Explicações chulas para os roubos que cometeu, avaliações constrangedoras sobre magistrados, vastas
digressões e pensamentos imperfeitos sobre a letra fria da lei, são lançados todos os dias na esfera
pública como gases tóxicos na atmosfera, replicados ao desvario por blogs sujos e até por jornais tidos como sérios, no caso Zero hora.
Você pode achar que a vulgaridade da linguagem é o menor
dos problemas do réu condenado por corrupção e lavagem de dinheiro Lula da Silva, mas há falhas muito mais graves para
efeitos de examinar o que diz e faz este vulgar líder das esquerda brasileiras, fundador e presidente de honra do PT. São conteúdos complexos e uma certa inapetência para tentar participar da vida política nacional, apena para citar o exemplo mais evidente – mas é a forma como Lula se expressa publicamente, que manifesta de forma
mais contundente seus reduzidos horizontes intelectuais e seu evidente estado permanente de mau-caratismo. A vulgaridade é um
aspecto da subjetividade que expressa não apenas um estilo de Lula, mas uma (falta) moral.
Sabemos, agora, que o episódio noivado com uma garota que ele conhece "há dezenas de anos", embora ela tenha apenas 40 anos, foi apenas o primeiro jato (perdão...) de incontinência
verbal do presidente, desdobramento natural do comportamento do líder nacional das esquerdas e do PT que,
ao contrário das apostas mais otimistas, não melhorou com a prisão de Curitiba e as
novas companhias de cadeia. Avaliações grosseiras em entrevistas impublicáveis, revelações mentirosamente constrangedoras, vastas
digressões e pensamentos imperfeitos, são lançados todos os dias na esfera
pública como gases tóxicos na atmosfera. Por menor que fosse a expectativa de
quem esperava recuperação do criminoso, o que estamos vendo (e ouvindo) desce a barra
da compostura para abismos nunca dantes atravessados.
Vulgaridade é um termo de origem latina ligado ao homem
comum, ordinário, de baixa extração social – o vulgo, como é o caso de Lula. Nos dias de hoje, a
palavra costuma estar mais associada a aspectos externos, como um vestido muito
curto ou justo, do que à origem social ou à educação. Em certo sentido, sempre
é vulgar exibir mais do que se deveria em determinado contexto – seja ambição,
dinheiro, impulsos primários ou a própria ignorância. A vulgaridade não deixa
nada para a imaginação: impõe-se.
Como vivemos em uma época que valoriza a “autenticidade”,
a vulgaridade muitas vezes é celebrada como manifestação de um espírito
genuíno - o bom índio. Concordo que não há nada mais vulgar do que tentar aparentar o que não
se é, mas ser autêntico não é um valor em si. Podemos ser autênticos
cafajestes, autênticos estúpidos, autênticos mal-intencionados.
Lula da Silva vai passar um dia, mas cada justificartiva mentirosa para explicar seus crimes e roubos, obra de ghost writers de
quinta série; cada referência escatológica, cada ofensa à inteligência dos brasileiros ou fanático seguidor que o saúda com o ridículo e patético "bom dia, presidente Lula" justificará gravada para sempre nos arquivos
históricos e na memória dos seus contemporâneos. Como a porta de um banheiro
público, nossa História foi vandalizada pela vulgaridade do lulopetismo e dos que o apoiam direta ou obliquamente. E ela nos diminui e
oprime.