Fiergs

 A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) encaminhou documento ao Governo do Estado e ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adolfo Brito, demonstrando que as alíquotas efetivas de ICMS sobre combustíveis já superam os limites estabelecidos nas Leis Complementares 192 e 194. Dessa forma, é possível que a arrecadação atual de ICMS já esteja compensando as perdas previstas pela Secretaria da Fazenda. Assim, há alternativas que tornam o corte de incentivos fiscais desnecessário.


A entidade mostra no texto do documento que as mudanças promovidas no modelo de tributação dos combustíveis, implementadas em maio de 2023 (de “ad valorem” para “ad rem”), elevaram as alíquotas efetivas do ICMS para 24% na gasolina (contra 17% anteriormente) e 18% no diesel (contra 12% anteriormente). Com as devidas ressalvas sobre a estrutura de mercado e alguns outros fatores que influenciam as flutuações dos preços desses dois itens, a entidade estima que essas mudanças têm o potencial de gerar uma receita adicional de R$ 2,5 bilhões por ano aos cofres públicos do Estado.


A reintegração das Tarifas de Uso dos Sistemas de Transmissão e Distribuição (TUST e TUSD) à base de cálculo do ICMS em maio de 2023 foi um fator crucial para o aumento da arrecadação do imposto. Essas tarifas respondem por grande parte do ICMS de Energia. 

Sua reintegração ampliou a base de cálculo do tributo estadual, resultando em uma elevação significativa da receita.


Existe ainda a expectativa de que a safra de grãos do Estado em 2024, que deve ultrapassar 40 milhões de toneladas, cerca de 45,7% maior do que a ocorrida no ano anterior, possa impactar positivamente a arrecadação de ICMS, ainda que a participação direta do setor no ICMS seja baixa. A safra maior está ligada diretamente à demanda por insumos agrícolas e investimentos em máquinas e equipamentos para ganhos de produtividade. Além disso, a renda gerada não beneficia apenas os produtores, mas também cria empregos na colheita, aumentando a renda das famílias e contribuindo para o comércio de diversos segmentos, impulsionando a arrecadação fiscal.

 

No documento, a FIERGS também apresenta uma série de medidas alternativas para aumentar a arrecadação de ICMS e manter a competitividade das empresas no Estado. A primeira delas é a criação de uma Câmara Técnica de Avaliação dos Incentivos Fiscais destinada a conhecer, estudar, avaliar e propor medidas. A segunda é a criação de um “REFAZ” para possibilitar a regularização de empresas que ainda convivem com o espectro das crises econômicas, restabelecendo a condição de contribuinte adimplente. São ainda sugeridos programas para compensação de débitos de natureza tributária ou de outra natureza, inscritos em dívida ativa e para transação tributária nos moldes já estabelecidos pela União.


“Então, além do crescimento da receita do Estado em função dos combustíveis, energia e da promissora safra de grãos, existem mais alternativas que, no seu conjunto, podem substituir o simples corte dos incentivos, os quais na verdade são apenas compensações fiscais para manter a nossa competitividade nos mercados”, disse o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.

Quem apoia o aumento de impostos

 Entidades que apoiam ajuste na alíquota modal do ICMS


Associação das Empresas Cerealistas do Rio Grande do Sul (Acergs)

Associação das Entidades Representativas da Classe Empresarial da Serra Gaúcha (Cics Serra)

Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil)

Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS)

Associação dos Produtores Hortigranjeiros da Ceasa/RS (Assphcergs)

Associação dos Usuários da Ceasa/RS (Assucergs)

Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav)

Associação Gaúcha de Supermercados (Agas)

Associação Gaúcha dos Produtores de Brita, Areia e Saibro (Agabritas)

Associação Gaúcha dos Produtores de Maçã (Agapomi)

Associação Nacional dos Distribuidores de Defensivos e Produtos Veterinários (Andav)

Associação Rio-Grandense de Transporte Intermunicipal (RTI)

Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS)

Federação das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio Grande do Sul (Fetergs)

Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS)

Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa)

Ocergs Organização Cooperativa

Sindicato da Indústria da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral no Rio Grande do Sul (Sicepot-RS)

Sindicato da Indústria da Mineração de Brita, Areia e Saibro do Estado do RS (Sindibritas)

Sindicato da Indústria de Biodiesel e Biocombustíveis do Rio Grande do Sul (Sindbio-RS)

Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Rio Grande do Sul (Sicadergs)

Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat)

Sindicato da Indústria do Trigo no Estado do Rio Grande do Sul (Sinditrigo-RS)

Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Estado do Rio Grande do Sul (Sips)

Melo chama Dnit diz que ajuda e pede que ela conclua a segunda ponte do Guaíba

O prefeito Sebastião Melo voltou a cobrar, ontem, que o governo federal conclua a segunda ponte do Guaíba. Fez isto em reunião com o Superintendente Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Hiratan Pinheiro da Silva; do Subsecretário de Sustentabilidade do Ministério de Transportes, George Yun; do defensor regional da Defensoria Pública da União (DPU), Daniel Cogoy; de promotores e procuradores de justiça estaduais, além de lideranças comunitárias.

A obra inacabada representa um passivo para a mobilidade urbana de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul, além de impossibilitar o acesso à moradia regular a famílias do território das vilas Tio Zeca, Areia e Cobal, na Zona Norte. O município quer ajudar.

A nova ponte do Guaíba é uma estrutura da União, executada via DNIT.

Histórico - Em diferentes oportunidades, o prefeito viajou a Brasília para tentar destravar a obra e defender a formação de um comitê entre os governos municipal, estadual e federal para executar o projeto. As equipes da prefeitura estão preparadas para ajudar na abordagem necessária à realocação. No dia 15 de março, o governo federal anunciou que disponibilizaria recursos para a construção de acessos à nova ponte. Na ocasião, o prefeito entregou ofício com a reivindicação de conclusão das obras.