A política econômica de Jair Bolsonaro não mostra resultados brilhantes e suas premissas estão sendo questionadas. A saída de recursos externos da Bolsa bate recordes e o investimento privado continua muito abaixo do necessário para impulsionar a atividade, e portanto o emprego. E este é uma variável que pode fazer andar ou desandar o humor da galera. Diante do problema, o governo foge para adiante. Chama a rua.
Na teoria as reformas já realizadas e a queda dos juros da dívida pública deveriam atrair investimentos e estimular o consumo. Na prática ou não está acontecendo ou vai indo muito devagar.
Responsabilizar o Congresso pela pasmaceira econômica é moleza, no país em que o senso comum foi envenenado pela mistificação de que tudo é culpa “dos políticos”. Será? Desde o impeachment de Dilma Rousseff o Legislativo entregou aos governos Michel Temer e Jair Bolsonaro os três pilares mais pedidos: o teto de gastos, a mudança nas leis trabalhistas e, principalmente, a reforma da previdência com o exigido 1 trilhão de economia em dez anos.
Aparentemente a noiva (o governo) embelezou-se para o casamento mas o noivo (o capital) está demorando para aparecer na porta. E o público começa a desconfiar. A orquestra e os cantores precisam caprichar para não deixar a peteca cair. Claro que se for dado tempo suficiente é provável que a noiva chegue. Mas na política o tempo é uma variável fora do controle dos economistas, está mais na alçada dos políticos.
E há o imprevisível, sempre muito difícil de prever. O novo coronavírus não parece ser ainda uma gripe espanhola, mas tampouco é um surtozinho de gripe comum. E traz com ele a desaceleração dos negócios pelo mundo. A China pelo jeito conseguiu estancar a expansão interna do contágio, mas o vírus e junto o breque nos negócios vão firmes para cobrir o planeta. Fingir que não é grave ajuda no discurso, mas os fatos, sempre eles, são teimosos.
O horizonte econômico não parece bom. E o governo dá sinais de enveredar para justificativas exóticas, como o “PIB privado”, e o apelo à mobilização da base. É sempre uma saída, mas talvez a correlação de forças atual não ajude. O dia 15 será puramente bolsonarista, e mesmo se mostrar alguma força exibirá junto algum isolamento. E já foi notado semana passada: uma vez desencadeada a dinâmica de rua é bobagem achar que tudo estará 100% sob controle.
O governo Jair Bolsonaro nunca teve obstáculos políticos reais. Como previsto, eles começam a aparecer na economia. Em vez de tentar resolver o governo cria problemas também na política. Se der certo será o caso de reescrever todos os manuais.
*
A pouca paciência para a negociação política tem seu charme, mas também tem custo. O rompimento do presidente da República com o PSL está se mostrando algo assim não tão brilhante.
A Aliança pelo Brasil vai num ritmo muito abaixo do que previam seus inspiradores, articuladores e operadores. A eleição de 2020 já era. Talvez seja algo precipitado dizer, mas na velocidade que vai é bom o pessoal acender a luz amarela para 2022.
Alon Feuerwerker (+55 61 9 8161-9394)
Artigo, Fábio Jacques - A Fake News da CPMI.
Manter-se-á viva por aparelhos por mais 90 dias a ridícula, inútil, dispendiosa e eminentemente tendenciosa CPMI das Fake News. Foi a decisão do Davi Alcolumbre em resposta a um pedido do pornodeputado Alexandre Frota.
Esta CPMI tem um só propósito: provar que Bolsonaro, a partir de um suposto “Gabinete do Ódio”, disparou mensagens que fizeram com que Fernando Haddad fosse derrotado nas urnas. Até agora só foi descoberto que quem fez grandes disparos foram Fernando Haddad, Rui Falcão e Henrique Meirelles. Da parte de Bolsonaro apenas o envio de algumas centenas de mensagem a endereços de colaboradores comunicando a mudança do telefone.
A esquerda raivosa já não tem o que dizer ou perguntar. Rui Falcão que ficou espantado quando Hans River afirmou que tinha feito disparos para ele, - “para mim?” – chamando-o de mentiroso, hoje justifica que fez os disparos porque era legal e anda sempre munido de documentos que provam que Hans River disse a verdade e que por isso deve ser condenado.
Nem vou falar da Patrícia Campos Mello, pseudo jornalista que inventou a maior Fake News contra Bolsonaro e alguns empresários que teriam investido 12 milhões de Reais em disparos que não existiram, ou da Petra Costa que criou em sua mente conturbada, a notícia de que Haddad e Manuela d’Ávila tinham selado um pacto com o diabo. Deve ter confundido os personagens diabo e Lula, o que no fim dá praticamente no mesmo.
Agora a grande questão:
Como é que se pode fazer uma grande investigação como é o caso da CPMI sem um objeto de investigação?
Até agora a ciranda toda girou em torno do “Gabinete do Ódio”, agora também do site “Bolsofeios”, mas a Fake News não apareceu em momento algum.
Onde está a Fake News? Onde está a mensagem falsa? Qual é esta terrível mensagem?
Não vi, em nenhuma das reuniões a que assisti, ser apresentada, por exemplo, uma mensagem como a conclamada pela Petra Costa:
“De repente, o PT começou a receber mensagens do tipo: ‘Isso é verdade?’ E as perguntas eram é verdade que a vice-presidente do Haddad está fazendo rituais satânicos? É verdade que ela tem um bebê demônio? Coisas desse nível de surrealismo e que muitos brasileiros acreditaram”.
A coisa toda se torna fácil, extremamente fácil, se for apresentada a postagem deste descalabro. Basta rastrear o endereço do emissor e pegá-lo com a boca na botija. Mas onde está a postagem? Alguém recebeu?
É impossível que as milhões de mensagens disseminadas pelo “Gabinete do Ódio”, pelos “Bolsofeios” ou pelos 12 milhões de Reais descobertos pela Patrícia Campos Mello não tenham chegado ao endereço de nenhum petista fiel ou nenhum dos membros de seus puxadinhos?
Seria simplesmente fantástica a operação cirúrgica que disseminou milhões de mensagens via internet somente para aquelas pessoas que poderiam se impressionar com esta balela demoníaca e mudar seu voto nas vésperas das eleições e que tenha convencido absolutamente todas a ponto de nenhuma se revoltar e enviar pelo menos uma cópia para a CPMI. Todas guardaram silêncio sepulcral? Incrível!
A CPMI esquerdopata quer condenar o mensageiro sem nem ao menos saber qual é a mensagem ou se ela realmente existiu.
Mas, afinal, o que importa a mensagem se o objetivo é derrubar o governo eleito democraticamente? Para isto qualquer iniciativa é válida.
Fabio Jacques.
Esta CPMI tem um só propósito: provar que Bolsonaro, a partir de um suposto “Gabinete do Ódio”, disparou mensagens que fizeram com que Fernando Haddad fosse derrotado nas urnas. Até agora só foi descoberto que quem fez grandes disparos foram Fernando Haddad, Rui Falcão e Henrique Meirelles. Da parte de Bolsonaro apenas o envio de algumas centenas de mensagem a endereços de colaboradores comunicando a mudança do telefone.
A esquerda raivosa já não tem o que dizer ou perguntar. Rui Falcão que ficou espantado quando Hans River afirmou que tinha feito disparos para ele, - “para mim?” – chamando-o de mentiroso, hoje justifica que fez os disparos porque era legal e anda sempre munido de documentos que provam que Hans River disse a verdade e que por isso deve ser condenado.
Nem vou falar da Patrícia Campos Mello, pseudo jornalista que inventou a maior Fake News contra Bolsonaro e alguns empresários que teriam investido 12 milhões de Reais em disparos que não existiram, ou da Petra Costa que criou em sua mente conturbada, a notícia de que Haddad e Manuela d’Ávila tinham selado um pacto com o diabo. Deve ter confundido os personagens diabo e Lula, o que no fim dá praticamente no mesmo.
Agora a grande questão:
Como é que se pode fazer uma grande investigação como é o caso da CPMI sem um objeto de investigação?
Até agora a ciranda toda girou em torno do “Gabinete do Ódio”, agora também do site “Bolsofeios”, mas a Fake News não apareceu em momento algum.
Onde está a Fake News? Onde está a mensagem falsa? Qual é esta terrível mensagem?
Não vi, em nenhuma das reuniões a que assisti, ser apresentada, por exemplo, uma mensagem como a conclamada pela Petra Costa:
“De repente, o PT começou a receber mensagens do tipo: ‘Isso é verdade?’ E as perguntas eram é verdade que a vice-presidente do Haddad está fazendo rituais satânicos? É verdade que ela tem um bebê demônio? Coisas desse nível de surrealismo e que muitos brasileiros acreditaram”.
A coisa toda se torna fácil, extremamente fácil, se for apresentada a postagem deste descalabro. Basta rastrear o endereço do emissor e pegá-lo com a boca na botija. Mas onde está a postagem? Alguém recebeu?
É impossível que as milhões de mensagens disseminadas pelo “Gabinete do Ódio”, pelos “Bolsofeios” ou pelos 12 milhões de Reais descobertos pela Patrícia Campos Mello não tenham chegado ao endereço de nenhum petista fiel ou nenhum dos membros de seus puxadinhos?
Seria simplesmente fantástica a operação cirúrgica que disseminou milhões de mensagens via internet somente para aquelas pessoas que poderiam se impressionar com esta balela demoníaca e mudar seu voto nas vésperas das eleições e que tenha convencido absolutamente todas a ponto de nenhuma se revoltar e enviar pelo menos uma cópia para a CPMI. Todas guardaram silêncio sepulcral? Incrível!
A CPMI esquerdopata quer condenar o mensageiro sem nem ao menos saber qual é a mensagem ou se ela realmente existiu.
Mas, afinal, o que importa a mensagem se o objetivo é derrubar o governo eleito democraticamente? Para isto qualquer iniciativa é válida.
Fabio Jacques.
Renato Sant'Ana - Mulheres derrubando preconceitos
Num único dia deste março de 2020, ocorreram dois casos em Porto Alegre que derrubam ideias consagradas e desafiam a compreensão.
No primeiro, um homem, que não aceita a separação de uma mulher por vontade dela, mandou espancar a ex-companheira e sua filha de 17 anos. E quem fez o trabalho sujo? Aí está o mais chocante: o espancamento foi realizado por um grupo de mulheres.
No segundo, uma mulher de 21 anos estabeleceu um relacionamento com um homem de 27, assumindo as duas filhas dele, que foram abandonadas pela mãe, que sumiu no mundo. Transcorridos dois anos, a desaparecida voltou e quis levar as crianças, que estão sob a guarda formal do pai. E, junto com outras duas mulheres, espancou a "madrasta".
Nos dois casos, os agentes da violência são mulheres, vitimando outras mulheres. Pior, isso nada tem de extraordinário, mas ocorre todos os dias. E derruba um preconceito maniqueísta: o de que homens são agressivos e maus e mulheres são frágeis e boas.
Vale um silogismo: o ser humano propende ao abuso; a mulher é um ser humano; logo, a mulher propende ao abuso.
Para quem tem honestidade intelectual parece óbvio. Num ato abusivo, há duas partes em condições que podem ser meramente circunstanciais ou permanentes. Uma é a que está em posição de vantagem e abusa. A outra é a que está em posição de inferioridade e sofre o abuso.
Figurar em qualquer dos polos da relação abusiva não depende de sexo, idade, religião, condição econômica, opção política ou grau de instrução. Assim, uma mulher, que é o tema aqui, pode ser abusiva com um homem, uma criança, um idoso e até com outra mulher.
Mas, dá para negar que há mais mulheres vitimadas por homens que homens vitimados por mulheres? É inegável! E a diferença radica na vantagem física, basicamente, o que deu causa, no curso da história, a uma condição de subalternidade de direitos e de funções sociais da mulher.
Mas é fato que, para o bem de todos, houve profundas mudanças sobretudo nos últimos 70 anos. Há mulheres, hoje, brilhando no mundo empresarial e atuando com destaque no ambiente jurídico, acadêmico e político. E não foi usando uma carteirinha de vítima para receber tutela estatal que elas chegaram lá, mas tendo coragem, iniciativa e dedicação.
Claro, subsistem ainda aquelas que, sem perceber como se apequenam as suas vidas, buscam "ganho secundário" no vitimismo, deixando-se seduzir por um discurso que só valoriza a vítima e lhe promete um estatuto e, no mesmo pacote, promete uma tutela especial.
E quem articula esse discurso? Ora, quem conhece os ditos "movimentos sociais" ou famigerados "coletivos" compreende-o muito bem. A agenda social da mulher foi roubada para fins ideológicos que não atendem os seus genuínos interesses, mas estão a serviço de um projeto de poder.
Como tática de manipulação, esse direcionamento ideológico explora o egoísmo próprio da condição humana, isentando de responsabilidade pessoas do sexo feminino, outorgando-lhes certo "direito de abuso": é o que chamam de "empoderamento da mulher".
E um caos planejado não se deu só porque são muitas as mulheres que, nada tendo de tontas, não se deixaram arrebanhar por pastores ideológicos. Aliás, é delas que se espera uma reação ativa em defesa do feminino e de repúdio ao referido discurso, entre cujos efeitos está a crescente participação de mulheres em atos violentos.
Que elas digam aquilo que "feminazis" e degenerados em geral querem ignorar, ou seja, que é pela convivência harmônica entre o masculino e o feminino que a sociedade pode alcançar o desejável bem-estar, somente possível com liberdade, abundância, disciplina e respeito.
Renato Sant'Ana é Advogado e Psicólogo.
E-mail: sentinela.rs@uol.com.br
No primeiro, um homem, que não aceita a separação de uma mulher por vontade dela, mandou espancar a ex-companheira e sua filha de 17 anos. E quem fez o trabalho sujo? Aí está o mais chocante: o espancamento foi realizado por um grupo de mulheres.
No segundo, uma mulher de 21 anos estabeleceu um relacionamento com um homem de 27, assumindo as duas filhas dele, que foram abandonadas pela mãe, que sumiu no mundo. Transcorridos dois anos, a desaparecida voltou e quis levar as crianças, que estão sob a guarda formal do pai. E, junto com outras duas mulheres, espancou a "madrasta".
Nos dois casos, os agentes da violência são mulheres, vitimando outras mulheres. Pior, isso nada tem de extraordinário, mas ocorre todos os dias. E derruba um preconceito maniqueísta: o de que homens são agressivos e maus e mulheres são frágeis e boas.
Vale um silogismo: o ser humano propende ao abuso; a mulher é um ser humano; logo, a mulher propende ao abuso.
Para quem tem honestidade intelectual parece óbvio. Num ato abusivo, há duas partes em condições que podem ser meramente circunstanciais ou permanentes. Uma é a que está em posição de vantagem e abusa. A outra é a que está em posição de inferioridade e sofre o abuso.
Figurar em qualquer dos polos da relação abusiva não depende de sexo, idade, religião, condição econômica, opção política ou grau de instrução. Assim, uma mulher, que é o tema aqui, pode ser abusiva com um homem, uma criança, um idoso e até com outra mulher.
Mas, dá para negar que há mais mulheres vitimadas por homens que homens vitimados por mulheres? É inegável! E a diferença radica na vantagem física, basicamente, o que deu causa, no curso da história, a uma condição de subalternidade de direitos e de funções sociais da mulher.
Mas é fato que, para o bem de todos, houve profundas mudanças sobretudo nos últimos 70 anos. Há mulheres, hoje, brilhando no mundo empresarial e atuando com destaque no ambiente jurídico, acadêmico e político. E não foi usando uma carteirinha de vítima para receber tutela estatal que elas chegaram lá, mas tendo coragem, iniciativa e dedicação.
Claro, subsistem ainda aquelas que, sem perceber como se apequenam as suas vidas, buscam "ganho secundário" no vitimismo, deixando-se seduzir por um discurso que só valoriza a vítima e lhe promete um estatuto e, no mesmo pacote, promete uma tutela especial.
E quem articula esse discurso? Ora, quem conhece os ditos "movimentos sociais" ou famigerados "coletivos" compreende-o muito bem. A agenda social da mulher foi roubada para fins ideológicos que não atendem os seus genuínos interesses, mas estão a serviço de um projeto de poder.
Como tática de manipulação, esse direcionamento ideológico explora o egoísmo próprio da condição humana, isentando de responsabilidade pessoas do sexo feminino, outorgando-lhes certo "direito de abuso": é o que chamam de "empoderamento da mulher".
E um caos planejado não se deu só porque são muitas as mulheres que, nada tendo de tontas, não se deixaram arrebanhar por pastores ideológicos. Aliás, é delas que se espera uma reação ativa em defesa do feminino e de repúdio ao referido discurso, entre cujos efeitos está a crescente participação de mulheres em atos violentos.
Que elas digam aquilo que "feminazis" e degenerados em geral querem ignorar, ou seja, que é pela convivência harmônica entre o masculino e o feminino que a sociedade pode alcançar o desejável bem-estar, somente possível com liberdade, abundância, disciplina e respeito.
Renato Sant'Ana é Advogado e Psicólogo.
E-mail: sentinela.rs@uol.com.br
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