É incrível como em 20 dias o governo Bolsonaro tenha
sofrido mais ataques do que os governos anteriores nos seus 16 anos de
desmandos.
Tudo, absolutamente tudo o que é dito ou feito é
questionado e criticado. Pesquisas aprofundadas vasculham as falas e a vida
pregressa de qualquer membro relevante deste governo. As tentativas de
salientar qualquer discrepância de opinião entre Bolsonaro e seus ministros
chegam ao ridículo.
“Bolsonaro discorda de Moro na medida provisória sobre a
posse de armas”. Isto foi manchete durante vários dias. Onde estão as
discordâncias? O mesmo em relação ao Paulo Guedes e a reforma da previdência.
Fofocas e mais fofocas.
Vasculharam a vida do Bolsonaro durante toda a campanha
eleitoral assim como pesquisam a de Onix Lorenzoni, Paulo Guedes, Flavio
Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, Joaquim Levy, Damaris, Ernesto Araújo, General
Mourão entre outros, à cata de qualquer brecha para atacar o governo. Roberto
Requião, conhecido no Paraná como Maria Louca, até já sugeriu que Bolsonaro
renuncie por incapacidade.
Tudo isto em 20 dias de governo.
A pegada vai ser tão dura que os envolvidos em corrupção,
crime organizado, lei Rouanet, mídia apaniguada pelos governos petistas,
comentaristas sem personalidade que, para não perder seus empregos, são
obrigados a defender seus empregadores, sindicalistas, chefetes de movimentos
como MST, MTST, Via Campesina, miríades de ONGs entre muitos outros, estão
apavorados com a perda de suas benesses, ganhas à custa dos impostos pagos pela
população, e até mesmo da sua liberdade.
Bolsonaro não deu entrevista à Rede Globo com toda a
razão. Todos os ministros que ousaram dar entrevista à esta emissora devem ter
se sentido num tribunal da Santa Inquisição porque na maior parte do tempo
tiveram que ficar explicando picuinhas, fofoquinhas, disse-me-disse em meio a
cascas de bananas previamente preparadas para fazê-los escorregar e
proporcionar matéria para novos factoides.
Está correndo na internet uma postagem que diz: “A
esquerda é igual à uma cartomante com Alzheimer: sabe tudo o que vai acontecer
nos próximos 4 anos, mas não consegue lembrar de nada sobre o que aconteceu nos
últimos 16 anos”
Bolsonaro está fazendo o que prometeu durante sua
campanha à presidência, coisa que nunca aconteceu no Brasil: medida provisória
sobre a posse de armas de fogo, abertura da caixa preta do BNDES, pente fino
nos benefícios do INSS, escolha do primeiro escalão sem toma lá da cá inclusive
com excelentes quadros militares, deportação do assassino italiano Cesare
Battisti, aproximação com os Estados Unidos e Israel, início da abertura do
mercado em direção aos contratos bilaterais, condenação da Venezuela, de Cuba e
da Nicarágua, início da despetização do governo além de várias outras ações
ainda em formatação, como por exemplo, as reformas previdenciárias e fiscais, a
descentralização (mais Brasil e menos Brasília), o pente fino nas ONGs, a
análise dos contratos de comunicação entre muitas outras. E vêm aí, no devido
tempo, novos reitores das universidades federais e ministros do supremo
tribunal federal.
O pavor da esquerda é perfeitamente justificado. Seu
reinado está chegando ao fim e não vão se entregar sem luta. Talvez até luta
armada como os ataques no Ceará insinuam. Estão no seu direito.
O que não entendo é que parte da população que foi a
maior vítima dos desmandos dos governos dos últimos 30 anos, que está comendo o
pão que o diabo amassou, que está desempregada, servida por uma educação de
nível mais que sofrível, por abomináveis serviços de saúde ficam gritando: e o
Queiroz? E o Queiroz?
Cheeeeeeeeeeeeeeega! Calem suas bocas malditas e comecem
pelo menos a pensar em si próprios. Procurem resolver seus problemas e apoiem
aqueles que podem ajudar efetivamente a melhorar suas vidas.
Deem um tempo! As coisas estão acontecendo numa rapidez
impressionante, mas parece-me que o grito dos apavorados está ameaçando
ensurdecer o bom senso da população a ponto de minar a esperança depositada no
governo eleito há apenas dois meses e meio e governando efetivamente há apenas
20 dias.
O autor é diretor da FJacques - Gestão através de Ideias
Atratoras, Porto Alegre, e autor do livro “Quando a empresa se torna Azul – O
poder das grandes Ideias”.
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fabio@fjacques.com.br