Artigo, Marcelo Aiquel - Paulo Guedes dá show na Câmara


         O Ministro Paulo Guedes não é político. Nunca foi!
         O Ministro Paulo Guedes é economista. E dos melhores!
         Chamado na Câmara dos deputados para “explicar” a reforma da previdência perante a CCJ, deparou-se com uma tropa de choque da oposição, faminta para desmascará-lo (como se fosse fácil!), composta pelas figurinhas carimbadas de sempre (não gasto nem um segundo, nominando-as), do PT e do PSOL, todas cheias de hipocrisia mentindo que querem defender o trabalhador (que não acredita mais na ladainha deles).
         Foi cavalheiro até que estes deputados (como sempre fazem em qualquer discussão) partiram “pra baixaria”.
         Explico que, por absoluta falta de argumentos, é um comportamento “normal” para eles, que não conseguem esconder a raiva incontida por haver perdido a eleição de 2018.
         Voltando ao Ministro, ele (o economista Paulo Guedes) “entrou no baile” e, dançando a mesma música dos seus opositores, começou a dizer aquilo que todos os brasileiros de bem (eu falei brasileiros, não bolivarianos ou viúvas do lulopetismo) tem entalado na goela, mas não podem se expressar (salvo nas urnas, como fez em outubro último),
         As verdades devem ser ditas olho no olho, como – muito bem – fez o Ministro.
         Que, graças a Deus, não levou nenhuma cusparada daqueles parlamentares. Conseguiu sair ileso...

Abriu consulta pública para concessão da rodoviária de Porto Alegre

O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) abriu a consulta pública ao projeto que passará à iniciativa privada a administração do terminal pelos próximos 25 anos.
Os documentos técnicos – como o estudo de viabilidade, plano de investimentos e as minutas dos edital de licitação e do contrato – já estão disponíveis no site da autarquia.
Além do acesso livre aos arquivos, os usuários podem contribuir com sugestões ao processo de concessão por meio do e-mail consultarodoviaria@daer.rs.gov.br.
“No prazo de 30 dias, iremos buscar opiniões com os usuários, para que possamos encontrar maneiras de realizar as melhorias necessárias para o bom funcionamento da rodoviária”, afirma Lauro Hagemann, diretor de Transportes Rodoviários do Daer.
Durante o período da consulta, o departamento também realizará uma audiência pública para debater propostas ao modelo de concessão. A data e o local do encontro serão definidos na próxima semana.
Investimentos com a concessão
O investimento previsto com a concessão da rodoviária é de cerca de R$ 77 milhões em obras e quase R$ 500 milhões em despesas operacionais. 
Entre as melhorias previstas, estão a qualificação das lojas e do sistema de segurança e monitoramento, climatização das salas de espera, instalação de escadas rolantes e elevadores e área de táxis coberta.
“Estamos confiantes de que esse modelo de parceria público-privada dará a eficiência e modernidade que se espera 

Artigo,Geraldo Samor, Brazil Journal - Paulo Guedes no corredor polonês


Alguns focarão na forma – e criticarão o ministro da economia por ter perdido a cabeça e cedido às provocações da oposição.
Mas faz sentido focar no conteúdo: na maratona de seis horas e meia na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ), Paulo Guedes distribuiu verdade incômodas a um Congresso que ainda pega a reforma da Previdência com a ponta dos dedos, como se fosse fralda suja.
Ora explicando, ora berrando, o ministro avisou que uma reforma branda obrigará os parlamentares a voltar ao tema em três anos, imporá índices de crescimento pífios ao PIB e manterá a “fábrica de desigualdades” do sistema atual.
Em ter mortos e feridos, salvou-se o ministro, sem qualquer apoio da chamada base governista – por enquanto, apenas uma construção teórica.
Sem ideias novas, mas abarrotada de clichês enferrujados, a oposição fez muito barulho e nenhum sentido.
No mês passado, quando o ministro faltou á sessão da mesma CCJ, os oposicionistas garantiram as inscrições para dominar as três primeiras horas de perguntas. Ontem, chegaram cedo e ocuparam as primeiras duas fileiras, ficando cara a acara com Guedes, que ouvia as provocações feiras fora dos microfones.
A única solidariedade – ao mesmo tempo real e simbólica – veio daquele que o chefe de Guedes e seus filhos satanizavam semana passada: o presidente da Câmara, que chegou com o ministro e retornou duas vezes á sala para tentar baixar a temperatura.
Com uma equipe técnica eficiente na retaguarda, Guedes não deixou ataque sem resposta. Criticou os governos petistas, lembrou o impeachment de Dilma por irresponsabilidade fiscal, elogiou o Bolsa Família de Lula, chamou de fracas todas as mudanças no sistema previdenciário feitas até agora e rebateu tentativas de envolvê-lo em denúncias da operação Greenfield.
Em seu momento mais forte, ergueu um espelho para a oposição se enxergar: “Vocês estão há quatro mandatos no Poder,” cobrou. “Por que não botaram impostos sobre dividendos”? Por que deram benefícios pra bilionários? Por que deram dinheiro pra JBS? Por que deram dinheiro pro BNDE? Por quê? VOCÊS estiveram no Governo! Nós estamos há três meses. Vocês tiveram 18 anos. E não tiveram coragem de mudar.
(Guedes exagera ao falar em “18 anos” e prefere ignorar as reformas que Temer fez – a trabalhista, por exemplo, foi conduzida por seu atual secretário da Previdência. Um reconhecimento maior ao Centro – que sempre segurou o País na hora H – faria bem.).
O ministro foi chamado de arrogante e lembrado de que precisava tratar os parlamentares com cortesia e elegância. Cobraram-lhe fazer a deferência de citar o nome dos deputados a quem respondia. Não precisou ouvir i puxão de orelha pela segunda vez. Ao ter uma série de perguntas enviadas por Clarissa Garotinho respondidas por seus técnicos, fez questão de levantar e entregar o rol em suas mãos. Foi aplaudido.
“Nós estamos do mesmo lado e vocês não sabem,” disse, apelando ao denominador comum do interesse nacional (um ineditismo no Governo Bolsonaro, mais especializado em rotular e dividir).
Alguns deputados da própria oposição elogiaram o modo aguerrido como o ministro defendeu a proposta, mas, no final, a sessão foi interrompida depois que o deputado Zeca do PT usou linguagem chula para sugerir que Guedes é duro com os pobres e maleável com os ricos. (Não que Zeca desejasse aprender, mas ele desconhece onde começa a defesa dos privilégios e termina a dos pobres.).
Entre empurrões e xingamentos, uma assessora do ministro e i próprio secretário da Previdência, Rogério Marinho, foram levados á Polícia Legislativa.
Essa zona é o Brasil. Grita-se demais, debate-se de menos. Fala-se demais, pensa-se quase nada. E a falta de respeito e civilidade já une os dois extremos do espectro político, assim como a intolerância e a resistência à mudança.
A base do governo continua despreparada para fugir das armadilhas. Governo sequer havia ali.
Só havia Paulo Guedes, que combateu o bom combate e guardou a sua fé, prestando um serviço ao País.
Mas a batalha de ontem deixou um alerta. Guedes é muito inteligente e vai tentar empurrar a agenda de reformas custe o que custar – mas precisará de apoio político.
Ele não pode ser o único adulto na sala. Se o Governo continuar brincando de Twitter e fingindo que coalizão política se faz com agressão via redes sociais, não há dúvidas de que uma hora o ministro se cansa da briga e volta ao Rio de Janeiro.

Inflação das commodities subiu 2,57% em reais (março sobre fevereiro)

O IC-Br (Índice de Commodities – Brasil), indicador que mensura o preço das commodities em reais, avançou 2,57% na passagem de fevereiro para março, de acordo com dados divulgados ontem pelo Banco Central. 

A elevação na margem é resultado do aumento nos três segmentos que compõem o índice: commodities agropecuárias, metálicas e energéticas, com destaque para esta última, cujo crescimento mensal registrado foi de 5,61%. 

As commodities agropecuárias, que contemplam grande parte da pauta exportadora brasileira, obtiveram alta de 1,19% no mês, enquanto que na variação dos últimos doze meses, registraram elevação de aproximadamente 15%. Esses movimentos têm refletido nos preços ao atacado e varejo nos últimos meses. 

A elevação dos preços do petróleo afeta diretamente a inflação ao consumidor, através dos reajustes dos preços de combustíveis. Por outro lado, o aumento recente da inflação de alimentos parece refletir mais questões internas de colheita (destaque para feijão e alimentos in natura), do que avanços nas cotações internacionais dessas commodities.



 No caso das metálicas, o impacto que será observado sobre os preços ao consumidor deve ser mais gradual, limitado pela ociosidade da economia. Nesse sentido, apesar desses choques de oferta observados no curto prazo, mantemos nossa visão benigna para a inflação do consumidor ao longo desse ano.

Preços de venda de imóveis residenciais não subiu em março


O preço médio de venda de imóveis residenciais ficou praticamente de lado, com variação de 0,02% na passagem de fevereiro para março, de acordo com pesquisa divulgada ontem pela Fipe em parceria com a empresa de busca de imóveis Zap, que contempla 20 cidades brasileiras. O percentual observado é inferior ao IPCA que estimamos para o mês (+0,64%). Considerando a inflação, o preço médio de venda de imóveis residenciais encerraria o mês com ligeira queda real de 0,6%, aproximadamente.
Do ponto de vista regional, destaque para o desempenho dos preços em Manaus, cidade que registrou a maior elevação no período. Em contraste, João Pessoa apresentou o maior recuo. Ao final do primeiro trimestre, o índice agregado acumulou alta nominal de 0,24%, variação inferior à inflação esperada para o período. Sob uma perspectiva de médio prazo, quando avaliada a variação acumulada em 12 meses, percebe-se, desde abril de 2016, uma relativa estabilidade do índice, com variações próximas a zero.
Olhando para frente, o que se percebe é que a aceleração do crescimento econômico prevista para os próximos trimestres tende a gerar uma recuperação mais evidente dos preços, ainda que com diferenças regionais, explicadas, dentre outros fatores, pelo volume de estoque de imóveis.