A indústria nacional cresceu 0,1% em agosto, após uma queda de 1,4% no mês anterior. O resultado ficou em linha com o consenso de mercado e com a nossa projeção. Em relação ao mesmo período do ano anterior, a produção avançou 2,2%.
A análise é dos economistas do Bradesco, enviada no formato de newsletter para clientes e sua própria mailing list. Leia tudo
o A indústria extrativa subiu 1,1% no mês, recuperando parcialmente a contração de 2,2% em julho. Por outro lado, a indústria de transformação encolheu 0,3% em relação a julho. A indústria deve crescer no terceiro trimestre do ano, mas, diferente do que ocorreu no trimestre anterior, a indústria extrativa é quem deve liderar esse crescimento.
o A produção de bens de capital recuou 4% no mês, deixando um carrego estatístico de -0,9% para o terceiro trimestre. Vale lembrar que a produção de bens de capital teve um crescimento bastante acelerado na primeira metade do ano. Além disso, a produção dos insumos típicos da construção civil também caiu em relação a julho (2,2%). Esses números são importantes para determinar o tamanho dos investimentos no terceiro trimestre. Alguma acomodação deve acontecer.
o Do lado positivo, houve avanços na produção de bens intermediários, categoria que tem maior peso na produção industrial, e de bens de consumo.
Nossa avaliação: o resultado da produção industrial não deve mudar as projeções de crescimento para o terceiro trimestre do ano, que estão rodando em torno de 0,5%. No entanto, o resultado da produção de bens de capital pode mudar a composição do PIB, com menor aumento dos investimentos. Projetamos que a economia irá crescer 3,0% no ano.