Nota da Brasil Paralelo

Nesta quinta-feira, 3 dias antes das eleições, a Brasil Paralelo lançou a operação Antifraude, projeto liderado por Hugo Cesar Hoeschl que tem como objetivo investigar o grau de confiabilidade do processo eleitoral brasileiro.
O vídeo de lançamento do projeto viralizou pelas redes sociais e se mantém há dois dias entre os mais acessados do YouTube.
Na manhã deste sábado, dia 06/10, o TSE, por meio de nota oficial, pronunciou-se sobre a operação. A nota sequer menciona a metodologia proposta: o escrutínio técnico por meio da aplicação da Lei de Benford. Não há uma única contestação ao critério utilizado pela pesquisa, apenas ponderações laterais sobre a participação do autor do vídeo em testes públicos promovidos pelo próprio TSE.
Alinhada à manifestação da corte eleitoral, a Rede Globo, em seu portal de notícias G1, repercutiu o vídeo e o caracterizou como ‘’fake news’’. A matéria não analisa a pesquisa e não a refuta em nenhum aspecto. Como embasamento para a manchete tendenciosa, a notícia simplesmente reproduz a nota do TSE que, por sua vez, não traz argumento contrário ao que é apresentado no vídeo. Em resumo, a matéria não explica porque chama a operação de fake news e traz diversas contradições no próprio texto.
O jornalismo da Globo, outrora referência para o mundo inteiro, afunda cada vez mais em descrédito. Os autores da notícia não se dignaram a apurar o contraponto do especialista, nem demonstram ter pesquisado seu currículo e à que se propõe a operação antifraude. Assim, incorreram em uma grave falha ética jornalística: não contatar nem a Brasil Paralelo, nem o especialista líder da operação.
A Brasil Paralelo, através da Operação Antifraude, simplesmente fornece, de maneira independente e privada, instrumentos fiscalizatórios adicionais à transparência do processo eleitoral. Neste ato, busca corrigir a postura do TSE e suprir a inanição da imprensa, que não realiza quaisquer investigações em relação à obscuridade do processo eleitoral.
Uma vez que, segundo pesquisa realizada pela Avast, 91,4% dos brasileiros afirmam não confiar nas urnas eletrônicas para a realização do processo eleitoral. Acreditamos assim responder ao anseio da sociedade de verificar a transparência do processo eleitoral.

Conheça cada um dos novos deputados gaúchos


A Assembleia Legislativa gaúcha definiu a composição da 55ª Legislatura por volta da meia-noite deste domingo. O número de representações partidárias aumentou de 13 para 17 (a Legislatura atual iniciou com 15 bancadas, mas diminuiu para 13 ao longo do tempo, com as mudanças de composição).
A nova Legislatura terá 28 novos deputados, com um índice de renovação de 50,9%. As duas últimas eleições (2010 e de 2006) haviam tido um índice de renovação de 40%, com 22 novos deputados em ambos os pleitos.
Confira abaixo os perfis dos 55 parlamentares eleitos para a Assembleia Legislativa gaúcha.
COLIGAÇÕES
Rio Grande Acima de Tudo (PSL/DEM)
Tenente-coronel Zucco (PSL)
O tenente-coronel Luciano Lorenzini Zucco nasceu em 9 de setembro de 1974, no município de Alegrete. O oficial do Exército Brasileiro estudou Ciências Militares na Academia Militar das Agulhas Negras e atuou no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Tem uma vida profissional dedicada aos temas da segurança pública e privada. Estudioso da área, tem trabalhos e artigos publicados em veículos especializados. Possui o curso de Técnicas Policiais na Special Weapons and Tactics (SWAT), em Los Angeles (EUA), curso de Inteligência na ABIN e no Exército Brasileiro, pós-graduação em Docência do Ensino Superior, mestrado em Inteligência Estratégica e, atualmente, conclui o MBA Executivo em Segurança Privada e Segurança Pública. Participou de missões de segurança em todo o território nacional e em mais de 15 países. Também fez parte da Força de Pacificação nas comunidades do Rio de Janeiro
Ruy Irigaray (PSL)
O empresário Ruy Irigaray (Ruy Santiago Irigaray Júnior) é natural de Porto Alegre. É casado, com 35 anos (14/10/1982), e tem como principais bandeiras o aumento da segurança no meio rural e apoio às renegociações das dívidas dos agricultores; a defesa da escola sem partido, com locais sem doutrinação política, moral ou religiosa; o fim do estatuto do desarmamento; a defesa da juventude, com proposições para coibir o tráfico e a exploração sexual; a valorização dos profissionais da saúde pública e, na segurança pública, o combate às facções criminosas.
Vilmar Lourenço (PSL)
O advogado Vilmar Lourenço nasceu em 4 de dezembro de 1956, em Santa Cecília, em Santa Catarina. Em 2016, concorreu a vice-prefeito de Sapucaia do Sul, ainda pelo PTB. No município, é sócio em um escritório de advocacia.
Capitão Macedo – Professor (PSL)
O militar reformado Aparecido Macedo tem 59 anos anos (07/02//1959) e é natural de Cambará, no Paraná. Foi professor na área de Concursos Civis e Militares por mais de 30 anos. É formado em Contabilidade e Direito. Atuou como militar no Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Amazônia e Rio Grande do Sul.
Doutor Thiago (DEM)
Thiago Pereira Duarte nasceu em Porto Alegre em 14 de junho de 1972. É vereador na Capital gaúcha desde 2008. É perito legista no Estado e médico concursado da prefeitura de Porto Alegre. Cursou medicina na Ufrgs e Direito na PUC/RS. Em seus três mandatos, comandou a Câmara Municipal de Vereadores de Porto Alegre, em 2013, e presidiu as Comissões de Saúde e Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Direitos Humanos.
Eric Lins (DEM)
Eric Lins Grilo nasceu no Rio de Janeiro, em 26 de fevereiro de 1979. Bacharel em direito, é procurador do Estado e ingressou na vida política em 2016, quando concorreu pela primeira vez ao cargo de vereador em Uruguaiana. Foi eleito com a maior votação do pleito, 2 676 votos. É presidente municipal do Partido Democratas (DEM) no município. É dele o primeiro projeto de lei da atual legislatura, protocolado já no dia 1º de janeiro de 2017, o Escola Sem Partido. A matéria objetivou vedar a doutrinação político-partidária e religiosa nas escolas.
Juntos Pelo Rio Grande (PPS/Rede/PSDB/PHS)
Any Ortiz (PPS)
Eleita para o segundo mandato de deputada estadual, a advogada Any Machado Ortiz nasceu em Canoas, em 1983. Em 2012, foi eleita vereadora de Porto Alegre e, em 2015, deputada estadual. É de sua autoria a Lei que que modifica as regras para concessão da pensão a ex-governadores. Os futuros chefes do Executivo terão o benefício limitado aos quatro anos seguintes ao fim do mandato e o projeto que institui a Lei Geral de Defesa do Consumidor, que suplementa a legislação federal sobre o tema e o que estabelece normas para a promoção da acessibilidade de pessoas com mobilidade reduzida.
Zilá Breitenbach (PSDB)
É professora e foi, por duas vezes, prefeita de Três Passos, onde nasceu em 19 de novembro de 1941. No Parlamento, coordena a Frente Parlamentar em Defesa das Vítimas de Violência, atua na proteção do idoso, na defesa dos educadores e na transparência do setor público. Ocupa cadeira que era de Jorge Pozzobon, eleito prefeito de Santa Maria, em 2016. É autora de PL que visa disponibilizar, aos gaúchos, ouvidoria eletrônica para atender, socorrer e encaminhar crianças e adolescentes que necessitam de auxílio.
Pedro Pereira (PSDB)
É médico, nasceu em Canguçu em 31 de agosto de 1953. Foi eleito para o quarto mandato na Assembleia. Ingressou na vida pública em 1992, elegendo-se vereador, tendo sido reeleito em 1996. Com atuação em pleitos ligados à saúde, também trabalhou em benefício da educação, agricultura, segurança e obras de infraestrutura. Destacou-se ao propor Emenda Constitucional separando o Corpo de Bombeiros da Brigada Militar, proporcionando assim autonomia financeira e administrativa à corporação.
Mateus Wesp (PSDB)
Mateus José de Lima Wesp nasceu em 23/07/1988, em Passo Fundo. É formado em direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC). Atua como professor universitário nos cursos de Direito das faculdades IMED e João Paulo II, além de ter concluído o mestrado e o doutorado em Direito Público na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Foi eleito pela coligação PPS, PHS e Rede. Wesp havia sido eleito vereador em Passo Fundo nas últimas eleições, de 2016. Define-se sendo a favor do parlamentarismo, do voto distrital e de um republicanismo verdadeiro e coerente.
Viana (PSDB)
O advogado e vereador Luiz Henrique Cordeiro Viana nasceu em Pelotas, em 2 de junho de 1961. Elegeu-se para seu primeiro mandato como vereador em Pelotas em 2012, tendo sido líder do governo do então prefeito Eduardo Leite. Reelegeu-se em 2016 e presidiu a Câmara Municipal pelotense em 2017. Também participou da comissão especial municipal pela duplicação da BR116.
Independência e Luta para mudar o Rio Grande (PSOL e PCB)
Luciana Genro (PSOL)
A advogada Luciana Genro elegeu-se deputada estadual pela primeira vez em 1994 aos 23 anos. Em 1998, reelegeu-se com o dobro da votação. Em 2002, conquistou uma cadeira na Câmara Federal. Nas três ocasiões, concorreu pelo PT, partido do qual se desvinculou em 2005 por conta de divergências com a reforma da previdência levada a cabo pelo governo Lula. Em 2005, ajudou a fundar o PSOL, sigla pela qual se elegeu deputada federal. Nos seus mandatos, atuou na defesa dos trabalhadores e movimentos sociais, no combate à corrupção e por mudanças no sistema econômico e político.
O Rio Grande no Caminho Certo (PSD/PR/Patriota)
Gaúcho da Geral (PSD)
Juliano Franczak é natural de Novo Hamburgo e tem 37 anos. Desde pequeno, o pecuarista frequenta os jogos do Grêmio com a família, sempre pilchado e com a bandeira do Estado, sendo mais conhecido como Gaúcho da Geral. Elegeu-se para o primeiro mandato na Assembleia Legislativa defendendo o resgate das tradições gaúchas, o fortalecimento da agricultura familiar e o esporte como instrumento de transformação social.
Paparico Bachi (PR)
Ederildo Paparico Bachi tem 47 anos e nasceu na comunidade de Santo Antônio, no interior do município de São João da Urtiga. Filho de pequenos agricultores, é graduado em Licenciatura Plena em História e atua como empresário. Filiado ao PDT, foi eleito prefeito de São João da Urtiga em 2008, sendo reeleito em 2012. Ainda foi presidente da Associação Comercial de São João da Urtiga, suplente de deputado estadual em 2002 e 2006, presidente da Associação dos Municípios do Nordeste Riograndense em 2011 e vice-presidência da Famurs em 2015. Em 2017, deixou o PDT e filiou-se ao PR.
Airton Lima (PR)
O pastor José Airton Ribeiro de Lima nasceu em Fortaleza, em 23 de abril de 1958. Integra a Igreja do Evangelho Quadrangular em Cachoeira do Sul, onde mora há oito anos. É superintendente regional da congregação religiosa. Em 2014, ainda pelo PTB, ficou como terceiro suplente à Câmara Federal.
Frente Trabalhista (PDT/PMB)
Eduardo Loureiro (PDT)
Nascido em Santo Ângelo, em 19 de abril de 1974, é formado em Administração de Empresas e pós-graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Leciona a disciplina de Gestão Pública na URI e no IESA. Em 2004, foi eleito prefeito de Santo Ângelo e, em 2008, reeleito. Presidiu a Associação dos Municípios das Missões (AMM), coordenou a regional do PDT nas Missões e presidiu a legenda no município. No primeiro mandato, foi líder da bancada do PDT na Assembleia e presidiu a Comissão de Assuntos Municipais.
Juliana Brizola (PDT)
Natural de Porto Alegre, nasceu em 3 de agosto de 1975 e depois foi para o Uruguai, na época do exílio do avô, Leonel Brizola. Em 2000, voltou à cidade. Ela se elegeu vereadora em 2008, como a candidata mais votada do PDT. Em 2010, foi eleita deputada estadual também com a maior votação do partido. Em 2014, ficou na primeira suplência do PDT e assumiu como titular do mandato em 2015. A sua plataforma principal é a educação em tempo integral. Neste mandato, assumiu a defesa das fundações e empresas públicas. É advogada e mestranda em Ciências Criminais.
Gerson Burmann (PDT)
Engenheiro civil, nascido em 8 de outubro de 1962, em Ijuí, foi eleito para o quinto mandato como deputado estadual. Foi líder da bancada do PDT e, no último mandato, assumiu a Secretaria Estadual de Obras, Saneamento e Habitação. Atua em defesa do setor primário, da geração de emprego e renda, do aumento de recursos para a educação, do fortalecimento do desenvolvimento regional e da melhoria da qualidade de vida dos idosos.
Luiz Marenco (PDT)
Luis Rogério Marenco Ferran é músico, nascido em 22/12/1964 em Porto Alegre. Tem quase 30 anos de carreira e uma discografia de 25 obras, 23 CDs e 2 DVDs. Iniciou sua carreira profissional em 1988, quando começou a participar de festivais. O músico concorreu pela segunda vez a uma vaga na Assembleia Legislativa.
Trabalho e Progresso (PP/PTB)
Silvana Covatti (PP)
Nascida em 1963, em Frederico Westphalen, foi eleita para o quarto mandato como deputada estadual. Silvana Covatti assumiu, em 2016, a presidência da Assembleia Legislativa, única mulher a comandar o parlamento gaúcho em 183 anos. Tem atuado na defesa e no aperfeiçoamento das políticas públicas para a área social, como aquelas voltadas ao idoso, às mulheres e aos jovens. Em 2017, criou a Frente Parlamentar em Defesa dos Condutores de Ambulância. Luta pela permanência dos hospitais de pequeno porte (HPPs).
Ernani Polo (PP)
Agricultor, técnico em Contabilidade e graduado em Direito, Ernani Polo nasceu em Ijuí, em 1973. Eleito para o terceiro mandato, iniciou sua carreira política como vereador em Santo Augusto, onde se criou. Presidente da Câmara, assumiu a Prefeitura daquele município. Em 2011, ocupou uma cadeira na Assembleia. Desde então, presidiu as Comissões de Ética e de Agricultura, onde coordenou o projeto “Radiografia da Agropecuária Gaúcha. Comandou a CPI da Telefonia. Entre 2015 e abril de 2018, foi secretário estadual da Agricultura.
Sérgio Turra (PP)
O advogado especialista em agronegócio Sergio Turra nasceu em Marau, em 1972. Reeleito para segundo mandato, é líder dos progressistas, vice-presidente da Comissão de Agricultura, relator da Subcomissão do Uso Consciente e Estratégico da água. Empenha-se pela diminuição da carga tributária e pela adoção de um Estado Essencial. É autor da proposta de reforma do Código de Ética Parlamentar e da lei de criação do Museu do Agronegócio. Propôs a criação das delegacias especializadas no combate a crimes agropecuários.
Adolfo Brito (PP)
Nasceu em Sobradinho, em 1950. Reeleito para o sétimo mandato, renovado sucessivamente desde 1994. Anteriormente foi vereador e prefeito de sua cidade natal. Já comandou a Comissão de Economia e atualmente preside a Comissão de Agricultura. Em 2013, apresentou a PEC das Apaes, que garante recursos financeiros para apoiar as entidades mantenedoras das escolas de educação especial. É autor do programa “Energia – A qualidade que o Brasil Precisa”, para o desenvolvimento da eletrificação rural.
Professor Issur Koch (PP)
Eleito para seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa, Issur Israel Koch nasceu em Novo Hamburgo, no dia 15 de setembro de 1977. Formado em Pedagogia, atua como professor desde 2006. É professor de séries iniciais e ensino fundamental concursado da rede municipal de Dois Irmãos desde 2009. É músico e também apresenta o programa TV Games na TV Comunitária de Novo Hamburgo. Issur iniciou sua carreira política como vereador em 2016, na sua cidade natal. Tem foco na educação e na melhoria das condições de trabalho do funcionalismo e, em especial, dos professores, além de considerar essenciais a busca por mais saúde, segurança, cidadania, lazer e cultura.
Frederico Antunes (PP)
Reeleito para o sexto mandato, o engenheiro agrônomo Frederico Antunes nasceu em Uruguaiana, em 1969. Em 2002, assumiu a Secretaria de Obras Públicas e Saneamento. Presidiu a Assembleia Legislativa em 2007. Na atual legislatura, foi presidente das comissões do Mercosul, Aviação Civil Regional e Lei Kandir. Com forte ligação com o setor primário, atuou também em temas como abertura de free shopps em cidades de fronteira e precatórios. Articulou o acordo para construção de novas linhas de transmissão de energia elétrica.
Luis Augusto Lara (PTB)
Publicitário e bacharel em Direito, natural de Bagé, 45 anos, foi vereador da cidade por duas legislaturas. Irá para o sexto mandato parlamentar na Assembleia Legislativa. Também foi secretário estadual de Turismo, Esporte e Lazer e do Trabalho e do Desenvolvimento Social e presidiu a Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle. Tem iniciativas no combate à pobreza extrema e na criação de políticas públicas para a geração de renda
Kelly Moraes (PTB)
Ex-deputada federal e estadual, ex-prefeita de Santa Cruz do Sul, é atualmente vereadora do município. Tem atuação voltada para a assistência social.
Aloísio Classmann (PTB)
Nasceu em São Martinho em 1956. Comerciante e agricultor, foi vereador e prefeito na sua cidade natal. Reelegeu-se pela sétima vez deputado estadual. Com a base do trabalho voltado para a saúde e o social, exerceu a liderança da Bancada do PTB na Assembleia e a titularidade das comissões de Economia e Desenvolvimento Sustentável e de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo. Entre as suas bandeiras está a valorização das potencialidades regionais.
Elizandro Sabino (PTB)
Advogado e mestre em Direito pela Unisc, iniciou sua trajetória como conselheiro tutelar de Porto Alegre, eleito por duas gestões. Foi coordenador-geral e corregedor dos conselhos tutelares e membro do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente (CMDCA). Aos 39 anos, foi eleito em 2016 para o segundo mandato como vereador da Capital.
Dirceu Franciscon (Dirceu do Busato) (PTB)
Nascido em Arvorezinha, em 22 de julho de 1964, Dirceu do Busato (Dirceu Franciscon) elegeu-se pelo PTB. Natural de Arvorezinha, é técnico em Contabilidade e Especialista em Orçamento da União. Ex-secretário Municipal de Captação de Recursos da prefeitura Municipal de Canoas.
Renova Rio Grande (PV/Podemos/PPL/Avante)
Rodrigo Maroni (Podemos)
Rodrigo Marini Maroni é vereador em Porto Alegre, onde nasceu em 21 de julho de 1981. Tem como sua principal bandeira a defesa dos animais. Maroni recebeu o título de “protetor oficial de animais”, concedido pela Secretaria de Defesa Animal, da prefeitura de Porto Alegre. Em 2017, oficializou sua saída do Partido da República (PR) e a entrada no Podemos (antigo PTN).
CHAPAS PURAS
PRB
Sergio Peres
Nascido em Santo Antônio da Patrulha, Sergio Peres Alós tem 50 anos e é filho de pequenos agricultores, tendo trabalhado na lavoura até os 19 anos. Cinco anos depois, após passar a frequentar uma igreja em Gravataí, tornou-se pastor. Eleito pela terceira vez para a ALRS, foi deputado de 2002 a 2006 e exerce o cargo atualmente. Na 54ª Legislatura, presidiu a Comissão Especial para tratar da Função Social da Igreja nos Presídios e Centros de Recuperação de Drogadição e, agora, preside a Comissão Especial para tratar sobre a Regularização do Bairro Granja Esperança, em Cachoeirinha
Fran Somensi
A farmacêutica Francis Somensi nasceu em 08/03/1978, em São Jorge d Oste, Paraná. Fran Somensi é esposa do prefeito de Farroupilha, Claiton Gonçalves. Lidera projetos sociais, como o “Solidare – Farmácia Solidária”, que distribui medicamentos a pessoas carentes do município. Outra iniciativa é o “Projeto Querer Bem”, administrado pela Associação Farroupilhense Faz Bem. A entidade é voltada à produção de fraldas infantis, geriátricas e de absorventes. Os itens são doados mensalmente a pessoas de baixa renda.
Solidariedade
Neri, o carteiro
Neri Andrade Pereira Júnior, Neri o carteiro, elegeu-se pelo Solidariedade. É casado, nascido em 12/04/1978 em São Joaquim (SC). É vereador em Caxias do Sul, tendo obtido a maior votação à Câmara no pleito de 2016, com 6.229 votos. Ele fez 3.380 votos a mais que em 2012, quando foi eleito pelo DEM com 2.849. Na oportunidade, se disse surpreso com a votação expressiva, mas destacou sua atuação nos bairros. “O gabinete móvel foi fundamental e protocolei muitas demandas, a partir das reivindicações recolhidas”, justificou
Novo
Fábio Ostermann
Fábio Maia Ostermann é professor universitário e cientista político, formado em Direito (UFRGS) e mestre em Ciências Sociais (PUCRS). Graduado em Liderança (Georgetown University) e Políticas Públicas (Leadership Academy for Development) é fundador do Partido Novo no RS e fundador e membro do Conselho do LIVRES, movimento político liberal do Brasil. Igualmente é fundador do Students for Liberty Brasil, organização estudantil não-esquerdista do Brasil. Solteiro, nasceu em 30/08/1984 em Porto Alegre. Entre os valores que defende estão a liberdade, a responsabilidade, a propriedade privada, o estado de direito e a livre iniciativa.
Giuseppe Riesgo
O advogado Giuseppe Ricardo Meneghetti Riesgo nasceu em Santa Maria em 10/11/1995. Formado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), atua em organizações voluntárias desde 2010. Em 2015 tornou-se mestre conselheiro estadual da Ordem Demolay. Durante sua vida acadêmica participou do Diretório Acadêmico e presidiu o Clube Farroupilha nos anos de 2016 e 2017. Foi coordenador estadual e regional do Students For Liberty Brasil entre 2016 e 2018. Conforme divulgou em suas redes sociais, pretende, como deputado estadual focar nos problemas do Rio Grande do Sul, acabando com privilégios e gastos públicos excessivos, incentivando o empreendedorismo, a economia de mercado, a responsabilidade fiscal e a liberdade econômica e civil
PSB
Elton Weber
Natural de Nova Petrópolis, Elton Roberto Weber tem 50 anos (07/06/1968) e foi reeleito para seu segundo mandato na ALRS. Filho de agricultores, iniciou sua história de liderança sindical e cooperativista após estagiar na Alemanha, entre 1988 a 1990, onde fez o curso técnico em Agricultura e Pecuária. Presidiu a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag-RS) por sete anos. Na 54ª Legislatura, foi vice-presidente da Comissão Especial do Novo Pacto Federativo (2015) e da Comissão Parlamentar de Inquérito das Empresas Seguradoras Veiculares (2017-2018).
Franciane Bayer
Nascida em Santa Maria, Franciane Abade Bayer Muller tem 30 anos e assume, pela primeira vez, uma cadeira na ALRS. Irmã da deputada estadual Liziane Bayer (PSB) e bacharel em Direito, Franciane trabalhou na Secretaria do Estado do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável durante o atual governo, tendo sido secretária executiva do Conselho Estadual do Meio Ambiente e do Conselho Gestor do Fundo Estadual do Meio Ambiente. Elegeu-se defendendo os direitos e valores da família, o respeito aos princípios e valores da fé cristã e o respeito à vida.
Dalciso Oliveira
O empresário do setor calçadista Dalciso Eberhardt Oliveira nasceu em São Francisco de Paula em 07/01/1974. Em 2004 assumiu pela primeira vez a vereança em Igrejinha, repetindo o feito em 2004 e 2008. Em três oportunidades presidiu a Câmara de Vereadores daquele município. Posteriormente, em 2012 e em 2016, elegeu-se vice-prefeito. Dalciso Oliveira levanta a bandeira da valorização da região do Paranhana..
MDB
Gabriel Souza
Médico veterinário, com atuação no Litoral Norte, Gabriel Vieira de Souza nasceu em Tramandaí, em 2 de janeiro de 1984. Foi eleito para o primeiro mandato em 2014. Desde fevereiro de 2016, é líder do governo. Foi líder estudantil, presidente da juventude do MDB RS e presidente da Juventude Nacional da sigla. É secretário-geral da Associação dos Médicos Veterinários do Litoral Norte. Entre as suas bandeiras estão a causa animal, políticas públicas para a juventude e a representação do Litoral Norte
Tiago Simon
Natural de Porto Alegre, onde nasceu em 30 de outubro de 1969, Tiago Simon é advogado, filho do ex-governador gaúcho, ex-senador e ex-deputado estadual emedebista Pedro Simon. Foi eleito para o seu segundo mandato na Assembleia Legislativa. Foi diretor de Desenvolvimento Empresarial do Estado, tendo implementado políticas públicas para micro e pequenas empresas. Foi relator da CPI das Seguradoras e teve aprovado, por unanimidade, PL que proíbe a venda de produtos industrializados e com alto teor de açúcar nas cantinas das escolas gaúchas, a chamada Lei do Lanche.
Juvir Costella
Nascido em Guaporé, em 11 de junho de 1969, Juvir Costella foi secretário do Turismo, Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul. Na segunda quinzena de julho de 2016 assumiu o primeiro mandato como deputado estadual em vaga deixada por Alexandre Postal, indicado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). Trabalha para fortalecer áreas importantes da economia gaúcha e atua em busca de efetividade na criação de políticas públicas que auxiliem o Estado a seguir no caminho do desenvolvimento.
Fábio Branco
Nascido em Rio Grande, em 26 de setembro de 1971, por duas vezes consecutivas foi prefeito daquele município. Tendo como principal bandeira o fortalecimento da Metade Sul do RS, elegeu-se deputado estadual em 2014, como o mais votado pelo MDB. Assumiu, em 2015, a Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia no governo de José Ivo Sartori. No final de abril de 2017, assumiu a Casa Civil do Executivo, até a desincompatibilização, no início de abril de 2018.
Edson Brum
Natural de Rio Pardo, onde nasceu em 2 de janeiro de 1966, Edson Brum assume o quinto mandato como deputado estadual pelo MDB. Ingressou pela primeira vez na AL em 2005. Esteve à frente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo e da CPI dos Adubos e Insumos Agrícolas, e integrou na CPI do Arroz. É autor da Lei da Meia Entrada para estudantes e idosos. Em 2015, assumiu a presidência do Parlamento. Atua em defesa do setor primário e pelo fortalecimento da infraestrutura do RS. Já foi líder da bancada emedebista
Vilmar Zanchin
Nascido em Marau, em 13 de fevereiro de 1972, é formado em Direito pela Universidade de Passo Fundo (UPF) e foi eleito para o seu segundo mandato. Foi vereador, vice-prefeito e prefeito de Marau em dois mandatos consecutivos. Ingressou na política ainda muito jovem, pelo movimento estudantil, presidindo, em 2010, a Federação das Associações dos Municípios do RS (Famurs). Liderou a bancada do MDB no Parlamento gaúcho, no segundo ano de mandato, e é o atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça
Gilberto Capoani
Nascido em 7 de janeiro de 1954, Gilberto Capoani foi eleito para o quarto mandato como deputado estadual pelo MDB. Advogado formado pela Universidade de Passo Fundo, iniciou sua carreira política aos 22 anos, ao vencer as eleições do seu município natal, Sertão, tornando-se o mais jovem prefeito do RS. Foi funcionário do Banco do Brasil e diretor administrativo do Banrisul, presidente da Associação dos Municípios do Alto Uruguai e tesoureiro-geral da Famurs. Liderou a bancada da sigla na Assembleia Legislativa.
Sebastião Melo
Nascido na cidade goiana de Piracanjuba, Estado de Goiás, em 24 de julho de 1958, Sebastião de Araújo Melo tornou-se vereador de Porto Alegre pela primeira vez em 2000, tendo sido reeleito em 2004 e 2008. Presidiu a Câmara Municipal em 2007 e 2008. Foi vice-prefeito da Capital gaúcha e candidato a prefeito, nas eleições de 2016. É graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Cursou Especialização em Gestão Pública pela Fundação Escola Superior do Ministério Público
PT
Edegar Pretto
Vinculado ao Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) e ao Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Edegar Pretto foi eleito pela terceira vez para uma cadeira no Parlamento gaúcho. Formado em Gestão Pública, presidiu a Assembleia Legislativa em 2017 e coordenou, durante a atual legislatura, a Frente Parlamentar dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres. É natural de Miraguaí, tem 47 anos e notabilizou seus mandatos pela defesa da agricultura familiar e da alimentação saudável. É sua a iniciativa de implantar uma feira de produtos orgânicos uma vez por semana na sede do Legislativo.
Valdeci Oliveira
Reeleito pela terceira vez deputado estadual, o ex-metalúrgico Valdeci Oliveira iniciou sua trajetória política na década de 1980 nos movimentos sindical e comunitário. Em 1988, se elegeu vereador em Santa Maria, cidade que governou por dois mandatos consecutivos (2000-2004 e 2005-2008), sendo o primeiro prefeito reeleito do município. Foi também deputado federal. Na Assembleia Legislativa, desempenhou o papel de líder do governo Tarso e ocupou a presidência da Comissão de Saúde e Meio Ambiente.
Jeferson Oliveira Fernandes
Nasceu em Santo Ângelo, tem 44 anos e é advogado. Nas eleições de 2010, ficou na 1ª suplência do PT, assumindo a titularidade no Parlamento gaúcho em 2013. Nas eleições de 2014, elegeu-se com mais de 50 mil votos. Atualmente, preside a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da AL, onde tem pautado o debate sobre o sistema prisional, a violação de direitos de crianças, mulheres, idosos e o preconceito e as discriminações por gênero, raça e classe social. Atua também na promoção da agricultura familiar e na defesa do Método Apac (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados).
Luiz Fernando Mainardi
Luiz Fernando Mainardi foi eleito deputado estadual pela terceira vez. Natural de Sobradinho, é formado em Direito e tem 58 anos. Foi também deputado federal em duas legislaturas (1995-1998 e 2000-2004), prefeito de Bagé por duas ocasiões e vereador. No início de seu primeiro mandato como deputado estadual em 2011, assumiu o comando da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio. Na atual legislatura, priorizou os sistemas produtivos regionais, a defesa das empresas e fundações públicas e o funcionalismo.
Pepe Vargas
O médico Pepe Vargas iniciou sua trajetória política no movimento estudantil. Foi vereador e prefeito de Caxias do Sul e eleito deputado federal para três legislaturas. Além disso, foi ministro do Desenvolvimento Agrário, chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República e ministro-chefe da Secretaria Nacional de Direitos Humanos no governo da presidenta Dilma Rousseff. Neste ano, elegeu-se pela segunda vez deputado estadual. A primeira foi em 1994. Dois anos depois, no entanto, ele renunciou para assumir o comando da prefeitura de Caxias do Sul
Zé Nunes
O engenheiro agrônomo Zé Nunes foi prefeito de São Lourenço do Sul, sua terra natal, por duas gestões (2005-2008 e 2009-2013). Foi eleito para o seu segundo mandato no Parlamento gaúcho, onde se destacou na defesa da manutenção das empresas públicas, apoio ao cooperativismo e à pesca e incentivo ao desenvolvimento da Metade Sul do Estado. Foi também presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Banrisul Público. Zé Nunes tem 53 anos.
Sofia Cavedon
Vereadora de Porto Alegre, Sofia Cavedon é natural de Veranópolis e tem 55 anos (02/08/1963). Tem como plataforma o fortalecimento da Educação e da Cultura, o empoderamento feminino, uma economia e ambiente sustentáveis e a alimentação saudável. Defende a inclusão, a diversidade e a saúde pública. Posiciona-se contra as privatizações e em defesa das empresas e bancos públicos e das fundações.
Fernando Marroni
Fernando Stephan Marroni nasceu em Pelotas, em 31 de julho de 1956. Casado com a deputada estadual Miriam Marroni é engenheiro eletricista e servidor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Iniciou sua trajetória política nos anos 80 na Associação dos Funcionários da Universidade Federal de Pelotas (Asufpel), que presidiu entre 1987 e 1991. Em 1989 passou a presidir a Federação dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra). Em 1992 concorreu a vereador pelo PT e, em 1998, foi eleito deputado federal. Entre 2001 a 2004 foi prefeito de Pelotas, eleito com 94.953 votos. Nas eleições de 2006 recebeu 70 mil votos e tornou-se primeiro suplente da bancada do PT na Câmara dos Deputados. No início de 2009, retornou ao Congresso Nacional.
* Colaboração de Vicente Romano e Celso Bender

Eleitor brasileiro tocou fogo no circo da política


Josias de Souza  

Dizer que o 7 de outubro de 2018 foi o mais eloquente recado enviado pelas urnas à oligarquia política desde a redemocratização do Brasil é pouco. Houve algo bem mais grave: o eleitor tocou fogo no circo. Foi como se quisesse deixar claro que não tem vocação para palhaço. As urnas carbonizaram parte do elenco que reagia à Lava Jato com malabarismo verbal, trapezismo ideológico e ilusionismo.

A velha política está em chamas. Tomado pelas proporções, o incêndio lembra aquele que consumiu o acervo do Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro. Salvaram-se múmias como Renan Calheiros, Jader Barbalho, Ciro Nogueira e Eduardo Braga. Mas viraram carvão as pretensões eleitorais de peças como Dilma Rousseff, da sessão de paleontologia. Reduziram-se a cinzas mandatos do porte dos de Romero Jucá, Eunício Oliveira e Edson Lobão, da ala dos invertebrados.

Desde 2014, quando a operação foi deflagrada, os oligarcas partidários cultivavam a fantasia de que seria possível “estancar a sangria”. Gente poderosa preparava para depois da abertura das urnas uma investida congressual para transformar propinas em caixa dois. O eleitor arrancou o nariz vermelho, jogou longe o colarinho folgado, livrou-se dos sapatos grandes e riscou o fósforo.

Sobraram chamas para investigados, denunciados e até para críticos do juiz Sergio Moro e dos procuradores da força-tarefa de Curitiba. Vai abaixo uma primeira lista das vítimas das labaredas. Inclui gente barrada no Senado, na Câmara e em governos estaduais:

Eunício Oliveira (MDB-CE); Romero Jucá (MDB-RR); Beto Richa (PSDB-PR); Marconi Perillo (PSDB-GO); Roberto Requião (MDB-PR); Lindbergh Farias (PT-RJ); Jorge Viana (PT-AC), Delcidio do Amaral (PTC-MS); Marco Antonio Cabral (MDB-RJ), filho do presidiário Sergio Cabral; Daniele Cunha (MDB-RJ), filha do presidiário Eduardo Cunha; Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha do ex-presidiário Roberto Jefferson; Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), irmão do presidiário Geddel Vieira Lima; Leonardo Picciani (MDB-RJ), filho do preso domiciliar Jorge Picciani; Dilma Rousseff (PT-MG); Fernando Pimentel (PT-MG); Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM); Roseana Sarney (MDB-MA); Sarney Filho (MDB-MA); Edison Lobão (MDB-MA); Paulo Skaf (SP), Benedito de Lira (PP-AL); André Moura (PSC-SE); Valdir Raupp (MDB-RO); Cassio Cunha Lima (PSDB-PB); Garibaldi Alves Filho (MDB-RN); e Wadih Damous (PT-RJ).

Será necessário esperar pelo resultado do rescaldo para saber o que sobrou e o que o eleitor colocou no lugar. Sintomaticamente, o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa de Curitiba, soltou fogos nas redes sociais ao tomar conhecimento das totalizações de votos da Justiça Eleitoral.

“Parabéns aos novos senadores e deputados!”, escreveu Deltan. “Houve avanços significativos contra a corrupção: pelo menos uma dezena de envolvidos graúdos na Lava Jato perderam o foro privilegiado. Cerca de uma dezena de senadores do movimento Unidos Contra a Corrupção se elegeram. Além disso, movimentos de renovação apartidários elegeram vários candidatos —o RenovaBR, por exemplo, elegeu 16 candidatos.”

Deltan realçou um detalhe monetário: o eleitor puniu os candidatos brindados com fatias mais generosas do fundão de financiamento eleitoral público. Nas palavras do procurador, a “sociedade remou contra a correnteza, pois milhões do novo fundo eleitoral bilionário foram direcionados para campanhas da velha política.”

Na avaliação do chefe da Lava Jato, o fogo ateado pelo eleitor no circo pode não resolver o problema. Mas reacendeu a percepção coletiva sobre a importância da boa política: “(…) Podemos não ter o Congresso dos sonhos, mas não se trata agora de ter o congresso dos sonhos e sim de ajudar a construir o melhor país possível com os eleitos. O único caminho para um país melhor é o da política, da luta contra a corrupção e da democracia.”

Quando o desalento foi às ruas, a partir de junho de 2013, as broncas do brasileiro englobaram causas variadas —do horror à ruína de Dilma ao clamor pela volta da ditadura. Naquela ocasião, os queremistas da intervenção militar eram uma minoria na multidão. Em 2014, sobreveio a Lava Jarto. Dilma reelegeu-se por pequena margem de votos.

A partir de 2015, o asfalto passou a roncar pelo impeachment. As manifestações eram menores que as de 2013. Até por essa razão, ficou mais fácil notar a presença de personagens até então vistos como folclóricos. Jair Bolsonaro deixou-se fotografar com uma camiseta na qual se lia: “Direita já”. Na foto, ele era carregado por admiradores.

Nessa mesma época, Lula, o PT e seus satélites engrossaram a pregação segundo a qual a Lava Jato criminalizou a política. Depois do grampo do Jaburu, Michel Temer e o seu MDB aderiram ao coro. Pilhado achacando Joesley Batista, Aécio Neves ecoou o mesmo lero-lero. Ao tocar fogo no circo, o eleitor sinalizou que pensa de outra maneira: quem criminalizou a política foram os criminosos. Culpar os investigadores é como responsabilizar a radiografia pela doença.

Graças ao excesso de malabarismo, o “Direita Já” da camiseta de Bolsonaro deixou de ser uma reivindicação. Ganhou ares de constatação. Nas próximas semanas, os críticos da Lava Jato dirão que a operação tirou a ultradireita do armário. Chamarão Bolsonaro de neo-Trump. Recordarão que, na Itália, a Operação Mãos Limpas levou ao poder Silvio Berlusconi. E esquecerão de lembrar —ou lembrarão de esquecer— que Lula tornou-se o principal cabo eleitoral de Bolsonaro ao criar, na cadeia, a figura do presidenciável-laranja. O fogo arderá no circo por muito tempo.