A estratégia, que conta com o aval do ex-presidente Lula,
tem o objetivo de manter a mobilização da base social do PT e reproduzir o
discurso de que Dilma e “vítima de um golpe”.
A presidente pediu à sua equipe para “apressar” tudo que
estiver “pronto ou perto de ficar pronto” para ser anunciado antes de a
comissão aprovar a admissibilidade do seu processo de impeachment, em votação
prevista para o dia 6 de maio.
Segundo a Folha, Dilma não quer deixar para Temer
ações e medidas elaboradas durante seu governo. Estão inclusas, por exemplo,
licitações dos aeroportos de Salvador, Porto Alegre, Fortaleza e Florianópolis,
concessões de portos e medidas tributárias como mudanças no Supersimples.
A ordem do Planalto é “limpar as gavetas” e deixar um
governo “desorganizado” para Temer. Neste ritmo, Dilma ainda vai tentar
instalar o Conselho Nacional de Política Indigenista (CNPI), anunciar a
prorrogação da permanência de médicos estrangeiros no programa Mais Médicos,
participar da Conferência Conjunta dos Direitos Humanos e entregar novas
unidades do Minha Casa, Minha Vida no Pará.
Apesar de Dilma e Lula reconhecerem que o governo não tem
forças para impedir a admissibilidade do processo no Senado, ambos acreditam
que ela será inocentada ao fim do julgamento, no Plenário da Casa.
Parlamentares do PT e o próprio ex-presidente Lula, porém, avaliam que após o
afastamento de Dilma, o quadro vai ficar “muito difícil” e, mesmo que ganhe no
julgamento, ficará sem condições de governabilidade.
Por outro lado, os 180 dias de Temer no poder terão forte
presença de movimentos sociais nas ruas, greves e parlamentares petistas
freando as ações do peemedebista.
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S.Paulo