Estes são os deputados estaduais eleitos no RS.


Renovação na Assembleia Legislativa chega a 54%
Nova composição da Casa terá representantes de 17 partidos
           
O PSL não só entrou na nova composição da Assembleia Legislativa, como fez uma dobradinha, garantindo os dois deputados estaduais mais votados nesta eleição, o tenente coronel Zucco e Ruy Irigaray, respectivamente. O partido, que não tinha representação no Legislativo estadual, contará agora com quatro parlamentares e foi a legenda que mais cresceu, na comparação com a eleição de 2014.

Além do PSL, Novo, DEM, Solidariedade e Podemos entraram na nova configuração da Assembleia. Por outro lado, PCdoB, PPL e PV perderam os assentos conquistados em 2014. A assembleia passará a contar com representantes de 17 partidos – dois a mais do que na última legislatura. A renovação na Casa foi de 54%.

O PT e o MDB terão as maiores bancadas da Assembleia, com oito deputados cada. Na comparação com o último pleito, o PT perdeu três cadeiras, enquanto o MDB manteve-se estável.

Além de Zucco e Irigaray, os mais votados para a nova composição da Assembleia foram: Any Ortiz (PPS), Edegar Pretto (PT), Silvana Covatti (PP), entre terceiro e quinto lugares, respectivamente.

• Deputados eleitos (reeleitos com *)

PT           08

Edegar Pretto*

Valdeci Oliveira*

Jeferson Fernandes*

Mainardi*

Pepe Vargas

Zé Nunes*

Sofia Cavedon

Fernando Marroni

MDB      08

Gabriel Souza*

Tiago Simon*

Costella

Fábio Branco*

Edson Brum*

Zanchin*

Gilberto Capoani*

Sebastião Melo

PP          06

Silvana Covatti*

Ernani Polo*

Sérgio Turra*

Adolfo Brito*

Professor Issur Koch

Frederico Antunes*

PTB        05

Lara*

Classmann*

Kelly Moraes

Dirceu do Busato

Elizandro Sabino

PSL 04

Tenente Coronel Zucco

Ruy Irigaray

Vilmar Lourenço

Capitão Macedo - Professor

PDT        04

Eduardo Loureiro*

Juliana Brizola

Gerson Burman*

Luiz Marenco

PSDB     04

Pedro Pereira*

Mateus Wesp

Viana

Zilá Breitenbach

PSB        03

Elton Weber*

Franciano Bayer

Dalciso Oliveira

PRB        02

Sérgio Peres*

Fran Somensi

NOVO   02

Fábio Ostermann

Giuseppe Riesgo

DEM      02

Dr. Thiago

Eric Lins

PR          02

Paparico Bacchi

Airton Lima

PPS 01

Any Ortiz*

PSol       01

Luciana Genro

PSD        01

Gaúcho da Geral

SD          01

Neri O Carteiro

PODEMOS          01

Rodrigo Maroni

Deputados federais eleitos do RS


• Marcel Van Hattem (Novo)
• Onyx Lorenzoni (DEM)
• Giovani Cherini (PR)
• Paulo Pimenta (PT)
• Fernanda Melchionna (PSOL)
• Marcon (PT)
• Marlon Santos (PDT)
• Lucas Redecker (PSDB)
• Henrique Fontana (PT)
• Danrlei de Deus Goleiro (PSD)
• Bohn Gass (PT)
• Carlos Gomes (PRB)
• Heitor Schuch (PSB)
• Covatti Filho (PP)
• Márcio Biolchi (MDB)
• Pedro Westphalen (PP)
• Maria do Rosário (PT)
• Alceu Moreira (MDB)
• Afonso Hamm (PP)
• Giovani Feltes (MDB)
• Bibo Nunes (PSL)
• Sanderson Federal (PSL)
• Osmar Terra (MDB)
• Jerônimo Goergen (PP)
• Maurício Dziedricki (PTB)
• Pompeo de Mattos (PDT)
• Daniel da TV (PSDB)
• Afonso Motta (PDT)
• Liziane Bayer (PSB)
• Nereu Crispin (PSL)

Artigo, David Coimbra, Zero Hora - Por que a classe média virou anti-PT


Aí está o nosso pequeno burguês, rodando pelas ruas de Porto Alegre em seu carrinho um ponto zero. Ele pretende levar a filha à escola e, depois, seguir para o trabalho. Mas… no meio do caminho havia uma manifestação, havia uma manifestação no meio do caminho. Ele fica detido por meia hora, 45 minutos, uma hora inteira. A filha começa a chorar, reclama que tem prova, ele tenta ligar para o chefe para avisar que chegará atrasado, mas o celular não funciona, a manifestação o capturou exatamente dentro do maldito túnel, ele está perdido…_

_Foi um dia horrível. Quem seriam aquelas pessoas que interromperam o trânsito? Funcionários públicos reclamando salário melhor, decerto. Nosso amigo até tenta sentir simpatia por eles, ele também ganha mal, mas se questiona: como as autoridades permitem que uma rua seja fechada? Isso acontece todos os dias em Porto Alegre…_

_Nosso amigo está irritado. Ele se incomoda com os prédios públicos invadidos, com as terras tomadas à força de foice, com as pichações que emporcalham as paredes dos edifícios, com o aluno que bate na professora, com o ladrão que é solto da cadeia pela quadragésima vez, com o homem que ficou só dois meses preso por estupro, saiu e matou a filha adolescente de quem abusava. Como isso tudo é permitido? Isso é a democracia? Que governo é esse? Quem são essas autoridades tão permissivas, que não tomam atitudes firmes contra quem burla a lei?_

_É o que se pergunta o homem da classe média._

_O nosso pequeno burguês, então, lembra-se das bandeiras vermelhas da CUT e dos bonés do MST presentes em cada ato desses e já sabe a resposta: é o PT. O PT está em meio a tudo o que acontece no Brasil há muitos anos, conclui. Mas, quando ele pensa em reclamar, seu amigo petista lhe aponta o dedo: ele não tem solidariedade com os pobres, ele não se importa com o povo sofrido, ele faz parte da elite pérfida._

_Nosso pequeno burguês não quer ser confundido com um rico desalmado. Assim, ele não fala mais nada para não se expor. Aí ele fica sabendo da corrupção dos governos Lula e Dilma, dos bilhões e bilhões desviados, vai questionar seu amigo petista e o que ouve é, puramente, negação. Não há uma autocrítica, um reconhecimento, um ato de contrição, nada. Para seu amigo petista, os erros estão, todos, fora do PT. Os acertos, dentro._

_É neste momento que o pequeno burguês se torna anti-PT._

_E a eleição vai se aproximando, e ele procura uma alternativa. Ele olha para os candidatos. Ciro? A mesma arrogância do seu amigo petista. O mesmo insuportável ar de superioridade moral. Alckmin? Está provado que o PSDB também entrou no esquema. Meirelles? Marina? Até ontem estavam no governo._

_E Bolsonaro? Bem, esse é francamente anti-PT, esse nunca teve nada a ver com todos os outros, nunca esteve no governo. Bolsonaro é um tosco, mas representa a irritação do pequeno burguês. Pouco importa se ele defende a ditadura, se ofende Maria do Rosário, se leva cuspida de Jean Wyllys. Tanto melhor, o pequeno burguês quer, de fato, romper com tudo, quer ordem e autoridade mesmo que seja às custas da liberdade._

_Não estou dizendo que penso assim, quem pensa assim é o nosso amigo pequeno burguês, o homem de classe média. Por pensar assim, ele identificou no #EleNão outro slogan: #PTsim. Porque a inferência é lógica: se o único adversário real de Bolsonaro é o PT, dizer que se pode votar em qualquer um, menos em Bolsonaro, é o mesmo que dizer para votar no PT._

_Repito: estou interpretando o sentimento do homem de classe média. Que é o sentimento que perpassa toda esta eleição. Em resumo, uma disputa entre "tudo o que está aí" e algo difuso, impreciso, algo que o eleitor não sabe bem o que é, com exceção de uma certeza: é algo "contra tudo o que está aí". A classe média não aguenta mais. A classe média está farta. E a classe média, quando fica farta, muda a sociedade._

Artigo, Percival Puggina - A prudente utilidade do voto útil e a perigosa inutilidade do voto inútil


Compreender as boas convicções que movem seguidores de Henrique Meirelles, Alvaro Dias, João Amoêdo e Geraldo Alckmin é tão fácil quanto perceber o estrago que estão em vias de causar. Principalmente se, numa hipótese de segundo turno, esses eleitores estiverem dispostos a votar em Bolsonaro contra o petismo. A volta do PT, sabemos, significa o retorno de Lula e José Dirceu, a anunciada “tomada do poder”, o socialismo, a venezuelização, a preferência pelos bandidos. Significa, também, a nomeação de mais dois companheiros para o STF, o aparelhamento definitivo do Estado, o avesso das necessárias reformas, a fuga de capitais e o desemprego (emprego, quem cria, são as empresas, mediante investimentos que dependem de estabilidade e confiança). Por aí vai o longo, longuíssimo, circuito das desgraças.
 Conheço pessoas convictas de estarem submetidas a um preceito moral que as obriga, num primeiro turno, a votarem em conformidade com suas convicções. Para elas, se um dos quatro candidatos acima mencionados, melhor do que qualquer outro, preenche os requisitos para o exercício da presidência, é a ele que devem dar seus votos. Reservam ao segundo turno a opção pelo que considerarem menos pior dentre os dois remanescentes.
Não se trata, aqui, de discutir preferências, mas de puro realismo. Já se conhecem os dois remanescentes. Trata-se, apenas, de saber se no primeiro turno, o “voto útil” para evitar o segundo turno é moralmente menos qualificado do que o voto dito de consciência, mas inútil. Dizem esses eleitores: “No primeiro turno, devo votar segundo a imposição do bem maior. No segundo turno, voto contra o mal maior”.
Tal atitude estaria correta, corretíssima, se não existissem múltiplas e sucessivas pesquisas eleitorais. No entanto, elas existem e desconsiderá-las não responde ao critério moral da prudência. As pesquisas dizem que ou Jair Bolsonaro vence esta eleição agora, ou enfrentará seu oponente num renhido e incerto segundo turno.
É desnecessário discorrer sobre competências e recursos da máquina eleitoral petista, nem sobre a manifesta superioridade de seu marketing. Não preciso mencionar o poder de cooptação que essa estrutura e seus recursos exercem sobre indivíduos e grupos cujo senso moral oscila entre o estado líquido e o gasoso. Menos ainda, referir o acirramento de tensões e o divisionismo que se instalará no país durante as três semanas anteriores a 28 de outubro. A campanha irá às ruas e os bons modos não ilustrarão seus presumíveis cenários.
A parcela da cidadania formada por produtores, empreendedores, investidores e consumidores, já sinalizou sua preferência, mostrando que, simetricamente à ascensão de Bolsonaro nas últimas pesquisas, a bolsa subiu (as empresas brasileiras se valorizaram) e o dólar caiu (a moeda brasileira recuperou valor frente à moeda americana). Tudo andaria em sentido inverso se a opção petista preponderasse.
Pesquisas eleitorais trazem informação, e ela recomenda, enfaticamente, atrair para Bolsonaro, já no dia 7, os votos que serão dele caso a decisão final seja adiada para as incertezas do dia 28 de outubro.
Espero que as boas intenções de alguns não sirvam para aumentar as angústias do tempo presente e os males do tempo futuro.

Fala da presidente do STF



Boa noite!

É da tradição brasileira que a Presidência do Tribunal Superior Eleitoral dirija-se diretamente ao eleitorado na véspera das eleições. Por isso estou aqui pedindo alguns minutos da sua atenção.

Amanhã, 7 de outubro, votaremos para a escolha daqueles que exercerão a Presidência da República e o Governo dos Estados e do Distrito Federal. Também escolheremos nossos legisladores: um Deputado Federal, um Deputado Estadual ou Distrital e dois Senadores.

Somos quase 148 milhões de brasileiros aptos a participar, pelo voto, desta que é chamada a festa da democracia! E esta festa tem a virtude de reafirmar o princípio maior da igualdade entre os cidadãos, pois oportuniza o exercício de um direito que é igual para todos. O voto de cada eleitor tem o mesmo peso, independentemente de qualquer condição pessoal.

E porque enfatizo este particular aspecto?

Eu o faço para lembrar que neste domingo teremos a oportunidade ímpar de decidir, com o nosso voto, sobre os rumos e o destino da nação.

Não abramos mão desta chance! Não deixemos que os outros decidam por nós.

O que define os eleitos é o conjunto de votos válidos, isto é, o total dos votos contabilizados nas urnas com exclusão dos votos nulos e dos votos em branco.

Compareça amanhã à seção eleitoral e vote com consciência.

E que retornem ao dicionário de nossa vida cívica palavras como diálogo e tolerância. Somos uma sociedade plural, o que nos enriquece como povo. É legítimo e saudável que todos exerçamos nossas escolhas, observadas as regras do jogo democrático, mas o façamos com olhos de ver quem pensa diferente de nós como alguém que merece nosso respeito! Como nós merecemos respeito. Seguramente todos queremos um Brasil melhor!

A Democracia não é obra acabada. É conquista diária, está em permanente construção. Nós, da Justiça Eleitoral, estaremos trabalhando para garantir o exercício da sua liberdade de escolha, com o sigilo do voto e sem embaraços.

Uma palavra, ainda, sobre a segurança e confiabilidade do nosso sistema eletrônico. As urnas eletrônicas têm sido usadas há vinte e dois anos nas eleições sem sequer um caso comprovado de fraude. Trata-se de instrumento concebido pela equipe técnica do TSE, aperfeiçoado ao longo do tempo, a partir inclusive de testes públicos, de modo a garantir um processo íntegro, ágil e auditável.

Que o passo que será dado amanhã, com o voto consciente e livre de cada um, fortaleça a democracia brasileira, na construção da sociedade justa, solidária e fraterna que todos almejamos, e está estampada na Constituição Cidadã, que ontem completou trinta anos!

Bom voto a todos!

Ministra Rosa Weber

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)