Vamos dar de barato que 1 milhão de pessoas estiveram neste domingo na Paulista. Se for assim, isto significa que o público foi 200 vezes maior do que conseguiram botar ali, no mesmo lugar, há uma semana, toda a esquerda lulopetista e seus aliados.
5 mil contra 1 milhão.
A comparação das imagens desmoraliza não apenas a esquerda lulopetista brasileira e seus aliados, mas também comprova que ela perdeu definitivamente o domínio das ruas, como já tinha perdido o domínio das redes sociais.
Esta esquerda só se mantém à tona porque se aliou ao que de pior existe no andar de cima do poder repuclicano, ou seja, dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, já que todos defendem seus interesses difusos e inenarráveis.
Se alguém queria provar alguma coisa, a jornada de domingo a tarde provou pelo menos uma leitura correta sobre os acontecimentos políticos brasileiros do momento, de conjuntura, como gostam de dizer os cientistas políticos:
- Há um rugido recorrente e descomunal gritando nos ouvidos dos parlamentares que não queriam ouvir, reclamando imediata anistia política.
É isto.
A anistia política é a mãe de todas as mudanças, porque que quem pode mais, pode menos, ou seja, sepultará os atuais poderes autoritários de Moraes e do STF, podendo estabelecer novas regras para as eleições do ano que vem. Nem será preciso implantar o voto impresso e auditável, porque o ambiente político e institucional será de outra natureza.
Valem mais estes registros:
1) O melhor discurso da tarde, de longe, foi o de Michelle Bolsonaro.
2) O discurso mais impactante foi o do ministro Silas Malafaia, o único que pediu que o presidente da Câmara, Huogo Motta, deixe de ser covarde e paute para voto o projeto da anistia.
3) A presença de 7 governadores no palanque, sendo apenas um do PL. Aliás, os governadores Ratinho Júnior, Ronaldo Caiado e Romeu Zema, ali presentes, como Bolsonaro, querem ser candiatos a presidente no ano que vem. Eles não falaram, a não ser Tarcísio, de São Paulo. Mas foi politicamente relevante estarem ali, por duas razões: 1o) Porque isto encorpa Bolsonaro. 2) Porque eles pressionasrão seus deputados para que votem a favor da anistia política.
4) O apelo ao público externo, comproado pelo discurso em inglês que fez Bolsonaro, sem contar faixas e cartazes também em inglês.
É isto.
E não é pouca coisa.
Foi uma tarde de lavar a alma e reascender as esperanças até do mais desalentado oposicionista brasileiro.