Penso o seguinte.
Sexualidade é questão de foro íntimo. Toca a quem nasce com ela ou escolhe ter.
Dentro da casa e de quatro paredes cada um faz com ela o que bem entender.
Lógico, desde que não se exceda a ponto de constranger quem tem ou fez outra escolha.
O que não cabe é fazer da liberdade, libertinagem; do respeito, azo à promiscuidade.
Todavia, ter ou escolher a sexualidade que se queira ter, procurando a mídia e as câmeras para tanto, a bem de posar com "ares de bom moço", francamente, é expediente de gente trêfega, de caráter dúbio, de vitimista que busca justificar a incapacidade, e a incompetência, ou, no caso, um governo fracassado e tirânico, objetivando com isso voltar a se inserir em algum cenário que a própria opinião pública de todo reprova.
Isso é comportamento de desprezível, de quem precisa dizer que é íntegro e se justificar, quando a integridade não precisa ser dita ou justificada, e sim apenas existir em silêncio, sem rufos e tambores.
Nada é tão elegante e tão nobre do que a discrição.
Nunca vi Clodovil precisar dizer em público que era gay, para que fosse reconhecido como brilhante estilista que sempre foi.
Nunca vi Ney Matogrosdo precisar dizer em público que é gay para ser reconhecido como grande cantor que é.
Clodovil e Ney Matogrosso têm um traço em comum: sempre colocaram o caráter, o talento, a capacitação à frente de tudo e nunca colocaram questões de foro íntimo a luz dos flashes e câmeras para fazer lacração.
Isso sim é ser grande!
Isso é ser gigante!
Isso sim é dar o exemplo!
Não vou julgar a escolha ou orientação sexual do (des)governador.
Não tenho esse direito.
Ninguém tem.
Lamento muito, sim, é ele ter buscado fazer isso à luz das câmeras e flashes da turminha da lacração, como se devesse prestar contas a a alguém em relação a esse particular. Fato que lhe torna pequeno e condiz com a estatura de seu governo, o qual deixa, e muito, a desejar.
O (des)governador deve prestar contas é ao povo gaúcho por ter literalmente destruído o Estado com os 103 Decretos Estaduais estapafúrdios, draconianos, inconstitucionais e ilegais que firmou.
Mas, é compreensível de parte de quem não tem argumentos e justificativas menos ainda, buscar outros expedientes para tentar desviar o foco da opinião pública, a qual sabe muito bem discernir e estabelecer as diferenças para não se deixar enganar