Microentrevista, Ezequiel Silveira, advogado - Vamos mostrar ao mundo que existe cerceamento de defesa no Brasil

 Microentrevista, Ezequiel Silvdeira, advogado - Vamos mostrar ao mundo que existe cerceamento de defesa no Brasil

MICROENTREVISTA
Ezequeil Silveira, advogado criminalista, Brasília

Esta tarde, 16h, os advogados dos presos políticos farão inédita sustentação oral em praça pública. Por que razão ?
Porque o STF nos impede de fazer sustentação oral em julgamento presencial, obrigando-nos a gravar vídeos que sequer sabemos se serão examinados pelos ministros do STF. Vamos mostrar ao mundo que a mais Alta Corte de Justiça do Brasil cerceia a defesa dos réus e torna nulo o contraditório. Tenho 25 clientes. 

Isto não caracteriza estado de exceção ?
Julgamentos virtuais são exceções, conforme dispõe o próprio regimento interno do STF. Em questões penais, então, isto não tem o menor propósito. As defesas estão sendo cerceadas. 

É um protesto.
É protesto. Transmitiremos tudo nas redes sociais, mas na Praça dos 3 Poderes, será tudo ao vivo, com caixa de som. O mundo precisa saber o que acontece no Brasil.

As peças apresentadas esta tarde, serão as que irão para os autos ?
Depois do ato desta tarde, vamos gravar as defesas nos celulares e juntar aos processos. Depois os ministros apresentarão seus votos por escrito. Nem sabemos se nos ouvirão. Há pouco tempo, advogados chegaram a apresentar gravações as 23h59 e as 24h, um minuto depois, o ministro já apresentava seu voto.

A OAB tinha pedido julgamento presencial e isto foi negado
Sim, mas a OAB insiste e pediu audiência com o relator Alexandre de Moraes, o que poderá acontecer na quarta-feira. Vamos fazer pressão política, inclusive em manifestações com congressistas.

Em julgamentos do STF, é possível  um ministro pedir o que eles chamam de "destaque", o que obriga a retomada do julgamento em situação presencial.
Sim. Qualquer ministro poderá pedir "destaque". 



Pacote Invasão Zero

 📍 PACOTE INVASÃO ZERO


📄 PL 938/2023 - Tem como objetivo punir com mais rigor as invasões a propriedades privadas e produtivas.

Autor: Deputado federal Evair de Melo (PP-ES)

Link: https://www.camara.leg.br/propostas-legislativas/2350375 


📄 PL 1373/2023 - Impede que invasores de propriedades rurais sejam beneficiários de Programas relacionados à Reforma Agrária, regularização fundiária ou linhas de crédito voltadas ao setor. 

Autor: Deputado federal Lázaro Botelho (PP-TO)

Link: https://www.camara.leg.br/propostas-legislativas/2353243 


📄 PL 1052/2023 - Penaliza invasões de terras com suspensão ou impedimento de acesso à Programas de Reforma Agrária. 

Autora: Deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT).

Link: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2350964 


📄 PL 1198/2023 - Aumenta a pena de esbulho possessório, isto é, a ocupação de um determinado bem, através de violência, clandestinidade ou precariedade para até oito anos de detenção. 

Autor: Deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO).

Link: https://www.camara.leg.br/propostas-legislativas/2351684


📄 PL 895/2023 - Propõe a perda de benefícios de programas sociais a quem invade. 

Autor: Deputado federal Coronel Zucco (Republicanos-RS).

Link: https://www.camara.leg.br/propostas-legislativas/2350188


📄 PL 149/03 - Classifica como terrorismo atos violentos contra propriedades públicas e privadas. 

Autor: Deputado federal Alberto Fraga (PL-DF).

Link: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=104916


📄 PL 8262/2017 - Permite a ação da polícia sem a necessidade de ordem judicial para retomada de propriedades invadidas.

Autor: Deputado federal Marcel van Hattem (NOVO-RS).

Link: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2147513 

MICROENTREVISTA Deputado tenente-coronel Zucco

O senhor acredita em nova escalada de crimes no campo com fim das investigações ?

Tão logo a CPI termine, o MST promoverá uma nova onda de invasões de propriedades  Não tenho dúvidas de que isso vai acontecer. 


O que dá para fazer, visando impedir isto ?

Cabe ao setor produtivo se manter mobilizado, apoiar e pressionar o Parlamento para que as propostas de contenção sejam aprovadas em regime de urgência.


Há uma lista ?

Sim. E por isto vou entregar, esta semana, ao presidente da Câmara, Arthur Lira, uma lista de projetos que endurecem as penas contra os invasores de propriedades. 


A lista terá apoio ?

Com certeza. Batizado de "Invasão Zero", o pacote legislativo reúne propostas apoiadas pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).


Pode explicar o conteúdo dos projetos ?

Entre os projetos encaminhados, destaque para o que  veda a concessão de benefícios sociais, crédito agrícola ou nomeação para cargos públicos para quem participa de invasões. Até mesmo o impedimento em participar de programas relacionados à Reforma Agrária. Outra proposta classifica como terrorismo os atos violentos contra propriedades públicas e privadas. E também o que permite a ação da polícia sem a necessidade de ordem judicial para retomada de propriedades invadidas.


Não seria assertivo uma ação parlamentar mais assertiva e duradoura ?

Nos próximos dias também será lançada a Frente Parlamentar Invasão Zero. Formado por deputados e senadores, o colegiado terá como objetivo a fiscalização e a tomada de providências para a imediata desocupação de áreas invadidas.

STF ignora ações de urgência do Congresso e volta a definir regras do marco temporal nesta quarta-feira

Indiferente aos protestos e ao andamento de ações legislativas de urgência que ocorrem na Câmara e no Senado, o Supremo Tribunal Federal (STF) pode definir na quarta-feira (27) a tese final do julgamento que derrubou o marco temporal para demarcação de terras indígenas.

Entre os pontos que serão discutidos está a possibilidade de indenização a particulares que adquiriram terras de boa-fé e se o pagamento seria condicionado à saída dos agricultores das áreas indígenas.Neste caso, a indenização por benfeitorias e pela terra nua valeria para proprietários que receberam dos governos federal e estadual títulos de terras que deveriam ser consideradas como áreas indígenas.

Também pode ser debatida a sugestão do ministro da Corte Dias Toffoli para autorizar a exploração econômica das terras pelos indígenas. Pela proposta, mediante aprovação do Congresso e dos indígenas, a produção da lavoura e de recursos minerais, como o potássio, poderiam ser comercializados pelas comunidades.

MPF pressiona deputados para que rejeitem projeto que proíbe casamentos homoafetivos

A votação do Projeto de Lei 5.167/2009 estava na pauta do dia 19 na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados, mas foi adiada para esta quarta-feira. Pelo acordo entre as lideranças partidárias, antes de colocar o texto em votação, a comissão realizará uma audiência pública, amanhã, terça-feira (26) para debater o tema.

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), órgão do Ministério Público Federal (MPF), pediu a rejeição e o arquivamento do projeto de lei que quer proibir a união civil de pessoas do mesmo sexo no Brasil, favorecendo as pessoas que se incluem no universo LGBTQIA+.

Histórico
Em 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) equiparou as relações entre pessoas do mesmo sexo às uniões estáveis entre homens e mulheres, reconhecendo, assim, a união homoafetiva como núcleo familiar. A decisão foi tomada no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade 4277 e da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 132. Em 2013, o Conselho Nacional da Justiça (CNJ) determinou que todos os cartórios do país realizassem os casamentos homoafetivos.Caso o projeto seja aprovado pelo Congresso, as decisões do STF e do CNJ deixam de valer.

Nova fase do Desenrola começa hoje

O Desenrola, programa especial de renegociação de dívidas de consumidores, inicia a segunda etapa nesta segunda-feira e até quarta-feira (27), 709 credores participarão de leilão de descontos em um sistema desenvolvido pela B3, a bolsa de valores brasileira. Quem oferecer os maiores descontos será contemplado com recursos do Fundo de Garantia de Operações (FGO). Com R$ 8 bilhões do Orçamento da União, o fundo cobrirá eventuais calotes de quem aderir às renegociações e voltar a ficar inadimplente. Isso permite às empresas concederem abatimentos maiores no processo de renegociação.

A informação é da Agência Brasil de hoje, segunda-feira, dia 25. Leia o conteúdo completo:


O Ministério da Fazenda estima que o desconto corresponderá a pelo menos 58% das dívidas, podendo superar em muito esse valor, dependendo da atividade econômica. O credor que não conseguir recursos do FGO poderá participar do Desenrola, mas não receberá ajuda do Tesouro.


No último dia 13, a Fazenda tinha divulgado que 924 credores tinham aderido voluntariamente ao programa, mas apenas 709 fizeram o processo de atualização das dívidas e estão aptos a participar da nova fase do programa. As empresas credoras estão agrupadas em nove setores: serviços financeiros; securitizadoras; varejo; energia; telecomunicações; água e saneamento; educação; micro e pequena empresa, educação.


Destinada à Faixa 1 do programa, a segunda etapa do Desenrola pretende beneficiar até 32,5 milhões de consumidores com o nome negativado que ganham até dois salários mínimos. Em tese, só poderão ser renegociadas dívidas de até R$ 5 mil, que representam 98% dos contratos na plataforma e somam R$ 78,9 bilhões. No entanto, caso não haja adesão suficiente, o limite de débitos individuais sobe para R$ 20 mil, que somam R$ 161,3 bilhões em valores cadastrados pelos credores na plataforma.