Eu encaro esta arapuca armada ontem pelo presidente Donald Trump contra Volodymyr Zelenski, no Salão Oval da Casa Branca, a um acontecimento igual ou pior do que o Acordo de Munique.
Só para lembrar:
O Acordo de Munique aconteceu em 30 de setembro de 1938, quando Alemanha, Grã-Bretanha, França e Itália chegaram a um acordo que permitiu a anexação alemã da Sudetenland, conhecido mais como Sudetos, no oeste da Tchecoslováquia
Os governantes entregaram o território tcheco, julgando aplacar avanços militares de Hitler por mais territórios, na sua suicida política de incorporar países de fala ou de interesses alemães, o chamado espaço vital ou lebensraum.
Trump quer que Zelenski entregue 1/5 de do novo território conquistado nesta guerra atual, sem considerar território que o ditador comunista Vladimir Putin, há 20 anos no Poder, já tomou.
Pois bem:
Ontem, Zelenski foi convidado pela Casa Branca para assinar um acordo pelo qual entregaria aos Estados Unidos praticamente a metade das suas reservas minerais, mas além disto concordaria em entregar para os russos os 20% de território ocupado pelo avanço russo na guerra, sob ameaça de perder o apoio americano, tudo sob pretexto de quitação de dívidas de guerra.
Um diktakt completo.
Na reunião, Zelenski, na frente de todos, inclusive da televisão, bateu boca com Trump, que irritado só faltou expulsá-lo do Salão Oval.
Bom para o ditador Vladimir Putin, que desde o início do atual governo Trump, tem recebido provas continuadas de apoio nessa sua guerra fascionazicomunista de conquista.
O invasor é a Rússia, uma ditadura antiocidental, e não a Ucrânia, uma democracia pró-ocidental.
Qualquer justificativa de Trump para armar esta odienta arapuca de ontem é inaceitável.
E foi uma arapuca, sim, porque chefes de Estado não fazem reuniões púbicas sem que antes tudo tenha sido acertado pelos seus diplomatas, a não ser que o anfitrião queira constranger, humilhar e submeter o convidado, como foi o caso.
Ao apoiar o invasor russo que busca ampliar seu território, em busca de cumprir o princípio nazista do espaço vital, Donald Trump abre a guarda pasra que a ditadura comunista chinesa invada e anexe Taiwan.
Eu sinto ter que fazer este tipo de análise, mas apenas não sou cego, surdo e mudo diante de episódios indignos como os que apreciamos hoje ao vivo e a cores.