Artigo, Pedro Lagomarcino - Sobre a questão da sexualidade do (des)governador Eduardo Leite

Penso o seguinte.

Sexualidade é questão de foro íntimo. Toca a quem nasce com ela ou escolhe ter.

Dentro da casa e de quatro paredes cada um faz com ela o que bem entender.

Lógico, desde que não se exceda a ponto de constranger quem tem ou fez outra escolha.

O que não cabe é fazer da liberdade, libertinagem; do respeito, azo à promiscuidade.

Todavia, ter ou escolher a sexualidade que se queira ter, procurando a mídia e as câmeras para tanto, a bem de posar com "ares de bom moço", francamente, é expediente de gente trêfega, de caráter dúbio, de vitimista que busca justificar a incapacidade, e a incompetência, ou, no caso, um governo fracassado e tirânico, objetivando com isso voltar a se inserir em algum cenário que a própria opinião pública de todo reprova.

Isso é comportamento de desprezível, de quem precisa dizer que é íntegro e se justificar, quando a integridade não precisa ser dita ou justificada, e sim apenas existir em silêncio, sem rufos e tambores.

Nada é tão elegante e tão nobre do que a discrição.

Nunca vi Clodovil precisar dizer em público que era gay, para que fosse reconhecido como brilhante estilista que sempre foi.

Nunca vi Ney Matogrosdo precisar dizer em público que é gay para ser reconhecido como grande cantor que é.

Clodovil e Ney Matogrosso têm um traço em comum: sempre colocaram o caráter, o talento, a capacitação à frente de tudo e nunca colocaram questões de foro íntimo a luz dos flashes e câmeras para fazer lacração.

Isso sim é ser grande!

Isso é ser gigante!

Isso sim é dar o exemplo!

Não vou julgar a escolha ou orientação sexual do (des)governador.

Não tenho esse direito.

Ninguém tem.

Lamento muito, sim, é ele ter buscado fazer isso à luz das câmeras e flashes da turminha da lacração, como se devesse prestar contas a a alguém em relação a esse particular. Fato que lhe torna pequeno e condiz com a estatura de seu governo, o qual deixa, e muito, a desejar.

O (des)governador deve prestar contas é ao povo gaúcho por ter literalmente destruído o Estado com os 103 Decretos Estaduais estapafúrdios, draconianos, inconstitucionais e ilegais que firmou.

Mas, é compreensível de parte de quem não tem argumentos e justificativas menos ainda, buscar outros expedientes para tentar desviar o foco da opinião pública, a qual sabe muito bem discernir e estabelecer as diferenças para não se deixar enganar

Um Banco Central mais preocupado com a inflação

o A principal informação nova no cenário doméstico é a postura do Banco Central, que se mostrou mais preocupado com a evolução da inflação e das expectativas e indica agora a necessidade de ajuste total da taxa Selic. 


o Os dados seguem registrando recuperação da atividade econômica, em especial com o avanço do consumo, tanto de bens quanto de serviços. Assim, revisamos nossa projeção para o crescimento de 2021 de 4,8% para 5,2% e de 2% para 2,2% no ano que vem.

 Um Banco Central mais preocupado com a inflação

o As contas públicas estão sendo beneficiadas pelo crescimento da economia e pela aceleração da inflação. Com o teto de gastos parcialmente preservado e os gastos extraordinários com a pandemia próximos de R$ 130 bilhões no ano, as surpresas com arrecadação levaram a uma revisão relevante do déficit primário para 1,7% e 1,1% do PIB, respectivamente, em 2021 e 2022. A dívida bruta deve atingir 82,1% do PIB neste ano e 83,1% em 2022. 


o O câmbio seguiu em movimento de apreciação relevante, com melhor desempenho que os pares. Os fundamentos externos continuam muito positivos, com expectativa de um superávit da balança comercial em US$ 75 bilhões e saldo em transações correntes também superavitário em 0,5% do PIB. Estimamos uma taxa de câmbio entre R$/US$ 4,7 e R$/US$ 5,3 para 2021 e 2022. 


o Revisamos o IPCA de 5,5% para 6,4% neste ano, desacelerando para 3,3% em 2022 (ante 3,5%). Neste ano, incorporamos a bandeira vermelha II em nosso cenário, além de preços industriais mais pressionados pela alta de commodities e problemas nas cadeias de produção. Mas, avaliamos que ainda há ociosidade na economia e os choques enfrentados neste ano irão se dissipar ao longo dos próximos trimestres. 


o A sinalização de ajuste completo na política monetária deve levar a Selic ao patamar neutro, em 6,5%. Esse nível de juros, em um cenário em que ainda há ociosidade na economia, produzirá efeito baixistas nos núcleos de inflação.


Riscos do cenário global estão mais equilibrados


o As perspectivas favoráveis para a economia mundial têm se consolidado e os riscos estão mais equilibrados quando comparados há uns meses. As preocupações com a pandemia, em especial com as novas variantes, seguirão presentes por algum tempo, mas o avanço da imunização e a adaptação da economia às restrições à mobilidade vão se sobrepondo. A inflação ainda é um risco ao cenário, à medida em que ela pautará o timing e a velocidade da normalização da política econômica – que já avança em alguns países emergentes. 


o O Fed já começou a falar sobre a redução das compras de ativos e antecipou sua expectativa de elevação da taxa de juros, de 2024 para 2023, mas a reação de mercado tem sido contida e organizada. Os preços de commodities começam a se ajustar para níveis mais baixos,  compatíveis com os fundamentos de oferta e demanda, aliviando as preocupações com a inflação, ainda que isso possa implicar menor crescimento aos exportadores de matérias primas. Para os preços de ativos, esse balanço ainda permite condições de liquidez favoráveis aos emergentes – com desempenho das moedas dado pelo diferencial de juros e crescimento, em um ambiente que tende a ser de dólar forte no médio prazo.