Segundo Palocci, teriam sido pagas propinas a conselheiros do CARF para cancelar uma multa da RBS de R$ 500 milhões com a Receita Federal. A multa foi aplicada porque a Receita considerou que uma fusão da RBS com a Telefônica, em 1999, tinha apenas a intenção de sonegar impostos.
Palocci revelou que 12 anos depois, em 2011, quando já era ministro da Casa Civil, no governo Dilma Roussef, recebeu no gabinete o então presidente do Grupo RBS, Nelson Sirotsky, e o diretor da afiliada, Paulo Tonet Camargo. A dupla teria pedido ajuda de Palocci para conseguir o perdão da dívida.
O então ministro afirmou que poderia ajudar, mas que em paralelo, a empresa deveria também procurar os conselheiros para convencê-los. Camargo e Sirotsky teriam se comprometido então a pagar proprina a integrantes do órgão, segundo a delação.
Além dos subornos, o ex-ministro afirmou que começou uma ação governamental para resolver o problema da RBS e sugeriu que a Rede Globo entrasse na questão falando diretamente com Dilma. Depois disso, a presidente teria dado sinal verde para Palocci resolver a questão.
Palocci então procurou o secretário executivo do ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, comunicando que a multa tinha que ser resolvida por tratar-se de uma ordem presidencial. De acordo com ele, graças à atuação do governo e o pagamento da proprina, o Carf perdoou a multa milionário da RBS.
- A contrapartida, segundo Palocci, seria o apoio dos veículo do grupo RBS à Dilma Roussef.
A assessoria da Rede Globo afirma que não tem relação com o caso. Já o Grupo RBS não se pronunciou.
- A contrapartida, segundo Palocci, seria o apoio dos veículo do grupo RBS à Dilma Roussef.
A assessoria da Rede Globo afirma que não tem relação com o caso. Já o Grupo RBS não se pronunciou.