Hospital Universitário de Canoas, sob intervenção da prefeitura, ganha Comitê Gestor

 Depois de quase dois meses de ingerência, os diretores e a Comissão de Intervenção do Hospital Universitário de Canoas (HU) apresentaram um balanço da gestão desde 27 de maio. Com mais de R$ 4 milhões investidos na compra de insumos e medicamentos, assim como relevantes contratações na área médica, assistencial e administrativa, o diretor técnico Paulo Nader comunicou a transformação do Comitê de Crise em Comitê Gestor.

O novo formato conta com participação das coordenações médicas e áreas de apoio, diretores e interventores nomeados pela Prefeitura de Canoas. O anúncio foi feito na presença do prefeito em exercício, Nedy de Vargas Marques.

“Hoje vivemos outro momento no HU, com a aquisição de equipamentos e implementação de rotinas que buscam em conjunto qualificar os atendimentos prestados à população”, ressalta Nader. Assim como o diretor, o prefeito em exercício de Canoas comemora os avanços.

“Estou encantado de ver os médicos ao nosso lado. O Comitê tem o nosso respaldo e pode contar com a Prefeitura”, comentou o prefeito. Ele ressaltou a importância dos interventores e direção hospitalar atuarem em parceria com o corpo clínico para a reestruturação do hospital.

O diretor médico e cardiologista Antonio Helder Loiola Amorim, aproveitou para destacar que o Comitê tem conseguido dar apoio para as melhorias do HU assim como têm a finalidade de seguir sendo ouvido. “Contamos com a expertise do doutor e diretor técnico, Paulo Nader, que conseguiu estabelecer a conexão do corpo clínico com a Intervenção”, comemora.

A diretora assistencial do HU, Luciana Feldens, também destacou que o grupo diretor em conjunto com a Comissão de Intervenção têm trabalhado em cima dos indicadores e na formulação de propostas de melhorias. “Fiquei muito feliz de chegar aqui no hospital e fazer parte de uma gestão que atua de forma horizontal”, frisa a enfermeira.

 Crônica de Vitor Bertini - Dona Nair

A gritaria não era novidade. Novidade eram as pedras e pauladas distribuídas entre as casas da vizinhança.

– Mãe, chama a polícia.
– Apaga a luz e vai ver se a porta dos fundos está trancada, minha filha.
– Mãe…
– Eu já disse que não queria ver você falando com este rapaz.
– Eu não falei com ninguém. De onde você tirou isso?
– Ele gritou seu nome.;
– Mãe, chama a polícia. Nesse estado, ele grita qualquer coisa.
– Eu não vou chamar a polícia, sou amiga da Nair.

Todos moravam no Bairro do Céu, uma região da cidade infestada de casas, minúsculos armazéns e gente. Muita gente.

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Vitor Bertini/ https://bertini.substack.com/ https://vbertini.blogspot.com// bertini.vitor@gmail.com

Mario Vargas Llosa, Estadão - Na América Latina, com algumas exceções, as edições piratas estão se multiplicando

Amir Valle, escritor cubano exilado na Alemanha, me enviou seu livro, La estrategia del verdugo, que ganhou o Prêmio Carlos Alberto Montaner de ensaio, sobre os abusos cometidos contra escritores em Cuba. Eu o li de imediato, algo que não fazia há muitos anos com os textos daquela ilha, a qual Virgilio Piñera assim apostrofou: "a maldita circunstância da água por toda parte me obriga a sentar à mesa do café". Foi escrito às pressas e tem erros, mas cumpre à risca seu objetivo: denunciar os abusos que são tramados contra os direitos dos autores na ilha.

Em todos os países onde o Estado assume o controle da vida econômica - Estados comunistas ou certas ditaduras militares - acontece a mesma coisa. É insano pensar que os burocratas dedicados à ignóbil tarefa da censura pudessem deixar passar uma única frase contra o regime, o que os indisporia com seus senhores. Em Cuba, desde o início da revolução, esta era uma realidade sem exceções.

Nos países capitalistas geralmente não há censura à imprensa - exceto em ditaduras como a espanhola nos tempos de Franco - e tudo fica nas mãos do mercado. Livros que despertam certo interesse do público costumam ser disputados por editoras independentes com ofertas em dinheiro, mas é um equívoco pensar que todos os países capitalistas são idênticos nesse aspecto, pois há grandes diferenças entre os Estados Unidos, por exemplo, e a Inglaterra e a França, onde ensaios pouco atraentes para as massas de leitores conseguem encontrar alguma editora, o que é muito mais difícil nos Estados Unidos. De qualquer forma, nestes últimos países não há censura prévia, nem censura em sentido amplo, e os leitores que se sentem afetados pelos textos podem entrar na justiça em busca de reparação. Vai depender muito da cultura do público e de suas demandas e exigências, mas seus textos, embora publicados com tiragens relativamente baixas, em geral, sempre encontram uma editora. Depende da qualidade do livro - e esta, se for alta do ponto de vista literário, não costuma ser um obstáculo à sua divulgação (poesia, por exemplo).

Isso, em grande parte, torna a atmosfera desses países muito mais respirável do que a das ditaduras socialistas "cercadas de água" e de polícia cultural, como lembram Virgilio Piñera e Guillermo Cabrera Infante no colofão do livro. Suas páginas, além disso, estão repletas de julgamentos oficiais de extraordinária ferocidade, em que escritores rebeldes podem ser condenados a penas de prisão de quinze ou vinte anos, quando excedem sua crítica (e seus livros, desnecessário dizer, nunca são publicados).

De resto, nos últimos anos, novas sociedades se abriram ao mercado livreiro, de solvência incerta: a China por exemplo, ou os países árabes, onde, por dificuldades linguísticas, é difícil controlar os tradutores, um acréscimo adicional aos problemas das traduções (muitas vezes os textos originais passam por retradução do inglês).

Na América Latina, com algumas exceções como Chile, Argentina e México, e na África, as edições piratas estão se multiplicando por todo o continente, com o consequente prejuízo aos autores, que às vezes recebem direitos autorais ridículos por seus livros publicados. Editores que honram contratos muitas vezes reclamam que as edições piratas também os prejudicam, e certamente estão certos, sobretudo quando os juízes, chamados a intervir, renegam suas funções ou as adiam ao infinito.

Saber que tudo o que se publica - revistas, jornais, livros, filmes e programas de televisão e rádio - é cuidadosamente censurado tem o efeito de desmoralizar as pessoas, que sabem que tudo o que leem foi previamente revisado por funcionários do governo, que tudo o que foi impresso ou filmado traz a marca indelével da distorção e da acomodação. Isso muitas vezes é "irrespirável" e obriga os países comunistas e as ditaduras militares a serem extremamente prudentes ou imprudentes com essa função, que em geral aumenta a dissidência ou a indiferença pública, algo que todos os países sem livros mas livres sofrem e sonham com sua libertação. Em Cuba, por exemplo, há os autores que a Revolução encoraja a ir para o exílio em vez de puni-los por sua desobediência - Amir Valle descreve o tema em detalhes - e os escritores a quem o regime permite certa independência, autorizando-os a usar editoras ou agências estrangeiras, embora deduzindo parte ou a totalidade dos benefícios econômicos derivados de sua situação. Entendo que é o caso, bastante dramático, de Leonardo Padura, autor de O Homem que Amava os Cachorros, sobre a morte de Trotsky, um romance magnífico, aliás.

Esse problema não existe na Europa Ocidental e na Europa Oriental está em processo de solução, então os escritores não têm problemas (desde que tenham agentes ou editores). Mas esta é apenas uma parte muito minoritária do mundo, e no resto os autores muitas vezes são maltratados e enganados, porque publicados sem permissão, com traduções bárbaras e sem que seus direitos sejam respeitados. (Lembro-me muito bem de uma aluna da Universidade de Moscou que veio me entrevistar, a quem perguntei sobre a qualidade de minhas traduções para o russo. Sua resposta foi categórica: "tudo execrável e não apenas por motivos políticos". Foi também o que me disse meu editor em Moscou, e ele se limitou a dizer que da próxima vez procuraria tradutores melhores para meus ensaios e romances).

O direito de expressar opiniões livremente é cortado nas ditaduras ideológicas e militares e é isso que diminui a adesão a esses governos. De fato, é muito difícil dialogar ou criticar algo quando você está de boca e cabeça fechadas ou recebe longas penas de prisão por essa crítica. As adesões que se alcançam por meio desse sistema são fictícias, superficiais. Muitos dos escritores que visitamos nos países socialistas se encarregam de realizá-la e, em diálogos privados com eles, adeptos e beneficiários do sistema, ouvimos a confissão desses "cativos", que nos revelam que "não podem fazer outra coisa" senão mentir e enganar, "dadas as circunstâncias". Difícil saber o que pensar: são verdadeiros heróis, que enganam o sistema? Ou cínicos que mentem para todos e nem sabem mais quando dizem a verdade?

O sistema democrático nem sempre é exemplar: tende a ter gigantescas disparidades de renda e nem sempre se baseia no que os mais beneficiados contribuem para o sistema, para não falar dos juízes injustos ou cínicos, que se aproveitam de sua posição para enriquecer, ou das autoridades que também se beneficiam dos cargos que ocupam, além de mil outras coisas. Mas neste campo não há a menor dúvida: a democracia é mil vezes preferível a um regime sem liberdade de expressão, onde todos os abusos podem ser perpetrados e jogados contra "os traidores do sistema". No entanto, é óbvio, pelo livro de Amir Valle e outros que se debruçam sobre essas questões, que a liberdade é preferível à censura, que testemunhei com o meu primeiro livro de contos, quando foi necessário ir a um pequeno escritório em Madri, que não tinha o menor indício de ser repartição de Estado, onde era preciso deixar um manuscrito, que era devolvido dias depois com indicações de palavras que teriam de ser suprimidas ou alteradas por serem intoleráveis ao regime. Uma das que me obrigaram a mudar naquele livrinho de contos foi É falleba', para a minha surpresa, porque não sei como uma É maçaneta da porta' poderia afetar o regime de Franco.

 

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Novo do RS fará convenção neste sábado

 No próximo sábado (23), o partido Novo fará a convenção estadual do Rio Grande do Sul com a presença do pré-candidato à vice-presidência da República, Tiago Mitraud, para confirmar a chapa Ricardo Jobim e Rafael Dresch na corrida ao Palácio Piratini. Na ocasião também serão anunciadas as 20 candidaturas para deputado estadual e seis para federal.


O evento inicia às 14h30, no Hotel Quality Porto Alegre, no bairro Moinhos de Vento. Entre os candidatos a deputado federal, concorrem Marcel Van Hattten, Fábio Ostermann, Franciele link, Sâmila Monteiro, Henrique Zeilmann e Charles Schulle.



Quem é Tiago Mitraud:


Tiago Mitraud é Deputado Federal de primeiro mandato, eleito pelo Partido Novo de Minas Gerais com 71.901 votos. É líder do NOVO na Câmara dos Deputados e presidente da Frente Parlamentar da Reforma Administrativa. É também líder do Livres, RAPS e RenovaBR. 

Antes de ingressar na política, foi Diretor Executivo da Fundação Estudar, onde trabalhou por 7 anos. Anteriormente, presidiu a Brasil Júnior (Confederação Brasileira de Empresas Juniores). Tem formação em Administração pela UFPR, onde graduou-se em primeiro lugar da turma, e concluiu o Programa de Desenvolvimento de Lideranças da Harvard Business School.

Vendas em lojas de shopping no inverno devem crescer 7% em relação ao ano passado

ALSHOP registra movimentação mais alta do que o esperado para o período e vendas crescem no inverno com expectativa de aumento de até 7% até agosto

Mesmo que o inverno de 2022 não pareça ser tão rigoroso, até agora, a movimentação do comércio de shopping está mais alta do que o esperado. O movimento de pessoas já cresceu 15% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo um levantamento da ALSHOP (Associação de Lojistas de Shopping) que tem pouco mais de 40.000 associados no país. "A recuperação de público já era esperada até mesmo em função do fim das restrições impostas pela pandemia e, agora, com as férias escolares e a retomada das áreas de lazer e exposições nos shoppings, mas notamos maior público nos shoppings, uma recuperação mais forte das áreas de alimentação e mesmo com a inflação um consumo mais forte", explica Luís Augusto Ildefonso, diretor de relações Institucionais da ALSHOP. 

A movimentação no comércio como um todo deve representar uma venda de R$ 13,76 bilhões entre maio e agosto, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo – CNC. 

Além da volta das áreas de lazer e exposições, as férias escolares e a temporada de inverno levam mais clientes aos shoppings em busca de promoções. O inverno começou oficialmente em 21 de junho e mesmo com preços mais altos e uma temporada menos rigorosa em temperatura, as vendas vêm crescendo. “Por ser uma estação curta, o inverno faz com que muitos lojistas coloquem em promoções mercadorias com preços convidativos de produtos novos e, também, de peças remanescentes do inverno do ano passado. Essa estratégia ajuda os vendedores a trazerem mais consumidores para dentro das lojas, assim vendendo ainda mais”, completa Ildefonso. 

Segundo o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, que tem como base a Pesquisa Mensal de Comércio – PMC e a Pesquisa Mensal de

Serviços – PMS, as vendas durante o inverno geralmente registram um acréscimo médio de até 9,2% na comparação com as estações da primavera e outono. 

“Muitos produtos são ofertados com descontos atrativos e praticamente a temporada de vendas já se inicia com liquidações. Se o período de dias com temperaturas baixas se prolongar, o comerciante pode manter os preços cheios elevando sua receita. Caso tenhamos alternância de dias frios com dias mais quentes os preços terão descontos ainda maiores”, ressalta Ildefonso. 

Desafios e empregabilidade até o fim do ano 

Apesar dos bons números, os desafios da economia seguem no radar dos lojistas de shopping que enfrentam dificuldades com a logística de alguns produtos, a inflação impulsionada pela alta recente dos combustíveis e do dólar que segue em um patamar acima dos R$ 5.

Apelos do Congresso em Foco

 Este apelo de ajuda viraliza nas redes sociais:

Pessoal, o Congresso em Foco está precisando muito da sua ajuda. As ameaças que sofremos não apenas abalaram emocionalmente a equipe, mas implicaram novos gastos com advogados, segurança digital e mesmo com a saúde mental da equipe. Então, estamos apelando a vocês para que nos ajudem a continuar fazendo o jornalismo de qualidade que fazemos há 18 anos. Nós iniciamos uma campanha no Catarse e há também a possibilidade de doação por PIX. No caso do PIX, a chave é o email financeiro@congressoemfoco.com.br. Nos ajude como puder, e com quanto puder!

A postagem de Bibo Nunes

 O corporativismo no judiciário impressiona. Como uma juíza que diz que a bandeira nacional é propaganda política para Bolsonaro, pode ser considerada em condições de julgar? Revelou seu viés partidário perante o Brasil. É crime um juiz participar de atitudes politico partidárias. O Brasil ficou chocado com as declarações dela, que só maculam a imagem do poder judiciário. Lamentável é o corporativismo intrínseco na Ajuris, mostrando total falta de bom senso. Vergonha para o povo brasileiro, basta ver a repercussão em todo o Brasil.

Governo prepara novo decreto para cortar IPI de 4 mil produtos

O governo prepara um novo decreto para reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A ideia é substituir o corte anterior, questionado no Supremo Tribunal Federal (STF). 

A redução será de 35% e incidirá sobre 4 mil produtos não fabricados na Zona Franca de Manaus. 

Com o novo decreto, o Ministério da Economia quer resolver o imbróglio jurídico e político iniciado depois do anúncio do primeiro corte do imposto. Em fevereiro, o governo fez uma primeira redução de 25% no tributo, valendo para todos os produtos, com exceção de cigarros.

Fabricantes globais veem melhora em oferta de componentes eletrônicos

 Hyundai, a fabricante de robôs industriais ABB e a Electrolux estão vendo uma redução na falta de chips no mercado, disseram executivos das empresas nesta quinta-feira. A ABB, uma grande fornecedora da indústria automotiva, também mencionou melhora na oferta de semicondutores. A fabricante finlandesa de equipamentos de telecomunicações Nokia também mencionou que espera que a escassez global de semicondutores diminua ainda este ano

Um aumento da oferta de chips reduzirá um problema grave de uma indústria que também está enfrentando inflação de matérias-primas e energia e taxas de juros crescentes que estão pesando sobre a demanda do consumidor.

A capacidade de produção dos fabricantes de chips está aumentando, disse a ABB, enquanto a demanda de outros setores, como eletrônicos de consumo, parece menor, permitindo que mais chips fiquem disponíveis aos clientes industriais como a ABB.