Por que a privatização do Banrisul é um erro


Mais importante do que a privatização em si seriam os motivos pelos quais ela seria realizada. Não há qualquer indicativo de que a eventual venda do Banrisul faça parte de uma reestruturação do Estado ou mesmo de uma convicção ideológica explicitada na campanha. Só existiria um motivo: botar dinheiro para dentro do caixa do governo.

Surge, aí, uma segunda questão. Dinheiro para quê? Pagar contas e salários. Em pouco tempo, o melhor ativo público do Rio Grande do Sul seria sugado pelo ralo das despesas correntes.

Todo esse debate já nasce meio torto e contaminado por uma lógica antiga. Ainda discutimos o tamanho do Estado, enquanto o importante é a sua eficiência. Uma máquina grande, diversificada e mal gerida não pode funcionar bem. Nesse contexto, vender a parte saudável não parece uma boa ideia, a não ser que fosse para investir em outra mais relevante e que funcionaria melhor. Não é o caso.

Defendo a liberdade de empreender e não tenho dúvidas de que o Estado se mete demais nas nossas vidas. Mas isso não me obriga a colar um rótulo na testa e defender qualquer venda de patrimônio público. Não faz sentido privatizar o Banrisul, a não ser pelo legítimo interesse no mercado, que cumpre seu papel em querer comprar algo que considera bom.

O Banrisul é um instrumento efetivo de desenvolvimento do Rio Grande do Sul, porque tem seu centro de decisões em Porto Alegre e não na Avenida Paulista. Não se trata aqui de um devaneio bairrista ou de respingos da Semana Farroupilha. Nesse mercado totalmente oligopolizado, no qual apenas três ou quatro bancos mandam na coisa toda, manter uma instituição financeira saudável e ativa fora desse esquemão é mais do que um ato de resistência. É uma questão de bom senso.


AMCHAM Arena e Agibank apresentam os 10 startups finalistas da região sul


AMCHAM Arena e Agibank apresentam os 10 startups finalistas
da região sul

Concurso de Startups promove soluções inovadoras

Em sua 3ª edição e com o objetivo de conectar startups a empresários, empreendedores e investidores, o AMCHAM Arena chega aos 10 finalistas da região sul.

O projeto, criado em Porto Alegre, no ano de 2017, ganha destaque nacional em 2019. Das 785 startups inscritas, 658 passaram para a etapa de seletivas regionais, momento em que apresentaram seus negócios para bancas avaliadoras formadas por executivos e empresários nas 15 unidades do AMCHAM Brasil, etapa essa finalizada em 16 de agosto. Agora são 10 finalistas de cada região. No RS, dentre as startups finalistas, encontram-se negócio que atuam nas áreas de agronegócio, IoT, saúde, visão computacional entre outros.

No dia 27 de setembro no teatro da Unisinos, em Porto Alegre, as 10 startups finalistas da etapa regional RS terão a oportunidade de fazer uma apresentação de cinco minutos para uma banca formada por grandes CEO’s gaúchos e uma plateia de 470 executivos. A startup vencedora irá representar o RS e participará da final no dia 17 de outubro, em São Paulo, com as demais vencedoras regionais. 

Para Marcelo Rodrigues, superintendente da AMCHAM, causa entusiasmo a maneira em que o AMCHAM Arena se tornou um centro de interesse para quem quer empreender inovando. “As grandes empresas brasileiras estão muito interessadas em criar redes de cooperação com os ambientes de inovação. Transformamos o Amcham Arena em uma plataforma de conexão dos ecossistemas de empreendedorismo de todo o Brasil e estamos entusiasmados com as possibilidades de parcerias e investimentos que a escala nacional oportuniza para as startups gaúchas.”

A premiação, conforme cada unidade regional, inclui um ano de associação à AMCHAM, imersão e pitch exclusivo com executivos do Agibank, consultoria jurídica com profissionais de Ilarraz Advogados além de 10 mil reais em exposição de marca nos eventos da AMCHAM Porto Alegre.

As 10 startups que participarão da final regional RS:
1 - Elysios Agricultura Inteligente
2 - Inbeauty Brasil
3 - O Amor é Simples
4 - Pix Force
5 - Quiper Fresh
6 - Sirros IoT
7 - ClicLaudos Teleperícias
8 - Trashin
9 - WhatsFlow
10 - Zuna


Banca julgadora da final regional da AMCHAM:

1 - Aline Eggers Bagatini- Diretora Presidente - Bebidas Fruki

2 - André Johannpeter - Vice-Presidente do Conselho de Administração da Gerdau

3 - Fernando Castro, Chief Tech & Product Officer

4 - Jeanette Lontra - Presidente do Badesul Desenvolvimento

5 - Luiz Felipe Vallandro - Pró-Reitor de Administração da Unisinos

6 - Mohamed Parrini - Superintendente Executivo do Hospital Moinhos de Vento

7 - Paulo Beck – CEO da GROW+

8 - Ricardo Felizzola - CEO do Grupo Parit

9 - Walter Lídio Nunes - Presidente do Conselho da Amcham Porto Alegre


Serviço:

O que: AMCHAM Arena

Hora: 13h às 18h

Quando: 27 de setembro

Onde: Teatro da Unisinos - Porto Alegre - Av. Dr. Nilo Peçanha, 1600

Mais informações: http://www.amcham.com.br/arena

Fone: (51)2118-3734 - mailto:arena@amchambrasil.com.br

Artigo, Gazeta do Povo - Os políticos bateram mais uma vez sua carteira


Olá Clara,

Nesta semana, o Congresso mostrou mais uma vez que está sempre pronto para legislar em causa própria. Dessa vez, para mudar as regras eleitorais com dois objetivos: bater a carteira do contribuinte e usar o dinheiro como quiserem, sem serem punidos.

Eles quase conseguiram tudo o que queriam. Foi a mobilização da sociedade que evitou o pior. Mas no apagar das luzes da última quarta-feira (18), os deputados federais conseguiram um quinhão grande do que queriam.

Primeiro, o dinheiro. O Congresso criou uma brecha para conseguir bilhões de reais a mais em 2020, valor que será decidido no orçamento e parte de R$ 1,7 bilhão.

Depois, as benesses. Foram autorizados novos usos para o fundo eleitoral (o que abre as portas para o caixa 2), anistiadas multas eleitorais e concedido mais tempo de rádio e tevê.

Tudo aprovado em votação simbólica, para não deixarem impressões digitais.

Esse é um exemplo de como você precisa ficar ligado no que acontece em Brasília. E é isso que nós aqui na Gazeta do Povo estamos oferecendo: a fiscalização imparcial do que os políticos estão fazendo. Aqui não tem perdão para caixa 2 ou para a corrupção. Não importa a cor do partido. É isso que nossos assinantes podem ler sem limites no nosso site. 

Quer saber mais sobre as artimanhas da lei eleitoral? Aí vão alguns conteúdos para você tirar suas próprias conclusões:


Vou confessar que é cansativo ver como o tempo passa e os políticos continuam iguais. Eles precisam de mais pressão para atuarem como você espera. E essa pressão só vem de quem sabe o que está acontecendo. É por isso que a liberdade de imprensa é um dos pilares da democracia. Na Gazeta do Povo, acreditamos que nossa democracia pode melhorar e que toda a sociedade é parte de um movimento capaz de fazer isso.

Temos uma equipe comprometida com essa visão democrática mantida por nossos assinantes. Aqui, não tem influência política, não há relação com governo, partidos políticos ou lobbies empresariais. Trabalhamos para nossos leitores.

Se você tem interesse em ficar bem informado e não perder nenhuma das manobras dos políticos para levar seu dinheiro, temos uma ótima oferta inicial. Fazemos um preço menor para você conhecer a Gazeta do Povo. Se não gostar, pode cancelar a qualquer momento.

Quero informação para os políticos não baterem mais minha carteira

Agradeço seu interesse em conversar conosco.

Um Abraço, Guido



MANIFESTO


Deputados são contra venda das ações do Banrisul

O Governo do Estado do Rio Grande do Sul anunciou, no dia 12 de junho, o interesse de vender ações do Banrisul. Para debater o assunto, a Comissão de Economia da Assembleia Legislativa realizou audiência pública, mas nenhum representante do Executivo compareceu ao encontro. Em 10 de setembro, o Banrisul formalizou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) oferta de 96.323.426 ações ordinárias – até o limite do controle acionário. Na manhã desta quinta-feira, 19, um comunicado oficial do Banco informou sobre o cancelamento da operação.
Diante do grave prejuízo ao patrimônio do povo gaúcho e considerando que:

1) Com a venda de pelo menos 71,4 milhões de ações ordinárias do Banco (inicialmente fora anunciado 96,3 milhões) por um preço muito baixo o governo do Estado estaria dilapidando patrimônio público, com perdas que, ao que tudo indica seriam bilionárias;

2) Ao vender patrimônio para pagar despesas correntes, o governo do Estado abriria mão de uma fonte de renda permanente que, em 2018, foi de cerca de R$ 300 milhões – valor que poderá se repetir em 2019;

3) O Executivo não deu transparência ao processo, o que não se justifica, uma vez que, após anunciado o negócio, não havia necessidade de manter em sigilo a operação financeira da venda das ações;

4) O Executivo não mandou representantes na Audiência Pública da Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e Turismo, no dia 4 de setembro, que buscava tirar dúvidas sobre a questão, ignorando a preocupação do Parlamento com relação à venda.

Ciente dos prejuízos e da irreversibilidade do dano aos cofres públicos, os deputados estaduais que abaixo subscrevem este documento, reconhecendo a decisão correta do Executivo pelo cancelamento da operação, apelam para que seja revista a estratégia da venda de ações do Banrisul.