O TEMPO PASSA E NADA MUDA
Desde
que eu comecei a entender um pouco das coisas, tenho notado que os presidentes
da república se repetem, fazendo exatamente tudo aquilo que criticavam nos seus
antecessores.
Ah,
gritarão alguns: mas sempre foi igual!
Não sei.
Eu só comento e falo sobre aquilo que vi, não sobre o que “me dizem”. Afinal,
não tenho jeito para agir como papagaio.
Assim
como o “Sassá Mutema”, personagem interpretado por Lima Duarte na telenovela O
SALVADOR DA PÁTRIA (Rede Globo, 1989), cada novo presidente que é eleito
sinaliza ter uma poção mágica para resolver todos os problemas do país.
Até
parece que não há nada que estes mágicos não saibam corrigir num simples
“estalar de dedos”. Como se os problemas tivessem um caminho de fácil solução;
e que nasceram e se criaram somente pela incompetência ou pelo desinteresse e
má vontade dos antecessores.
Alguns
destes presidentes inclusive chegaram ao poder sem nenhum preparo profissional
para, sequer, compreender as dificuldades ou saber medir a verdadeira extensão
do estrago que terão que consertar.
Mas,
esta presumida ignorância nunca será obstáculo para que estes “pseudos” mágicos
prometam o impossível para solucionar aquilo que muitas cabeças especializadas
não conseguiram, pois a mentira e a enrolação é sintoma característico do
caráter (duvidoso) destes tipos.
E há
ainda outro “inconveniente” bastante relevante: estes mágicos se cercam de
apaniguados que não tem a menor noção (muito menos conhecimento algum) para
enfrentar tais problemas. Mas discursam com uma convicção de experts no trato
destes temas. Que eles, aliás, não tem a menor competência para solucionar. Nem
mesmo uma “vaga ideia”.
Isto
tudo, somado às alianças políticas costuradas com a inacreditável intenção de
vender a alma ao diabo (sem nunca entregar, é óbvio) – e realizadas com o único
intuito de se eleger – faz com que estes incompetentes mágicos se abracem a
velhos companheiros ignorantes que, um dia, lhes foram fieis. E fazem isso
pelo simples receio de entregar a “chave do cofre” para os novos parceiros,
oriundos destas alianças espúrias.
Sem
contar, ainda, nas patéticas fantasias que tais mágicos costumam vestir para
parecer o que não são (nem nunca foram). Um exemplo bem presente na minha
memória é o caso do ex-presidente FHC: de militante esquerdista exilado,
passando pela atuação ativa na fundação do beligerante Foro de S. Paulo, posou
de liberal para derrotar nas urnas seu “amigo e companheiro” Lula da Silva, a quem
não se cansa de proteger.
Sucessor
de figuras carimbadas da estirpe de José Ribamar Sarney e Fernando Collor de
Mello, ele (FHC) foi abençoado por um cenário internacional favorável e passou
a faixa para o energúmeno Lula da Silva, um bufão que sequer soube aproveitar a
“maré” econômica positiva e pôs em marcha um dos maiores (senão o maior!)
planos para assaltar os cofres públicos. E tanto fez, que conseguiu transformar
velhos e conhecidos delinquentes nacionais em reles ladrões de galinhas.
Depois
dele “caiu de paraquedas” na Presidência da República a erudita Dilma Rousseff,
aquele gênio humano que pretendeu mudar a história científica do universo com a
patética criação da mulher sapiens e mudou a gramática com o ridículo termo
“Presidenta”. O britânico Charles Robert Darwin (o criador da Teoria da
Evolução) ainda se remexia no túmulo quando a nossa presidANTA soltou mais uma.
Desta vez a pérola das pérolas: “estocar ventos”!
Quando o
Brasil acordou e resolveu manda-la embora, foi substituída por seu vice, logo
denominado pelos acéfalos e fanáticos militantes bolivarianos como “golpista”.
Ora,
além do vice (Michel Temer) haver recebido os mesmos 50 e poucos milhões de
votos da candidata principal da chapa vencedora da eleição presidencial de
2014, ainda há o amparo constitucional para desmanchar a ideia ridícula da
existência de um “golpe”. Que somente encontra eco no livre choro de alguns
estúpidos, órfãos do acesso às chaves dos cofres.
E assim,
passa trem, passa boiada, mas a ladroagem explícita nunca tem fim.
Exatamente como dizia a conhecida propaganda da caderneta de poupança do
extinto Bamerindus, no início dos anos 90:
“O tempo
passa, o tempo voa, mas a poupança Bamerindus continua numa boa...”.