Artigo, Marcelo Berger - Os canários do Brasil

No final dos anos 90, Hugo Chavez assumiu o controle da Venezuela. Na época, sua permanência no poder não fora contestada como deveria pelos eleitores que ainda tinham possibilidade de impedir a ascensão do futuro ditador do Orinoco. Aos poucos, com extrema habilidade e escudado nos mais sórdidos ensinamentos da escola comunista cubana, com vasta experiência em ditaduras implacáveis, Chavez foi alterando o pais institucionalmente de forma lenta e irreversível.
Estruturas de estado foram erodidas. Nomeações e expurgos espúrios se tornaram rotina. Pessoas de bem foram silenciadas ou eliminadas. Ao mesmo tempo, centenas de milhares de apoiadores do futuro ditador de forma oportunista foram cooptadas e aceitaram sua oferta de beijo da morte. Milícias foram formadas. Seguidores fanáticos foram entregando suas almas em troca de privilégios na estrutura estatal, regados naquele tempo com os recursos fartos do petróleo a cem dólares o barril.
Muitos aceitaram passivamente o cenário que se desenhava, na certeza que a recompensa imediata não representava nenhum risco, nem para o pais, quanto menos para entes queridos. Estavam mortalmente errados. A mudança foi gradual e paulatina. Mas não passou desapercebida por alguns poucos venezuelanos que antevendo que seu pais estava entrando na espiral neocomunista, travestida com tempero caribenho e bolivariano, imediatamente começaram a fazer as malas para deixar o pais, sentindo o prenuncio da catástrofe que finalmente iria engolir o pais em futuro não muito distante. Foram proféticos.
O cenário de horror, cujos primórdios agora estão perdidos em registros históricos facilmente manipuláveis, revela-se bastante familiar aos eventos que vem ocorrendo em um determinado pais ao sul do equador. As semelhanças são evidentes, especialmente em relação à corrosão moral das instituições pela corrupção, não por acaso, o estágio inicial da inexorável derrocada final se nada for feito para impedir que assim aconteça.
Enganam-se aqueles que afirmam que o movimento de abandono da Venezuela começou em 2017, com hordas de refugiados chegando em Roraima ou indo para a Colômbia em fuga desesperada. Teve inicio muito antes, ainda no alvorecer dos anos 2000, quando ainda havia oportunidade de se realizar uma mudança planejada de vida em tempo. Hoje não é mais possível. Hoje, venezuelanos cruzam a fronteira com a roupa do corpo em busca de abrigo, segurança, comida e remédios, resultado esperado e previsível após anos de implantação do mesmo neocomunismo assassino que dilacerou todos os países por onde passou. Sem nenhuma exceção. A Venezuela foi apenas mais um a sucumbir, embora longe de ser o último.
Agora se junta à lista negra de morte e destruição que inclui a ex-União Soviética, todos os países da ex-cortina de ferro, China, Vietnã, Camboja, Coréia do Norte e, claro, Cuba, a favela rediviva da ditadura castrense, talvez o retrato mais fiel e duradouro desse vírus mortal conhecido por socialismo.
Em todos esses países o processo seguiu sempre a mesma cartilha e começou sempre pela destruição dos valores morais universais inerentes a qualquer ser humano: Deus, família, liberdade são imediatamente substituídos respectivamente pelo Estado, partido e pela libertinagem. Não existe mais a pessoa. Ela agora faz parte de um coletivo ou minoria. O espirito divino presente em cada um é substituído pela religião estatal, cujos interlocutores são os comissários do partido totalitário. O respeito ao individuo, sua vida, liberdade e propriedade, é substituído pela paz dos cemitérios, pois somente nestes todos podem ser igualados à força, uma vez que cada ser humano é único e insubstituível. Quando o neocomunismo penetra organicamente as instituições o colapso passa a ser apenas uma questão de tempo, pois a terra do consenso pelas leis é substituída pela terra dos lobos onde apenas prevalece a força das armas.
Os acólitos do partido único, repletos de ressentimento e ódio pelos seus conterrâneos, recepcionam de bom grado os novos tempos, pois somente dentro da ditadura do partido único conseguem algum holofote na escuridão de sua própria incompetência e mediocridade. Não por acaso, a primeira e mais importante vitima dos comissários totalitários é justamente o livre mercado, pois este é a expressão suprema da cooperação voluntária pela excelência. Todos podem entrar em sair quando querem de uma sociedade aberta e livre, algo incompreensível para a horda de fanáticos do partido único, entidade supra-humana com poder de vida e morte sobre seus súditos.
Na sociedade aberta, onde a busca do conhecimento e da excelência pelo mérito prevalecem, os medíocres e mornos não tem nenhuma chance, visto que não são capazes de oferecer valor aos seus conterrâneos. Apenas sabem extrair riquezas, como parasitas sociais que são. Por esta única razão, regimes totalitários precisam de um estado burocrático gigantesco, pois somente assim os medíocres podem ter sua existência reconhecida, pagos a peso de ouro com os recursos extraídos daqueles que efetivamente criam riqueza. Claro que este estado insustentável de coisas não pode durar para sempre. Que o digam Cuba e Venezuela. Aliás, qualquer outro pais que segue a mesma cartilha sempre tem o mesmo fim, exatamente como a história registrou incontáveis vezes.
Muitos inocentes úteis somente percebem a gravidade da situação quando já é tarde demais. Estes, iludidos ingenuamente pelas promessas do messias totalitário tornam-se os primeiros a serem abatidos. Alguns poucos pressentem a desgraça que se avizinha, assim como os canários nas minas de carvão, e soam o alarme com antecedência. No limite, fogem enquanto podem, pois percebem que o vírus assassino se alastra como rastilho de pólvora na sociedade, tornando sua destruição inevitável.
Já viu este filme antes? Este cenário distópico parece familiar? Pois é exatamente isso que foi decidido pelos ministros em Brasília, ao instituir o “princípio Lula”. Foi celebrada uma missa negra em homenagem ao apóstata e seus seguidores, cujo evangelho está sendo pregado em todo o país, nas ruas, escolas, universidades, tribunais, tevês, rádios, jornais, revistas. Ao fim e ao cabo, a decisão tomada tornou-se um ode aos canalhas do país. “Uni-vos, pois sua blasfêmia restará impune”. No seu último e derradeiro capitulo, o pais saberá logo mais qual o caminho que pretende trilhar: suprema redenção ou supremo desastre.


Porto Alegre, uma cidade inacabada


Dias atrás, tocamos em Porto Alegre, Brasil, para um público maravilhoso, em um armazém perto do aeroporto. Ao entrar no lugar, meu coração afundou um pouco - era uma caixa semelhante a um hangar, com barras espalhadas. Eu não achei que seria bom para o som, ou confortável para o público... Mas estava errado, pelo menos em parte. O entusiasmo do público mais do que compensou qualquer deficiência do local.

O diretor musical da minha seção de percussões, Mauro Refosco, tem um amigo na cidade com um estúdio de gravação. Então, depois de desembarcar na véspera do nosso show, alguns de nós foram lá para uma sessão e, em seguida, para um churrasco brasileiro — o que significa montes de carne.

Me disseram que havia seguranças posicionados do lado de fora do estúdio. No Brasil, isso é comum. É um país parcialmente sitiado por seus próprios habitantes. Um preço da desigualdade é a perda de liberdade. Também fui aconselhado a não caminhar para um restaurante próximo à noite. Pensei: 'Passei minha vida em todos os tipos de bairros de Nova York, essa área não me parece muito perigosa'. Mas acatei o conselho (por ora).

Um grupo de cicloativistas chamado Loop entrou em contato conosco, então na manhã seguinte fomos encontrá-los para uma volta de bicicleta. Um casal que produz roupas para ciclismo e um professor de arquitetura também se juntaram. Nos levaram para uma volta na cidade, seguida de um passeio adorável ao longo do rio.

O ciclismo está pegando por aqui, apesar de ainda enfrentar alguma resistência. Em 2011, um motorista intencionalmente abriu caminho com seu carro por dentro da manifestação do grupo Massa Crítica.

Trágico e horrível — apesar de eu simpatizar com os que consideram que, às vezes, a tática do Massa Crítica de bloquear o trânsito não é a melhor forma de ganhar apoiadores.

Porto Alegre é uma cidade jovem — tem 200 anos, mas parece ainda mais jovem do que isso. Existem ciclovias! Algumas, inclusive protegidas do trânsito. Não por todo lado, mas parece haver uma malha considerável e crescente; é possível circular com bastante segurança. Passeamos por alguns parques adoráveis e passamos por um prédio enorme e singular. É o Centro Administrativo Fernando Ferrari. A construção do prédio começou em 1976. Apesar de, me disseram, ter sido logo interrompida. Eventualmente, recomeçou, mas quando isso aconteceu, os andares superiores projetados foram descartados do projeto. Finalmente abriu em 1987.

Mais adiante, passamos pelas ruínas de um sistema de transporte elevado. O inovador projeto, Aeromóvel, foi desenhado por um engenheiro local, Oskar Coester. Os veículos foram criados para se mover em uma pista elevada, com propulsão a ar, e viajando 1.010 metros em cerca de 90 segundos. E, sendo elétricos, não poluem.

O sistema foi parcialmente construído e, depois, abandonado, décadas atrás. Um veículo solitário está parado, inacessível, no meio da pista.

A tecnologia era boa. Funcionava, e as ideias do engenheiro foram adotadas na Indonésia e em outros lugares. Citei aquele velho ditado, de que o talento nem sempre é reconhecido onde é criado; meus companheiros de viagem concordaram.

Fomos então para um lindo caminho ao longo do rio. Um do nosso grupo faz ali sua rota diária para o trabalho, o que deve ser ótimo — quem não preferiria isso ao trânsito de Los Angeles ou São Paulo?

Paramos para tomar uma água de coco perto de um ponto onde há um anfiteatro gratuito a céu aberto. Ele foi construído por um discípulo de Niemeyer, o conhecido arquiteto brasileiro (mais dele e seu trabalho a seguir). Era para ter sido feito totalmente em concreto, como são os prédios de Niemeyer, mas em certo ponto aço foi usado. À distância, é imperceptível. Adorei a ideia de um teatro público e gratuito, e shows musicais ali. Se alguém imaginar as colunas amarelas como quadris — é um discípulo de Niemeyer, afinal de contas —, então a sexy protuberância ao fundo não será surpresa.

Passamos por uma enorme loja chamada BIG — o que não era exagero algum. É propriedade do Walmart, e algumas vezes vimos mercados BIG e Walmart nas mesmas estradas. Walmart foi pego subornando servidores de governos na América Latina para driblar regras comerciais e receber os melhores locais.

Uma entrada: um dos integrantes do grupo disse que seu avô costumava nadar ali sempre, seu pai às vezes, e ele e seus amigos, nunca.

Chegamos na Fundação Iberê Camargo, um museu de arte do famoso arquiteto Álvaro Siza, com um design espiral semelhante ao Guggenheim. Infelizmente, o orçamento para artes foi cortado aqui em Porto Alegre, e agora o museu está aberto apenas dois dias por semana. Em seguida, passamos pelo estádio do Internacional - visto aqui atrás de um campo com mato alto.

Há dois times em Porto Alegre - o vermelho e o azul. Originalmente, o vermelho (e branco) Internacional era identificado com os trabalhadores, o que parece óbvio, dado o nome e a cor. Hoje, quase não há distinção entre os torcedores. Internacional ganhou vários títulos nacionais e internacionais. Essa cidade vai muito além de seu tamanho no futebol - muitas vezes rivaliza com São Paulo.

Próximo ao estádio, há um complexo residencial "ilegal" — não deveria ter sido construído no morro. Mas nos anos 70 e 80, quando eles foram construídos, ou os oficiais foram subornados ou não deram atenção.

Finalmente, chegamos de volta a nosso hotel. Muito obrigado à Loop e a todos os outros, que foram tão generosos nos mostrando tudo, e parabéns pelo excelente trabalho que todos estão fazendo.

Nosso show foi incrível. Fomos embora na manhã seguinte — um terminal aeroportuário estava sendo demolido, pertinho do nosso portão."

BRDE viabilizou investimentos de R$ 4 bilhões na Região Sul em 2017


      O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE publica o seu balanço referente ao exercício de 2017 no Diário Oficial RS desta quinta-feira. Os dados demonstram que os R$ 2,2 bilhões que contratou em 5.137 operações de crédito, somados aos recursos dos empreendedores, viabilizaram investimentos de R$ 4,071 bilhões em grandes e pequenos negócios de todos os setores da economia na Região Sul. Este desempenho criou ou manteve 33.065 empregos diretos e indiretos no período.
      No Rio Grande do Sul, foram realizadas 1.177 contratações que totalizaram R$ 903 milhões. Estima-se que os empreendimentos financiados gerem 17.925 empregos diretos e indiretos.
      Diante da conjuntura de baixo crescimento da economia brasileira e do contexto político, do ponto de vista financeiro e patrimonial, o BRDE superou as dificuldades e obteve lucro de R$ 118 milhões, ante os R$ 117,6 milhões obtidos no ano anterior, e alcançou Patrimônio Líquido superior a R$ 2,5 bilhões, com R$ 17,2 bilhões de Ativo Total. O índice de inadimplência da sua carteira de crédito foi de 3,05%, enquanto que o Sistema Financeiro Nacional registrava 3,25%.
      No plano operacional, mesmo limitando a sua atuação ao âmbito regional, o BRDE se destacou no ranking nacional dos agentes repassadores de recursos do BNDES. O diretor-presidente do BRDE, Orlando Pessuti, ressalta que “o Banco foi o primeiro colocado em desembolsos nos estados do Sul, com 14,7% dos totais na região. Considerando as instituições financeiras de todo o Brasil, o BRDE foi o sexto no volume de operações de crédito indiretas contratadas com recursos do BNDES”.  O ambiente recessivo e o estreitamento dos recursos disponibilizados por seu principal fornecedor de funding, o BNDES, motivaram o recuo do valor contratado em relação a 2016 (R$ 3,008 bilhões).
      O BRDE também se destacou como o maior repassador nacional de recursos do Programa Inovacred, da Finep, que financia projetos de inovação. Chegou ao valor histórico de R$ 196,1 milhões, no Sul, o que equivale a 31,7% do total do país.
Impactos socioambientais
      Em sua política institucional de preservação de empregos e de geração de renda, em 2017 o BRDE firmou 220 operações de reestruturação de dívidas da ordem de R$ 182,1 milhões. Com isso, permitiu a continuidade do funcionamento de empresas com baixo grau de liquidez no curto prazo, mas avaliadas como viáveis no médio e no longo prazo.
      Com um quadro de 503 colaboradores, o BRDE está presente em 1.073 municípios do Sul, equivalente a 90% do total dos municípios, mantendo 35.366 clientes ativos. As operações do Banco também geraram ICMS incremental de R$ 359 milhões aos estados-controladores: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
      De um total de 4.744 clientes que realizaram operações de crédito com o Banco, 79% eram micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). O valor médio de contratação, de R$ 463 mil por cliente, demonstra o compromisso do BRDE com o fomento ao desenvolvimento econômico e social sustentável em empreendimentos de todos os portes.
Programas
      Dentre os seus programas de crédito, o destaque em 2017 foi o BRDE PCS - Produção e Consumo Sustentáveis, com R$ 482 milhões destinados a empreendimentos que contribuem para o desenvolvimento sustentável – econômico, ambiental e social.
      O Programa BRDE Municípios foi ampliado, passando a oferecer às prefeituras dos três estados da Região Sul novas modalidades de apoio, mediante linhas de crédito e assistência técnica. O programa promove o desenvolvimento institucional e a infraestrutura econômica, social e turística, urbana e rural, em municípios da região. Facilita o atendimento de demandas locais por serviços básicos e bens públicos, contribuindo para a elevação da qualidade de vida da população e para a introdução de melhores práticas de gestão e sustentabilidade.
Parcerias estratégicas
      Com a finalidade de ampliar suas fontes de recursos para garantir novos investimentos em setores produtivos dos estados do Sul, o BRDE assinou, em 2017, convênios com o Ministério do Turismo para operar com o Fundo Geral de Turismo (FUNGETUR), e com a Agência Francesa de Desenvolvimento – AFD. No caso da AFD, os recursos destinam-se a projetos voltados à produção e ao consumo sustentáveis. O contrato de financiamento no valor de € 50 milhões – cerca de R$ 200 milhões, constitui parceria inédita na história do Banco.
      No âmbito da sustentabilidade, o BRDE firmou acordo com o Ministério do Meio Ambiente e Secretarias de Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná para promover, entre os órgãos públicos, a Agenda Ambiental do Setor Público – A3P, que contempla seis eixos: racionalização do uso dos recursos naturais; destinação correta dos resíduos; licitação e compras sustentáveis; construções sustentáveis; qualidade de vida no trabalho; sensibilização e capacitação.
      Na esfera de produção cultural, o BRDE renovou o contrato com a Agência Nacional de Cinema -  ANCINE para seguir como agente financeiro do Fundo Setorial do Audiovisual – FSA por mais cinco anos. Nesse período, a previsão de repasses ao setor chega a R$ 5 bilhões.

Artigo, Marcelo Aiquel- A hipocrisia sem fim

Artigo, Marcelo Aiquel- A hipocrisia sem fim


         Não vou repetir novamente a definição de hipócrita. Já o fiz e, só “não vestiu a carapuça” quem é muito dissimulado.
         Pois, agora, vitimizados como costume (“eles” adoram se fazer de coitadinhos), a “turma da hipocrisia” mostrou que a sua falsidade não tem limites.
         Por exemplo: ontem, o Lula e a Gleice Hoffmann, ao lado dos truculentos defensores da ditadura venezuelana, resolveram – mais uma vez – posar de vítimas e denunciarem um atentado (com sinais claros de haver sido um “auto atentado”; um “teatro”) sofrido pela caravana que faz campanha política do ser mais honesto do planeta, o “perseguido”, o injustiçado duplamente condenado. Campanha esta, totalmente ilegal, afrontando a Lei Eleitoral.
         E não é que – assim, de repente – atirar ovos virou crime contra a fome.  Mas, nunca nenhum cretino achou ruim quando o alvo foi o prefeito João Dória.
         E o discurso de um líder comunista (feito em encontro das esquerdas), onde o canalha “sugeriu” a morte de cada pessoa de direita? Aí, a incitação à violência era admitida? Não soube de nenhum protesto da “narizinho” ou de seu guru Lula...
          E quando o “general” Stédile (deve ter algo aí que a teoria de Sigmund Freud explique) ameaçou pegar nas armas para defender o energúmeno? Todos (“eles”) aplaudiram, esquecendo-se da campanha do desarmamento. É muita hipocrisia....
         Falando em “eles” e “nós”, é saudável lembrar quem deu início (aqui no Brasil) nesta odiosa divisão de classes. Quem não quiser lembrar, será “ficha 1” para vestir o uniforme de hipócrita.
         Exemplos não acabam. São tantos, que faltaria espaço para nominá-los, um a um.
         Porém, esta hipocrisia galopante aparece em cada fala (ou escrito) dos bolivarianos: são sempre as mesmas palavras repetidas, dignas de uma “lavagem cerebral” perfeita.
         Uma “lavagem cerebral” que começa cedo (nas escolas ou nos acampamentos – no caso do movimento social chamado MST), e atinge muita gente com discernimento suficiente para enxergar. Se esta “lavagem” não der certo, daí se paga um sanduba de mortadela e um suco qualquer.
         Sim, porque há os hipócritas conscientes e os hipócritas comprados.
         E, nenhum deles conhece limites!


Relatório Trimestral de Inflação

A análise a seguir é da newsletter diária formatada por economistas do Bradesco:

O Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado hoje, reforçou a explicitação do plano de voo do Copom apresentada na ata de sua última reunião, divulgada na terça-feira. Assim, o documento não alterou a nossa visão de uma redução adicional da Selic em 0,25 p.p. em maio, para 6,25%, e manutenção desse patamar até o final de 2018. Essa visão está atrelada à evolução do cenário básico e do balanço de riscos conforme o esperado pela autoridade monetária. Em linha com a ata, o RTI destacou que a inflação tem sido baixa, inclusive quando avaliados os núcleos, e que tem evoluído de forma mais benigna do que o esperado neste início de ano. Ao mesmo tempo, o BC reconheceu que a atividade econômica mostra “recuperação consistente”, mas que segue operando com níveis de ociosidade elevados. As projeções de inflação no cenário que considera as projeções do Focus para câmbio e juros são de 3,8% em 2018, 4,1% em 2019 e 4,0% em 2020. No RTI de dezembro, essas mesmas projeções foram de 4,2%, 4,2% e 4,1%, nessa ordem. Todas essas projeções estão muito próximas das respectivas metas (4,5%, 4,25% e 4,0%). Para o crescimento deste ano, o Relatório manteve a projeção apresentada em dezembro, de 2,6%, mas com alteração na composição. Em particular, destaque para revisão altista da projeção de investimento, de 3,0% para 4,1% para 2018.