Artigo, Fábio Jacques - A crise, o vácuo e a solução para as empresas.


A crise, o vácuo e a solução para as empresas.
A crise brasileira é um amargo remédio que tem feito com que as empresas despertem e descubram que a maior parte daquilo que lhes tem sido apresentado como solução para seus problemas não passa de falácias. E esta descoberta está criando um vácuo que precisa ser preenchido por alguma coisa que definitivamente apresente soluções reais para a problemática da falta de comprometimento, da improdutividade e da perda de dinheiro.
Não houve no passar dos tempos mudança suficiente nas empresas e nem nas pessoas que justificasse a infinidade de diferentes programas motivacionais e de produtividade que superlotam milhares de páginas da internet.
Desde sua invenção as empresas continuam exatamente iguais: “são entidades que tem como finalidade transformar dinheiro em mais dinheiro através de uma atividade produtiva”. Isto nunca mudou.
Por seu lado, desde que o homo sapiens existe, as pessoas continuam impelidas pelo seu instinto de sobrevivência que as torna intrinsecamente egoístas e as impele a se reunir com outras pessoas, seja em busca de proteção, seja para compartilhamento de ideias.
Praticamente tudo o que foi escrito ou desenvolvido no sentido de levar as pessoas a darem o melhor de si pelas empresas, não levou em conta estas verdades basilares, e por isso não produziu os resultados esperados.
O ser humano tem uma imensa gama de necessidades e aspirações, mas para poder satisfazê-las precisa, na maior parte das vezes, adquiri-las ou comprá-las. Alimento, abrigo, estudo, lazer, tudo custa dinheiro, e somente tendo dinheiro a pessoa poderá conquistá-los.
Como dinheiro não nasce em árvore surge a necessidade de adquiri-lo e isto somente acontece licitamente, através da loteria, cujo bilhete também precisa ser comprado e cuja probabilidade de acerto é infinitamente pequena, por herança, privilégio de poucos, pela criação de uma empresa o que exige como pré requisito uma grande capacidade empreendedora, dom que poucas pessoas possuem, ou pela conquista de um emprego.
Posso afirmar que uma pessoa jamais procurará um emprego com o intuito de ajudar uma empresa que não é dele a se desenvolver e a lucrar mais. Não conheço ninguém que aceite trabalhar sem qualquer remuneração, simplesmente pelo prazer intrínseco de trabalhar para enriquecer outras pessoas com as quais não mantenha laços afetivos ou familiares. E mesmo nos casos de laços afetivos esta contribuição pessoal somente acontecerá quando não houver necessidade de ganhar dinheiro, o que transforma o trabalho em hobby.
Assim, esperar que alguma pessoa se comprometa para com os objetivos de uma empresa que não é dele é uma das maiores falácias . A pessoa sempre vai se comprometer consigo mesma e com seus interesses.
O aumento da produtividade e da lucratividade precisa passar obrigatoriamente pela resolução desta aparente dicotomia: as empresas e as pessoas possuem seus próprios propósitos, na maior parte das vezes não coincidentes ou até mesmo conflitantes.
Mas existe um caminho para resolver estas incongruências.
As pessoas, como já dito, tem uma tendência inata de se reunir com outras pessoas em torno de ideias afins. É em razão disto que são criadas tantas associações de pessoas como família, associações de classe, clubes desportivos, entidades filantrópicas, quadrilhas ou gangues. Tudo gira em torno de ideias comuns.
A arte da produtividade consiste em criar uma ideia que as pessoas a assumam como suas, o que só vai ocorrer quando as pessoas se convencerem de que o negócio da empresa pode ser também seu próprio negócio. Aí todo o sistema se tornará apto para dar o grande salto de excelência.
As empresas precisam criar ideias que consigam amalgamar seus propósitos com os das pessoas. Enquanto isto não for conseguido, a improdutividade continuará a flagelá-las.
A estrela do momento é o Modelo GAIA - Gestão através de Ideias Atratoras.
Este modelo de gestão, por ser natural e enfocar somente os aspectos primordiais evidenciados pela interface empresa – pessoas torna tudo o mais relativo à produtividade, qualidade, liderança e comprometimento, obsoleto e desnecessário escancarando as portas para a aplicação otimizada da tecnologia, dos sistemas e dos próprios equipamentos. Quando todos quiserem as soluções se tornarão muito mais simples e eficazes.

- Fabio Jacques tem mais de 40 anos de experiência em gestão empresarial. Exerceu cargos de chefia e direção em empresas como ATH Albarus (hoje GKN do Brasil Ltda), Dana Albarus S.A., Calçados Bibi, Viação Hamburguesa e Unidasul, dentre outras. É diretor da FJacques - Gestão através de Ideias Atratoras.


Estes são os professores


. Luis Alberto Grijó - Capítulos de um golpe anunciado: a mídia empresarial brasileira

Fernando Nicollazi - A educação golpeada

Natália Pietra Mendez - As mulheres e a resistência ao golpe de 2016

Claudia Wasserman - A democracia estressada na América Latina: derrotas sucessivas

Arthur Ávila - O neoliberalismo e o golpe de 2016

Benito Schmidt - Golpe, relações de gênero e pessoas LGBTTTQ

Alfredo Gugliano - O golpe de 2016 e a desdemocratização do Brasil

Caroline Bauer - Os usos do passado e(no) golpe de 2016

Marcelo Kunrath - Movimentos sociais, contramovimentos e o golpe de 2016

Céli Pinto - A democracia estava indo longe: o golpe de 2016

Temístocles Cezar - História e memória no presente

Clarice Speranza - O trabalho golpeado

Mara Cristina de Matos Rodrigues - A BNCC e o golpe

Fraude na Câmara

O editor soube, hoje, que o servidor suspeito tentou incriminar o colega que o denunciou, enfiando drogas no carro dele, mas foi flagrado por câmeras. Na Câmara, a percepção é de que a fraude é muito maior.

O Departamento de Polícia Legislativa da Câmara e o Ministério Público Federal investigam um servidor da Câmara suspeito de ter desviado pelo menos R$ 5 milhões da Previdência dos deputados. De acordo com a assessoria de imprensa da Câmara, Leandro Cezar Vicentim foi afastado da função após as suspeitas e antigos colegas dizem que ele deixou o País.

O esquema, segundo a investigação, funcionava por meio de uma empresa aberta pelo funcionário com o mesmo nome do Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC). O servidor recolhia a contribuição dos parlamentares, que eram pagas em boleto bancário, mas o destino era uma conta da empresa, em vez de recolhido para o fundo previdenciário.

Os primeiros indícios de irregularidade surgiram em dezembro, quando o servidor estava em férias. Um funcionário abriu um envelope endereçado a Vicentim acreditando se tratar de algum assunto relacionado ao plano dos parlamentares. Ao abrir o documento, porém, se deparou com recibos no nome da empresa particular de nome PSSC.

Em 2 de fevereiro, Vicentim foi afastado e foi aberto um processo administrativo disciplinar, além de um inquérito policial, contra o funcionário. Na mesma época, a Secretaria de Controle Interno iniciou auditoria nas contas do plano parlamentar e suspeita que o rombo pode ser maior do que o previsto inicialmente.

Vicentim é servidor de carreira há cinco anos. Segundo funcionários da Casa, ele dominava todo o sistema de Previdência dos deputados.