Quer aprender a fazer um planejamento estratégico? Siga o exemplo a seguir.
Passo 01: Ter um objetivo claro e realizável.
O objetivo é transformar em presidente da república um presidiário condenado em 3 instâncias judiciais.
Passo 02: Definir a estratégica.
Tirar o facínora da cadeia, limpar sua ficha suja, criar uma narrativa de que ele é super popular para justificar uma votação expressiva e garantir que tenha votos suficientes para simular uma votação democrática.
Passo 03: Estabelecer o plano de ações para garantir o sucesso do planejamento.
A primeira ação é livrar o bruto da cadeia. Esta ação é muito facilmente realizável. Basta redefinir o que já tinha sido definido de que seria possível efetuar a prisão após decisão colegiada, no caso, a decisão de segunda instância proferida pelo TRF 4. Para isto basta reunir novamente o plenário de desdecidir o que já tinha sido decidido e que, por sua vez, já tinha sido decidido e desdecidido. Operação realizada com sucesso.
A segunda ação é limpar a ficha suja. Para isto seria necessário anular as decisões das três instâncias do judiciário o que por ser extremamente difícil e morosa a partir da decisão de terceira instância, a solução é implodir os alicerces da decisão da primeira instância definindo simplesmente que houve um vício de origem. Após sete anos, descobriu-se que o julgamento não poderia ter sido feito na Comarca de Curitiba, tornando-se, portanto, nulo. Assim, numa decisão muito simples, limpa-se a ficha do condenado reestabelecendo-se seus direitos políticos.
A terceira ação é criar a narrativa de que o povo quer o criminoso de volta ao poder. Como isto é impossível na prática, é necessário lançar mão de pesquisas que, paulatinamente, façam parecer que a popularidade do criminoso cresce a cada dia. Estas pesquisas realizadas pelas mesmas entidades pesquisadoras que já apresentaram resultados desastrosos como as projeções de intenção de votos tanto para as eleições presidenciais de 2018 como para a votação para o senado em Minas Gerais para citar apenas dois exemplos, vão com grande antecedência sendo disseminadas pela grande mídia cooptada, até que as pessoas acabem se convencendo que o meliante será eleito já em primeiro turno e que, portanto, não vale a pena perder o voto votando em outro candidato.
As mesmas pesquisas devem tanto ir aumentando a pseudo popularidade do objeto de desejo da esquerda, como ir demonstrando o derretimento do candidato que não consegue sair à rua sem mobilizar multidões como ocorreu no dia primeiro de maio quando, até segundo a grande mídia cooptada, 25 milhões de pessoas se mobilizaram em todo o país em seu apoio, ou como as motociatas que, imagino eu, têm lugar garantido no Guinness Book.
E a última ação é garantir que a quantidade de votos seja suficiente para reconduzir a criatura ao poder. Esta ação derradeira pode vir a não se concretizar apesar de todo o empenho da esquerda, da grande mídia e da suprema corte eleitoral. O problema é que há um projeto de emenda constitucional que exige auditabilidade das urnas eletrônicas através da impressão de comprovante do voto digitado. Se esta PEC for aprovada, o terror se estabelecerá em toda a esquerda, a tal ponto de o presidente do supremo tribunal eleitoral, já estar desesperadamente afirmando que, se o voto for auditavel, o tribunal judicializará os resultados.
A auditabilidade dos voto que garantiria que o voto digitado foi efetivamente contabilizado, promove o pavor no tribunal eleitoral porque destruiria completamente todo o planejamento estrategicamente montado.
No meu entender, a auditabilidade dos votos seria extremamente favorável ao campeão das intenções de votos segundo as pesquisas que indicam vitória já em primeiro turno do egresso da carceragem. Então, pergunto eu, qual o motivo do desespero no presidente da corte eleitoral e dos asseclas do meliante se sua vitória já está garantida?
Só posso encerrar dizendo “eu hein?”.
Fabio Freitas Jacques. Engenheiro e consultor empresarial.