Sondagem da FIERGS revela perspectiva negativa para próximos meses

Produção da indústria cresce em abril no RS, mas enchentes de maio tornam expectativa pessimista


Porto Alegre, 31 de maio de 2024 - A Sondagem Industrial do RS, divulgada nesta sexta-feira (31) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), traz duas informações que se opõem em relação à situação atual e as perspectivas para os próximos meses. Se por um lado a produção do setor industrial teve bom desempenho e cresceu em abril, alcançando 52 pontos, por outro o cenário positivo não deve permanecer, pois as expectativas dos empresários com relação à demanda, diante da calamidade climática, voltaram ao terreno negativo. “É claro que a situação de calamidade no Estado irá interferir de forma negativa no curto, médio e longo prazos. Ainda não sabemos quanto tempo precisaremos para nos recuperar e reerguer, algumas indústrias perderam tudo”, afirma o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry. A pesquisa foi realizada entre 2 e 16 de maio, no período que as enchentes se intensificaram, com 161 empresas, sendo 33 pequenas, 60 médias e 68 grandes.



Acima dos 50 pontos em abril, antes da crise que atingiu o Estado, o índice de produção representou aumento em relação a março. Foi o terceiro avanço consecutivo, fato que não ocorria desde agosto de 2022, e bem acima da média histórica de 45,5 registradas em abril. Vale destacar que o efeito calendário pode ter influenciado os resultados do mês: abril de 2024 contou com 22 dias úteis, dois a mais do que março e quatro a mais em relação a abril do ano passado. O desempenho positivo da produção não impediu, porém, que houvesse uma ligeira redução de postos de trabalho na passagem de março para abril, após dois meses de expansão. Mas o índice de emprego, em 49,6 pontos no quarto mês do ano, mostrou que a contração foi menos intensa que a esperada pela média histórica do mês (47,8). Valores abaixo de 50 pontos indicam queda do emprego frente ao mês anterior. 


O aumento da produção em abril foi acompanhado também da elevação da utilização da capacidade instalada (UCI), cujo nível no mês passado subiu para 71%, um ponto percentual a mais do que o anterior e 1,8 ponto percentual acima da média histórica do mês (69,2%). O índice de UCI em relação à usual, atingiu 44,2 pontos em abril, revelando, abaixo de 50 pontos, que os empresários consideraram o nível de UCI menor que o normal para o mês.


Já os estoques de produtos finais cresceram pelo terceiro mês consecutivo e continuaram pouco acima do desejado pelas empresas em abril, conforme demonstrado, respectivamente, pelo índice de evolução mensal, em 51,9 pontos, e pelo índice de estoques em relação ao planejado, em 51,6,  ambos acima da marca dos 50 pontos. Valores superiores a 50 indicam estoques além do planejado. 


PERSPECTIVAS - Apesar do quadro favorável descrito pelos empresários para a atividade industrial no mês de abril, todos os índices de expectativas para os próximos seis meses caíram abaixo de 50 pontos na pesquisa realizada em maio, em virtude das fortes enchentes. As perspectivas dos empresários para a demanda passaram de crescimento em abril (54,7 pontos) para queda em maio (49,2), o mesmo ocorrendo com as exportações (de 50,3 para 48,2 pontos) e com as compras de matérias-primas (de 52,2 para 47,9). Acima de 50 pontos denotam perspectivas de aumento e, abaixo, de redução.


Para o emprego, as expectativas, que já vinham negativas em abril (49,5 pontos), pioraram, caindo para 46,3 pontos. O retorno do pessimismo ao setor foi acompanhado pelo índice de intenção de investir da indústria gaúcha: recuou de 52,5, em abril, para 50,3 pontos, em maio, ficando abaixo da média histórica de 51,4. Quanto maior o valor, maior e mais disseminada é a disposição de investir entre as empresas. Em maio, 52,2% estão dispostas a realizar investimentos nos seis meses seguintes, uma queda em relação a abril (eram 55,7% no mês anterior).


Acompanhe a pesquisa completa no Observatório da Indústria da FIERGS: https://observatoriodaindustriars.org.br/inteligencia-areas/sondagem-industrial/.

Dica do editor - As 9h, prefeito Melo lançaraá plataforma "Reconstruir Porto Alegre"

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, lançará, nesta sexta-feira,  o plano de ação Porto Alegre Forte e a plataforma Reconstruir Porto Alegre. A apresentação e coletiva de imprensa estão marcadas para as 9h, no Instituto Ling, na rua João Caetano, 440, bairro Três Figueiras. A iniciativa Reconstruir mapeou equipamentos públicos danificados pelas enchentes e que precisam de reforma. O plano de ação Porto Alegre Forte foi realizado com apoio da consultoria Alvarez & Marsal.

Juri condena Trump. Pena ainda será imposta, mas ele poderá pegar 134 anos de cadeia.

A foto é simulação.

Os 12 jurados do Tribunal de Nova York condenaram, ontem, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump por falsificar registros comerciais. O juiz do caso, disse que o juiz Juan Merchan é corrupto e produziu uma fraude. Trump poderá pegar 134 anos de cadeia a 4 dias da convenção republicana, dia 15 de julho. Ele poderá recorrer e até obter liberdade condicional.

O republicano foi considerado culpado nas 34 acusações apresentadas contra ele, que envolvem o encobrimento de um pagamento feito à atriz pornô Stormy Daniels durante a campanha eleitoral que o levou à Presidência em 2016 para que ela não divulgasse um caso extraconjugal entre os 2.

Com isso, Trump se tornou o 1º presidente na história dos EUA a ser condenado por um crime.


Análise, Marcus Gravina - Trump pode ser eleito mesmo preso. E governará de dentro da cadeia ?

Donald Trump foi condenado à prisão pelo júri e o juiz do feito irá fixar a pena a ser cumprida.

A lei de lá não exige "ficha limpa" para concorrer,  em novembro, a presidente dos EUA, mesmo que tenha sido condenado e esteja preso.

Se forem confirmadas as pesquisas, que lhe são favoráveis, será eleito e proclamado vencedor. Daí haverá um fato inédito. 

De onde governará? Do presídio?

Assinar o próprio indulto é impossível. Até hoje o indulto  cabe a terceiros. Não poderá decretar a sua liberdade.

Restará a ser resolvido um caso inusitavel, sem precedente.

No entanto se vier a ser eleito presidente - diante do pleno conhecimento público do processo instaurado contra ele, se estará frente a um impasse a ser desvendado.

A eleição irá criar um direito constitucional de indiscutível hierarquia, face ao peso da escolha da maioria dos cidadãos daquele país, baluarte do Estado Democrático de Direito, com toda a garantia constitucional conferida ao povo,  em sua maior manifestação política, o voto. 

A próxima eleição terá o efeito plebiscitário: cumprir ou não a penalidade de um insignificante número de pessoas influenciáveis ou a decisão de milhões de eleitores.

Cabe aos juristas americanos  encontrarem uma resposta:  o quê vale mais o voto de quem escreveu a Constituição dos EUA,  ou decisão do judiciário?

Diferentemente, do art.II, Seção 4 da Constituição dos EUA  os supostos crimes não foram cometidos durante o mandato mas, antes da eleição. 

"O Presidente, o Vice-Presidente e todos os funcionários civis dos Estados Unidos serão afastados de suas funções quando indiciados e condenados por traição, ou crimes graves."

Aqui no Brasil o candidato foi tirado do presídio onde esteve condenado em três instâncias do judiciário para ser nomeado, depois de um suspeito processo eleitoral,  presidente da República.

Cheias

 Rui Costa disse que quer que o governador Eduardo Leite assuma a gestão de um sistema integrado de prevenção a desastres e proteção contra enchentes, inclusive de serviços municipais já existentes, como é o caso do Dmae, Porto Alegre. Ele prometeu que o Tesouro Nacional financiará as ações.

Trata-se de uma ação de longo prazo e o ministro nem disse se Leite e os prefeitos concordam e de onde sairá todo o dinheiro, mas a proposta é mais do que excelente, já que todo mundo bateu cabeça nestas últimas cheias verificadas no Estado.

O governo federal nomeado anunciou, nesta quarta-feira, que vai priorizar a contratação e a execução de projetos de infraestrutura no Rio Grande do Sul que possam modernizar, requalificar e atualizar os sistemas de proteção já existentes contra as enchentes. A declaração foi dada em entrevista coletiva, em Porto Alegre, pelo ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Rui Costa, ao lado de outros ministros de Estado que compõem a comitiva federal que visita o estado nesta semana.

O governador Eduardo Leite e o prefeito Sebastião Melo estavam presentes.

pesquisa

Vale a pena examinar a extensa e robusta pesquisa de opinião pública que o Instituto Methodus acaba de fazer em Porto Alegre, ainda no fragor desta tragédia das águas, portanto quando os nervos dos entrevistados estão à flor da pele.

Acho que vale, mas é evidente que será preciso que as águas baixem totalmente para aferir com rigor o que sentem os 1,5 milhão de habitantes do município, embora, na minha avaliação, os resultados não devam ser muito diferentes daqueles que são apresentados agora. 

Quem mais apanha ?

O prefeito Sebastião Melo, o governador Eduardo Leite e o governo federal nomeado de Lula da Silva. 

É na base de 7 a 8 de cada 10 porto-alegrenses lacrando para valer o trio.

Os voluntários são os grandes heróis para os 1,5 milhão de porto-alegrenses, com aprovação de 99%.

Quase 100%.

É uma aprovação altíssima e revela o reconhecimento e a estima pelos voluntários anônimos ou conhecidos - normalmente pessoas comuns na sua imensa maioria.

Este altíssimo nível de aprovação, corrobora claramente as críticas ferozes que os porto-alegrenses e até os 2,3 milhões de gaúchos afetados em 460 dos 497 municípios, fazem aos Poderes da República, que não realizaram as obras e serviços de contenção das cheias, não se anteciparam, erraram feio na gestão da crise e mostraram-se incapazes na verdadeira acepção da palavra.

O governo federal nomeado de Lula da Silva, embora muito mal avaliado, até escapa pouco melhor do que a prefeitura e o governo estadual, mas os mais preparados dos seus membros para intervir nas tragédias nacionais, os militares, por pouco não levam nota zero dos porto-alegrenses.

Não é má vontade.

O Exército, principalmente o Exército, fez e continua fazendo fiascos - um atrás do outro.

É uma vergonha.

É por isto que vai ganhando cada vez mais força a  consigna que demonstra a percepção do povo gaúcho, que é a de que o povo é que salva o povo e não os seus representantes, que entraram tarde e entraram mal.

E que continuam batendo cabeça até hoje, a um ponto tal que sequer conseguem se acertar sobre o verdadeiro nível do Lago Guaíba, como mostrei no meu blog www.polibiobraga.com.br

Claro que o prefeito Melo vai pagando o pato por duas ordens de situações diferentes, uma das quais sobre a qual ele teve oportunidade de intervir, mas outra sobre a qual ele não teve possibilidade alguma de intervir.

A primeira, sobre a qual ele poderia intervir e não o fez, foi a de fiscalizar, ampliar e tornar 100% operacionais os sistemas de contenção de cheias e de abastecimento de água.

Foram e são falhas inaceitáveis, ainda que ele tenha recebido uma herança maldita, como demonstro no meu livro "Herança Maldita - os 16 anos do PT em Porto Alegre".

A segunda é evidentemente o tamanho da tragédia das águas, que se revelou muito acima de qualquer capacidade de previsão e de enfrentamento rápido e eficaz.

De qualquer modo, no balanço de tudo isto, no day after, é que será possível medir melhor qual o desdobramento que esta tragédia das águas resultará nos campos político e eleitoral, mas aparentemente todos os que ocupam cargos de mando no município, no estado e no País, responderão pelo que fizeram ou deixaram de fazer.



Porto-alegrenses aprovam atuação de voluntários, bombeiros e brigadianos, diz pesquisa inédita

 Porto-alegrenses aprovam atuação de voluntários, bombeiros e brigadianos, diz pesquisa inédita

 

Levantamento exclusivo do Instituto Methodus, em parceria com a Ulbra TV e a rádio Mix FM 107.1, revela também que 80% das pessoas ouvidas estão insatisfeitas com os governos municipal e estadual. Governo federal tem desaprovação de 74%

 

Uma pesquisa inédita revela as opiniões dos moradores de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, sobre o impacto das enchentes do mês de maio deste ano. No levantamento exclusivo feito pelo Instituto Methodus, em parceria com a Ulbra TV e a rádio Mix 107.1 FM, 99% os porto-alegrenses disseram estar muito satisfeitos com o trabalho dos voluntários. A aprovação ao atendimento nas enchentes também é alta, acima de 50%, para os Bombeiros (69%) e a Brigada Militar (56%). Em seguida, com 38%, vem o Exército.


Já a atuação dos governos municipal e estadual tem a desaprovação de 80% das pessoas ouvidas, que se disseram estar insatisfeitas ou pouco satisfeitas com os trabalhos coordenados pela Prefeitura da Capital e pelo governo gaúcho. O governo federal também em uma grande desaprovação, de 74%.

 

Segundo a pesquisa Methodus/UlbraTV/MixFM divulgada nesta terça-feira, 28, no programa Poder RS, 39% das pessoas se dizem muito afetadas pela enchente em Porto Alegre, 17% foram pouco afetadas e 44% não foram atingidas. O levantamento ainda mostra que 60% dos porto-alegrenses tiveram a sua rotina de vida muito afetada pelas enchentes; 21% foram pouco atingidas e 19% nada afetadas.



Quando questionados a respeito do principal impacto sentido em suas vidas nos últimos dias, 47% responderam ter a sua vida cotidiana afetada. Foram citados o desabastecimento de água potável, dificuldade de transporte público e de locomoção na cidade, alagamento do local de trabalho, entre outros itens. Em segundo lugar, vem o impacto econômico e financeiro, citado por 28% das pessoas ouvidas. Na sequência, aparecem os impactos psicológicos e emocionais, com 16%; acima de moradia e segurança, mencionada por 7% dos pesquisados. Por fim, 2% comentaram impactos sociais e comunitários.


INSEGURANÇA COM O FUTURO

Entre os participantes da pesquisa, 86% responderam estar inseguros ou pouco seguros com a atuação do governo municipal no processo de normalidade após os alagamentos, 82% estão inseguros ou pouco seguros com o fornecimento de água potável. O levantamento revela que 70% estão inseguros ou pouco seguros com a manutenção da sua fonte de renda, 61% em cumprir seus compromissos financeiros e 56% estão com medo de perder o emprego e não conseguir outro trabalho. O temor com o futuro profissional alcança 54% das pessoas ouvidas, mesmo índice de quem diz estar inseguro ou pouco seguro coma segurança do seu bairro contra as enchentes. Do outro lado, 48% estão muito seguros com o fornecimento de energia elétrica.

 

Sobre o sentimento com a vida em Porto Alegre, 50% disseram estar preocupados com o futuro, que parece difícil e incerto. Mas 47% se consideram otimistas em relação ao futuro, acreditando que as coisas irão melhorar. Apenas 4% afirmaram estar completamente sem esperança.

 

O levantamento ainda apurou que 91% dos moradores de Porto Alegre darão mais atenção a questões ambientais depois da maior tragédia climática do Rio Grande do Sul. Outros 70% estão se sentindo tristes e abatidos nas últimas semanas pós-enchentes e 64% têm a sensação de que a sua vida parou neste período. Entre os pesquisados, 41% dos moradores de Porto Alegre não tem esperança de que a vida volte ao normal tão cedo.

 

A pesquisa Methodus/UlbraTV/MixFM foi feita entre os dias 15 e 24 de maio. Ao todo, 400 moradores de Porto Alegre foram entrevistados. A margem de erro é de 5 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

O pai de Moraes

 O ministro do STF Alexandre de Moraes veio ao mundo numa sexta-feira, 13 de dezembro de 1968. O dia em que o AI-5 foi promulgado.


As manchetes dos jornais matutinos noticiavam com surpresa o fato de a Câmara dos Deputados ter rejeitado a autorização para que o Supremo Tribunal Federal processasse o deputado Márcio Moreira Alves. A maioria dos parlamentares se opôs à permissão, o que significa que o STF não poderia levar adiante as acusações contra o parlamentar.


A queda-de-braço tivera início três meses antes, depois que Moreira Alves fez declarações contundentes contra o regime militar. “Creio haver chegado, após os acontecimentos de Brasília, o grande momento da união pela democracia”, disse ele, que pedia um boicote aos militares e prosseguia: “Enquanto não se pronunciarem os silenciosos, todo e qualquer contato entre civis e militares deve cessar, porque só assim conseguiremos fazer com que este país volte à democracia.”


Sem a autorização ou “licença”, Moreira Alves não poderia ser responsabilizado. As repercussões políticas eram graves: por causa disso, o presidente Costa e Silva colocou as tropas do Exército de prontidão.


"Votei pela licença na presunção de optar por um mal menor. A atitude da Câmara, porém, foi corajosa, porque a maioria dos deputados assumiu o risco conscientemente", elogiou o deputado Clóvis Stenzel ao jornal O Estado de S. Paulo.


No mesmo dia 13, o Executivo decidiria por uma das maiores violações dos direitos políticos praticada na história do país: o Ato Institucional número 5. Em nome da" ordem democrática" e com base "na liberdade" e no "respeito à dignidade humana", o presidente fechava o Congresso Nacional e suspendia direitos básicos, como o habeas corpus.


A coincidência de datas talvez seja insignificante. Mas, como jurista e professor de Direito, Moraes certamente estudou com detalhes os acontecimentos daquele 13 de dezembro. Talvez ela tenha percebido que parte das pessoas está disposta a aceitar muita coisa em nome da democracia e da liberdade — até mesmo a dilapidação da democracia e da liberdade.


Jurista precoce, autor respeitado

O jurista Alexandre de Moraes não aceitaria que o político Alexandre de Moraes se tornasse o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.


Em sua tese de doutorado, defendida em 2000, ele escreveu que o presidente da República não deveria ter o poder de indicar para a Suprema Corte alguém que tenha ocupado cargo de confiança em sua gestão. Mas foi exatamente assim que Moraes chegou ao STF: alçado por Michel Temer de ministro da Justiça a integrante da corte. Sem escalas.


Esta é uma das muitas contradições na trajetória do ministro que, tendo sido aluno exemplar, promotor implacável e político hábil, em pouco tempo se tornou o protagonista do Supremo Tribunal Federal.


De estudante de Direito a político a promotor de justiça a ministro do STF a (dizem alguns) “imperador absoluto” do Brasil, o paulistano Alexandre de Moraes já fez muito em seus 54 anos de vida.


Tanto que é fácil esquecer como, há apenas seis anos, ele era a esperança de um nome mais conservador para o STF, motivo pelo qual foi duramente atacado por figuras da esquerda.


A vida pública de Moraes tem suas raízes na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, a mais tradicional instituição de ensino superior brasileira. Alexandre de Moraes formou-se lá, na turma de 1990, e ainda hoje é tratado como o grande destaque da classe que também formou advogados e professores influentes.


Ele foi considerado um jurista precoce. Já em 1997, Moraes lançou a primeira edição de um livro que o tornaria conhecido entre alunos de graduação país afora: Direito Constitucional, hoje com mais de 30 edições, apresenta de forma objetiva os dispositivos constitucionais. Ele tinha apenas 29 anos quando a obra foi publicada.


Em 2000, Moraes obteve o título de doutor também pela USP, orientado pelo jurista Dalmo de Abreu Dallari — tão conhecido por sua obra acadêmica respeitada quanto por sua militância a favor do Partido dos Trabalhadores.


A tese de doutorado recebeu o título de “Teoria geral do direito constitucional administrativo — perfil constitucional da administração pública.” Nela, o futuro ministro do Supremo Tribunal Federal faz uma sugestão curiosa: ele propõe que figuras com vínculo com o governo não possam ser indicadas ao STF — como ele, então ministro da Justiça, acabaria sendo 17 anos depois. “É vedado para o cargo de Ministro do STF o acesso daqueles que estiverem no exercício ou tenham exercido cargo de confiança no Poder Executivo [...] durante o mandato do Presidente da República em exercício no momento da escolha, de maneira a evitar-se demonstração de gratidão política ou compromissos que comprometam a independência da nossa Corte Constitucional”, escreveu Moraes, em suas recomendações.


O antigo Moraes também se opunha à usurpação de prerrogativas pelo Poder Judiciário. Em entrevista dada em 2008 ao site Conjur, ele afirmou que uma intervenção excessiva da Justiça sobre os outros poderes levaria a uma crise de legitimidade. “O Judiciário, por meio do Supremo Tribunal Federal, fica responsável por interpretar a Constituição. Pode extrapolar de vez em quando mas, se isso acontecer sempre, vai haver uma guerrilha institucional. Se o Judiciário começar a interferir muito nos outros dois Poderes, estes passam a não cumprir mais as decisões judiciais e o Judiciário perde sua legitimidade.”


O promotor do “frangogate”

Um ano depois de se formar, Moraes passou em primeiro lugar no concurso para promotor de Justiça do Estado de São Paulo.


Olhando em retrospectiva, a escolha pelo Ministério Público em vez da advocacia ou a magistratura talvez fosse um indicativo do perfil de alguém que prefere acusar em vez de defender. Há quem diga que Direito Constitucional, ainda hoje muito usado em cursos de graduação, dá relativamente pouco espaço a opiniões divergentes; Moraes apresenta suas ideias com eloquência, mas sem se preocupar em contemplar visões alternativas.


Em 1996, Moraes se envolveu no primeiro caso de grande repercussão na carreira. Ele e outros promotores pediram à Justiça a cassação do mandato do então prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, por improbidade administrativa. Quando o juiz negou o pedido, Moraes não fez questão de esconder sua contrariedade. “A decisão é absurda e foi totalmente equivocada. A rapidez com que o juiz despachou causa muita estranheza”, ele insinuou ao jornal O Estado de S. Paulo.


Como promotor, Moraes aparecia nos jornais com frequência. Em 1999, por exemplo, ele abriu dois inquéritos contra fabricantes de cigarros. Um pedia o fim de propagandas que associassem o fumo a profissionais bem-sucedidos e a praticantes de esportes. O outro pedia uma indenização à Philip Morris e à Souza Cruz por não terem informado os clientes a respeito dos riscos oferecidos pelo cigarro.


Durante seu tempo na promotoria, ele também se envolveu em uma controvérsia. Em 1997, aos 29 anos de idade, Moraes convocou uma coletiva de imprensa para anunciar uma denúncia contra o prefeito Paulo Maluf. Moraes afirmou que a gestão do então prefeito havia comprado frangos superfaturados, e pior: de empresas ligadas a sua família.


O advogado Ênnio Bastos de Barros criticou Moraes: “Ele não guarda o necessário comedimento”, disse o defensor de Maluf. Na época, a insinuação era que Moraes teria agido politicamente para favorecer o PSDB ao lançar uma operação contra Paulo Maluf, possível adversário dos tucanos na disputa pelo governo estadual.


Maluf foi inicialmente condenado a ressarcir os cofres públicos em R$ 21,7 mil, além de ter os direitos políticos suspensos por cinco anos. Mas recorreu e saiu vitorioso. "Há um grande abismo entre suspeitar de algo e perpetrar a condenação pretendida. Há a necessidade de provas mais robustas de fraude ou da existência de medidas tomadas sem a menor justificativa", afirmou o desembargador Nogueira Diefenthaler, ao dar razão a Maluf.


Embora o caso propriamente dito seja prosaico (especialmente quando se leva em conta as outras denúncias que surgiriam contra Maluf), o episódio alimentou a suspeita, até hoje sem provas, de que Moraes estivesse tentando tirar Maluf da disputa pelo governo de São Paulo em 1998 — o que favoreceria o tucano Mário Covas.


O salto para a política pelas mãos de Alckmin

Moraes continuaria sendo promotor de Justiça até 2002, quando deixou o cargo para se tornar Secretário de Justiça do governo de São Paulo, na gestão de Geraldo Alckmin. O time também tinha Gabriel Chalita na Educação, Eduardo Guardia na Fazenda e Cláudia Costin na Cultura. Entre 2004 e 2005, Moraes acumulou o cargo com o comando da Febem. A acusação contra Maluf continuava sendo o ponto de maior destaque na sua carreira até ali. “Promotor do Frangogate assume a Justiça em SP”, noticiou o Diário do Grande ABC quando o futuro ministro do STF tomou posse.


Moraes não era o primeiro nome da lista para o cargo de secretário. Alckmin queria indicar Cláudio Lembo, professor de Direito reitor do Mackenzie. Mas uma reação de entidades de defesa dos direitos humanos contra Lembo, associado ao "retrocesso" por seu histórico no PFL.


No ano seguinte, Moraes também se filiaria ao PFL, a convite do mesmo Cláudio Lembo — uma figura peculiar que, sendo membro de um partido à direita, se notabilizou por defender bandeiras de esquerda. Moraes se aproximou de Lembo quando este era reitor do Mackenzie e Alexandre era professor. Ambos tinham em comum a passagem pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco.


Em 2005, indagado se existia uma contradição entre ser membro do PFL e atuar na defesa dos direitos humanos, Moraes respondeu assim: “Os ideais do liberalismo na área jurídica são ideais que não conflitam absolutamente em nada com essa postura. Se nós formos pegar historicamente quem sempre defendeu garantias individuais, princípios de defesa do ser humano, as liberdades públicas foram os liberais.” Ele prosseguiu: “Nos Estados Unidos, o partido menos conservador, mais ligado ao liberalismo é exatamente o partido democrata, que tem as grandes bandeiras liberais”, disse ele, demonstrando não entender tão bem de política americana. A declaração foi dada no programa Roda Viva, da TV Cultura. Moraes já estava plenamente integrado aos holofotes da política, e parecia confortável nessa posição. Quem o ouvia falar podia identificá-lo como um centrista.


Como secretário, Moraes teve embates com Saulo de Castro Abreu Filho, responsável pela pasta da Segurança Pública. Linha-dura, Abreu Filho se irritava com a preocupação (a seu ver, excessiva) de Moraes com os direitos dos menores infratores.


“Ele teve desentendimentos bastante difíceis com o secretário Saulo de Abreu na época”, lembra Nagashi Furukawa, que comandava a Secretaria de Administração Penitenciária.


Furukawa tinha que lidar com Moraes com frequência. Ele diz que o futuro ministro se destacava como um gestor eficiente e de fácil trato. Ele destaca outra característica do ministro do STF: o traquejo político. “O talento de fazer política no bom sentido é imprescindível para o homem público. A pessoa tem que saber se relacionar bem, manter bom contato com outras pessoas, e isso o Alexandre sabe fazer”, afirma.


As imagens da época mostram Moraes quase sempre sisudo, sem sinais de calvície e com ternos com todos os botões fechados. Chefe de gabinete do então secretário de Justiça, o advogado e professor Claudio Tucci Junior descreve Moraes como um chefe que dava ordens objetivas e sabia ser exigente. “Naturalmente, com pressão do dia a dia e dos assuntos inerentes à secretaria, em alguns momentos não se poderia esperar por uma resposta mais lenta, então se tinha uma exigência natural. Mas sempre com tranquilidade, receptividade e sempre ouvindo a todos nós”, ele diz. O ex-chefe de gabinete afirma que, além de bom jurista, Moraes era um gestor competente. “Eu sou testemunha de que ele aliava o conhecimento técnico jurídico e a visão ampla das políticas públicas de competência da secretaria”, diz Tucci Junior, que hoje é advogado e professor da Unisanta.


A agenda de Moraes à época mostra que ele se divida entre temas complexos, como o combate ao crime organizado, e eventos de pouca importância, como casamentos comunitários. Moraes também recebeu lideranças do MST para tratar da reforma agrária e criou a “Comissão de Promoção de Ações Afirmativas” em 2002. No ano seguinte, ele se declarou a favor das cotas. “Não se trata da hegemonia do negro sobre o branco, mas de justiça e igualdade de oportunidades.”


Moraes tirou a carteira da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em 2005. No mesmo ano, deixou a Secretaria de Justiça após ser indicado pela Câmara dos Deputados para uma vaga no CNJ (Conselho Nacional de Justiça), onde permaneceu até 2007.


Subalterno de Kassab

Em 2007, depois da passagem pelo CNJ, Moraes foi indicado para outro cargo político: o de Secretário de Transportes da Prefeitura de São Paulo na gestão de Gilberto Kassab. No posto, ele chegou a acumular o cargo de presidente da CET, a Companhia de Engenharia de Tráfego paulistana.


Como secretário, Moraes lidou com temas prosaicos. Lançou, por exemplo, o Bilhete Amigão (quatro viagens em oito horas com um bilhete). A pedido da OAB do bairro de Pinheiros, ele também autorizou a criação de uma linha de microônibus ligando o Fórum de Pinheiros ao metrô Vila Madalena. Ele fez o mesmo com os advogados de Santana: criou uma linha conectando o Fórum de Santana ao metrô Santana. Neste período, Moraes aparecia nos jornais sobretudo como alguém que tentava colocar ordem no trânsito caótico da capital paulista.


Talvez por ser proativo, Moraes ganhou espaço e concentrou atribuições na gestão Kassab. Passou a comandar também a pasta de Serviços, que cuida da coleta do lixo. Mas, em 2010, o futuro ministro deixou o cargo por se opor à criação da Autoridade Metropolitana de Transportes. À época, outro motivo para a saída foi o desgaste causado pela demora na entrega da motofaixa da Rua Vergueiro, um corredor importante na região central de São Paulo.


Advogado do PCC?

Fora de Prefeitura, Moraes decidiu advogar. Essa foi a sua ocupação principal entre julho de 2010 e dezembro de 2014.


Entre julho de 2010 e dezembro de 2014, atuou como advogado. O escritório “Alexandre de Moraes Sociedade de Advogados” ocupava o nono andar de um prédio espelhado no bairro do Itaim Bibi, um dos mais caros da capital paulista.


Em abril de 2014, por exemplo, ele se reuniu com o então Secretário de Transportes da capital paulista, o petista Jilmar Tatto. Moraes também advogou para o PSDB e para Aécio Neves na campanha presidencial de 2014 e entregou um parecer jurídico encomendado pelo Conselho Federal de Farmácia por R$ 150.000.


Mas o caso mais controverso deste período envolve o PCC (Primeiro Comando da Capital).


A rigor, ninguém é “advogado do PCC” porque o PCC não existe formalmente. Mas a organização criminosa opera em muitas frentes. Uma delas, o transporte alternativo. E essa seria conexão de Moraes com a facção criminosa. O escritório de advocacia comandado por ele defendeu a Transcooper, uma cooperativa de transporte com vínculos com a organização criminosa.


O ministro nega saber de qualquer ligação entre a cooperativa e o bando. “Jamais fui advogado do PCC e de ninguém ligado ao PCC”, disse ele, na sabatina no Senado quando foi indicado ao STF.


Na mesma ocasião, Moraes fez comentários que hoje soam reveladores: ele se demonstrou incomodado com as afirmações de que ele tinha advogado para o PCC, e sugeriu algum tipo de controle sobre as “calúnias” divulgadas na internet. “É inegável que as redes sociais, a internet, foram, são e continuarão sendo um grande avanço de comunicação, de informação, mas é também inegável — isto é algo em que todos nós, em determinado momento, vamos ter de pensar, uma forma razoável de equilíbrio — que se proliferam calúnias, difamações e injúrias em relação a inúmeras pessoas.”


“Quem, dentro desta Comissão e fora dela, está nos ouvindo e vendo e já foi caluniado, difamado ou injuriado pela internet sabe a dificuldade ou mais, eu diria, a quase impossibilidade de você retirar totalmente essas versões mentirosas.”


Em 2015, o período de Moraes como advogado chegou ao fim. Ele aceitou o convite do governador Geraldo Alckmin para assumir a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Ali, atuou como uma espécie de xerife: reprimiu protestos contra o impeachment de Dilma Rousseff na Avenida Paulista e foi incisivo contra manifestantes que haviam invadido escolas públicas paulistas.


Moraes sairia de lá para o Ministério da Justiça na gestão de Michel Temer.


Pai bolsonarista

O ministro do STF é casado desde 1992 com a advogada Viviane Barci de Moraes. Formada na UNIP (tanto em Direito quanto em Propaganda e Marketing), ela comanda o escritório Barci de Moraes, que já atuou em 23 processos no Supremo Tribunal Federal — muitos deles depois que Alexandre já havia se tornado ministro.


O endereço e o CPF do escritório de Viviani Barci de Moraes são exatamente os mesmos daquele comandado pelo marido na década passada. Na verdade, o escritório também é o mesmo: somente o nome mudou. O ex-deputado Gabriel Chalita também advoga lá. O time inclui dois ex-colegas de Moraes na prefeitura paulistana: Mágino Alves e Olheno Ricardo Scucuglia.


Com Viviane, o ministro do STF teve três filhos: Giuliana, Alexandre e Gabriela. Todos seguiram carreira no Direito. Mas as ceias de Natal na família Moraes não devem ser das mais harmônicas.


O pai do ministro, Leon Lima de Moraes, é apoiador declarado de Jair Bolsonaro. Ao lado da madrasta do ministro do STF, Elizete Gomes Lima, Leon exibe suas preferências políticas no Facebook. A madrasta disse estar de “luto” no dia que Bolsonaro perdeu a reeleição. No ano passado, o casal se mudou para Toledo, nos Estados Unidos, onde vive uma filha de Elizete.


Leon é conterrâneo e contemporâneo de Michel Temer: ambos se criaram na cidade de Tietê (SP). Do pai, o ministro do STF herdou a torcida pelo Corinthians.


A chegada ao STF

Moraes sempre foi hábil em construir relacionamentos no poder. Ainda em 2002, quando lançou o livro “Constituição do Brasil interpretada e legislação constitucional”, ele convenceu o então ministro do STF Celso de Mello a assinar o prefácio da obra. Nele Mello afirma que o livro tem um “alto nível científico”. Moraes tinha 33 anos. Ainda em 2002, Moraes já estava sendo citado pelo mesmo Celso de Mello como integrante de um grupo de “eminentes autores.”


Na mesma época, Moraes também assinou um artigo na Folha de S. Paulo em que apresenta medidas do governo paulista a favor dos direitos humanos. O artigo tem trechos de difícil leitura, como este: “A previsão dos direitos humanos fundamentais direciona-se basicamente para a proteção à dignidade humana em seu sentido mais amplo, que se manifesta singularmente na autodeterminação consciente e responsável da própria vida e que traz consigo a pretensão ao respeito por parte das demais pessoas, constituindo um mínimo invulnerável que todo estatuto jurídico deve assegurar.”


O grande momento da carreira de Moraes viria uma década e meia depois. A nomeação feita por Michel Temer para a Suprema Corte em 2017 seria a primeira a partir de um presidente não-petista desde 2002, quando Fernando Henrique Cardoso escolheu Gilmar Mendes para o cargo. A indicação se deu em circunstâncias incomuns: o ministro Teori Zavascki morreu em um acidente de avião na região de Angra dos Reis.


A relação de Moraes com os petistas não era das melhores. Em março de 2016, por exemplo, ele foi hostilizado por militantes petistas que se manifestavam contra o impeachment de Dilma Rousseff. Aos gritos de “fascista”, deixou o local cercado por policiais.


Por isso, não surpreendeu que, quando Moraes foi indicado à vaga na Suprema Corte, a Executiva do PT tenha reagido com uma nota incisiva: “A indicação do ministro da Justiça do governo golpista, Alexandre de Moraes, para a vaga no STF aberta com a morte do ministro Teori Zavascki é um profundo desrespeito à consciência jurídica do país e ao espírito republicano que deve reger esse tipo de indicação. Sua nomeação e resumida trajetória como ministro da Justiça do governo ilegítimo de Temer tornaram evidente seu despreparo, seu desprezo pelas instituições e sua parcialidade”, disse o comando do partido, em nota pública.


Diante de Moraes, na sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmou: “Nunca houve, nas indicações ao Supremo Tribunal Federal, uma reação contrária, da sociedade civil organizada, tão grande quanto nesse caso da indicação do Dr. Alexandre de Moraes.” Dentro do Senado, não houve reação significativa. A indicação foi aprovada por 55 votos a 13 contra em plenário. Outros 13 senadores não votaram.


Ascensão rápida dentro do STF

No Supremo Tribunal Federal, o tempo de casa produz uma espécie de hierarquia: os ministros mais novos prestam deferência aos mais antigos.


Com Moraes, as coisas aconteceram de forma mais rápida. Ele tem duas características únicas em relação a seus colegas: a ampla experiência política e o histórico de procurador de Justiça. Moraes é o único integrante da corte a ter sido membro do Ministério Público.


A mudança do status do ministro novato aconteceu de forma mais marcante em abril de 2019, quando o novato recebeu uma missão do então presidente da corte, Dias Toffoli: investigar “ataques” e “ameaças” contra membros da corte.


O então presidente da corte — que, assim como Moraes, frequentou a Faculdade do Largo de São Francisco — se baseou numa argumentação frágil: o artigo 43 do Regimento Interno do STF afirma que o presidente poderá instaurar inquérito (tarefa que normalmente cabe ao Ministério Público) se a infração penal ocorrer “na sede ou dependência do tribunal.” O dispositivo foi criado para tratar de casos internos, como atos de vandalismo dentro do prédio da corte. Mas, em uma canetada, Toffoli passou a considerar que qualquer “ataque” publicado na internet era equivalente a um pedrada nas vidraças do prédio do Supremo.


“O objeto deste inquérito é a investigação de notícias fraudulentas (fake news), falsas comunicações de crimes, denunciações caluniosas, ameaças e demais infrações revestidas de animus caluniandi, diffamandi ou injuriandi, que atingem a honorabilidade e a segurança do Supremo Tribunal Federal, de seus membros; bem como de seus familiares, quando houver relação com a dignidade dos Ministros”, escreveu Moraes, em seu primeiro despacho no inquérito.


O primeiro ato relevante de Moraes foi determinar que o site O Antagonista e a revista Crusoé retirassem do ar reportagens que ligavam o empresário Marcelo Odebrecht, envolvido em escândalos de corrupção, ao ministro Dias Toffoli. Na figura de defensor da honra dos ministros da corte, Alexandre de Moraes ganhou importância aos olhos dos colegas.


Mas o inquérito das “fake news” rapidamente se tornou o pretexto perfeito para abusos das prerrogativas.


Dali surgiram desdobramentos e mais desdobramentos que, junto com o inquérito dos “atos antidemocráticos”, permitiram que Moraes acumulasse poder de forma inédita. Ele censurou parlamentares e figuras públicas nas redes sociais, autorizou operações de busca e apreensão com base em conversas privadas e jocosas de Whatsapp, e reagiu às críticas à sua atuação como se elas fossem afrontas ao próprio Estado Democrático de Direito.


A investigação sobre a possível fraude no cartão de vacina do presidente Bolsonaro faz parte do mesmo mesmo inquérito que apura xingamentos a autoridades por perfis do Twitter. Tudo sob a condução de Moraes — ele mesmo acusador, juiz e vítima.


O inquérito aberto em 2019 é o mesmo que levaria à cadeia figuras como o blogueiro Oswaldo Eustáquio, acusado de disseminar notícias falsas.


Moraes também contou com a sorte para presidir o TSE justamente durante o período eleitoral, em 2022. A troca no comando da corte segue padrões pré-estabelecidos, mas, para o cada vez mais poderoso Alexandre de Moraes, não poderia vir em melhor momento. Na condução das eleições, ele repetiu o modus operandi: censura contra qualquer conteúdo que possa ser vagamente interpretado como “fake news”, que com Moraes deixou de significar “informação falsa propagada com o propósito de espalhar desinformação” para significar “afirmação de fato não 100% confirmado por todas as instâncias da Justiça.”


A essa altura, Moraes só poderia ser parado por Moraes — ou pelo Senado Federal, a quem cabe processar ministros do STF por crime de responsabilidade. O governo de Jair Bolsonaro tentou, em agosto de 2021, levar um processo de impeachment adiante. Mas a petição não encontrou apoio do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Num Congresso onde vige o foro privilegiado, cada parlamentar pode facilmente se tornar alvo do STF. E não há instância superior a quem recorrer.


Moraes já foi promotor e político. Nunca foi juiz. Talvez isso explique por que costuma agir de forma imperiosa e com um permanente tom acusatório — e dificultar a vida dos advogados sempre que possível.


Para o advogado Renor Oliver, que representa o Canal Terça Livre, os problemas de Moraes vão muito além. “Muitos promotores viram juízes, mas são garantistas e jamais conduziriam uma investigação como essa. Não existe parâmetro no judiciário para o que está acontecendo”.


Em fevereiro de 2021, Moraes determinou a prisão do deputado Daniel Silveira sob a alegação de que ele havia ameaçado ministros da corte (inclusive ele próprio). Ao contrário do que aconteceu em 1968, o STF mandou prender primeiro e só depois perguntar à Câmara dos Deputados se autorizava a medida.


O advogado Roberto Mohamed, que atua no STF, foi aluno de Moraes em uma pós-graduação no Mackenzie. Ele diz que o futuro ministro do STF era respeitado como jurista e visto como alguém de perfil técnico, apesar de o carisma não ser o seu ponto forte. “Não era um cara muito simpático, mas nunca se recusou a abrir espaço para questionamentos”, diz Mohamed.


Agora, o advogado acredita que o ministro tem se excedido em algumas decisões. “Ele mudou bastante. Quando ele deu aula ele era promotor de Justiça e sempre foi um garantidor dos direitos individuais, e por isso me surpreendem algumas decisões dele”, diz.


Mohamed, que faz questão de deixar claro seu repúdio a Daniel Silveira, afirma que o ministro tomou uma decisão injustificada ao mandar o parlamentar à prisão. O próprio inquérito das fake news, afirma o advogado, surgiu com base em uma interpretação dúbia do regimento do STF, que foi tolerada em nome do que era então tido como o combate a um mal maior: Jair Bolsonaro e seus aliados. “Eu acho que ele atuou, no início, como um defensor do tribunal; mas hoje é isto é desnecessário. Acabou a situação de emergência”, diz o professor.


A advogada Ana Paula Thabata Fuertes, que já ouviu com admiração uma aula magna de Alexandre de Moraes na faculdade e hoje critica a atuação do ministro, afirma que, embora tenha sido um professor competente e um autor capaz de explicar a Constituição em termos didáticos, Moraes não teria chegado ao cargo no STF se o saber jurídico fosse o único critério de seleção.


“Ele é só mais um bom jurista. Você encontraria advogados com mais saber jurídico que ele no mínimo em 100 escritórios de SP”, compara. Para Ana Paula, a passagem pela promotoria deixou marcas no modo de atuação de Moraes. Para ela, Moraes continua atuando como promotor vinte anos após ter deixado o Ministério Público. “A formação dele foi na promotoria. Quem já foi promotor não perde o acusatório. Além disso, se ele se propôs a entrar numa promotoria, ele provavelmente já gostava de ser acusador”, diz ela.


Em muitos aspectos, incluindo o vocabulário e o preparo intelectual, o deputado Daniel Silveira está muito longe de ser um Márcio Moreira Alves. Mas a situação abstrata era a mesma: o Supremo Tribunal Federal, em nome da proteção da liberdade e da democracia, pedia que a Câmara dos Deputados entregasse um dos seus membros à mercê da Justiça. Desta vez, os parlamentares consentiram.


Se Moraes cumprir o tempo que lhe resta para a aposentadoria compulsória, ficará no cargo até 13 de dezembro de 2043. Ele — e o AI-5 — completarão 75 anos naquele dia.


Receita

 Conforme apurado, 91% dos 278 mil estabelecimentos contribuintes do ICMS existentes no Rio Grande do Sul estão situados em municípios em estado de calamidade pública ou em situação de emergência, conforme o Decreto 57.626/24. Em média, eles respondem por 93% da arrecadação e 90% das vendas entre empresas. A publicação indica ainda que 44 mil estabelecimentos (16% do total), responsáveis por 27% da arrecadação de ICMS no Estado, estão situados em áreas inundadas.


Quanto à atividade econômica, o valor das operações realizadas por empresas gaúchas mostra 15% de queda nos últimos sete dias em comparação ao mesmo período do mês anterior. A queda chegou a ser de 55% no pior momento da crise, em 7 de maio. O número de empresas que emitiram nota fiscal no Rio Grande do Sul apresenta 21% de queda nos últimos sete dias. O indicador chegou a mostrar redução de 32% no dia 7 de maio. Os dados são da quinta-feira (23/5) e foram obtidos em parceria com a RFB. O boletim também detalha os impactos nas vendas das indústrias por setor econômico e por região do Estado, além dos efeitos nas compras internas e interestaduais de cada setor.


Por fim, também ganha destaque o impacto na arrecadação de ICMS entre os dias 1º e 23 de maio de 2024. O valor projetado antes das enchentes era de R$ 3,02 bilhões para o período. Na prática, entretanto, foram arrecadados R$ 2,34 bilhões, ou seja, uma queda de R$ 680 milhões (-22,7%)

Saídas

 A prefeitura, em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal e a CCR ViaSul, liberou na tarde desta terça-feira,, 28, mais um acesso emergencial para a entrada da cidade. A PRF permitiu acesso à ponte do vão móvel para quem vai a Guaíba e abriu um retorno para que a Capital possa ser acessada também através da ponte. Os motoristas que entram em Porto Alegre pela BR-290 (sentido Litoral-Capital) podem utilizar um retorno emergencial que foi criado no Km 98 após o vão móvel para permitir o acesso à avenida Sertório. Através dessa entrada podem acessar a Zona Norte pela Sertório ou seguir pela Terceira Perimetral para chegar às demais áreas da cidade. 


“Estamos buscando alternativas dentro das limitações ainda existentes para melhorar o fluxo de entrada e saída da Capital, sempre com o foco em melhorar a mobilidade urbana e garantir a segurança de todos”, destaca o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Pedro Bisch Neto. 


No dia 10 de maio, foi aberto o primeiro corredor humanitário para a ligação da Freeway com o Centro da Capital. Em uma semana, a prefeitura ampliou para duas faixas, fuma faixa no sentido Capital-Interior e outra no sentido Interior-Capital. O corredor foi ampliado para duas faixas por sentido em 21 de maio. Nos últimos dias, a EPTC registrou uma média de 4 mil veículos por hora no trecho, o que representa quase cem mil veículos em 24 horas. 


Veja as entradas e saídas da cidade que estão liberadas: 


Região central  - Os motoristas que vêm no sentido bairro-Centro, pelo Túnel da Conceição, poderão acessar o Largo Vespasiano Julio Veppo na contramão, junto à Rodoviária, e entrar na avenida Castelo Branco. No sentido inverso, o condutor virá pela Castelo Branco e acessará o Túnel da Conceição via corredor humanitário, que terá tráfego ampliado após a conclusão da nova passagem.


Região Norte 


Corredor humanitário Assis Brasil (sentido Porto Alegre - Interior) - A avenida Assis Brasil será aberta a partir da Bernardino Silveira Amorim, no sentido Capital-Interior. Para os motoristas acessarem a Freeway, foi criado o corredor próximo ao número 8.703 da Assis Brasil, na altura do posto Garoupa. A Assis Brasil, a partir do acesso à Freeway, continua bloqueada em direção a Cachoeirinha. O uso do caminho é preferencial para veículos de emergência, mas poderá ser utilizado por carros de passeio.


Sentido (interior - Capital) - Os motoristas que estão entrando em Porto Alegre pela BR-290 (sentido Litoral-Capital) podem utilizar um retorno emergencial que foi criado no Km 98 após o vão móvel para permitir o acesso à avenida Sertório.


Região Leste - Acesso pela RS-118 por Alvorada e avenida Baltazar de Oliveira Garcia e RS- 040 por Viamão e avenida Bento Gonçalves. 

Nota

 "Nós, ex-Prefeitos da capital do Rio Grande, queremos manifestar a nossa integral solidariedade a todas as famílias atingidas - direta ou indiretamente - pela catástrofe climática que abala Porto Alegre, situação dramática que foi agravada pela falta de reparos e de manutenção dos aparatos de proteção da cidade e pela desorganização técnica e institucional dos seus serviços. Através da presente declaração igualmente manifestamos o nosso integral apoio aos engenheiros, ambientalistas, técnicos, acadêmicos e demais peritos, que firmaram uma Carta Pública à cidade e ao Estado, mostrando claramente os efeitos do descaso da atual administração com a manutenção das Casas de Bombas e do Sistema de Proteção às Cheias, integrado pelo Muro da Mauá e pelos Diques de Contenção. Compartilhamos, também, com os referidos firmatários da Carta, da sua crítica à indiferença demonstrada pelo Prefeito atual, em relação aos alertas do competente corpo técnico do DMAE, que registrou claramente a possibilidade de ocorrência da catástrofe. Manifestamos finalmente a nossa indignação com as respostas públicas oferecidas à imprensa, pela Administração da Capital, tentando diluir suas responsabilidades pelo agravamento da tragédia.


Alceu Collares, Olívio Dutra, Raul Pont, Tarso Genro, José Fortunati”

Veto

 O termo "censura" está entre os assuntos mais comentados do X, o antigo Twitter, no Brasil, tudo como resultado  da campanha que parlamentares da oposição vêm fazendo contra a derrubada de um veto presidencial que amplia a legislação já existente, tudo com o objetivo de garrotear a livre expressão de quem usa as redes sociais, com ênfase para as chamadas tias do zap e os oposicionistas.

O Veto nº 46/2021, aplicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em 2021 na sanção do projeto que revogou a antiga Lei de Segurança Nacional e definiu os crimes contra o Estado Democrático de Direito, será analisado em sessão conjunta do Congresso Nacional, nesta terça-feira, junto a outros 16 vetos presidenciais. 

Todos os parlamentares da oposição, entre deputados e senadores, além de lideranças de direita, estão mobilizados para manter o veto de Bolsonaro que freou a tipificação do crime de “comunicação enganosa em massa”, que caracterizaria as fake news e imporia penas de até 5 anos de prisão a quem as cometesse.

A derrubada do veto, defendida pelo governo Lula e pela bancada governista no Congresso, aplicaria criminalizaria mais ainda quem usa as redes sociais.

O trecho vetado por Bolsonaro e que pode passar a valer na lei caso o Congresso decida pela derrubada institui pena de 1 a 5 anos de prisão e multa para quem: 

O Congresso Nacional realiza uma sessão conjunta entre Senado e Câmara dos Deputados nesta terça-feira (28), a partir das 14h, dedicada à análise de vetos presidenciais e a projetos de lei propostos pelo Poder Executivo. Serão 26 itens em pauta ao todo.

Estudo de Harvard revela qual é o melhor exercício para perder peso

A realização de atividade física rotineira de forma vigorosa, como corrida, pode ser tão eficaz quanto dar 10 mil passos por dia para perda de peso e redução do risco de doenças cardíacas. É o que revela um estudo do Brigham and Women’s Hospital, afiliado à Harvard.

A reportagem é da Revista Oeste.

Leia o texto completo:


A pesquisa foi realizada com quase 15 mil mulheres acima de 62 anos, monitoradas por quatro anos. As participantes usaram rastreadores de atividades e preencheram questionários anuais de saúde.


Em média, elas praticaram 62 minutos de exercícios moderados a vigorosos por semana e deram 5.183 passos diários. Em 2022, 9% das mulheres faleceram e 4% desenvolveram doenças cardíacas.


Perda de peso reduz risco de doenças cardíacas

Os resultados revelaram que mulheres que deram entre 8 mil e 8,5 mil passos diários reduziram em 40% o risco de doenças cardíacas, em comparação com aquelas que deram cerca de 3 mil passos.


Similarmente, as que se exercitaram por 75 minutos diários tiveram a mesma redução de risco, independentemente do número de passos.


“Para alguns, especialmente para indivíduos mais jovens, o exercício pode envolver atividades como tênis, futebol, caminhada ou corrida, todas as quais podem ser facilmente rastreadas”, afirma Rikuta Hamaya, principal autora do estudo e pesquisadora da Divisão de Medicina Preventiva do Brigham and Women’s Hospital.


“No entanto, para outros, pode consistir em passeios de bicicleta ou natação, em que o monitoramento da duração do exercício é mais simples”, acrescentou.


“É por isso que é importante que as diretrizes de atividade física ofereçam múltiplas maneiras de atingir metas — o movimento parece diferente para cada pessoa e quase todas as formas de movimento são benéficas para a nossa saúde.”


Comparação de atividades físicas

A pesquisa comparou a eficácia de exercícios vigorosos, como corrida, com a contagem de passos diários para a perda de peso, longevidade e redução de riscos cardíacos. A conclusão foi que a prática de atividades intensas pode ser tão eficaz quanto a contagem de passos diários.


Este estudo é um dos muitos relatórios recentes que questionam a regra dos 10 mil passos diários, sugerindo que a chave para uma vida saudável pode estar na variedade e na intensidade das atividades físicas, em vez de um número fixo de passos.



Comunicado

 MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO

5ª DIVISÃO DE EXÉRCITO

14ª BRIGADA DE INFANTARIA MOTORIZADA

Comunicado sobre Ocorrência em Canoas-RS

A 14ª Brigada de Infantaria Motorizada, Grande Unidade subordinada à 5ª Divisão

de Exército, informa que, na noite de domingo, 26 de maio de 2024, por volta das 18

horas, foi notificada de um incidente envolvendo tropas que integram a Operação

Taquari 2 em apoio às ações de ajuda humanitária no município de Canoas.

Militares que atuavam no Bairro Mathias Velho, souberam, sem confirmação, que

um dique havia se rompido e imediatamente passaram a comunicar erradamente

aos moradores da necessidade de evacuação das áreas consideradas em risco.

O Exército Brasileiro esclarece que tal situação decorreu de um grave erro de

procedimento. Medidas administrativas foram adotadas para apurar rigorosamente

os fatos. Os militares diretamente envolvidos foram afastados de suas atividades

durante o processo de investigação. 

A 14ª Brigada de Infantaria Motorizada reitera seu compromisso com a população

afetada pela catástrofe ambiental, em especial com os moradores de Canoas-RS e

manifesta sua solidariedade a todos os moradores que foram erroneamente

informados e pede sinceras desculpas pelo ocorrido.

A grande polarização

 O ex-candidato à presidência da República e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, apresenta neste domingo uma instigante, provocativa e robusta análise da conjuntura política brasileira, tudo em entrevista concedida ao jornal O Globo.

A questão principal colocada por ele é a mais justa:

- É quando ele atribuiu a polarização política no Brasil à permanência de Lula da Silva na disputa política e eleitoral.

Ele  disse que o cenário só se resolverá quando Lula “sair do jogo”.

É justo.

Sair do jogo, de que forma ?

É aí que falha na falta de resposta o líder do PDT, que faz discursos contundentes contra o governo nomeado e no entanto mantém seu representante no ministério da Previdência, no caso Carlos Lupi.Em política isto se chama, como na psiquiatria, completa esquizofrenia.

Eu responde o que Ciro Gomes não respondeu ou não explicou:

- A polarização política e eleitoral terminará, sim, no momento em que Lula da Silva for apeado do governo nomeado, expurgado em definitivo da vida pública, e sua organização criminosa, o PT, seja definitivamente cancelada da vida partidária.

Simples assim ?

O resto vem a reboque.

É simples implementar tão desafiadora mudança ?

Não é nada simples, porque Lula e o PT servem aos interesses do Eixo do Mal, o chamado sistema, como verdadeiros crocodilos de estimação controlado por ele para assustar e atacar quem se mete no seu caminho.

Tudo marcou bem até a eleição de Bolsonaro, ocorrida como desdobramento das heróicas jornadas de rua, a partir de 2013, quando a maioria silenciosa transformou-se na maioria ruidosa que o empurrou para patamares nunca antes almejados por ele. Foi o melhor momento mais importante da assepsia política iniciada pelos julgamentos do Mensalão e da Lava Jato.

Acontece que Bolsonaro e o povo que o elegeu para conduzir o Brasil e os brasileiros a um novo processo civilizatório, foram fustigados durante 4 anos, resultando atropelados para valer no frigir dos ovos do quesitonável processo eleitoral de 2022.

A retomada das rédeas por parte do Eixo do Mal, de novo nomeando os crorocodilos para tomarem governarem sob sua tutela e interesse, mudou a inflexão política brasileira, que recuou para as trevas onde sempre os donos do Poder fizeram e aconteceram, ou seja, adonando-se de tudo que os brasileiros entregam de maneira imposta às burras do Tesouro.

É simples assim.

É isto que explica a polarização política.

Ela poderá ser rompida com o expurgo de Lula e com a proscrição da sua organização criminosa, o PT.

Quem fará isto ?

Ora, o Congresso, cabalado pelo povo em transe, ou a decisão de urnas que não sejam fraudadas, ou pelo rugido incontrolável das massas populares descontroladas ou muito bem controladas, como queiram.

Para cada uma destas opções, existe pelo menos um exemplo histórico: Collor, Dilma, Jânio ou Washington Luis, como quiserem.

É isto para este domingo.

Pensem bem.



Presos e perseguidos pela ditadura brasileira que elogiam seus carrascos

ADRILLES JORGE 


O que leva um sequestrado, torturado, preso e abusado a elogiar seu abusador e carrasco? Há sempre aquela velha teoria da síndrome de Estocolmo. A pessoa que é sequestrada se deixa envolver emocionalmente por seu sequestrador para estabelecer um laço de humanidade que o faz sobreviver ao terror, um laço que na verdade é uma ficção de elo com quem na verdade o está violentando. No Brasil, onde existe hoje uma ditadura do Judiciário que persegue e massacra pessoas em nome de uma falsa democracia, é um ponto ambíguo. Vira e mexe, há várias pessoas, inclusive vítimas desta ditatoga, que elogiam os perseguidores. A síndrome de Estocolmo se dá por uma tática psicológica de sobrevivência mental equivocada. No Brasil, não é só a questão de sobrevivência mental. É sobrevivência mesma, social, individual, no trabalho, na família. A ditadura do Judiciário brasileira quebra todas as possibilidades de existência de alguém que se coloca contra ela.


Há alguns casos emblemáticos dessa tática melancólica de sobrevivência elogiando o carrasco. A primeira é a mais sórdida. A de cálculo de poder. Poder que deixa de poder fazer algo por vítimas da ditadura para se unir aos ditadores e preservar seu poder narcísico. Sergio Moro é exemplo. Moro estava à beira de uma cassação política de seu mandato de senador. Era e é visto com ódio tanto à direita como pela esquerda. Foi um herói nacional na Lava Jato que levou corruptos de colarinho branco à prisão pela primeira vez na história da república, inclusive a alta cúpula petista de poder. Depois entrou e saiu atirando do governo Bolsonaro, fazendo acusações nunca provadas. Ganhou inimigos por todos os lados por estas duas frentes de atuação. Por fim, o colocaram na parede, amaçando cassá-lo por uma estapafúrdia razão financeira. Moro não titubeou e foi beijar a mão de Flávio Dino, então seu antigo algoz. Foi beijar a mão do TSE, que, segundo ele, teria atuado em nome de valores democráticos. Esse mesmo TSE que censura e persegue pessoas por crimes de opinião. Moro, portanto, não quis construir um elo de sobrevivência afetiva, falso que seja, com seus carrascos. Moro quer sobreviver politicamente, fazer sobreviver seu mandato de senador, pura e simplesmente. Ganhou de presente a manutenção de seu mandato. Perdeu sua alma e seu caráter. É triste pensar que um homem que foi símbolo de justiça num país injusto, dominado por um establishment corrupto, tenha se vendido a esse mesmo establishment corrupto que um dia combateu. Fica a pergunta: Moro, quando combateu a corrupção no Brasil, estava atuando em nome de valores ou em nome do valor de seu poder e vaidade? Algumas boas ações podem ser movidas pelo mais sórdido dos vícios. Vaidade, tudo é vaidade…

Coronel Naime, mais um perseguido pela ditadura brasileira que elogia seus carrascos

O outro caso é o do coronel Naime, um homem destruído pela injustiça suprema que comandava forças de proteção do Estado e que foi preso sob a acusação esdrúxula de passividade na contenção dos invasores do 8 de janeiro. Naime fico preso durante um ano, perdeu saúde, teve sua vida destroçada e vilipendiada. Agora elogia seu carrasco, o juiz Alexandre de Moraes, por ter atuado fortemente contra os vândalos do 8 de janeiro. Atuação firme seria prender senhoras de 60 anos, líderes evangélicos, autistas, vendedores, pessoas comuns, por estarem em frente a quartéis ou por simplesmente estarem na Praça do Três Poderes e condenarem estas pessoas a penas de até 20 anos de cadeia em última instancia sem ter a recorrer? Naime sabe disso. Mas então por que elogia seu carrasco? Porque talvez seja a única forma de manter sua sobrevivência junto à sua família, junto a um mínimo de dignidade física, sem ter de voltar à masmorra da injustiça que o trancou. Naime sabe que se obrigou a vender sua alma ao demônio. Mas daria para condenar sumariamente um homem que tem a perspectiva de passar uma vida encarcerado por um crime que não cometeu e trocar sua miséria por um elogio ao carrasco que só quer seu endosso para libertá-lo? Naime percebe que os que silenciam e os que adulam a ditadura estão tendo vantagens.


É triste. O personagem central do celebre livro 1984 acaba vendendo sua alma à ditadura quando se vê torturado barbaramente e cede ao pedido de seu torturador para que a mulher que amava trocasse de lugar com ele na tortura. O personagem saiu livre da tortura, mas sua alma se tornaria eternamente torturada a partir daquele momento. A venda de princípios pode ter nuances? A sobrevivência de sua família, sua prisão eterna são torturas pesadas. No caso de Naime, poderia até receber perdão. Mas a venda da alma de um homem por um cargo no poder é algo inominável. Moro jamais será perdoado.


O pacto dos presos e perseguidos

A ditadura é algo assim. Revela o caráter e o medo das pessoas. Desde os torcedores do carrasco, os ideopatas atuais, como aqueles da idade média que acompanhavam suplícios de pessoas torturadas em praça pública e que agora veem pessoas, vítimas do regime, sendo esmagadas, varridas do mapa, por até pessoas que são obrigadas a elogiarem seus torturadores, por poder da vaidade ou por sobrevivência mínima.


E curioso observar que esse tipo e pacto só é feito com pessoas poderosas. Naime e Moro têm prestígio e poder. Senhoras, pessoas comuns, que vivem hoje na cadeia, as pessoas comuns que têm contas bancárias bloqueadas, vidas arruinadas, como a de Cleriston, morto por omissão de juízes, morto sem uma acusação precisa, sem processo legal, sem justiça formal. A estas pessoas, humilhadas, massacradas e mortas em corpo e espírito, nenhum pacto é oferecido. São sumariamente massacradas pela ditatoga brasileira. E os poderosos que vendem suas almas não parecem enxergar estas pessoas. Só enxergam o próprio ego, espelhado na sola da bota do carrasco que lambem.


Pronampe

 O aporte de R$ 4,5 bilhões em recursos no FGO (Fundo Garantidor de Operações) para a concessão de crédito para microempresas e empresas de pequeno porte gaúchas será dividido em duas partes. A medida promove a alavancagem de R$ 30 bilhões em empréstimos aos pequenos negócios no âmbito do Pronampe (Programa Nacional de Apoio a Microempresas e Empresas de Pequeno Porte).


A portaria publicada em 17 de maio define:


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R$ 2,25 bilhões para a garantia de empréstimos tomados por microempresas, cujo teto de faturamento anual é de R$ 360 mil;

R$ 2,25 bilhões para a garantia de empréstimos tomados por pequenas empresas, cujo teto de faturamento anual é de R$ 4,8 milhões.

Para solicitar o crédito, os empresários devem:


comprovar estar domiciliado ou ter estabelecimento situado em algum município em situação de calamidade pública ou emergência do Rio Grande do Sul;

apresentar declaração de que tiveram perdas materiais decorrentes dos eventos climáticos extremos ocorridos em abril e maio de 2024 no Rio Grande do Sul.

Eis a íntegra da medida (PDF – 82 kB).


O aporte de R$ 4,5 bilhões faz parte de uma série de medidas anunciadas pelo governo federal para pequenos negócios afetados pelas chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul. Ao todo, estão previstos ao menos R$ 35 bilhões em crédito para micro e pequenas empresas do Rio Grande do Sul.


Desse total, R$ 30 bilhões serão alavancados por meio do aporte de R$ 4,5 bilhões no FGO (Fundo Garantidor de Operações). Os outros R$ 5 bilhões são resultado dos R$ 500 milhões repassados pelo governo ao FGI-PEAC (Programa Emergencial de Acesso ao Crédito).


Leia as medidas anunciadas para empresas do Rio Grande do Sul pelo governo federal:


1. Aporte de R$ 4,5 bilhões

o que é: aporte de R$ 4,5 bilhões em recursos no FGO que permitirão a concessão de garantias, e então a alavancagem da concessão de crédito no total de R$ 30 bilhões aos pequenos negócios no âmbito do Pronampe (Programa Nacional de Apoio a Microempresas e Empresas de Pequeno Porte);

beneficiários: microempresas e empresas de pequeno porte;

período: a partir de maio;

impacto: R$ 4,5 bilhões de aporte, com potencial de alavancagem de R$ 30 bilhões.

2. Subvenção de juros no Pronampe

o que é: será colocado R$ 1 bilhão para concessão de desconto em juros de créditos garantidos pelo Pronampe, até o valor máximo de crédito concedido passível de desconto de R$ 2,5 bilhões, ou seja, dos R$ 30 bilhões potenciais de crédito, R$ 2,5 bilhões serão concedidos com desconto de juros.

beneficiários: microempresas e empresas de pequeno porte;

período: a partir de maio;

condições: financiamento de até 72 meses, com até 24 meses de carência. Terá subsídio do governo federal para reduzir a taxa de juros para 4% nominal (taxa de juros real zero) para os primeiros R$ 2,5 bilhões tomados e depois juros normais da linha.

impacto: R$ 1 bilhão para desconto de juros no Pronampe até o limite de R$ 2,5 bilhões de créditos concedidos.

3. Crédito no FGI-PEAC

o que é: serão colocados R$ 500 milhões para concessão de garantias via Fundo Garantidor de Investimentos para alavancagem, no FGI-PEAC (Programa Emergencial de Acesso ao Crédito), de até R$ 5 bilhões. Neste caso, o aporte alavanca e garante acesso ao crédito, não se fazendo subvenção da taxa de juros. No caso do FGI-PEAC, o operador é o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

beneficiários: MEIs, microempresas e empresas de pequeno porte;

período: a partir de maio;

condições: taxa de juros média de 1.75% a.m, com bancos que oferecem até 1.55% a.m;

impacto: R$ 500 milhões em aporte de garantias no Fundo Garantidor de Investimentos para alavancar até R$ 5 bilhões em concessão de crédito.

4. Prorrogação de vencimento de tributos

o que é: prorrogação por no mínimo 3 meses dos prazos de recolhimento de tributos federais e Simples Nacional;

beneficiários: 203 mil empresas do Simples Nacional;

período: abril, maio e junho;

impacto: R$ 4,8 bilhões.

5. Dispensa da apresentação da certidão negativa de débitos

o que é: dispensa de apresentação de certidão negativa de débito para contratações e renegociações de crédito junto a instituições financeiras públicas;

beneficiários: empresas (governo não especifica portes) e produtores rurais;

período: de maio a novembro.

Leia mais:


Governo anuncia R$ 50,9 bi em novo pacote de medidas para o RS.

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Pimenta

Eu acho que nem mesmo o jornalista Guilherme Baumhardt sequer sonhou que ao gritar "Vaza, Pimenta ", nos microfones do seu programa "Agora Brasil", quinta-feira de manhã, resultaria de fato no imediato expurgo do ministro que o governo nomeado enfiou goela abaixo dos gaúchos como uma espécie de vice-rei lulopetista do Rio grande do Sul ... e já no dia seguinte, através do decreto 12.026.

Claro que o governo nomeado não demitiu o ministro, mas determinou que a partir de agora ele terá que exercer suas funções em Brasília e não mais em Porto Alegre, onde ele passou os últimos 23 dias fazendo e acontecendo, o que vem a dar no mesmo.

Pimenta caiu em desgraça porque é politicamente inepto e administrativamente incompetente.

O seu governo nomeado já tinha caído em desgraça bem antes dele, mas tenta salvar a cara ao encontrar este exemplar bode expiatório para justificar sua esperada incompetência. O governo nomeado, segundo o deputado Bibo Nunes me disse há pouco, nãoentregou nada até agora e fica só no blá-blá-blá para aparecer nasa fotos e nos vídeos da Rede Globo e da RBS.

A população já se encheu dessa pantomima toda.

"O ministro fugiu", gritou o combativo vereador Ramiro Rosário, ao reverberar a queda. Políticos e empresários que detestaram a nomeação e a intervenção, desabafaram com sonoros "Ufas ! de alívio, já que não precisarão mais tolerar a incômoda presença do gauleiter lulopetista.

Populares já o vaiavam quando aparecia em público.

Um desgaste tremendo para o governo nomeado.

Todo mundo queria sua cabeça, começando pelo governador Eduardo Leite, que recebeu sua nomeação com visível contrariedade, conforme registram as fotos e os vídeos do comício politiqueiro que o governante nomeado promoveu na Unisinos, dia ..., São Leopoldo, em ambiente controlado pelo prefeito lulopetista da cidade, o prefeito Ary Vannazi. Eduardo Leite, como bom cabrito, não gritou, mas minou a autoridade do ministro, nomeando um secretário para fazer a interlocução com Pimenta, cortando-lhe o acesso ao seu gabinete. 

Nem o prefeito de Porto Alegre quis receber o ministro. 

Os próprios ministros fizeram corpo mole e nada entregaram durante a gestão de Paulo Pimenta, O Breve. 

Só quem o acolheu foi a companheirada lulopetista, inclusive o MST, e a RBS, sempre contemplada com generosas verbas publicitárias autorizadas na Secom por ninguém menos do que Pimenta, que acumula os dois cargos. 

....

O povo gaúcho continua salvando o povo com resgates, abrigo, alimentos, remédios, conforto, num movimento incrível e heroico, levando os poderes públicos de arrasto. 

É algo jamais visto em situações de tragédias humanas Brasil afora.

Esta ação imediata do povo é seguida, agora, por empreendedores da indústria e do agro, mas também pela área de serviços, além de prefeitos, do governo estadual e do governo nomeado, tanto do RS quanto de outros Estados e do exterior. Neste momento, até arrozeiros deslocam suas bombas de irrigação das lavouras para livrar o aeroporto Salgado Filho da cheia. 

No meu blog www.polibiobraga.com.br atualizou as informações mais relevantes em tempo real. Vá lá. 

Os pobres poderes públicos, inclusive os militares, chegaram mais tarde, vieram de arrasto e ainda parecem perdidos.

...

Em Porto Alegre, o lago Guaíba voltou a subir, recuou, subiu e agora estabiliza há algumas horas em pouco mais de 4 metros, pelo menos 1 metro acima da calha normal de 3 metros, mas muito abaixo do momento mais alto da cheia, 5,35m. Inúmeras áreas voltaram a alagar.

...

O mais recente boletim emitido pela Defesa Civil do RS revela que o número de mortos da atual tragédia das águas chegou a 169. O número de feridos é de 806.

Veja os principais números:

Municípios afetados: 469/ Pessoas em abrigos: 55.791/ Desalojados: 581.638/ Afetados: 2.345.400/ Feridos: 806/ Desaparecidos: 64

Óbitos confirmados: 165
Pessoas resgatadas: 83.593


...



Brasesul 2024 adia evento de Porto Alegre

 O BRASESUL 2024 informa a todos os Congressistas, Fornecedores, Patrocinadores e à comunidade que, em função do ocorrido com o estado do Rio Grande do Sul, diante do tamanho do impacto, suas consequências e visando a entrega que sempre primamos, com a qualidade, responsabilidade e respeito a todos, resolve ADIAR o evento que ocorreria nos dias 8 e 9 de agosto de 2024.


Como ainda dependemos de informações da operação do Aeroporto Internacional Salgado Filho e agenda da FIERGS, estaremos definindo uma nova data oportunamente e a divulgaremos.


A certeza é que faremos um evento ainda maior, mais pujante e que muito contribuirá no apoio à reestruturação do Rio Grande do Sul. 


Confiamos na força do povo gaúcho para superar este momento difícil e agradecemos as mensagens de apoio, aos seguradores e demais patrocinadores que estão conosco, bem como aos que não estariam no BRASESUL 2024 e agora decidiram, em apoio ao Rio Grande do Sul, patrocinar e participar!  Isto nos traz a força que necessitamos!


Seguiremos firmes e fortes no desenvolvimento de nosso evento, que já conta com mais de 30 patrocinadores confirmados e as inscrições a caminho da nossa meta de 3.000 congressistas. 


Com o objetivo de qualificar e engrandecer ainda mais o evento vamos incluir uma Arena Temática para as Mulheres, aglutinando os encontros tradicionais existentes nos três estados (Encontro Feminino – RS, Mulheres em Ação – PR e Encontro Catarinense das Mulheres –SC). 


Contando com a compreensão e apoio de todos, mais uma vez agradecemos a cada um que tem ajudado e apoiado aos nossos irmãos Gaúchos, demonstrando a maior corrente de solidariedade da história do nosso país! 


Nos colocamos à disposição para dirimir quaisquer dúvidas, pelo nosso canal de WhatsApp +55 51 99973-4594 e disponibilizamos além do site www.BraseSul.com.br nossas redes sociais https://www.instagram.com/brasesul/  e  www.facebook.com/brasesul  


Agradecemos sua compreensão e apoio! 


Nosso Muito Obrigado!


Porto Alegre RS, 24 de maio de 2024.


COMITÊ ORGANIZADOR BRASESUL 2024

Nota da Anac

 “A ANAC recebeu na terça-feira, 21 de maio, o pedido da Fraport Brasil para avalição de reequilíbrio econômico-financeiro com vistas à recomposição de perdas decorrentes da inundação do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), após as fortes chuvas que acometeram o Rio Grande do Sul.


“Por ora, a Agência está iniciando a análise do pleito, já considerando que há razão para apresentação do pedido, dado que foi reconhecido o caráter de caso fortuito (força maior) da ocorrência, condicionante para ressarcimento de recursos pelo poder concedente à concessionária.


“Na análise serão avaliados: a questão securitária relacionada ao sinistro observado, os prejuízos causados pelas enchentes e os custos de reconstrução do aeroporto.


“Ademais, o Governo Federal vem trabalhando para viabilizar a retomada das operações aéreas no aeroporto, que se encontra fechado por tempo indeterminado.


“Ressalta-se que ainda não se conhece a dimensão das perdas causadas pela inundação no Aeroporto de Porto Alegre. A situação só poderá ser avaliada após a diminuição de todo volume de água no complexo aeroportuário.

Seguros

 Empresas de seguro que atuam no Rio Grande do Sul já receberam 23.441 comunicados de acidentes decorrentes dos efeitos adversos dos temporais que atingem o estado desde o fim de abril. Segundo a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), somados, os avisos de sinistros já ultrapassam a casa dos R$ 1,67 bilhão a serem pagos em indenizações, mas ainda estão muito distantes de representar a real dimensão dos prejuízos da catástrofe.

ACNseg acha que este será, provavelmente, o maior conjunto de indenizações já pago pelo setor segurador no Brasil em consequência de um único evento, superando o rompimento da barragem de Brumadinho (MG), da mineradora Vale, em 2019. 

Muitas seguradoras já estão pagando as primeiras indenizações

Conforme os dados fornecidos por 140 seguradoras associadas à Cnseg, o maior número de avisos de sinistro registrados entre 28 de abril e 22 de maio vem de clientes residenciais/habitacionais, totalizando 11.396 comunicados, o equivalente a cerca de R$ 240 milhões em pagamentos previstos. Em seguida vêm os contratantes de seguro automotivo, com 8.216 registros ou cerca de R$ 557 milhões, e o seguro agrícola, com 993 registros ou R$ 47 milhões.

Seguros como o empresarial, de transporte, riscos diversos e riscos de engenharia resultaram em 2.450 avisos de sinistros, totalizando uma previsão de pagamento de indenizações de pouco mais de R$ 322 milhões. Já os seguros contra grandes riscos, ou seja, seguros corporativos que incluem, entre outros, os empreendimentos de infraestrutura, englobam 386 avisos e atingem cerca de R$ 510 milhões.

Inmet prevê junho menos chuvoso no RS

 O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou o prognóstico climático para junho em todo o país. Segundo as previsões, no próximo mês as chuvas devem ficar abaixo da média no Rio Grande do Sul, estado que - desde o fim de abril - é atingido por fortes precipitações. 

As informações são da Agência Brasil, conforme reportagem assinada por Kleber Sampaio.


O tempo deve ser seco em boa parte do país no mês que vem. A exceção ficará por conta da região Norte do país, o leste da região Nordeste e áreas pontuais do Maranhão, Piauí e Ceará, onde estão previstas chuvas acima da média para junho. 


Segundo a Meteorologia, as chuvas acima da média no Norte devem favorecer a terceira safra de feijão e milho, enquanto que as menores precipitações no Sul devem desencharcar o solo. 


As temperaturas em junho devem ficar acima da média em todo o território nacional. No Rio Grande do Sul, são esperadas temperaturas baixas, inferiores a 14ºC, mas ainda assim até um grau acima da média para o mês. 


“Não se descarta a ocorrência de geadas em algumas localidades, especialmente aquelas de maior altitude, devido à entrada de massas de ar frio que podem provocar declínio de temperatura, o que é muito comum nesta época do ano”, diz o boletim divulgado pelo Inmet. 


Próximos dias 

Para o próximo fim de semana, não estão previstas chuvas para o Rio Grande do Sul, embora o tempo possa ficar encoberto. Contudo, as temperaturas devem cair à medida que um “anticiclone migratório” deve atravessar a região sul do estado. 


No sábado, o tempo ficará firme em todo o estado, mas no domingo podem ser registradas precipitações moderadas nas regiões da serra, metropolitana e no litoral norte gaúcho. Segundo a Meteorologia, o tempo deve ficar firme no fim de semana em Porto Alegre, com temperaturas variando entre 16ºC e 9ºC . 


Para a próxima semana, ainda há previsão de chuva, mas o tempo deve ficar mais estável, segundo informações do governo do estado. 


Os dados meteorológicos gaúchos são provenientes do Boletim Integrado Agrometeorológico 21/2024, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS-Ascar) e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).


Vaza Pimenta

O povo gaúcho continua salvando o povo com resgates, abrigo, alimentos, remédios, conforto, num movimento incrível e heroico, levando os poderes públicos de arrasto. 

É algo jamais visto em situações de tragédias humanas Brasil afora.

Melhor ainda é a ajuda que chega de tudo que é Estado e também do exterior. 

O que mais impressiona neste momento é que os poderes públicos, inclusive os militares, chegaram mais tarde, vieram de arrasto e ainda parecem perdidos.

Apesar da tragédia ainda em curso, alguns políticos esquerdopatas, que sumiram nos primeiros momentos da tragédia ou que demonstraram incompetência, tentam faturar politica e eleitoralmente em cima dos acontecimentos, com ênfase para o caso de Porto Alegre. É chamativo, por exemplo, o desespero da candidata do PT, a deputada Maria do Rosário, e seus aliados, que tentam culpar o prefeito Sebastião Melo pela tragédia das águas, como se ela não estivesse acontecedndo em outros 468 municípios do Estado. 

O PT não esqueceu nada e nem aprendeu nada.

É por isto que o jornalista Guilherme Baumhardt, da rádio +Brasil, num desabafo premonitório na manhã de segunda-feira, referindo-se ao deslumbrado ministro da Reconstrução nomeado por Lula, no caso o deputado Paulo Pimenta, bradou com indignação e revolta:

- Vaza, Pimenta.

No dia seguinte, ontem, Pimenta vazou, segundo o decreto 12.026, assinado por Lula:

“Art. 6º As autoridades da Secretaria Extraordinária terão exercício nas seguintes localidades:

I – em Brasília, Distrito Federal – o Ministro de Estado, o Coordenador-Geral e o Coordenador; e

II – no Município de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul – os demais ocupantes de cargos em CLIQUE AQUI para ler o decreto.

Contas externas

 As contas externas do país tiveram saldo negativo em abril de 2024, chegando a US$ 2,516 bilhões, informou nesta sexta-feira (24) o Banco Central (BC). No mesmo mês de 2023, o déficit havia sido de US$ 247 milhões nas transações correntes, que são as compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda com outros países.

As informações são desta reportagem especial da Agência Brasil desta tarde, assinada pela repórter Andréia Verdelio.

Leia tudo:


A piora na comparação interanual é resultado da redução do superávit comercial, que teve queda US$ 578 milhões. Contribuindo para o resultado negativo nas transações correntes, os déficits em serviços e renda primária (pagamento de juros e lucros e dividendos de empresas) aumentaram em US$ 844 milhões e US$ 1,1 bilhão, respectivamente.


Já a renda secundária oscilou de déficit para superávit, com variação de US$ 249 milhões.


Em 12 meses encerrados em abril, o déficit em transações correntes foi US$ 35,271 bilhões, 1,57% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país), ante o saldo negativo de US$ 33,002 bilhões (1,48% do PIB) no mês passado. Já em relação ao período equivalente terminado em abril de 2023 houve retração; na ocasião, o déficit em 12 meses somou US$ 50,646 bilhões (2,52% do PIB).


De acordo com o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, as transações correntes têm cenário bastante robusto e vinham com tendência de redução nos déficits em 12 meses, que se inverteu a partir de março. Ele ressaltou que é um déficit externo baixo para os padrões da economia brasileira que está financiado por capitais de longo prazo, principalmente pelos investimentos diretos no país, que tem fluxos de boa qualidade. “Com isso, a gente tem as condições de financiamento da economia brasileira”, disse.


Os dados do Investimento Direto no País (IDP) no mês de abril somaram US$ 3,867 bilhões, com aumento de 26% em relação ao resultado de abril de 2023, que foi de US$ 3,059 bilhões.


No acumulado de janeiro a abril de 2024, o déficit nas transações correntes ficou em US$ 17,310 bilhões, contra saldo negativo de US$ 12,867 bilhões no primeiro quadrimestre de 2023.


Balança comercial

As exportações de bens totalizaram US$ 31,356 bilhões em abril, um aumento de 11,7% em relação aos R$ US$ 28,074 bilhões em igual mês de 2023. As importações somaram US$ 24,558 bilhões, também com elevação de 18,6% na comparação com abril do ano passado, quando chegaram a US$ 20,699 bilhões.


Sobre as importações, reduzindo o superávit comercial, Rocha explicou que o aumento na quantidade de bens importados puxou o crescimento, com destaque para os criptoativos, que são caracterizados como bens e contabilizados na balança comercial. Em abril, foram importados US$ 1,7 bilhão em criptomoedas, crescimento elevado em relação aos US$ 763 milhões registrados em abril de 2023.


Segundo o chefe de Estatísticas do BC, a popularização desses ativos explica a alta. “Embora criptoativos não sejam mais uma novidade, eu diria que ainda estão ganhando mercado”, disse. “Ao longo do tempo, as pessoas estão tendo maior conhecimento sobre como usar criptomoedas, sobre as transações que podem fazer, mais serviços que estão surgindo, mais formas de investimento”, acrescentou.


Com esses resultados, a balança comercial fechou com o superávit de US$ 6,798 bilhões no mês passado, ante saldo positivo de US$ 7,376 bilhões no mesmo período de 2023. “A soma de exportações e importações dá dimensão da abertura comercial brasileira. É a maior corrente de comércio registrada”, destacou Rocha.


Serviços

O déficit na conta de serviços – viagens internacionais, transporte, aluguel de equipamentos e seguros, entre outros – somou US$ 3,985 bilhões em abril, ante os US$ 3,142 bilhões em igual mês de 2023, crescimento de 26,9%. Segundo Rocha, o déficit em serviços vem aumentando neste ano e, no mês passado, foi o principal responsável pelo aumento do déficit das transações correntes.


Ela acrescentou que a conta vem se diversificando; enquanto despesas com transporte e viagens internacionais tradicionalmente refletiam as tendências da conta, nos últimos meses rubricas associadas a serviços digitais, operações por plataformas e de pagamento de licenças de softwares têm ganhado importância, mesmo que em amplitude menor que transporte, por exemplo.


Na comparação interanual, a maior alta da conta foi no déficit em serviços de propriedade intelectual, que cresceram 175%, somando US$ 889 milhões.


As despesas líquidas com transportes cresceram 36,5%, somando US$ 1,4 bilhão. Já em aluguel de equipamentos, o déficit teve alta de 36,6%, para US$ 856 milhões. As duas rubricas estão associadas à dinâmica da atividade produtiva, investimentos e volume de importações.


No caso das viagens internacionais, em abril, o déficit na conta fechou com redução de 30,5%, chegando a US$ 544 milhões, resultado do aumento de 37,2% (para US$ 620 milhões) nas receitas (que são os gastos de estrangeiros em viagem ao Brasil) e redução de 5,8% nas despesas de brasileiros no exterior (para US$1,2 bilhão).


“É o maior valor em receitas para o mês de abril. E quando olhamos dados do Ministério do Turismo e da Embratur vemos isso ratificado”, disse Rocha, explicando que o crescimento das receitas maior que as despesa explica a redução do déficit da rubrica.


Rendas

Em abril de 2024, o déficit em renda primária - lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários - chegou a US$ 5,482 bilhões, aumento de 25% ante os US$ 4,387 bilhões no mesmo mês de 2023. Normalmente, essa conta é deficitária, já que há mais investimentos de estrangeiros no Brasil – e eles remetem os lucros para fora do país – do que de brasileiros no exterior.


As despesas líquidas com juros passaram de US$ 1,159 bilhão em abril de 2023 para US$ 1,778 bilhão no mês passado, aumento de 53,4%. No caso dos lucros e dividendos associados aos investimentos direto e em carteira, houve déficit de US$ 3,732 bilhões em abril, frente aos US$ 3,244 bilhões de déficit observado no mesmo mês de 2023.


A conta de renda secundária – gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens – teve resultado positivo de US$ 154 milhões no mês passado, contra déficit US$ 95 milhões em abril de 2023.


Financiamento

Como citado anteriormente, os ingressos líquidos em investimentos diretos no país (IDP) subiram na comparação interanual. O IDP somou US$ 3,867 bilhões em abril passado, ante US$ 3,059 bilhões em abril de 2023, resultado total dos ingressos líquidos em participação no capital. O IDP acumulado em 12 meses totalizou US$ 67,338 bilhões (3,01% do PIB) em abril de 2024, ante US$ 66,530 bilhões (2,98% do PIB) no mês anterior e US$ 67,399 bilhões (3,36% do PIB) no período encerrado em abril de 2023.


Quando o país registra saldo negativo em transações correntes, precisa cobrir o déficit com investimentos ou empréstimos no exterior. A melhor forma de financiamento do saldo negativo é o IDP, porque os recursos são aplicados no setor produtivo e costumam ser investimentos de longo prazo. A previsão do BC é que os investimentos diretos no país cheguem a US$ 70 bilhões em 2024, segundo o último Relatório de Inflação, divulgado no fim de março.


No caso dos investimentos em carteira no mercado doméstico, houve saída líquida de US$ 6,675 bilhões em abril de 2024, composta por despesas líquidas de US$ 6,055 bilhões em títulos da dívida e de US$ 620 milhões em ações e fundos de investimento. Nos 12 meses encerrados em abril último, os investimentos em carteira no mercado doméstico somaram ingressos líquidos de US$ 1,4 bilhões.


Fernando Rocha explicou que é característica dessa conta ter ingressos e saídas se alternando, com fluxos mais voláteis, diferente dos investimentos diretos, que são mais estáveis. “Em abril, houve, pontualmente, a saída mais forte do ano [até agora]”, disse.


O estoque de reservas internacionais atingiu US$ 351,599 bilhões em abril de 2024, recuo de US$ 3,409 bilhões em comparação ao mês anterior.

Nível do Guaíba

  O nível do Guaíba, em Porto Alegre, pode levar, no mínimo, 12 dias para ficar abaixo da cota de inundação, de 3 m, conforme apontam projeções divulgadas pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), na quarta-feira (22/5). De acordo com as análises, o Guaíba está em ritmo de recessão lenta e pode ainda ter pequenas elevações nos próximos dias.

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“Todos os rios que estão drenando para Porto Alegre estão com tendência de diminuição, e isso faz com que o Guaíba continue nessa recessão. No entanto, com os novos eventos de chuvas que já estão ocorrendo, pode haver repique, cuja intensidade dependerá do volume dessas chuvas”, afirma o coordenador do Sistema de Alerta Hidrológico do SGB, Artur Matos.

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O pesquisador pontuou que esses repiques são historicamente observados no Guaíba após ocorrências de inundações, o que pode atrasar o retorno à normalidade.

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Ainda segundo Matos, em todas as outras estações monitoradas por meio do Sistema de Alerta Hidrológico das bacias dos rios Caí, Taquari e Uruguai, o nível está reduzindo. Os dados, em tempo real, podem ser acompanhados na plataforma SACE.

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As previsões para o Guaíba, realizadas com base na modelagem elaborada pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e os dados dos Sistema de Alerta Hidrológico foram apresentadas durante a 5ª Reunião da Sala de Crise da Região Sul, promovida pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).

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Lagoa dos Patos

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O volume de águas que passa pelo Guaíba deságua na Lagoa dos Patos, na região sul do estado. No município de São Lourenço do Sul, a estimativa é que o pico da cheia tenha ocorrido entre os dias 17 e 19 de maio, mas começou o processo de diminuição.

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As previsões apresentadas pelo SGB, com base em modelos da Universidade Federal do Rio Grande, indicam que o nível das águas começou a baixar, mas deve voltar a subir a partir do dia 25.

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“Os níveis da lagoa são afetados pelas chuvas que ocorrem nas bacias hidrográficas e pelo volume de rios e outros cursos d’água que deságuam na lagoa, como é o caso do Guaíba, Camaquã e Canal São Gonçalo. O comportamento dos níveis oscila também pela variabilidade da intensidade e direção dos ventos, bem como a influências das marés”, explica a chefe do Departamento de Hidrologia do SGB, Andrea Germano.

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Novo aplicativo indica áreas de risco com ajuda de cidadãos

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O Serviço Geológico do Brasil lançou o aplicativo Prevenção SGB, que permite aos cidadãos obter informações sobre áreas de risco em mais de 1,7 mil municípios mapeados. De forma simplificada, é possível identificar os locais onde existe a probabilidade de ocorrer desastres, como inundações, enxurradas, deslizamentos de terra e quedas de blocos.

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Além disso, o app é colaborativo: as pessoas podem cadastrar as ocorrências de eventos geológicos, a partir de fotos, vídeos e uma breve descrição. As informações irão compor uma base de dados nacionais sobre eventos de desastres no Brasil, contribuindo para o fortalecimento das ações de prevenção, enfrentamento e resposta a desastres.