Artigo, Fábio Jacques - Democracia ou ditadura ?


Abraham Lincoln, o 16º presidente dos Estados Unidos definiu democracia como “O governo do povo, pelo povo e para o povo”.
Se democracia é o governo do povo e para o povo, parece-me indiscutível procurar atender aos anseios dos governados.
Será que o povo apoiaria em um plebiscito, apenas para citar alguns poucos exemplos,a doação das refinarias da Petrobrás à Bolívia, a compra da refinaria de Pasadena por mais de 20 vezes o valor real, a construção dos faraônicos e “multisuperfaturados” estádios de futebol para a copa do mundo, os empréstimos aos governos de ditaduras amigas, o depenamento da Petrobrás, os gastos espetaculares nas viagens presidenciais como as de Dilma Rousseff que ficou em hotéis a 8 mil Euros por dia, o compulsório imposto sindical descontado de todos os trabalhadores, a prisão somente após o trânsito em julgado na quarta instância do judiciário, os fundos partidário e eleitoral, o direito de qualquer juiz barrar decisões do presidente da república, os salários nababescos do congresso e do judiciário, as mordomias e as estravagantes equipes de assessores que tornam nossospoderes legislativo e judiciárioos mais caros do mundo, a mão amiga que consegue julgar habeas corpus reiterados do mesmo criminoso em questão de horas enquanto um julgamento de um benefício do INSS dura décadas e, caso seja ganha a causa, recebimento em precatórios com longa carência, a aposentadoria compulsória de juízes criminosos condenados ou os empréstimos a juros subsidiados aos amigos campeões nacionais até para compra de jatinhos particulares?
Terão estes poucos exemplos elencados sido decorrência de atos democráticos ou foram simplesmente decisões ditatoriais emanadas de um pequeno grupo pessoas que vinham se revezando ad aeternum nas instâncias mais altas do poder absolutista do país?
Será que se pode considerar democrático um governo eleito com uma plataforma política e que no primeiro dia joga-a no lixo e passa a decidir como bem lhe der na telha?
Bolsonaro ameaçou vetar o fundo eleitoral de 2 bilhões de reais, e Rodrigo Maia disse:
“O Congresso tem um "arsenal" caso Bolsonaro vete os recursos para as campanhas eleitorais do próximo ano. Não fizemos, nem queremos fazer isso. Mas se ele quer jogar pra sociedade, também podemos jogar. Esse jogo traz insegurança".
Será que o povo, caso fosse consultado, apoiaria este tipo de extorsão do parlamento sobre o executivo?
Será isto democracia?
E, pergunto mais, será que as pessoas têm noção do que vem a ser R$ 2 bilhões ou R$ 3,8 bilhões como era a pedida inicial do congresso?
Assim como, para melhor entendimento se mede uma grande área em campos de futebol que todos têm noção de tamanho e não em hectares, medida que pouca gente conhece, ainda que ambos sejam praticamente iguais, vou, para facilitar, transformar os 2 bilhões e os 3,8 bilhõesde Reais em medidas mais palatáveis:
2 bilhões correspondem a praticamente dois milhões de salários mínimos, a uma pilha de moedas de um Real que teria altura igual à distância entre Porto Alegre e Salvador, pilha esta que precisaria de mais de 63 anos para ser contada à razão de uma moeda por segundo. Enfileiradas lado a lado dariam bem mais do que uma volta ao planeta terra. Com os 3,8 bilhões, que era a pedida inicial, a pilha teria altura igual à distância entre Porto Alegre e Bogotá, demoraria 120 anos para ser contada e equivaleria e mais de 3,6 milhões de salários mínimos.
Não será muito dinheiro para ser desperdiçado em apenas uma tentativa de convencer as pessoas a votar naqueles que os partidos jádecidiram que serão os governantes dos estados e dos municípios desta pobre nação?
E não esqueçamos do fundo partidário de aproximadamente 1 bilhão, dinheiro que, de igual forma,acho que jamais seria aprovado em um plebiscito.
No Brasil a democracia se resume às obrigações de votar e pagar impostos. Esta é a parte que cabe ao povo. Praticamente todo o restante não passa de ditadura dissimulada.
Parece-me que Bolsonaro tem sido único dentre os últimos presidentes que tenta cumprir o que prometeu, com grande dificuldade devido aos ataques ininterruptos da esquerda e da grande mídia e às represálias do parlamento e do judiciário, aos quais, ou pelo menos a grande parte de seus membros, não interessa a melhora do país e sim a manutenção de seus privilégios. Como disse o Paulinho da Força, “Precisamos de uma reformada Previdência que não garanta a reeleição do Bolsonaro”
Isto, para mim, nada tem a ver com democracia. O povo elegeu Bolsonaro. Esquerda, grande parte da grande mídiae das mídias digitais, significativa parcela do parlamento e do judiciário farão de tudo para impedir que ele chegue ainda no cargo ou quem sabe até mesmo vivo até às próximas eleições. É o ataque incansável dos ditadores que lutam apenas por aquilo que lhes interessa. O poder e os privilégios.
E o povo que se exploda.
O autor é diretor da FJacques - Gestão através de Ideias Atratoras e autor do livro “Quando a empresa se torna Azul – O poder das grandes Ideias”.
www.fjacques.com.br -  fabilhõeso@fjacques.com.br
Whatsapp: 9725 6254



Criação da CGT Eletrosul amplia atuação da Eletrobras no Sul do Brasil

Unificação de operações resultará em parque gerador de 2 mil MW
Os acionistas da Eletrosul e da CGTEE aprovaram, em Assembleias Gerais Extraordinárias (AGEs) realizadas nesta quinta-feira (02/01), a unificação de operações das duas subsidiárias da Eletrobras na região Sul, visando a obtenção de sinergia operacional, tributária, econômico-financeira e societária. A empresa resultante é denominada CGT Eletrosul (Companhia de Geração e Transmissão de Energia Elétrica do Sul do Brasil), com sede administrativa em Florianópolis (SC) e atuação ampliada no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e, ainda, no Mato Grosso do Sul, além das participações societárias nas hidrelétricas Jirau (20%), em Rondônia, e Teles Pires (24,7%), situada entre Mato Grosso e Pará.
A aprovação da unificação pelos acionistas marca a conclusão do projeto, iniciado em 2017 e previsto no Plano Diretor de Negócios e Gestão (PDNG) da Eletrobras, documento que orienta para a busca por sinergia societária entre controladas regionais. A iniciativa tem como objetivo consolidar uma atuação única e integrada no Sul do Brasil, eficiência operacional, melhoria de processos e otimização de resultados.
A CGT Eletrosul conta com uma força de trabalho composta por cerca de 1.300 profissionais, entre técnicos e especialistas. Seu parque gerador possui capacidade instalada superior a 2 mil MW, sendo formado por empreendimentos de geração hidráulica, térmica, eólica e solar. No segmento de transmissão, são 12 mil km de linhas, 46 subestações e 31 mil MVA de capacidade de transformação. Com um portfólio diversificado e um aumento de receita, a CGT Eletrosul prevê a retomada de investimentos em todas as áreas de negócio, bem como ganhos de escala na comercialização de energia.
Para o presidente da CGT Eletrosul, Antonio Carlos Nascimento Krieger, a decisão de unificação das empresas representa a expansão das operações e a perspectiva de novos investimentos no Sul. “A partir de agora, temos uma companhia ainda mais forte e consolidada na região, reunindo a qualidade técnica e a tradição de mais de 50 anos da Eletrosul com a vasta experiência da CGTEE em geração térmica. Vivenciamos um novo momento no setor elétrico e essa medida contribuirá significativamente para o desenvolvimento econômico e social do Brasil.”
O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, destaca que a unificação de operações da Eletrosul e da CGTEE tem grande relevância para o Grupo. “Essa é uma importante iniciativa presente em nosso Plano Diretor de Negócios e Gestão, na perspectiva da diretriz estratégica ‘Excelência Operacional’. A medida, com foco na sinergia societária de controladas regionais, proporcionará ganhos de eficiência e otimização de resultados para as Empresas Eletrobras.”
Histórico
ado comunicado ao mercado informando sobre a revogação da limitar que suspendia as AGEs das duas empresas, o que possibilitou a continuidade do processo. 
Desde 2017, as empresas vêm trabalhando para executar todos os procedimentos necessários à unificação, nos âmbitos interno e externo, perante órgãos governamentais, regulatórios, credores e demais agentes envolvidos.
Um dos marcos do projeto de reestruturação societária foi a ampla reforma e modernização da Usina Termelétrica Candiota III (Fase C), no Rio Grande do Sul, o que garantiu maior eficiência e seu pleno retorno à operação comercial. Com a conclusão do processo técnico de revisão geral, em março de 2019, a termelétrica, que possui capacidade instalada de 350 MW, voltou a gerar, oferecendo energia firme para atendimento do mercado nacional e impactando positivamente a economia da Metade Sul do estado gaúcho, devido ao aproveitamento de carvão mineral da região. Tudo isso tem sido acompanhado por um elevado controle de emissões atmosféricas e pela continuidade de programas socioambientais.
No contexto de unificação de operações, a Eletrobras também capitalizou a dívida que a CGTEE detinha junto à holding até antes da reforma da UTE Candiota III, no valor de R$ 4,7 bilhões.
Em consonância com o projeto de reestruturação societária, foi finalizado o processo de implantação do Centro de Serviços Compartilhados (CSC), em que as operações da Eletrobras na região integram a Unidade Sul, além da adoção do sistema ERP SAP, possibilitando padronização e automatização de atividades e informações, assim como a integração de áreas e recursos. O resultado será a redução de custos e um ganho de produtividade.
Diretoria Executiva da CGT Eletrosul
Diretor-Presidente: Antonio Carlos Nascimento Krieger
Diretor Administrativo: Jorge da Silva Mendes
Diretor Financeiro: Tomé Aumary Gregório
Diretor de Engenharia: Marcos Romeu Benedetti
Diretor de Geração Térmica: Jorge Andriguetto Júnior
Diretor de Operação: Ildo Wilson Grüdtner