- O autor é advogado, Porto Alegre.
Quem conhece a fundo a Constituição e o Ordenamento
Jurídico Brasileiro sabe, e muito, que ambos se tratam de verdadeiros oásis
para assegurar Direitos.
Coisa típica de país subdesenvolvido é posicionar o eixo
existencial do cidadão valorizando o "vitimismo", através de seu
Ordenamento Jurídico e de seus mecanismos legais.
Isso é digno do PaTético.
Muito se fala em Direitos na Constituição que temos.
Pouco ou nada se fala em deveres e obrigações.
E quando se aprecia com notório grau de ufanismo a
Constituição de 1988, muito se encontra resPosTa para o lugar em que o Brasil
se encontra no mundo, quando comparado a nações desenvolvidas em nível de
educação, de economia, de tecnologia, de infraestrutura, de produção de
riquezas (PIB) e desenvolvimento humano (IDH).
Resultado?
O Brasil, lamentavelmente, é um inconfundível quando se
está a falar dos maiores esquemas de corrupção endêmica e de improbidade
administrativa que já se teve notícias na história PlaneTária, leia-se,
mensalão e PeTrolão.
E por quê?
Por excesso de Direitos contidos na Constituição e no
Ordenamento Jurídico.
Basta ver que as prisões não reproduzem as condenações
definitivas.
Basta ver que as condenações definitivas são humilhadas
pelas incontáveis hiPóTeses legais de prescrição.
Basta ver que os recursos públicos recuperados ou
repatriados são pequenas gotas d'água, se comparados aos valores existentes em
paraísos fiscais, destaco, valores estes que jamais retornarão aos cofres públicos,
porque o Estado é infinitamente desorganizado, ao passo que o crime, este sim,
infelizmente, é organizado e profissional.
Pior, produzimos uma geração de grande ParTe de cidadãos
que são hábeis para buscar seus Direitos na condição de "vitimizados"
e também o silêncio ecoante da mesma geração, para cumprir com seus deveres
cívicos, com sua cidadania e seus deveres patrióticos.
Uma geração de aborrecentes e de pseudo- adultos que são
aPTos para fazer uma revolução na torre de marfim e pichar a cidade inteira,
quando a mamãe não traz o leite achocolatado do dia com açúcar, sendo que é
notório que a mesma geração não tem qualquer interesse pelo trabalho e ou por
algo conquistado por esforço próprio, porque isso é um dever sempre do outro e
nunca seu. A proPósiTo: a grana para a latinha de spray do
"pseudo-revolucionário" só poderia chegar ao mundo, através das
trabalho do "papai ou da mamãe".
Uma geração que se PauTa na imbecilidade do que dizem
certos artistas RED GLOBAIS e que tem certeza que invasões da propriedade
privada, hoje, se chamam "ocupações".
Uma geração que afirma peremPToriamente que a maconha e
outras drogas não matam, mas quando fica devendo para o traficante recorre até
mesmo à ONU pedindo clemência.
Uma geração que desconhece o que é, realmente, ser pobre,
viver na pobreza, porque também desconhece o que é ser miserável e viver na
miséria. Ora veja, nada e ninguém é tão ou mais pobre e miserável, do que quem
disserta teses de mestrado e doutorado fazendo panca de intelectual, sem ter ao
menos acessado, mesmo que por um dia, ao longo de toda uma existência, uma
comunidade pobre e miserável, para fazer um abaixo assinado, objetivando mudar
realmente a vida daqueles que mais precisam, estes sim, verdadeiros
vulneráveis.
Uma geração que tem por hábito denegrir a imagem da
Polícia, mas quando o Iphone é roubado, recorre imediatamente ao 190.
Uma geração que adora aPonTar como torturadores os
integrantes das Forças Armadas, mesmo em 2018 d.C. Mas, quando o tráfico toma
conta de toda a comunidade, imediatamente, requer a presença do Exército.
Uma geração que presencia o vilipêndio de símbolos
religiosos ou vê seres nus em via pública como algo que pode ser considerado
"obra de arte e manifestação cultural".
Uma geração que se o futuro não "cair do céu, dentro
de um PacoTe literalmente embalado para PresenTe e enviado pelo SEDEX 10",
certamente, se negará a receber e abrir a embalagem, ameaçando inclusive
processar quem tenha enviado o PacoTe "por postagem simples ou por
PAC". Envidar esforços para ser protagonista e sujeito dos próprios
sonhos, nem pensar. Ora, ora, é muito mais cômodo ser o coadjuvante e o objeto.
Tudo parece "perseguir, oprimir e vitimizar"
esta ParTe de cidadãos brasileiros. E toda esta "perseguição, opressão e
vitimização" encontram terreno fértil na falta de caráter e na índole dos
que só querem se voltar para a vida pública com manifesto interesse de se
servir. Servir mesmo, isso jamais.
A "Constituição Cidadã de 1988" deu muito e, na
verdade, cobrou ou exigiu muito pouco.
Deu no que deu.
Para uma geração que não se acostumou com regra nenhuma
e, muitas vezes, a inexistência de qualquer regra "passou a ser a única
Lei", ter de obedecer algo passou a ser uma "ditadura".
Quando vejo alguém com boa reputação, conhecimento e
experiência profissional se pronunciar, com profundidade, através das lentes
conservadoras, principalmente em relação aos costumes, registro, porque em
termos de economia sou um liberal, tenho como fato que meus olhos leem um poema
e meus ouvidos apreciam uma excelente sinfonia.
Portanto, Cármen Lúcia, não me venha com esta PanTomima
Panglossiana de que "estamos vivendo uma mudança perigosamente
conservadora". Muito pelo contrário, queira Deus, felizmente, esta mudança
seja conservadora.
Nós não somos Cândidos!
Já passa da hora desta grande ParTe de brasileiros se
situar no tempo e no espaço. Quiçá, por iniciar a deixar as fraldas do
"vitimismo" e a ser tratada como realmente deve ser, como seja, como
de fato merece.
Esse apreço pelo PaTernalismo Estatal, não encontra
lugar, de há muito, na realidade.
Apreciar este discurso retrógrado e cadavérico de
esquerda é querer PaTinar na esteira da evolução, sem obter qualquer avanço
minimamente digno de algum registro.
Ou vai ver há no mapa algum país que a ideologia e a
mentalidade "da foice e do martelo" deu certo, a PonTo de ser um
"exemplo de prosperidade" e eu é que estou enganado.
Seria Cuba este "exemplo de nação", com a
miséria e a pobreza espraiadas de norte a sul?
Seria a Venezuela este "exemplo de país", com a
anomia e a barbárie sem PrecedenTes?
Seria a China este "exemplo de nação", com a
redução dos Direitos e Garantias do Cidadão reduzidos literalmente a pó e com o
trabalho escravo?
Vejam a verdade inconteste, nestes três países, falar em
liberdade de imprensa e em Direito de livre pensamento é PraTicamente a própria
sentença de morte.
Falta só aparecer no final do texto os integrantes da
PaTota para começar a lecionar do alto do desconhecimento solar, com suas
noções fétidas e amebóides do que compreendem como Estado Democrático de
Direito.
Vai ver fui apenas eu que não consegui localizar no mapa
esta "nação exemplar" de esquerda, pois verdade seja dita, nunca
existiu, não existe e nunca existirá em lugar algum do PlaneTa.
Lógico, esta nação exemplar da "foice e do
martelo" só faz sentido e razão de ser na mente PaTológica de verdadeiros
lunáticos.
Chega de se falar em tantos Direitos.
Já passa da hora de se conhecer Deveres e obrigações.
Para a libertinagem o conservadorismo é um santo
remédio