Terremoto de magnitude 7,1 deixa 50 mortos (contagem provisória, 18h09min) no México

Feridos são atendidos no meio da rua, em meio a milhares de pessoas alarmadas.

Há pelo menos 50 mortos em 3 estados. 27 prédios caíram na Cidade do México. Há incêndios e pessoas presas nos escombros.

Há 32 anos, terremoto de proporções iguais matou 10 mil pessoas.

O forte tremor foi registrado no México na tarde desta terça-feira (19). O Serviço Geológico dos EUA (USGS) detectou terremoto de magnitude 7,1 com epicentro perto da cidade de Izucar de Matamoros, que fica ao sul da Cidade do México, às 15h14 (hora de Brasília).

As fotos e vídeos que o editor recebeu ainda há pouco são dramáticas, já que milhares de pessoas estavam nas ruas enquanto prédios tremiam e alguns desabavam em plena rua.

Luiz Carlos Mendonça de Barros - Finalmente, o consenso chegou

Luiz Carlos Mendonça de Barros - Finalmente, o consenso chegou

A divulgação pelo Banco Central de sua estimativa para a variação do PIB no último mês de julho consolidou a certeza de que a recuperação cíclica da economia faz parte agora do metabolismo da economia brasileira. Foi um número muito forte e, mais uma vez, deixou a comunidade dos analistas sem explicações. O IBC-BR variou entre julho e junho 0,41%, contra uma média de projeções de 0,10%. Este número juntou-se a vários outros indicadores já conhecidos, aumentando a certeza de que 2018 será um ano em que a volta do crescimento chegará de forma inconteste - embora desigual - aos brasileiros depois de três anos terríveis. A volta do crescimento e a melhora do sentimento de bem-estar econômico da sociedade são fatores importantes para que tenhamos nas eleições de 2018 a possibilidade de construir um governo responsável e que tenha condições para levar adiante uma agenda de mudanças na economia e na política. Com a economia crescendo algo perto de 4% ao ano no período das eleições, o espaço para a demagogia - à direita e à esquerda - se reduz muito. Por outro, fortalece os candidatos - sejam eles quais forem - que se apresentarão com a agenda de continuidade de uma política econômica correta e da busca de reformas estruturais. Neste sentido, usando a imagem muito feliz do ex-presidente FHC, a verdadeira pinguela para dias melhores foi a recuperação cíclica que estamos vivendo. O governo Temer, apesar dos gravíssimos problemas políticos que está vivendo, foi fundamental para a construção desta pinguela por ter dado força e liberdade à equipe econômica liderada por Henrique Meirelles. O novo governo a ser eleito em 2018 vai herdar uma situação macroeconômica invejável e que permitirá uma ação de mais longo prazo. Vejamos os principais indicadores ao iniciar-se o novo governo: Maior crescimento trará um aumento de arrecadação do governo federal da ordem de R$ 150 bilhões anuais ? Contas externas em situação de grande equilíbrio, com saldos comerciais expressivos e um déficit insignificante na conta corrente; ? Como resultado desta situação, teremos uma avaliação muito positiva em relação ao risco país, apesar das notas ainda bem baixas das agências de risco; mas, todos nós sabemos que as agências de risco estão quase sempre defasadas - para mais e para menos - em relação à avaliação dos investidores; ? Com esta situação externa favorável, a taxa de câmbio ficará ancorada e os riscos de uma desvalorização cambial de maior porte muito difícil de ocorrer; ? Pelo contrário, caso as primeiras pesquisas eleitorais reflitam uma possibilidade de vitória de um candidato com uma plataforma pró-mercado, o movimento do real será de valorização em função da situação da conta corrente e da maciça entrada de capitais de investimento externo que deverá se seguir pós eleições; ? No campo da inflação, com a existência ainda de um hiato do produto e redução dos mecanismos de indexação, também teremos um período inicial do novo governo com muita tranquilidade; ? Além disto, nesta situação, o Banco Central terá todas as condições de agir com sucesso, caso qualquer distúrbio maior ocorra; ? O mercado de trabalho estará também bastante favorável, com os níveis ainda altos de desemprego agindo como um inibidor para movimentos de elevação dos salários acima dos índices de produtividade. Mesmo a questão central de nosso desequilíbrio macroeconômico - as contas públicas - deverá refletir algum alívio com o aumento da arrecadação de impostos em função da maior atividade econômica. Avaliações de hoje nos permitem falar em um aumento da arrecadação no governo federal de algo como R$ 150 bilhões anuais. Encerrando, o acompanhamento, por várias décadas, da economia brasileira me ensinou que uma de suas características mais marcantes é a extrema dependência do estágio do ciclo econômico a cada momento da história. São várias as razões para esta dependência, como o caráter ciclotímico de nossos agentes econômicos, sempre variando do excesso de confiança no futuro e depressão nos momentos de crise. Por isto o risco do populismo é tão grande, como ocorreu no segundo mandato de Lula e no período Dilma. Este comportamento é magnificado pelo fato de, como não temos poupança interna, termos uma dependência muito forte da entrada de capitais externos para equilibrar nossas contas cambiais. Desta forma, os movimentos de euforia e depressão afetam fortemente a taxa de câmbio e acabam por aumentar a intensidade dos ciclos de expansão e crise. Neste sentido, o fato de um novo governo assumir o poder na fase de contração do ciclo econômico, com a crise mais aguda já controlada, é uma marca fundamental para o seu sucesso. Isto ocorreu no primeiro mandato do presidente Lula e sabemos os resultados positivos que desta situação particular decorreram. Certamente poderemos repetir esta situação favorável em 2019. Outro fator que me torna otimista para o futuro é que a agenda de reformas estruturais, que serão necessárias para transformar a recuperação cíclica de hoje em um movimento mais perene, é hoje conhecida da opinião pública. Nos últimos anos de crise este debate foi muito rico no Brasil e a grande maioria das reformas tem hoje um maior conhecimento de todos. 

2º turno: Intenção de voto estimulada

2º turno: Intenção de voto estimulada

CENÁRIO 1: Lula 41,8%, Aécio Neves 14,8%, Branco/Nulo: 39,6%,
Indecisos: 3,8%.

CENÁRIO 2: Lula 40,6%, Geraldo Alckmin 23,2%, Branco/Nulo: 31,9%, Indecisos: 4,3%.

CENÁRIO 3: Lula 41,6%, João Doria 25,2%, Branco/Nulo: 28,8%,
Indecisos: 4,4%.

CENÁRIO 4: Lula 40,5%, Jair Bolsonaro 28,5%, Branco/Nulo: 27,0%,
Indecisos: 4,0%.

CENÁRIO 5: Lula 39,8%, Marina Silva 25,8%, Branco/Nulo: 31,3%,
Indecisos: 3,1%.

CENÁRIO 6: Jair Bolsonaro 28,0%, Geraldo Alckmin 23,8%, Branco/Nulo: 40,6%, Indecisos: 7,6%.

CENÁRIO 7: Marina Silva 28,4%, Geraldo Alckmin 23,6%, Branco/Nulo: 41,5%, Indecisos: 6,5%.

CENÁRIO 8: Jair Bolsonaro 32,0%, Aécio Neves 13,9%, Branco/Nulo: 46,4%, Indecisos: 7,7%.

CENÁRIO 9: Marina Silva 33,6%, Aécio Neves 13,0%, Branco/Nulo: 47,3%, Indecisos: 6,1%.

CENÁRIO 10: Jair Bolsonaro 28,5%, João Doria 23,9%, Branco/Nulo: 39,2%, Indecisos: 8,4%.

CENÁRIO 11: Marina Silva 30,5%, João Doria 22,7%, Branco/Nulo: 39,9%, Indecisos: 6,9%.

CENÁRIO 12: Marina Silva 29,2%, Jair Bolsonaro 27,9%, Branco/Nulo: 36,7%, Indecisos: 6,2%.


Artigo, Tito Guarniere - Em quatro anos, só metade das empresas sobrevivem

Segundo líderes sindicais, a maioria dos juízes trabalhistas e procuradores do Ministério Público doTrabalho, os empregados são a parte fraca das relações de trabalho, e por isso precisam ser protegidos. Protegidos de quem? Dos seus empregadores, os patrões abomináveis, cujo prazer é infernizar a vida dos seus empregados, com exigências absurdas, salários vis e uma lista completa de vilanias e maldades.
Não deixa de ser uma forma bastante confortável de ver o mundo do trabalho: uma luta entre o bem (os trabalhadores) e o mal (os patrões). O dualismo dispensa qualquer raciocínio e resolve desde logo todos os conflitos. Como todos sabemos, raciocinar exige método, persistência, leitura e tudo isso é muito cansativo.
O que explica as relações do trabalho, portanto, em tal visão, é uma irrefreável propensão dos patrões para esfolar os seus empregados, fazendo-os trabalhar o máximo, pagando o mínimo. Não deixa de ser verdade. Tão verdadeiro (e legítimo) quanto os trabalhadores também querem trabalhar o mínimo e mais confortavelmente e ganhar o máximo.
Ao explorar os seus empregados, os patrões ganham mais, desfrutam de certos confortos, adquirem o carro do ano, moram em boas residências, pagam planos privados de saúde, matriculam os filhos nas melhores escolas, fazem viagens inesquecíveis. Vivem melhor, certo?
Mas se é simples assim, porque os empregados continuam empregados, porque persistem na vida de sofrimento e exploração? Porque não se tornam eles mesmos patrões e passam a usufruir das vantagens do patronato? Não sei que resposta dirigentes sindicais, juízes trabalhistas e procuradores do MPT costumam dar para a questão elementar.
Ignoram aqueles protagonistas que abrir um negócio próprio não é para qualquer um. É preciso constituir capital, cumprir as exaustivas regulações, contratar funcionários, instalar a empresa, fazê-la funcionar. Em 30 dias o novo empresário começa a cair na real: terá de pagar salários, tributos, encargos sociais, trabalhistas e previdenciários, Terá de vender produtos ou serviços, enfrentar a concorrência, tantas vezes predatória e desleal.
Não sabem aqueles protagonistas - e nem querem saber - que uma parcela enorme de todos os empresários trabalha comumente de 12 a 14 horas por dia, mais do que o dobro que qualquer servidor público, muitas vezes sem férias, sem descanso semanal em sábados, domingos e feriados.
Em breve o novo patrão baterá de frente com a dura realidade: nem tudo depende do seu esforço pessoal e capacidade de trabalho. Há as crises cíclicas, os maus governos, os calotes. Há a Justiça trabalhista que lhe consumirá, em ações dos seus empregados, uma parcela valiosa do seu suor, esforço e conta bancária.
Não é por outra razão que após quatro anos só metade das empresas brasileiras sobrevive. Mas dirigentes sindicais, juízes trabalhistas (a maioria) e procuradores do Ministério Público do Trabalho, não estão nem aí para as dificuldades das empresas e dos empresários. Talvez um dia venham a descobrir que sem patrões e empregadores não há trabalhadores para proteger.
titoguarniere@terra.com.br


Artigo, Marcelo Aiquel - Serão tontos, burros ou mal intencionados ?

          Já se passaram alguns dias desde o depoimento do Lula da Silva na Justiça Federal de Curitiba; daquele “patético show teatral” que o ex-presidente proporcionou ao Brasil.
         Também se passaram alguns dias desde o encerramento prematuro da exposição de “arte” (e vulgaridade) no Espaço Santander Cultural, em Porto Alegre.
         Neste          curto espaço de tempo – decorrido do “show teatral” do Lula da Silva e do polêmico debate sobre a pertinência da “arte” exposta – muita coisa aconteceu:
         a) Todas as notícias e comentários foram unânimes em criticar a postura arrogante e debochada do chefão do PT. Ah, esta mídia tendenciosa só tem prazer em detonar “injustamente” o coitadinho do ex-presidente, não é?
         b) Já sobre o assunto da exposição de “arte”, o Banco Santander retirou o patrocínio (por que será, hein?) da mostra e a Justiça Federal negou liminarmente sua reabertura.
         Então, fiquei pensando porque ainda tem gente que se põe a defender ferrenhamente, tanto um caso como o outro?
         Deve ser porque, segundo o saudoso dramaturgo Nelson Rodrigues “toda unanimidade é burra”. Deve ser. Ou só pode ser.
         Se não for por esta razão, juro que não sei por quê? Ou será que sei!
         BINGO!
         Eu aprendi desde muito cedo que sempre existirão aqueles que gostam de chamar a atenção para si. Muitos destes fazem questão de dar o passo em desacordo com a tropa. Outros, dançam samba quando o som é de Rock. Ou rumba quando a orquestra toca valsa.
         Descontando o fato de que são pessoas que tem por objetivo principal “aparecer” (o mais fácil seria pendurar uma melancia no pescoço, não acham?), me pergunto: Serão tolos, burros, ou mal intencionados?
         Pois, não é compreensível (à luz da razão) que tais pessoas ajam normalmente sem “se tocarem” do ridículo que assumem ao abraçarem certas causas.
         Quando não se dão conta, entram pela porta da frente no rol dos tolos, pobres ignorantes que não imaginam sequer onde pisam.
         Mas, jamais podemos esquecer-nos daqueles que buscam algum proveito (próprio ou para terceiros) quando resolvem “jogar pra torcida”. Estes são os “mal intencionados”.
         É evidente que existem simpatizantes do amarelo. Senão, o azul reinaria sozinho.
         Só que a boa educação ensina que o respeito deve pautar mesmo as paixões contrárias. Ou então viveremos como animais irracionais.
         A verdade é que a fé cristã ensina que o perdão deve ser concedido a todos, mas também sabemos que o céu não é lugar ideal para abrigar os “mal intencionados”.
         Para os tolos, burros, e iludidos – com certeza – a misericórdia divina há de alcançar o perdão. Porém, aos mal intencionados, não.
         Durante muito tempo, ao ler a Bíblia não compreendia a quem as escrituras sagradas se referiam, quando a palavra divina dizia, ao falar sobre o julgamento final: “...e haverá choro e ranger de dentes...”.
         Hoje entendo perfeitamente que não fazia referência aos tontos, nem aos burros, e tampouco aos enganados, iludidos.

         Quem viver, verá!