É Bolsonaro, claro. De novo é Bolsonaro.
Ele não sai da boca do povo, mas também não sai da boca dos adversários políticos e inimigos pessoais que querem porque querem aniquilá-lo politicamente - e até fisicamente, como tentou Adélio Bispo, ex-ativista do Psol.
Neste final de semana, Bolsonaro é o principal protagonista de pelo menos duas relevantes informações jornalísticas:
1) O julgamento do recurso sem valor jurídico algum do ponto de vista prático, porque o TSE, puxadinho do STF, já deixou claro que o dever passado pelo ministro A. de Moraes é dever cumprido. Vale pelo chamado jus sperniandi, mas, sem brincadeira, vale pelo registro histórico, uma espécie de "A história me absolverá".
E
2) Novos, seletivos e ilegais vazamentos da chamada "delação" premiada do tenente-coronel Mauro Cid, que ninguém viu, a não ser a Polícia Federal e o ministro A. de Moraes, claro que também pelo advogado do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Cezar Bittencourt, que cumpre a sua tarefa pública de manter o público o mais desinformado e confuso possível, porque ele está aí para confundir. Não acreditem no que ele diz.
Há uma certa lógica nesta loucura toda. Erasmo de Rotterdam poderia usar o conteúdo de tudo o que acontece desde as eleições do ano passado, para escrever um volume II do seu afamado Elogio da Loucura.
A de hoje são os vazamentos promovidos pela PF, que em síntese trazem novos elementos para a construção do enredo final daquilo que os inimigos pessoais e adversários de Bolsonaro chamam de tentativa de Golpe de Estado. Depois da prisão de 1.300 manifestantes que foram para as ruas no dia 8 de janeiro, tentando dar um Golpe de Estado, faltava identificar o líder, os aliados do líder e os financiadores.É o que a PF vem procurando fazer, tudo a mando do ministro A. de Moraes, e o que tenta fazer a CPMI do 8 de Janeiro. Neste contexto inscrve-se hoje este vazamento:
A delação de Mauro Cid acusa o líder, Bolsonaro, e acusa alguns dos auxiliares mais próximos de Bolsonaro, além de alguns dos seus Comandantes, com ênfase para o assessor Filipe Martins e o ex-Comandante da Marinha, o almirante Garnier. Mas livra a cara de todos os demais Comandantes, os do Exército e das Regiões Militares, como também da Força Aérea.
De que forma sairia o golpe ? Seguindo o vazamento da PF, isto aconteceu através de uma consulta feita por Bolsonaro aos militares, com base em papers de auxiliares, o principal dos quais sobre o uso do artigo 142 da Constituição Federal, que já contamos aqui em prosa e verso.
Claro que a velha mídia reverberou isto o dia todo.
Os adversários e inimigos comemoram: "Agora vamos pegar o Bolsonaro".
É o que eles querem.
Na trama toda, como se sabe, falta alguém em Nuremberg. Quem ? Ora, os golpistas que armaram a cilada do dia 8 de janeiro, entre eles o notório general G. Dias, homem do GSI de Lula da Silva.
Ainda vai rolar muita água debaixo desta ponte.
Bolsonaro tirou nota contestando tudo, tim tim por tim tim.
A grande questão é saber se Mauro Cid e seu advogado Cezar Bittencourt, A. de Moraes e sua Polícia Federal, sejam capazes de apresentar o conteúdo completo da delação e as provas correspondentes, como manda a lei. Para isto, terão que entrar Exército a dentro, Marinha a dentro, Aeronáutica a dentro, PMs a dentro, governos estaduais a dentro.
Farão isto ?
Terão culhões para fazer isto ?
É o que veremos no próxiomo capítulo.
Até lá, confiemos no capitão e desconfiemos dessa gente abominável que se adonou do Brasil e pensa que viverão para sempre.
Como dizia Cesar às margens do Rubicão: Allea jacta est. A sorte está lançada.
Esta guerra ainda não terminou, embora as batalhas pareçam favorecer os adversários e inimigos de Bolsonaro, mas a única guerra vitoriosa que eles podem comemorar é a vitória de Pirro.
filipe martins