensinou o suficiente, tanto que prosseguimos, logo após e até os dias de hoje, com as guerras e as fábricas de produtos bélicos.
Também como exemplo, podemos agregar as dúvidas acerca da questão climática, objeto de tantas reuniões e resoluções mundiais. Infelizmente, sem denominador comum.
O sonho de paz mundial e integração humana é um tema recorrente através dos tempos. Oportuno recordar uma parte da longa carta de Freud a Einstein, em setembro de 1932.
Trata-se de uma resposta a um convite para participação de um grupo de notáveis. O igualmente longo e arrazoado convite de Einstein era sintetizado na seguinte pergunta: “Existe alguma forma de livrar a humanidade da ameaça de guerra?”
Respondeu Freud: “(...) a humanidade tem passado por um processo de evolução cultural (civilização). É a este processo que devemos o melhor daquilo que nos tornamos, bem como uma boa parte daquilo de que padecemos. (...).
Ora, a guerra se constitui na mais óbvia oposição à atitude psíquica que nos foi incutida pelo processo de civilização, e por este motivo não podemos evitar de nos rebelar contra ela, não podemos mais nos conformar com ela. (...)
E quanto tempo teremos de esperar até que o restante da humanidade também se torne pacifista? (...) pode ser utópico esperar que (...) a atitude cultural e o justificado medo das consequências (...) venham a resultar (...) em que se ponha um término à ameaça de guerra.
Por quais caminhos (....) isso se realizará, não podemos adivinhar. Mas uma coisa podemos dizer: tudo o que estimula o crescimento da civilização trabalha simultaneamente contra a guerra."
Concluindo, caro leitor, vivenciar, enfrentar e solucionar pandemias, crises climáticas e as próprias guerras, por exemplo, são parte de nosso processo civilizatório. Neste sentido, quem sabe talvez possamos aprender algo novo com este vírus!
Nota do TJ RS
Em atenção à nota crítica publicada em seu blog, relativa à decisão proferida, liminarmente, pelo Desembargador Eduardo Uhlein, seriam importantes algumas considerações.
Primeiramente, cabe destacar que a determinação nela contida foi de suspensão parcial da lei e não sua totalidade, como equivocadamente constou na matéria.
Além disso, a informação de que a suspensão se deve a impactos econômicos motivados pelo Coronavírus é incorreta e não condiz com a verdade, já que não há sequer menção a esta circunstância como motivação da decisão.
Aliás, a única referência feita ao problema de saúde pública que nos abala a todos foi exclusivamente para justificar a necessidade de proferir unipessoalmente a decisão liminar, haja vista estarem suspensas todas as sessões, físicas ou virtuais, no âmbito no Tribunal de Justiça, exatamente em razão do mencionado problema instalado pelo Covid-19. Neste contexto, cabe lembrar – embora pareça desnecessário – que a decisão unipessoal é apropriada para pedidos liminares, como no caso.
Ademais, a decisão é fundamentada, aduzindo razões jurídicas que, no entender do Relator, a sustentam, cabendo agora à Corte plenária, composta por outros 24 qualificados Desembargadores, avaliar seu contexto de mérito.
Portanto, a decisão foi lançada em respeito aos limites que o sistema processual brasileiro preconiza, razão pela qual o Tribunal de Justiça repudia toda ilação desrespeitosa a suas decisões assim proferidas.
A fim de que a questão seja corretamente avaliada, sugerimos buscar maiores informações no site do Tribunal de Justiça, que reporta adequadamente a decisão:
https://www.tjrs.jus.br/site/imprensa/noticias/?idNoticia=499395
Atenciosamente,
Desembargador Antonio Vinicius Amaro da Silveira Presidente do Conselho de Comunicação Social do TJRS
Primeiramente, cabe destacar que a determinação nela contida foi de suspensão parcial da lei e não sua totalidade, como equivocadamente constou na matéria.
Além disso, a informação de que a suspensão se deve a impactos econômicos motivados pelo Coronavírus é incorreta e não condiz com a verdade, já que não há sequer menção a esta circunstância como motivação da decisão.
Aliás, a única referência feita ao problema de saúde pública que nos abala a todos foi exclusivamente para justificar a necessidade de proferir unipessoalmente a decisão liminar, haja vista estarem suspensas todas as sessões, físicas ou virtuais, no âmbito no Tribunal de Justiça, exatamente em razão do mencionado problema instalado pelo Covid-19. Neste contexto, cabe lembrar – embora pareça desnecessário – que a decisão unipessoal é apropriada para pedidos liminares, como no caso.
Ademais, a decisão é fundamentada, aduzindo razões jurídicas que, no entender do Relator, a sustentam, cabendo agora à Corte plenária, composta por outros 24 qualificados Desembargadores, avaliar seu contexto de mérito.
Portanto, a decisão foi lançada em respeito aos limites que o sistema processual brasileiro preconiza, razão pela qual o Tribunal de Justiça repudia toda ilação desrespeitosa a suas decisões assim proferidas.
A fim de que a questão seja corretamente avaliada, sugerimos buscar maiores informações no site do Tribunal de Justiça, que reporta adequadamente a decisão:
https://www.tjrs.jus.br/site/imprensa/noticias/?idNoticia=499395
Atenciosamente,
Desembargador Antonio Vinicius Amaro da Silveira Presidente do Conselho de Comunicação Social do TJRS
Farmácias e drive thurs de Porto Alegre que aplicarão vacinas contra a gripe
Eis onde serão instalados os drive thrus em POA
Região Centro
Santa Cecília - Rua São Manoel, 543 - Santa Cecília
Região Glória / Cruzeiro / Cristal
Oscar Pereira - Avenida Professor Oscar Pereira, 3329 - Glória
Chuí - Praça José Alexandre Záchia - Avenida Chuí - Cristal
Nossa Senhora de Belém - Praça Nossa Senhora de Belém
Região Restinga e Extremo Sul
Rua Comendador Jorge Mello Guimarães, 12 - Belém Novo
Região Norte / Eixo Baltazar
Baltazar de Oliveira Garcia - Avenida Baltazar de Oliveira Garcia, 744 - São Sebastião
Região Noroeste / Humaitá / Navegantes / Ilhas
IAPI - Rua Três de Abril, 90 - Passo d'Areia
Região Partenon / Lomba do Pinheiro
Parada 10 da Lomba do Pinheiro (pátio Paróquia Santa Clara) - João de Oliveira Remião, 4444
Região Leste / Nordeste
Morro Santana - Rua Marieta Mena Barreto, 210
Endereços das farmácias
Agafarma
Endereço Bairro
Rua Catarino Andreatta, 115 Vila Nova
Avenida Benjamin Constant, 1253 São João
Rua Bernardino S. Pastoriza, 1185 Rubem Berta
Rua Felipe Neri, 459 Auxiliadora
Avenida Assis Brasil, 3711 Cristo Redentor
Avenida Gomes de Freitas, 172 Jardim Itu Sabara
Estrada João Antônio da Silveira, 1773 Restinga
Rua Wolfran Metzler, 320 Rubem Berta
Rua Pereira Neto, 823 Tristeza
Rua Dr. Cecilio Monza, 11010 Belém Novo
Avenida Bento Goncalves, 2110 Partenon
Avenida Cavalhada, 2593 Cavalhada
Avenida Baltazar de Oliveira Garcia, 3539, Ljs. 10/11 Rubem Berta
Avenida Oscar de Oliveira Ramos, 4147 Restinga Nova
Rua Monte Cristo, 498 Vila Nova
Avenida Nonoai, 379 Nonoai
Avenida São Pedro, 1126 São Geraldo
Avenida Engenheiro Felício Lemieszek, 125 Humaita
venida Duque De Caxias, 488 Centro
Avenida Presidente Juscelino Kubitscheck Oliveira, 1173 Jardim Dona Leopoldina
Rua Cruzeiro do Sul, 2445 Santa Tereza
Avenida Francisco Trein, 527 Cristo Redentor
Panvel
Endereço Bairro
Avenida Getúlio Vargas, 480 Menino Deus
Avenida Eduardo Prado, 1901 Cavalhada
Rua dos Andradas, 1238 Centro Histórico
Rua Zéca Neto, 38 Cristo Redentor
Rua dos Andradas, 1320 Centro Histórico
Avenida Wenceslau Escobar, 2857 Cristal
Rua 24 de Outubro, 722 Moinhos de Vento
Rua Anita Garibaldi, 2099 Mont Serrat
Rua Valparaíso, 698 Jardim Botânico
São João
Endereço Bairro
Avenida São Pedro, 549 São Geraldo
Avenida Borges De Medeiros, 1151 Centro
Rua Camaquã, 651 Camaquã
Avenida Vicente Monteggia, 2837 Cavalhada
Rua dos Andradas, 985 Centro Histórico
Avenida Cavalhada, 2221 Cavalhada
Rua Dona Adda Mascarenhas de Moraes, 299 Jardim Itu Sabará
Rua Anita Garibaldi, 1047 Mont Serrat
Avenida Juca Batista, 510 Cavalhada
Avenida Assis Brasil, 3277 Cristo Redentor
Avenida Edgar Pires de Castro, 1710 Aberta dos Morros
Rua Dos Andradas, 1179 Centro Histórico
Avenida Bento Gonçalves, 2893 Partenon
Avenida Getúlio Vargas, 1430 Menino Deus
Avenida Assis Brasil, 2840 Cristo Redentor
Rua Cecílio Monza, 11050 Belém Novo
Rua 24 De Outubro, 676 Moinhos de Vento
Avenida Tramandaí, 11 Ipanema
Avenida Assis Brasil, 6654 Sarandi
Avenida Independência, 30 Independência
Avenida Economista Nilo Wulff, 215 Restinga
Estrada João de Oliveira Remião, 6636 Lomba do Pinheiro
Estrada Martim Félix Berta, 1601 Jardim Leopoldina
Avenida Carlos Gomes, 1723 Petrópolis
Avenida Baltazar de Oliveira Garcia, 3362 Rubem Berta
Avenida Farrapos, 3852 Navegantes
Avenida Protásio Alves, 7401 Alto Petrópolis
Região Centro
Santa Cecília - Rua São Manoel, 543 - Santa Cecília
Região Glória / Cruzeiro / Cristal
Oscar Pereira - Avenida Professor Oscar Pereira, 3329 - Glória
Chuí - Praça José Alexandre Záchia - Avenida Chuí - Cristal
Nossa Senhora de Belém - Praça Nossa Senhora de Belém
Região Restinga e Extremo Sul
Rua Comendador Jorge Mello Guimarães, 12 - Belém Novo
Região Norte / Eixo Baltazar
Baltazar de Oliveira Garcia - Avenida Baltazar de Oliveira Garcia, 744 - São Sebastião
Região Noroeste / Humaitá / Navegantes / Ilhas
IAPI - Rua Três de Abril, 90 - Passo d'Areia
Região Partenon / Lomba do Pinheiro
Parada 10 da Lomba do Pinheiro (pátio Paróquia Santa Clara) - João de Oliveira Remião, 4444
Região Leste / Nordeste
Morro Santana - Rua Marieta Mena Barreto, 210
Endereços das farmácias
Agafarma
Endereço Bairro
Rua Catarino Andreatta, 115 Vila Nova
Avenida Benjamin Constant, 1253 São João
Rua Bernardino S. Pastoriza, 1185 Rubem Berta
Rua Felipe Neri, 459 Auxiliadora
Avenida Assis Brasil, 3711 Cristo Redentor
Avenida Gomes de Freitas, 172 Jardim Itu Sabara
Estrada João Antônio da Silveira, 1773 Restinga
Rua Wolfran Metzler, 320 Rubem Berta
Rua Pereira Neto, 823 Tristeza
Rua Dr. Cecilio Monza, 11010 Belém Novo
Avenida Bento Goncalves, 2110 Partenon
Avenida Cavalhada, 2593 Cavalhada
Avenida Baltazar de Oliveira Garcia, 3539, Ljs. 10/11 Rubem Berta
Avenida Oscar de Oliveira Ramos, 4147 Restinga Nova
Rua Monte Cristo, 498 Vila Nova
Avenida Nonoai, 379 Nonoai
Avenida São Pedro, 1126 São Geraldo
Avenida Engenheiro Felício Lemieszek, 125 Humaita
venida Duque De Caxias, 488 Centro
Avenida Presidente Juscelino Kubitscheck Oliveira, 1173 Jardim Dona Leopoldina
Rua Cruzeiro do Sul, 2445 Santa Tereza
Avenida Francisco Trein, 527 Cristo Redentor
Panvel
Endereço Bairro
Avenida Getúlio Vargas, 480 Menino Deus
Avenida Eduardo Prado, 1901 Cavalhada
Rua dos Andradas, 1238 Centro Histórico
Rua Zéca Neto, 38 Cristo Redentor
Rua dos Andradas, 1320 Centro Histórico
Avenida Wenceslau Escobar, 2857 Cristal
Rua 24 de Outubro, 722 Moinhos de Vento
Rua Anita Garibaldi, 2099 Mont Serrat
Rua Valparaíso, 698 Jardim Botânico
São João
Endereço Bairro
Avenida São Pedro, 549 São Geraldo
Avenida Borges De Medeiros, 1151 Centro
Rua Camaquã, 651 Camaquã
Avenida Vicente Monteggia, 2837 Cavalhada
Rua dos Andradas, 985 Centro Histórico
Avenida Cavalhada, 2221 Cavalhada
Rua Dona Adda Mascarenhas de Moraes, 299 Jardim Itu Sabará
Rua Anita Garibaldi, 1047 Mont Serrat
Avenida Juca Batista, 510 Cavalhada
Avenida Assis Brasil, 3277 Cristo Redentor
Avenida Edgar Pires de Castro, 1710 Aberta dos Morros
Rua Dos Andradas, 1179 Centro Histórico
Avenida Bento Gonçalves, 2893 Partenon
Avenida Getúlio Vargas, 1430 Menino Deus
Avenida Assis Brasil, 2840 Cristo Redentor
Rua Cecílio Monza, 11050 Belém Novo
Rua 24 De Outubro, 676 Moinhos de Vento
Avenida Tramandaí, 11 Ipanema
Avenida Assis Brasil, 6654 Sarandi
Avenida Independência, 30 Independência
Avenida Economista Nilo Wulff, 215 Restinga
Estrada João de Oliveira Remião, 6636 Lomba do Pinheiro
Estrada Martim Félix Berta, 1601 Jardim Leopoldina
Avenida Carlos Gomes, 1723 Petrópolis
Avenida Baltazar de Oliveira Garcia, 3362 Rubem Berta
Avenida Farrapos, 3852 Navegantes
Avenida Protásio Alves, 7401 Alto Petrópolis
Artigo, Heloísa Trajano, Magazine Marisa - Muitas empresas vão desaparecer para sempre
A empresária Luiza Helena Trajano disse que, dependendo do tempo da quarentena, muitas empresas, especialmente as micro, pequenas e médias, vão desaparecer.
A manifestação foi publicada nas redes sociais, ontem a noite, e reproduazida hoje pelo jornal Valor. Vai na íntegra:
“Após superarmos a fase de isolamento, que é necessária, sem dúvida, o que me preocupa muito é o quadro que iremos enfrentar na economia. Dependendo do tempo de quarentena, muitas empresas, especialmente as micro, pequenas e médias, irão desaparecer, e muitas das grandes terão que demitir equipes, agravando ainda mais o enorme quadro de desemprego que tínhamos pré-crise. Estudiosos estão falando em dezenas de milhões”, escreveu em texto publicado nas redes sociais na noite de ontem.
“Estávamos em um momento de expectativa de recuperação gradual da economia, mas um impacto deste tamanho irá trazer consequências graves que deverão levar muitos anos para serem recuperadas, e com grandes consequências sociais para o Brasil”, escreveu.
A empresária, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, já havia publicado um vídeo dias atrás em rede social em que pede que empresas evitem demitir funcionários.
Agora, no texto recém-publicado, ela diz que é “hora da verdadeira união de forças contra um inimigo comum que está assolando o mundo e do próximo que virá, o risco da miséria. Não é hora de vaidades ou discussões sobre competências, a população já estava cansada disso, e agora não admitirá divisões com objetivos eleitoreiros ou de aumento de poder”.
“É necessário focar todos os esforços na saúde pública e na recuperação da economia. Quem não participar ativamente, com todos os esforços possíveis da solução destes problemas, pagará um preço histórico”.
Na avaliação dela, as medidas econômicas “não podem esperar”.
“É necessário caminhar rapidamente com planos que possibilitem a tranquilidade já durante a quarentena, em todos os níveis: Executivo, Legislativo e Judiciário, da União, Estados e municípios, para que haja condições para que os cidadãos não sejam assombrados com o fantasma do desemprego e da insegurança financeira para sustentar suas famílias”.
Ela reforça que o IDV, instituto do varejo, do qual faz parte, tem propostas para discutir com a sociedade soluções para o período.
Ela defende o avanço das reformas já em discussão, além da injeção de “muito dinheiro na economia”, como já estão anunciando os EUA, e incentivos para empresas evitarem demissões, além de programas de incentivos para a população.
“Temos um longo trabalho pela frente, e nunca na história precisamos tanto dos governantes, que devem pensar e agir em conjunto com o único objetivo de vencermos a crise da saúde e a grave crise econômica que se anuncia.”
A manifestação foi publicada nas redes sociais, ontem a noite, e reproduazida hoje pelo jornal Valor. Vai na íntegra:
“Após superarmos a fase de isolamento, que é necessária, sem dúvida, o que me preocupa muito é o quadro que iremos enfrentar na economia. Dependendo do tempo de quarentena, muitas empresas, especialmente as micro, pequenas e médias, irão desaparecer, e muitas das grandes terão que demitir equipes, agravando ainda mais o enorme quadro de desemprego que tínhamos pré-crise. Estudiosos estão falando em dezenas de milhões”, escreveu em texto publicado nas redes sociais na noite de ontem.
“Estávamos em um momento de expectativa de recuperação gradual da economia, mas um impacto deste tamanho irá trazer consequências graves que deverão levar muitos anos para serem recuperadas, e com grandes consequências sociais para o Brasil”, escreveu.
A empresária, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, já havia publicado um vídeo dias atrás em rede social em que pede que empresas evitem demitir funcionários.
Agora, no texto recém-publicado, ela diz que é “hora da verdadeira união de forças contra um inimigo comum que está assolando o mundo e do próximo que virá, o risco da miséria. Não é hora de vaidades ou discussões sobre competências, a população já estava cansada disso, e agora não admitirá divisões com objetivos eleitoreiros ou de aumento de poder”.
“É necessário focar todos os esforços na saúde pública e na recuperação da economia. Quem não participar ativamente, com todos os esforços possíveis da solução destes problemas, pagará um preço histórico”.
Na avaliação dela, as medidas econômicas “não podem esperar”.
“É necessário caminhar rapidamente com planos que possibilitem a tranquilidade já durante a quarentena, em todos os níveis: Executivo, Legislativo e Judiciário, da União, Estados e municípios, para que haja condições para que os cidadãos não sejam assombrados com o fantasma do desemprego e da insegurança financeira para sustentar suas famílias”.
Ela reforça que o IDV, instituto do varejo, do qual faz parte, tem propostas para discutir com a sociedade soluções para o período.
Ela defende o avanço das reformas já em discussão, além da injeção de “muito dinheiro na economia”, como já estão anunciando os EUA, e incentivos para empresas evitarem demissões, além de programas de incentivos para a população.
“Temos um longo trabalho pela frente, e nunca na história precisamos tanto dos governantes, que devem pensar e agir em conjunto com o único objetivo de vencermos a crise da saúde e a grave crise econômica que se anuncia.”
Artigo, Mariana Possari e Manoel Fernandes, Bites - O que importa hoje: a questão da popularidade de Bolsonaro
*Bolsonaro não está perdendo força na Internet. É a oposição que está crescendo.*
No momento da pandemia do Covid19, duas correntes de opinião tentar interpretar qual o impacto da crise na popularidade do presidente Jair Bolsonaro.
*A primeira é baseada numa aposta combinada com torcida de time de futebol.* Essa análise indica que Bolsonaro está perdendo a capacidade de propagar nas redes sociais suas mensagens junto à opinião pública digital com a ajuda de seus seguidores. É a teoria do derretimento sem sustentação quando confrontada pelos fatos.
*A segunda perspectiva, baseada em dados históricos do Sistema Analítico BITES*, aponta a análise para outra direção e mostra que os olhares deveriam se voltar para o crescimento de uma onda oposicionista sem liderança no universo digital, especialmente no Twitter.
Alguns indicadores atuais sobre Bolsonaro reforçam a sustentam o segundo diagnóstico:
1. *Bolsonaro continua ganhando seguidores nas redes sociais, mesmo nos últimos dias quando a crise do Coronavírus se intensificou ele adicionou 327 mil seguidores* aos seus perfis no Facebook, Instagram, Twitter e Youtube. Ninguém até agora está deixando de segui-lo, fenômeno já identificado por BITES em outras esferas dos Poderes Legislativo e Executivo.
2. *As interações nos posts publicados pelo presidente no Twitter, Facebook e Instagram continuam no mesmo patamar do início do governo.* De 01 de janeiro do ano passado até às 18h de hoje, a média era de 123.965. Nos últimos 30 dias, essa taxa ficou em 103.223 e nos últimos sete dias subiu para 112.799. Ontem, domingo, ficou em 116.477 interações.
3. Esses números têm um significado. *Mesmo entrincheirado, Bolsonaro continua cercado e protegido por seus admiradores mais fiéis nas redes sociais.* Nesse momento, o grupo continua publicando no Twitter quatro vezes mais posts que os detratores do presidente.
4. *Ainda no Twitter, na última semana, 992.631 usuários do serviço no Brasil utilizaram hashtags negativas para criticar o presidente contra 803.522 que o defenderam.* Apenas hoje, após o episódio da MP 927, foram 130 mil contra o presidente e 19 mil a favor.
*O que o atual momento mostra não é uma queda substantiva de Bolsonaro, mas a ascensão da oposição no universo digital, especialmente no Twitter.* Esse grupo estava adormecido desde a eleição e extrapola as fronteiras da disputa ideológica da esquerda versus direita.
Enquanto os bolsonaristas já sabem quem defender, *a oposição nas redes sociais tenta descobrir novos líderes para guiá-la.* Esse movimento difere de outros momentos da era Bolsonaro porque os críticos encontraram um ponto de convergência: a reação de Bolsonaro à pandemia do Coronavírus.
É algo novo no cenário e pode ser circunstancial. Esse fluxo bem trabalhado pode render frutos eleitorais porque procura um ponto de concentração da sua insatisfação e ainda não sabe quanto tempo será necessário para diluir a estruturada base bolsonarista.
Entre os personagens mais relevantes da política nacional, considerando os candidatos na eleição de 2018, é o deputado *Rodrigo Maia (DEM-RJ)* que está conseguindo o melhor resultado, por enquanto na amplificação de suas mensagens no universo digital.
*Nos últimos 30 dias, a taxa de interações por post de Maia cresceu 244%. No caso de Lula, o seu percentual ficou em 23,8% contra 12% de Ciro Gomes, 44,5% para o governador Wilson Witzel e 78% para João Doria.*
*BITES - DADOS PARA DECISÕES*
No momento da pandemia do Covid19, duas correntes de opinião tentar interpretar qual o impacto da crise na popularidade do presidente Jair Bolsonaro.
*A primeira é baseada numa aposta combinada com torcida de time de futebol.* Essa análise indica que Bolsonaro está perdendo a capacidade de propagar nas redes sociais suas mensagens junto à opinião pública digital com a ajuda de seus seguidores. É a teoria do derretimento sem sustentação quando confrontada pelos fatos.
*A segunda perspectiva, baseada em dados históricos do Sistema Analítico BITES*, aponta a análise para outra direção e mostra que os olhares deveriam se voltar para o crescimento de uma onda oposicionista sem liderança no universo digital, especialmente no Twitter.
Alguns indicadores atuais sobre Bolsonaro reforçam a sustentam o segundo diagnóstico:
1. *Bolsonaro continua ganhando seguidores nas redes sociais, mesmo nos últimos dias quando a crise do Coronavírus se intensificou ele adicionou 327 mil seguidores* aos seus perfis no Facebook, Instagram, Twitter e Youtube. Ninguém até agora está deixando de segui-lo, fenômeno já identificado por BITES em outras esferas dos Poderes Legislativo e Executivo.
2. *As interações nos posts publicados pelo presidente no Twitter, Facebook e Instagram continuam no mesmo patamar do início do governo.* De 01 de janeiro do ano passado até às 18h de hoje, a média era de 123.965. Nos últimos 30 dias, essa taxa ficou em 103.223 e nos últimos sete dias subiu para 112.799. Ontem, domingo, ficou em 116.477 interações.
3. Esses números têm um significado. *Mesmo entrincheirado, Bolsonaro continua cercado e protegido por seus admiradores mais fiéis nas redes sociais.* Nesse momento, o grupo continua publicando no Twitter quatro vezes mais posts que os detratores do presidente.
4. *Ainda no Twitter, na última semana, 992.631 usuários do serviço no Brasil utilizaram hashtags negativas para criticar o presidente contra 803.522 que o defenderam.* Apenas hoje, após o episódio da MP 927, foram 130 mil contra o presidente e 19 mil a favor.
*O que o atual momento mostra não é uma queda substantiva de Bolsonaro, mas a ascensão da oposição no universo digital, especialmente no Twitter.* Esse grupo estava adormecido desde a eleição e extrapola as fronteiras da disputa ideológica da esquerda versus direita.
Enquanto os bolsonaristas já sabem quem defender, *a oposição nas redes sociais tenta descobrir novos líderes para guiá-la.* Esse movimento difere de outros momentos da era Bolsonaro porque os críticos encontraram um ponto de convergência: a reação de Bolsonaro à pandemia do Coronavírus.
É algo novo no cenário e pode ser circunstancial. Esse fluxo bem trabalhado pode render frutos eleitorais porque procura um ponto de concentração da sua insatisfação e ainda não sabe quanto tempo será necessário para diluir a estruturada base bolsonarista.
Entre os personagens mais relevantes da política nacional, considerando os candidatos na eleição de 2018, é o deputado *Rodrigo Maia (DEM-RJ)* que está conseguindo o melhor resultado, por enquanto na amplificação de suas mensagens no universo digital.
*Nos últimos 30 dias, a taxa de interações por post de Maia cresceu 244%. No caso de Lula, o seu percentual ficou em 23,8% contra 12% de Ciro Gomes, 44,5% para o governador Wilson Witzel e 78% para João Doria.*
*BITES - DADOS PARA DECISÕES*
Artigo, Dagoberto Godoy, ex-presidente da Fiergs - Salvar vidas e preservar a economia
Há dias, ponderei a amigos que, após as medidas drásticas necessárias para conscientizar as pessoas do enorme perigo e atenuar a velocidade do contágio, já deveríamos ter um conhecimento mais objetivo do impacto na saúde pública e uma avaliação dos danos que a paralização da economia produtiva causará. Então, uma administração ponderada da crise deveria seguir e manter algumas linhas mestras: a) centralização federal das determinações oficiais, evitando os excessos e desacertos regionais; b) priorização do aparelhamento hospitalar para tratamento intensivo, tendo em vista um temível colapso do sistema de saúde; c) conscientização e apoio às famílias e aos serviços de assistência aos idosos, para que os mantenham em quarentena rigorosa; c) retomada progressiva das atividades gerais, sem nenhum afrouxamento das práticas preventivas.
Agora, leio que epidemiologistas dos Estados Unidos, como o Dr. David Katz, da Universidade de Yale, apontam na mesma direção (brasiljournal. com). Para esse especialista, são três os objetivos fundamentais: salvar tantas vidas quanto possível; garantir que o sistema de saúde não entre em colapso; e evitar a destruição da economia. Nessa linha, ele propõe “proteger e isolar os que correm maior risco de morrer ou sofrer danos de longo prazo — isto é, os idosos, pessoas com doenças crônicas e com baixa imunidade — e tratar o resto da sociedade basicamente da mesma forma que sempre lidamos com ameaças mais familiares, como a gripe.” Vejo que ele detalha ou complementa o que vem sendo apregoado por outro renomado especialista, o deputado médico Osmar Terra.
Entretanto, é indispensável que a comunidade corresponda, à altura, o formidável trabalho dos nossos irmãos profissionais da saúde, que arriscam suas próprias vidas para protegerem as nossas . Isso requer que, não só sejam cumpridas rigorosamente as diretrizes de prevenção, como se dê a eles (e elas) um apoio concreto. Há exemplos a seguir, como o de empresários de Porto Alegre e Bento Gonçalves, entre outros, que levantam recursos financeiros para melhor aparelhar hospitais.
Só juntos, venceremos o terrível vírus
Agora, leio que epidemiologistas dos Estados Unidos, como o Dr. David Katz, da Universidade de Yale, apontam na mesma direção (brasiljournal. com). Para esse especialista, são três os objetivos fundamentais: salvar tantas vidas quanto possível; garantir que o sistema de saúde não entre em colapso; e evitar a destruição da economia. Nessa linha, ele propõe “proteger e isolar os que correm maior risco de morrer ou sofrer danos de longo prazo — isto é, os idosos, pessoas com doenças crônicas e com baixa imunidade — e tratar o resto da sociedade basicamente da mesma forma que sempre lidamos com ameaças mais familiares, como a gripe.” Vejo que ele detalha ou complementa o que vem sendo apregoado por outro renomado especialista, o deputado médico Osmar Terra.
Entretanto, é indispensável que a comunidade corresponda, à altura, o formidável trabalho dos nossos irmãos profissionais da saúde, que arriscam suas próprias vidas para protegerem as nossas . Isso requer que, não só sejam cumpridas rigorosamente as diretrizes de prevenção, como se dê a eles (e elas) um apoio concreto. Há exemplos a seguir, como o de empresários de Porto Alegre e Bento Gonçalves, entre outros, que levantam recursos financeiros para melhor aparelhar hospitais.
Só juntos, venceremos o terrível vírus
As atividades públicas e privadas essenciais, segundo o novo decreto
1) Assistência à saúde, incluídos os serviços médicos e hospitalares;
2) Assistência social e atendimento à população em estado de vulnerabilidade;
3) Atividades de segurança pública e privada, incluídas a vigilância, a guarda e a custódia de presos;
4) Atividades de defesa civil;
5) Transporte de passageiros e de cargas, observadas as normas específicas;
6) Telecomunicações e internet;
7) Serviço de call center;
8) Captação, tratamento e distribuição de água;
9) Captação e tratamento de esgoto e de lixo;
10) Geração, transmissão e distribuição de energia elétrica e de gás;
11) Iluminação pública;
12) Produção, distribuição, comercialização e entrega, realizadas presencialmente ou por meio do comércio eletrônico, de produtos de saúde, higiene, alimentos e bebidas;
13) Serviços funerários;
14) Guarda, uso e controle de substâncias radioativas, de equipamentos e de materiais nucleares;
15) Vigilância e certificações sanitárias e fitossanitárias;
16) Prevenção, controle e erradicação de pragas dos vegetais e de doença dos animais;
17) Inspeção de alimentos, de produtos e de derivados de origem animal e vegetal;
18) Vigilância agropecuária;
19) Controle e fiscalização de tráfego;
20) Compensação bancária, redes de cartões de crédito e de débito, caixas bancários eletrônicos e outros serviços não presenciais de instituições financeiras;
21) Serviços postais;
22) Serviços de imprensa e as atividades a eles relacionados, por todos os meios de comunicação e de divulgação disponíveis, incluídos a radiodifusão de sons e de imagens, a internet, os jornais, as revistas, dentre outros;
23) Serviços relacionados à tecnologia da informação e de processamento de dados "data center" para suporte de outras atividades previstas neste decreto;
24) Fiscalização tributária e aduaneira
25) Transporte de numerário;
26) Fiscalização ambiental;
27) Produção, distribuição e comercialização de combustíveis e de derivados;
28) Monitoramento de construções e de barragens que possam acarretar risco à segurança;
29) Levantamento e análise de dados geológicos com vistas à garantia da segurança coletiva, notadamente por meio de alerta de riscos naturais, de cheias e de inundações;
30) Mercado de capitais e de seguros;
31) Serviços agropecuários e veterinários e de cuidados com animais em cativeiro;
32) Atividades médico-periciais;
33) Serviços de manutenção, de reparos ou de consertos de veículos, de pneumáticos, de elevadores e de outros equipamentos essenciais ao transporte, à segurança e à saúde, bem como à produção, à industrialização e ao transporte de alimentos e de produtos de higiene; e
34) Produção, distribuição e comercialização de equipamentos, de peças e de acessórios para refrigeração, bem como os serviços de manutenção de refrigeração.
2) Assistência social e atendimento à população em estado de vulnerabilidade;
3) Atividades de segurança pública e privada, incluídas a vigilância, a guarda e a custódia de presos;
4) Atividades de defesa civil;
5) Transporte de passageiros e de cargas, observadas as normas específicas;
6) Telecomunicações e internet;
7) Serviço de call center;
8) Captação, tratamento e distribuição de água;
9) Captação e tratamento de esgoto e de lixo;
10) Geração, transmissão e distribuição de energia elétrica e de gás;
11) Iluminação pública;
12) Produção, distribuição, comercialização e entrega, realizadas presencialmente ou por meio do comércio eletrônico, de produtos de saúde, higiene, alimentos e bebidas;
13) Serviços funerários;
14) Guarda, uso e controle de substâncias radioativas, de equipamentos e de materiais nucleares;
15) Vigilância e certificações sanitárias e fitossanitárias;
16) Prevenção, controle e erradicação de pragas dos vegetais e de doença dos animais;
17) Inspeção de alimentos, de produtos e de derivados de origem animal e vegetal;
18) Vigilância agropecuária;
19) Controle e fiscalização de tráfego;
20) Compensação bancária, redes de cartões de crédito e de débito, caixas bancários eletrônicos e outros serviços não presenciais de instituições financeiras;
21) Serviços postais;
22) Serviços de imprensa e as atividades a eles relacionados, por todos os meios de comunicação e de divulgação disponíveis, incluídos a radiodifusão de sons e de imagens, a internet, os jornais, as revistas, dentre outros;
23) Serviços relacionados à tecnologia da informação e de processamento de dados "data center" para suporte de outras atividades previstas neste decreto;
24) Fiscalização tributária e aduaneira
25) Transporte de numerário;
26) Fiscalização ambiental;
27) Produção, distribuição e comercialização de combustíveis e de derivados;
28) Monitoramento de construções e de barragens que possam acarretar risco à segurança;
29) Levantamento e análise de dados geológicos com vistas à garantia da segurança coletiva, notadamente por meio de alerta de riscos naturais, de cheias e de inundações;
30) Mercado de capitais e de seguros;
31) Serviços agropecuários e veterinários e de cuidados com animais em cativeiro;
32) Atividades médico-periciais;
33) Serviços de manutenção, de reparos ou de consertos de veículos, de pneumáticos, de elevadores e de outros equipamentos essenciais ao transporte, à segurança e à saúde, bem como à produção, à industrialização e ao transporte de alimentos e de produtos de higiene; e
34) Produção, distribuição e comercialização de equipamentos, de peças e de acessórios para refrigeração, bem como os serviços de manutenção de refrigeração.
BRDE anuncia novos valores e programas para ajudar as empresas do Sul
O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE, com atuação no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, anuncia as providências adotadas para apoiar clientes e empreendedores frente à pandemia de vírus chinês.
Em nota oficial assinada pelo presidente Marcelo Haendchen Dutra e integrantes da diretoria, o BRDE informa que:
• será disponibilizado montante de cerca de R$ 1,3 bilhões, até o final de 2020, para atender às necessidades emergenciais de clientes, em especial as micro, pequenas e médias empresas e os empreendedores individuais, bem como as municipalidades;
• o BRDE trabalha em contato permanente com provedores de fundings, nacionais e internacionais, para viabilizar a postergação dos pagamentos devidos, com o objetivo de repassar essas vantagens aos seus mutuários;
• o banco negocia também, com os provedores de fundings, o aumento imediato dos limites de crédito, de forma a ampliar os recursos disponíveis para concessão de financiamentos;
• por meio da criação de um Programa Emergencial de Crédito aos micro, pequenos e médios empreendedores dos setores mais atingidos pela crise, será destinado um valor mínimo de R$ 150 milhões, direcionado aos setores de turismo, economia criativa, prestação de serviços, alimentação, entre outros;
• em conjunto com as demais instituições brasileiras de fomento reunidas em sua entidade associativa, a ABDE, o BRDE trabalha em sintonia com os governos dos três estados do Sul, Governo Federal e instituições de fomento nacionais e internacionais, na criação de alternativas de Programas Emergenciais de Mitigação dos Efeitos do Coronavírus, tanto para redução dos efeitos na Saúde Pública como das consequências negativas sobre a economia nacional;
• os recursos adicionais anunciados se somarão aos R$ 900 milhões do Programa Promove Sul, lançado pelo BRDE em 2020, com uso de recursos próprios voltados à promoção do desenvolvimento sustentável, conforme as prioridades identificadas em cada estado.
“Com tais medidas, que serão alvo de detalhamento nesta semana, buscamos atender à clara determinação dos governadores do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná para auxiliar nossos estados a vencer essa crise sem precedentes, de forma integrada, solidária e coerente”, enfatiza Luiz Corrêa Noronha, vice-presidente, diretor de Planejamento e Financeiro do BRDE.
Em nota oficial assinada pelo presidente Marcelo Haendchen Dutra e integrantes da diretoria, o BRDE informa que:
• será disponibilizado montante de cerca de R$ 1,3 bilhões, até o final de 2020, para atender às necessidades emergenciais de clientes, em especial as micro, pequenas e médias empresas e os empreendedores individuais, bem como as municipalidades;
• o BRDE trabalha em contato permanente com provedores de fundings, nacionais e internacionais, para viabilizar a postergação dos pagamentos devidos, com o objetivo de repassar essas vantagens aos seus mutuários;
• o banco negocia também, com os provedores de fundings, o aumento imediato dos limites de crédito, de forma a ampliar os recursos disponíveis para concessão de financiamentos;
• por meio da criação de um Programa Emergencial de Crédito aos micro, pequenos e médios empreendedores dos setores mais atingidos pela crise, será destinado um valor mínimo de R$ 150 milhões, direcionado aos setores de turismo, economia criativa, prestação de serviços, alimentação, entre outros;
• em conjunto com as demais instituições brasileiras de fomento reunidas em sua entidade associativa, a ABDE, o BRDE trabalha em sintonia com os governos dos três estados do Sul, Governo Federal e instituições de fomento nacionais e internacionais, na criação de alternativas de Programas Emergenciais de Mitigação dos Efeitos do Coronavírus, tanto para redução dos efeitos na Saúde Pública como das consequências negativas sobre a economia nacional;
• os recursos adicionais anunciados se somarão aos R$ 900 milhões do Programa Promove Sul, lançado pelo BRDE em 2020, com uso de recursos próprios voltados à promoção do desenvolvimento sustentável, conforme as prioridades identificadas em cada estado.
“Com tais medidas, que serão alvo de detalhamento nesta semana, buscamos atender à clara determinação dos governadores do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná para auxiliar nossos estados a vencer essa crise sem precedentes, de forma integrada, solidária e coerente”, enfatiza Luiz Corrêa Noronha, vice-presidente, diretor de Planejamento e Financeiro do BRDE.
Comportamento das empresas do RS frente à pandemia COVID-19 é apresentado em pesquisa da Amcham Poa
A Amcham Poa fez um levantamento entre os dias 16 e 18 de março, com 40 empresas do estado, de médio e grande porte, gaúchas e multinacionais com sede por aqui, para saber como estão se mobilizando na contenção da proliferação do Coronavírus.
As 15 perguntas foram enviadas às empresas com mais de 100 funcionários. O resultado reflete um pouco do comportamento atual dos empregadores que fazem nossa economia girar.
“É um cenário em evolução constante e que demanda uma liderança ativa e conectada. Percebemos que dinamismo, solidariedade e criatividade, aliada a novas tecnologias serão fundamentais para o momento que estamos passando", relata Marcelo Rodrigues, Superintendente Regional da Amcham.
Os dados informam que 100% das empresas da indústria nacional disponibilizaram álcool gel para seus funcionários. Quanto ao uso de máscaras, o número diminuiu e não atinge sua totalidade. As empresas também orientaram que seus integrantes não fizessem viagens internacionais, principalmente para áreas onde estava o centro do foco do Covid-19. Em relação aos destinos nacionais, cerca de 50% considerou viagens só em caso de emergência.
Para eventos, visitas a terceiros e reuniões na empresa, os casos que continham grande aglomeração de pessoas, foram canceladas na sua totalidade. Em relação aos demais, metade dos encontros aconteciam com número reduzido. Sobre o home office, variou entre 50% e 100% a adoção desta forma de trabalho. Empresas com mais de mil funcionários, adotaram. As entre 100 e 500 colaboradores, apenas metade dos postos de trabalho viraram home office. Sobre a quarentena, sim para quem vem de vôos do exterior, e metade dos que viajaram para outro estado no país.
Empresas multinacionais com unidades em solo gaúcho tiveram números parecidos aos da indústria nacional. Uso do álcool gel ficou em quase 100% das empresas entrevistadas, e entre 0 e 20% para o uso de máscaras. Sobre a permissão de uma viagem ao exterior, entre 80% e 100% das empresas são contra no momento. Viagens nacionais são mais permitidas, fica entre 50% e 100%, mas que sejam em caso de emergência. Sobre o home office, cerca de 80% a 100% consideraram uma boa decisão. A quarentena para quem chega de fora do país é de 100% das multinacionais entrevistadas.
Quanto ao setor de serviços, todas as empresas disponibilizam álcool gel para o seu quadro de funcionários. O uso das máscaras é reduzido, seja nas empresas gaúchas ou multinacionais. Adoção do home office foi amplamente aceito e eventos com grande aglomeração foi 100% descartadas. Viagem de um funcionário a um país estrangeiro é algo descartado.
Vale ressaltar que os dados são de diferentes setores. Desde aqueles com processos críticos de serem mantidos com suas linhas de frente de atendimento, como saúde e alimentação, até os serviços ligados à tecnologia, com maior facilidade de transformar seu funcionamento em virtual.
As 15 perguntas foram enviadas às empresas com mais de 100 funcionários. O resultado reflete um pouco do comportamento atual dos empregadores que fazem nossa economia girar.
“É um cenário em evolução constante e que demanda uma liderança ativa e conectada. Percebemos que dinamismo, solidariedade e criatividade, aliada a novas tecnologias serão fundamentais para o momento que estamos passando", relata Marcelo Rodrigues, Superintendente Regional da Amcham.
Os dados informam que 100% das empresas da indústria nacional disponibilizaram álcool gel para seus funcionários. Quanto ao uso de máscaras, o número diminuiu e não atinge sua totalidade. As empresas também orientaram que seus integrantes não fizessem viagens internacionais, principalmente para áreas onde estava o centro do foco do Covid-19. Em relação aos destinos nacionais, cerca de 50% considerou viagens só em caso de emergência.
Para eventos, visitas a terceiros e reuniões na empresa, os casos que continham grande aglomeração de pessoas, foram canceladas na sua totalidade. Em relação aos demais, metade dos encontros aconteciam com número reduzido. Sobre o home office, variou entre 50% e 100% a adoção desta forma de trabalho. Empresas com mais de mil funcionários, adotaram. As entre 100 e 500 colaboradores, apenas metade dos postos de trabalho viraram home office. Sobre a quarentena, sim para quem vem de vôos do exterior, e metade dos que viajaram para outro estado no país.
Empresas multinacionais com unidades em solo gaúcho tiveram números parecidos aos da indústria nacional. Uso do álcool gel ficou em quase 100% das empresas entrevistadas, e entre 0 e 20% para o uso de máscaras. Sobre a permissão de uma viagem ao exterior, entre 80% e 100% das empresas são contra no momento. Viagens nacionais são mais permitidas, fica entre 50% e 100%, mas que sejam em caso de emergência. Sobre o home office, cerca de 80% a 100% consideraram uma boa decisão. A quarentena para quem chega de fora do país é de 100% das multinacionais entrevistadas.
Quanto ao setor de serviços, todas as empresas disponibilizam álcool gel para o seu quadro de funcionários. O uso das máscaras é reduzido, seja nas empresas gaúchas ou multinacionais. Adoção do home office foi amplamente aceito e eventos com grande aglomeração foi 100% descartadas. Viagem de um funcionário a um país estrangeiro é algo descartado.
Vale ressaltar que os dados são de diferentes setores. Desde aqueles com processos críticos de serem mantidos com suas linhas de frente de atendimento, como saúde e alimentação, até os serviços ligados à tecnologia, com maior facilidade de transformar seu funcionamento em virtual.
Na Europa, a volta do telefone fixo e prioridades no uso da internet
Para manter a qualidade do serviço de internet, recomendações
mais duras já foram adotadas na Europa. Na Espanha, em quarentena desde 15 de
março, a Telefónica pediu para a seus clientes que priorizem o uso da internet
para quem trabalha ou estuda em casa durante o dia e chegou até a sugerir o uso
do telefone fixo.
A União Europeia também pediu a empresas de vídeos – como
Netflix, YouTube e Amazon Prime – para que reduzissem a qualidade de suas
transmissões, a fim de não sobrecarregar as redes.
A medida foi acatada pelas companhias. A Netflix, por
exemplo, vai reduzir a transmissão de dados em até 25%, conforme perceber a
demanda das redes.
Segundo a Cisco, o streaming não preocupa. As empresas já
fazem essas medidas de redução de qualidade normalmente, conforme percebem
instabilidades na rede. O mais difícil será lidar com o upstreaming, isto é,
com as pessoas transmitindo conteúdo para a rede.
Brasil bate pico de tráfego de internet
O aumento no número de pessoas que estão sem sair de casa
para trabalhar e se divertir, devido ao avanço do novo coronavírus no País,
está provocando alta no tráfego de internet nacional. Nas noites dos últimos
dias 18 e 19 de março, o País bateu recorde em volume de dados, com 10 terabits
sendo enviados por segundo (Tb/s), segundo dados do Núcleo de Informação e
Coordenação do Ponto BR (NIC.br).
Enquanto as operadoras ponderam que a capacidade das redes
não é infinita e já pedem “uso responsável” aos usuários, especialistas e
entidades do setor afirmam que o crescimento até aqui é residual e a
infraestrutura está preparada para aguentar a alta na demanda.
Giuseppe Marrara, diretor de relações governamentais da
fabricante de equipamentos para telecomunicação americana Ciscom afirma que “com
ou sem coronavírus, o tráfego de rede cresce de 20% a 30% por ano, então as
operadoras trabalham com capacidade que se antecipa à demanda de seis a doze
meses”.
Na tarde desta sexta-feira, 19, o Sinditelebrasil, que reúne
as principais operadoras do País, divulgou comunicado pedindo aos usuários “uso
responsável” das redes, evitando sobrecargas. “Os recursos de rede não são
infinitos”, disse a entidade, em comunicado enviado à imprensa.
Mais flexibilidade na cobrança em tempos de coronavírus
- Alberto Martins Neto
Seguindo o caminho trilhado por outros países, o Brasil está lançando um conjunto de medidas tributárias para auxiliar empresas que enfrentam o desaquecimento da economia provocado pelo novo coronavírus. Após o Ministério da Economia anunciar a liberação de R$ 147 bilhões para socorrer setores e cidadãos mais vulneráveis, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) ajustou seus procedimentos internos diante crise que se impõe.
O órgão obteve autorização para suspender atos de cobrança de dívidas fiscais e abrir procedimentos flexíveis de renegociação de débitos – tudo com base na MP do Contribuinte Legal. Essas medidas, publicadas esta quarta-feira (18) nas portarias n. 7.820/2020 e 7.821/2020, sustam por três meses os prazos para instauração de novos procedimentos de cobranças, encaminhamento de certidões da dívida ativa para protesto e exclusão de devedores de programas de parcelamento. Além disso, os contribuintes contarão com a suspensão de 90 dias para apresentação de defesas administrativas e de inconformidade perante a PGFN, aplicando-se aos prazos em curso no dia 16 de março deste ano ou os que se iniciarem após.
A facilitação para renegociar dívidas inclui a redução da parcela inicial para até 1% do valor integral do débito, a ser quitada em 3 meses. Envolve ainda a carência, para o último dia útil de junho de 2020, para o pagamento das demais parcelas que se enquadram na MP do Contribuinte Legal. Isso se soma a um procedimento vigente pela medida provisória: os devedores têm a opção de parcelar seus débitos em até 100 meses, com descontos que alcançam 70%.
Essas medidas já foram publicadas no Diário Oficial da União e, num primeiro momento, valerão até 25 de março de 2020, quando acaba a vigência da MP. Todos os contribuintes serão beneficiados, principalmente pessoas físicas e jurídicas enquadradas como grandes devedores, com falência decretada, em fase de liquidação ou recuperação judicial. Diante de uma crise sem precedentes, a ação pode ser um alívio para que negócios não paralisem e consigam sobreviver.
Advogado e coordenador societário, tributário e compliance do escritório Scalzilli Althaus
Seguindo o caminho trilhado por outros países, o Brasil está lançando um conjunto de medidas tributárias para auxiliar empresas que enfrentam o desaquecimento da economia provocado pelo novo coronavírus. Após o Ministério da Economia anunciar a liberação de R$ 147 bilhões para socorrer setores e cidadãos mais vulneráveis, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) ajustou seus procedimentos internos diante crise que se impõe.
O órgão obteve autorização para suspender atos de cobrança de dívidas fiscais e abrir procedimentos flexíveis de renegociação de débitos – tudo com base na MP do Contribuinte Legal. Essas medidas, publicadas esta quarta-feira (18) nas portarias n. 7.820/2020 e 7.821/2020, sustam por três meses os prazos para instauração de novos procedimentos de cobranças, encaminhamento de certidões da dívida ativa para protesto e exclusão de devedores de programas de parcelamento. Além disso, os contribuintes contarão com a suspensão de 90 dias para apresentação de defesas administrativas e de inconformidade perante a PGFN, aplicando-se aos prazos em curso no dia 16 de março deste ano ou os que se iniciarem após.
A facilitação para renegociar dívidas inclui a redução da parcela inicial para até 1% do valor integral do débito, a ser quitada em 3 meses. Envolve ainda a carência, para o último dia útil de junho de 2020, para o pagamento das demais parcelas que se enquadram na MP do Contribuinte Legal. Isso se soma a um procedimento vigente pela medida provisória: os devedores têm a opção de parcelar seus débitos em até 100 meses, com descontos que alcançam 70%.
Essas medidas já foram publicadas no Diário Oficial da União e, num primeiro momento, valerão até 25 de março de 2020, quando acaba a vigência da MP. Todos os contribuintes serão beneficiados, principalmente pessoas físicas e jurídicas enquadradas como grandes devedores, com falência decretada, em fase de liquidação ou recuperação judicial. Diante de uma crise sem precedentes, a ação pode ser um alívio para que negócios não paralisem e consigam sobreviver.
Advogado e coordenador societário, tributário e compliance do escritório Scalzilli Althaus
Olimpíada de Tóquio deverá ser adiada
As Olimpíadas de 2020 que deveria acontecer em Tóquio, no
Japão, de 24 de julho a 9 de agosto de 2020, devem ser adiadas nas próximas
semanas.
Em sua 32ª edição, os Jogos Olímpicos de Verão teriam 33
modalidades esportivas, com a expectativa de participação de mais de 11 mil
atletas, os quais representarão mais de 204 países.
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) informou, por meio de um
comunicado publicado em seu site, que defende o adiamento por um ano dos Jogos
Olímpicos de Tóquio por causa da pandemia do coronavírus.
Os jogos devem ficar para 2021.
Os jogos devem ficar para 2021.
Juiz propõe cancelar eleições e estender mandatos de prefeitos e vereadores até 2022
O juiz federal Anderson Furlan, ex-presidente da associação
paranaense da classe e diretor da Escola da Magistratura Federal, está
redigindo um texto de proposta de emenda à Constituição para cancelar as
eleições municipais deste ano e estender o mandato dos atuais prefeitos e
vereadores até 2022.
A mudança promoveria a unificação das eleições, algo
debatido há alguns anos em propostas que tramitam no Congresso com objetivo de
economizar dinheiro.
Coronavírus: Marchezan Jr. prevê mais quatro meses de confinamento
O prefeito de Porto Alegre Nelson Marchezan Jr calcula que somente
no início de agosto, já na segunda metade do inverno, é que Porto Alegre deve
retomar uma rotina próxima da normalidade.
"Prevejo quatro meses de confinamento. Posso estar errado,
mas prefiro errar dentro de uma relação de transparência com a população", disse ontem o prefeito ao jornalista Paulo Germano, da Gaucha/ZH.
Coronavírus: chega a 71 o número de casos no RS
Chegou a 71 o número de casos confirmados de Covid-19 no Rio Grande do
Sul, de acordo com balanço divulgado pela Secretaria Estadual da
Saúde (SES) na noite deste sábado.
Ao longo do dia, a pasta reportou 15 novos
pacientes, em nove cidades gaúchas.
De acordo com o boletim epidemiológico da SES, cerca de 65%
dos pacientes são do sexo masculino. A faixa etária com maior número de casos é
a dos 50 aos 69 anos. Os três principais sintomas reportados são febre, tosse e
dor de garganta.
Dos 71 casos, 42 são de Porto Alegre, que tem mais de 200
suspeitas.
Gol cancela voos para o Rio Grande do Sul
A Gol cancelou pelo menos quatro voos que partiam ou
chegavam no Rio Grande do Sul neste sábado (21).
Foram rotas entre o Aeroporto Internacional Salgado Filho,
hoje Aeroporto de Porto Alegre, e os terminais de Congonhas e Guarulhos, em São
Paulo.
O que querem os governadores
- Aporte de recursos para custeio de ações de média e alta complexidade, no valor de R$ 4,50 per capita, para financiar soluções imediatas e estruturantes na saúde pública, como atendimentos em emergências hospitalares, compra de equipamentos e kits para detecção do novo coronavírus, além da criação de novos leitos e conclusão de obras pertinentes;
- Suspensão do pagamento de dívidas dos Estados com a União, a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), pelo período de 12 meses; e abertura da possibilidade de quitação de prestações apenas no final do contrato;
- Disponibilização de linhas de crédito do BNDES para aplicação em serviços de saúde e investimentos em obras;
- Viabilização emergencial de recursos livres aos Estados para programas de auxílio econômico a empresas e indivíduos; e liberação de limites e condições para contratação de novas operações de crédito;
- Imediata aprovação do Plano Mansueto e aprovação de mudanças no Regime de Recuperação Fiscal no Congresso;
- Redução da meta de superávit primário pelo governo federal para evitar ameaça de contingenciamento;
- Pronta aplicação da lei que institui a renda básica de cidadania para amparar a população economicamente vulnerável.
- Suspensão do pagamento de dívidas dos Estados com a União, a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), pelo período de 12 meses; e abertura da possibilidade de quitação de prestações apenas no final do contrato;
- Disponibilização de linhas de crédito do BNDES para aplicação em serviços de saúde e investimentos em obras;
- Viabilização emergencial de recursos livres aos Estados para programas de auxílio econômico a empresas e indivíduos; e liberação de limites e condições para contratação de novas operações de crédito;
- Imediata aprovação do Plano Mansueto e aprovação de mudanças no Regime de Recuperação Fiscal no Congresso;
- Redução da meta de superávit primário pelo governo federal para evitar ameaça de contingenciamento;
- Pronta aplicação da lei que institui a renda básica de cidadania para amparar a população economicamente vulnerável.
Nossa angústia e o instinto da fera
Por Renato Sant'Ana
Quem não estará com o coração fragilizado? Quem, com esta maldita pandemia, não foi tomado pela angustia? É humano e até sinal de sanidade sentir tristeza nesta hora.
Por razões que não vêm ao caso, estava eu desconectado pelo dia inteiro, fato que deu causa à surpresa. Fui atraído pelos gritos e parei para entender. Imaginei hienas. Já explico.
Hienas têm instinto aperfeiçoado para identificar um animal ferido e, por conseguinte, vulnerável. Hienas são oportunistas. E tiram proveito da fragilidade de suas vítimas. E atacam! É seu jeito de sobreviver.
Fui à janela averiguar. Na noite de 18/03/2020, o Centro Histórico de Porto Alegre foi assombrado por hienas que, farejando a fragilidade emocional de toda a gente, mostraram o seu oportunismo: atacaram! Num ponto determinado, próximo do meu edifício, usando uma trombeta e batendo panelas, havia um grupo aos gritos de "Fora Bolsonaro!".
Lembrou o horrendo espetáculo da noite do dia 28/10/2018, que esta coluna registrou, quando Jair Bolsonaro foi eleito. O Centro Histórico parecia, então, como também desta vez, um hospício. Na ocasião, como agora, vozes femininas gritavam "Ele não!". Só que, naquele dia, havia uma alegria generalizada que neutralizou o desvario.
Fui para a internet. E só aí compreendi. As hienas sentiram o cheiro da nossa tristeza, da angústia, da incerteza e do medo. E, como sempre, foram oportunistas: organizaram um panelaço. Era o que faltava...
Estamos tristes. É natural. Mas haveremos de achar um sentido para o sofrimento. Faremos a dura travessia e, no final, sairemos mais fortes.
E não entregaremos a alma às hienas.
Renato Sant'Ana é Advogado e Psicólogo.
E-mail: sentinela.rs@uol.com.br
Quem não estará com o coração fragilizado? Quem, com esta maldita pandemia, não foi tomado pela angustia? É humano e até sinal de sanidade sentir tristeza nesta hora.
Por razões que não vêm ao caso, estava eu desconectado pelo dia inteiro, fato que deu causa à surpresa. Fui atraído pelos gritos e parei para entender. Imaginei hienas. Já explico.
Hienas têm instinto aperfeiçoado para identificar um animal ferido e, por conseguinte, vulnerável. Hienas são oportunistas. E tiram proveito da fragilidade de suas vítimas. E atacam! É seu jeito de sobreviver.
Fui à janela averiguar. Na noite de 18/03/2020, o Centro Histórico de Porto Alegre foi assombrado por hienas que, farejando a fragilidade emocional de toda a gente, mostraram o seu oportunismo: atacaram! Num ponto determinado, próximo do meu edifício, usando uma trombeta e batendo panelas, havia um grupo aos gritos de "Fora Bolsonaro!".
Lembrou o horrendo espetáculo da noite do dia 28/10/2018, que esta coluna registrou, quando Jair Bolsonaro foi eleito. O Centro Histórico parecia, então, como também desta vez, um hospício. Na ocasião, como agora, vozes femininas gritavam "Ele não!". Só que, naquele dia, havia uma alegria generalizada que neutralizou o desvario.
Fui para a internet. E só aí compreendi. As hienas sentiram o cheiro da nossa tristeza, da angústia, da incerteza e do medo. E, como sempre, foram oportunistas: organizaram um panelaço. Era o que faltava...
Estamos tristes. É natural. Mas haveremos de achar um sentido para o sofrimento. Faremos a dura travessia e, no final, sairemos mais fortes.
E não entregaremos a alma às hienas.
Renato Sant'Ana é Advogado e Psicólogo.
E-mail: sentinela.rs@uol.com.br
Artigo, Rodrigo Maroni, deputado estadual do RS - O que saiu debaixo do esgoto.
Hoje senti medo.
Há uma máxima que diz que todo homem sente medo uma hora
no dia e outra na noite.
A “doença” chegou perto de nós. Enquanto estava longe,
tudo bem diminuirmos o salário dos servidores públicos, sucatear a saúde
pública, aumentar as alíquotas de impostos sobre a renda dos trabalhadores,
cortarmos o bolsa-família.
Tudo bem. Está longe de mim. O que eu teria a ver com
tudo isso?
“Irei votar conforme o banda toca: sim, podemos reduzir
tudo! Muitos marajás no serviço público. O que é isso? Saúde de graça?! Não,
precisamos todos pagar”.
Os que votaram para reduzir os direitos de todos os cidadãos,
hoje, assustados com a pandemia de coronavírus, buscam soluções através de
comissões, discussões, alternativas. Os mesmos que sairão correndo se algum
eleitor pobre estiver tossindo nas proximidades de onde estão.
Eu tenho a consciência tranquila no sentido de que votei
a favor do serviço público. Isso me custou o partido e alguns cargos no
governo.
Interessante, né?
Mesmo eu tendo alertado que contra o serviço público
jamais votaria, passei a ser visto como “fora” da política governamental.
O que não se percebia é que toda a equipe Rodrigo Maroni
está lutando junto. Por diversas vezes,
expus a realidade da periferia. Andar de ônibus, escola pública, ocupações que
acabam ocorrendo nos arredores da cidade em virtude do alto custo dos aluguéis,
falta de água, como no Morro da Polícia, falta de tudo, como na Restinga.
Eu vi.
Eu sei como vivem as pessoas da periferia. Estou
deputado, não “sou” deputado.
E toda vez que olho a forma assustadora como as pessoas
estão vivendo a pandemia do coronavírus, lembro dos casos das crianças pobres
no nordeste que nasceram deficientes em virtude do zika vírus. Mais de três mil
mães hoje cuidam das crianças vítimas dessa anomalia... e pouco se fez.
A gripe espanhola, que matou muita gente, também não
serviu de aprendizado.
Seguimos empobrecendo a população.
Diminuindo emprego.
Aumentado a carga de trabalho.
Dependendo da China, onde os trabalhadores são
praticamente escravos e sequer saem para comer.
Jogando nosso lixo por onde andamos.
Desmatando.
Mas produzindo... aumentando o PIB, virando potência
econômica.
Ooo Brasil. Tu estás muito longe disso.
E além de tudo, do que valeu o liberalismo econômico, a
busca do lucro a custa de tudo, se hoje nossos familiares correm risco de vida?
Muitos têm dinheiro, mas não têm a vacina.
Mas... a GRANDE maioria sequer água tem. E se o
coronavírus realmente for um vírus tão letal, estou com medo quando chegar na
periferia.
Será um genocídio a olhos vistos e todos que estão com
muito dinheiro no bolso, de certa forma, são coautores dessa violência contra a
humanidade.
Rodrigo Maroni, deputado estadual.
Enviado do meu iPhone
As três dimensões de uma pandemia e seus impactos sobre o Brasil
As três dimensões de uma pandemia e seus impactos sobre o Brasil
o Uma forma analítica de pensar a atual crise que vivemos é separá-la em três dimensões: a clínica, a econômica e a financeira. Ainda que as três sejam interdependentes, vale o esforço analítico de segregá-las.
o A dimensão clínica é a que nós, economistas, mais temos dificuldade em prever, mas é a partir da compreensão de sua dinâmica que poderemos estabelecer as bases metodológicas para inferirmos os impactos econômicos. Enquanto não houver uma vacina ou um medicamento eficaz para tratar os pacientes, começa a aparecer um padrão de resposta dos países, iniciado na China, através do social distancing, que prevê cancelamento de eventos públicos, aglomerações, interrupções de aulas e, em alguns casos, manutenção apenas de serviços essenciais, como na Itália. Essa atitude visa postergar a propagação do vírus para que haja tempo para os sistemas de saúde conseguirem efetivamente tratar um fluxo regular, e não caótico, de pacientes da doença. Quanto mais coordenado for esse processo, menores serão as implicações econômicas.
o É a partir desse padrão, e como ele irá evoluir, que poderemos tentar inferir a dimensão econômica. Até este momento, o melhor caso de estudo é a China. Após quase um mês e meio, o país asiático tem retomado suas atividades e, em cerca de mais 5 ou 6 semanas, ao passo atual, deve voltar a produzir no mesmo ritmo de antes da paralisação. Isso começa a possibilitar estimativas inicias de impacto no PIB global caso o padrão de resposta dos países seja semelhante àquele adotado na China.
o Em nossas estimativas, o PIB global passaria de um crescimento de 3,1% no ano passado para algo entre 0,5% e 2,0%, dependendo da hipótese de intensidade da paralisação em outros lugares do mundo, configurando-se essencialmente como um choque de demanda. Na crise global de 2008, a economia desacelerou de 3,0% para -0,1% em 2009. Essas simulações requerem que não haja interrupção de cadeias essenciais de serviços e produção e que as paralisações sejam temporárias. Por isso, são estimativas bastante imprecisas a essa altura, a julgar pelas ações tardias vistas em outros países, como na Itália.
o É aqui que entra a terceira dimensão, a financeira. O impacto dessa paralisação na economia global já tem afetado de maneira importante a riqueza financeira das empresas e famílias, levando a menor consumo. Mas ela pode afetar também a receita esperada de empresas e famílias, ocasionando interrupções nos fluxos regulares de pagamentos. Essa interrupção precisa ser evitada a todo custo, sob o risco de uma piora econômica mais severa. Mas é justamente nessa dimensão que os governos podem agir mais.
o A crise de 2008 fez surgir uma série de ferramentas para que os bancos centrais e os governos possam lidar com crises dessa natureza, provendo liquidez, juros zeros, compras de ativos públicos e privados, swaps de dólares, entre tantos outros instrumentos. Os bancos globais estão hoje muito mais capitalizados e, portanto, menos alavancados do que na crise passada e mesmo as regras de Basileia podem ser parcialmente flexibilizadas como forma de se manter o crédito e o mercado de capitais funcionais, além de permitir que os bancos possam servir de intermediários à liquidez que vem sendo provida ao sistema pelos Bancos Centrais.
o Em adição, em momentos como o atual, as preocupações fiscais tornam-se secundárias em vários países, especialmente em um ambiente de juros praticamente zero e considerando que serão respostas pontuais ao choque. O aumento da dívida pública ocorrerá em muitos países e, por ser um conceito relativo – a dívida de um país sempre será comparada aos seus pares –, suas implicações também deverão ser relativizadas pelos mercados. Postergação no pagamento de impostos e isenções também deverão fazer parte do conjunto de medidas.
o E o Brasil nessa história toda? Os impactos sobre a economia serão inevitáveis. As mesmas simulações feitas para o PIB global levam a economia brasileira para uma faixa de crescimento bem menor do que a expansão de 2,0% que projetávamos. Mas há importantes atenuantes também no Brasil. O país tem reservas internacionais da ordem de US$ 380 bilhões, que inclusive se valorizaram nessa crise com o fechamento da curva de juros americanos.
o Mesmo para pensarmos em “fuga” de dólares, nossas simulações indicam que, para um PIB global que cresce 1,5% e queda de até 25% dos preços das commodities, uma taxa de câmbio de R$/US$ 5,25 torna o déficit em conta corrente brasileiro zerado no horizonte dos próximos 12 meses, a julgar pelo nível do câmbio real.
o Na ótica do passivo externo, sua vasta maioria, hoje, é composta por investimento direto (US$ 811 bilhões) e ações (US$ 376 bilhões), pouco sujeitos a uma fuga maciça em função da presença histórica das multinacionais no Brasil e do ajuste de preços que já observamos na moeda e nas bolsas. A dívida externa pública (US$ 78 bilhões) e a privada (US$ 246 bilhões) não são um problema.
o O Banco Central ainda detém mais de R$ 400 bilhões em depósitos compulsórios dos bancos que podem ser administrados em casos de falta de liquidez. O sistema financeiro brasileiro é um dos mais capitalizados do mundo.
o E, por enquanto, essa crise é desinflacionária. Nossas simulações indicam que apenas uma taxa de câmbio de R$/US$ 5,20-5,40 levaria a projeção de inflação do Banco Central (BC) para o centro da meta. Ou seja, a chance de o BC precisar subir os juros é desprezível, ainda mais com o espaço da banda de metas que serve justamente para absorver choques de primeira ordem dessa natureza. Ao contrário, há espaço para um estímulo monetário razoável por parte do Copom. Mas é fundamental que as condições financeiras sejam afrouxadas, o que inclui o movimento do câmbio e da inclinação da curva de juros. O objetivo final tem sempre que ser afrouxar as condições financeiras em seu conjunto. Para isso, a atuação conjunta entre o Tesouro e o Banco Central será fundamental.
o Por fim, no âmbito fiscal, a lei do teto dos gastos prevê exceções para situações emergenciais como essa, que devem ser administradas apenas em casos pontuais e indispensáveis, mas há flexibilidade legal para tanto. Por isso, é fundamental persistir na agenda de reformas fiscais de longo prazo, para que o país possa sair fortalecido dessa crise, com o bom senso natural de atender no curto prazo as demandas reais de saúde pública e econômica, que possam derivar dessa crise.
o Todo esse processo está evoluindo enquanto escrevemos, não é simples pensar em um desfecho, mas o momento é de serenidade, o que significa não ser negligente com os impactos, mas também não potencializar o pânico rapidamente disseminado por aquela que pode ser considerada a primeira grande pandemia das redes sociais. A experiência dos países que já passaram pelo surto da epidemia mostra que seus efeitos podem ser transitórios se bem contidos. Diante dessa perspectiva, de ferramentas de apoio à liquidez, bom senso, coordenação e cooperação das autoridades globais, é muito provável que essa crise seja transitória e que os países voltem a crescer e a produzir próximo dos níveis normais do período pré-crise dentro de algum tempo.
o Uma forma analítica de pensar a atual crise que vivemos é separá-la em três dimensões: a clínica, a econômica e a financeira. Ainda que as três sejam interdependentes, vale o esforço analítico de segregá-las.
o A dimensão clínica é a que nós, economistas, mais temos dificuldade em prever, mas é a partir da compreensão de sua dinâmica que poderemos estabelecer as bases metodológicas para inferirmos os impactos econômicos. Enquanto não houver uma vacina ou um medicamento eficaz para tratar os pacientes, começa a aparecer um padrão de resposta dos países, iniciado na China, através do social distancing, que prevê cancelamento de eventos públicos, aglomerações, interrupções de aulas e, em alguns casos, manutenção apenas de serviços essenciais, como na Itália. Essa atitude visa postergar a propagação do vírus para que haja tempo para os sistemas de saúde conseguirem efetivamente tratar um fluxo regular, e não caótico, de pacientes da doença. Quanto mais coordenado for esse processo, menores serão as implicações econômicas.
o É a partir desse padrão, e como ele irá evoluir, que poderemos tentar inferir a dimensão econômica. Até este momento, o melhor caso de estudo é a China. Após quase um mês e meio, o país asiático tem retomado suas atividades e, em cerca de mais 5 ou 6 semanas, ao passo atual, deve voltar a produzir no mesmo ritmo de antes da paralisação. Isso começa a possibilitar estimativas inicias de impacto no PIB global caso o padrão de resposta dos países seja semelhante àquele adotado na China.
o Em nossas estimativas, o PIB global passaria de um crescimento de 3,1% no ano passado para algo entre 0,5% e 2,0%, dependendo da hipótese de intensidade da paralisação em outros lugares do mundo, configurando-se essencialmente como um choque de demanda. Na crise global de 2008, a economia desacelerou de 3,0% para -0,1% em 2009. Essas simulações requerem que não haja interrupção de cadeias essenciais de serviços e produção e que as paralisações sejam temporárias. Por isso, são estimativas bastante imprecisas a essa altura, a julgar pelas ações tardias vistas em outros países, como na Itália.
o É aqui que entra a terceira dimensão, a financeira. O impacto dessa paralisação na economia global já tem afetado de maneira importante a riqueza financeira das empresas e famílias, levando a menor consumo. Mas ela pode afetar também a receita esperada de empresas e famílias, ocasionando interrupções nos fluxos regulares de pagamentos. Essa interrupção precisa ser evitada a todo custo, sob o risco de uma piora econômica mais severa. Mas é justamente nessa dimensão que os governos podem agir mais.
o A crise de 2008 fez surgir uma série de ferramentas para que os bancos centrais e os governos possam lidar com crises dessa natureza, provendo liquidez, juros zeros, compras de ativos públicos e privados, swaps de dólares, entre tantos outros instrumentos. Os bancos globais estão hoje muito mais capitalizados e, portanto, menos alavancados do que na crise passada e mesmo as regras de Basileia podem ser parcialmente flexibilizadas como forma de se manter o crédito e o mercado de capitais funcionais, além de permitir que os bancos possam servir de intermediários à liquidez que vem sendo provida ao sistema pelos Bancos Centrais.
o Em adição, em momentos como o atual, as preocupações fiscais tornam-se secundárias em vários países, especialmente em um ambiente de juros praticamente zero e considerando que serão respostas pontuais ao choque. O aumento da dívida pública ocorrerá em muitos países e, por ser um conceito relativo – a dívida de um país sempre será comparada aos seus pares –, suas implicações também deverão ser relativizadas pelos mercados. Postergação no pagamento de impostos e isenções também deverão fazer parte do conjunto de medidas.
o E o Brasil nessa história toda? Os impactos sobre a economia serão inevitáveis. As mesmas simulações feitas para o PIB global levam a economia brasileira para uma faixa de crescimento bem menor do que a expansão de 2,0% que projetávamos. Mas há importantes atenuantes também no Brasil. O país tem reservas internacionais da ordem de US$ 380 bilhões, que inclusive se valorizaram nessa crise com o fechamento da curva de juros americanos.
o Mesmo para pensarmos em “fuga” de dólares, nossas simulações indicam que, para um PIB global que cresce 1,5% e queda de até 25% dos preços das commodities, uma taxa de câmbio de R$/US$ 5,25 torna o déficit em conta corrente brasileiro zerado no horizonte dos próximos 12 meses, a julgar pelo nível do câmbio real.
o Na ótica do passivo externo, sua vasta maioria, hoje, é composta por investimento direto (US$ 811 bilhões) e ações (US$ 376 bilhões), pouco sujeitos a uma fuga maciça em função da presença histórica das multinacionais no Brasil e do ajuste de preços que já observamos na moeda e nas bolsas. A dívida externa pública (US$ 78 bilhões) e a privada (US$ 246 bilhões) não são um problema.
o O Banco Central ainda detém mais de R$ 400 bilhões em depósitos compulsórios dos bancos que podem ser administrados em casos de falta de liquidez. O sistema financeiro brasileiro é um dos mais capitalizados do mundo.
o E, por enquanto, essa crise é desinflacionária. Nossas simulações indicam que apenas uma taxa de câmbio de R$/US$ 5,20-5,40 levaria a projeção de inflação do Banco Central (BC) para o centro da meta. Ou seja, a chance de o BC precisar subir os juros é desprezível, ainda mais com o espaço da banda de metas que serve justamente para absorver choques de primeira ordem dessa natureza. Ao contrário, há espaço para um estímulo monetário razoável por parte do Copom. Mas é fundamental que as condições financeiras sejam afrouxadas, o que inclui o movimento do câmbio e da inclinação da curva de juros. O objetivo final tem sempre que ser afrouxar as condições financeiras em seu conjunto. Para isso, a atuação conjunta entre o Tesouro e o Banco Central será fundamental.
o Por fim, no âmbito fiscal, a lei do teto dos gastos prevê exceções para situações emergenciais como essa, que devem ser administradas apenas em casos pontuais e indispensáveis, mas há flexibilidade legal para tanto. Por isso, é fundamental persistir na agenda de reformas fiscais de longo prazo, para que o país possa sair fortalecido dessa crise, com o bom senso natural de atender no curto prazo as demandas reais de saúde pública e econômica, que possam derivar dessa crise.
o Todo esse processo está evoluindo enquanto escrevemos, não é simples pensar em um desfecho, mas o momento é de serenidade, o que significa não ser negligente com os impactos, mas também não potencializar o pânico rapidamente disseminado por aquela que pode ser considerada a primeira grande pandemia das redes sociais. A experiência dos países que já passaram pelo surto da epidemia mostra que seus efeitos podem ser transitórios se bem contidos. Diante dessa perspectiva, de ferramentas de apoio à liquidez, bom senso, coordenação e cooperação das autoridades globais, é muito provável que essa crise seja transitória e que os países voltem a crescer e a produzir próximo dos níveis normais do período pré-crise dentro de algum tempo.
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