O diretor do Instituto Paraná Pesquisas, Rodrigo Hidalgo,disse esta tarde ao editor que resolveu mandar seus pesquisados para Alagoas, terra do senador Renan Calheiros, onde o governo é aliado de Michel Temer, tudo para avaliar as intenções de votos para presidente e a percepção sobre a adminitração do atual presidente.
Presidente, estimulada, melhor lista
ula, 39%; Marina, 13,l3%; Aécio, 10,2%; Bolsonaro, 10,2%; Joaquim Barbosa, 4,7%; Ciro Gomes, 3,6%; Michel Temer, 3,5%; Ronaldo Caiado, 04%; não sabe, 4,2%; nenhum, 10,9%.
Avaliação do governo
Ótimo, 1,7%; bom, 10,2%. Total = 11,9%
Regular = 30,2%
Ruim, 14,5%; péssimo, 41,3%. Total = 58,8%
Não sabe = 2,2%
Artigo, Denise Dreschsel, Gazeta do Povo - Direitos e abusos dos professores
A linha é tênue entre a defesa legítima dos direitos dos
professores e o abuso com prejuízo desproporcional aos alunos
• Denise Drechsel
São discursos antagônicos. De um lado, os sindicatos dos
professores são acusados de tentar impor políticas
públicas de educação de teor ideológico e
partidário por meio de greves – prejudicando os próprios professores e
alunos
em benefício dos dirigentes das agremiações e seus
partidos. De outro, os sindicatos são louvados pelos docentes que se
sentem de fato representados e defendidos contra quem
quer reduzir salários e piorar as condições de trabalho. Quem terá razão?
Como tudo na vida, nenhuma das duas posições está
completamente correta. Ninguém nega a importância dos sindicatos: eles
surgiram para defender os interesses das diversas
categorias, principalmente as mais frágeis. O problema é que no Brasil há
pelo
menos duas características que podem desvirtuar essa
missão: a falta de liberdade sindical e a contribuição compulsória.
O Brasil é um dos poucos países democráticos que não
ratificou a Convenção 87 da Organização Internacional do Trabalho (OIT),
que prevê a liberdade de associação sindical. Com isso,
os sindicatos brasileiros têm o “monopólio” de defender uma determinada
categoria, impedindo que os trabalhadores criem outros
mecanismos de pressão caso estejam desgostosos com a atuação do
sindicato da sua categoria. A justificativa brasileira
para não adotar a Convenção 87 da OIT é o risco de que os sindicatos,
fragmentados, percam a força. Por outro lado, como o
trabalhador não tem liberdade de escolha sindical – goste ou não do seu
sindicato é aquele e pronto, seja eficaz ou não
leva a mesma receita no fim do ano –, o engajamento de muitos
trabalhadores
é menor e apenas uma minoria passa a falar pela categoria
– uma minoria com os cofres cheios, graças ao imposto sindical
obrigatório.
Nesse cenário, um dos aspectos que precisa de revisão
dentro dos sindicatos são as assembleias. Quem é que levanta em uma
assembleia e diz ‘sim’ ou ‘não’ para uma greve? O
professor Sólon Cunha, da FGV de São Paulo, aponta investigações de casos
no Brasil de falsidade ideológica, de pessoas
‘encomendadas’ que fingem ser da categoria para votar em uma assembleia a
favor
do que ditam alguns. “Na minha opinião, as assembleias
não têm legitimidade hoje. Por que não se faz uma votação digital com
uma auditoria externa, por exemplo?”, sugere. No caso da
educação, em que as greves acarretam uma perda de dias letivos e
qualidade das aulas, é grave se essa decisão é estimulada
não por um motivo proporcional, mas ideológico-partidário, causando
dano aos mais vulneráveis.
Outra sombra que paira sobre os sindicatos dos
professores da rede pública é a sua posição contrária a avaliações externas dos
professores. “Os professores nos sindicatos da rede
pública acabam tendo uma postura conservadora, contrários a qualquer tipo
de exigência para melhorar o seu desempenho. E também são
contrários a qualquer parceria, mesmo com instituições que venham
colaborar pedagogicamente. E os professores mais abertos
acabam não tendo voz”, afirma Fernando Schüler, professor do Insper.
“Há uma retórica ideológica que fala da perda de
autonomia da escola e do professor, mas avaliações são comuns em outros países
e têm por objetivo ajudar os professores e os
alunos a alcançarem uma melhor performance”.
Em defesa tanto das avaliações como dos sindicatos, o professor
Ocimar Alavarse, da Faculdade de Educação da Universidade
de São Paulo, explica que elas são importantes, mas podem
ser utilizadas para atacar os professores – e aí são bem-vindos os
sindicatos. “Os professores não são os únicos
responsáveis pelo mau desempenho dos alunos, e nisso os sindicalistas têm
razão.
As avaliações são importantes, mas não acho que elas
deveriam, por exemplo, servir de base para bonificar os professores. Isso
porque há outros fatores, como a condição
socioeconômica dos alunos e a infraestrutura da escola, que influenciam os
resultados.
Por mais que o professor se empenhe, há realidades
que não dependem dele para mudar”, insiste.
“Existe o ‘peleguismo’ moderno, que é diferente do
‘peleguismo’ antigo, quando os sindicatos atendiam os interesses do patrão.
Hoje é pior, porque alguns sindicatos de empregados atendem aos interesses de
meia dúzia de dirigentes que se perpetuam no poder e não estão preocupados com
a representação da categoria”
GILBERTO STÜRMERProfessor de Direito da PUCRS e autor do
livro “A Liberdade Sindical”
Alternância de poder
Uma solução apontada para que os sindicatos cumpram o seu
papel de defender os direitos dos professores sem cair nas garras
das exigências político-partidárias, ajudando a lutar por
melhores condições de trabalho e de educação, além de melhorar os
mecanismos de legitimidade das assembleias
sindicais, seria impedir que um grupo de pessoas se apoderasse da agremiação
por
muitos anos.
“Existe o ‘peleguismo’ moderno, que é diferente do
‘peleguismo’ antigo, quando os sindicatos atendiam os interesses do
patrão.
Hoje é pior, porque alguns sindicatos de empregados
atendem aos interesses de meia dúzia de dirigentes que se perpetuam no
poder e não estão preocupados com a representação da
categoria”, alerta Gilberto Stürmer, da escola de Direito da PUCRS e
autor
do livro “A Liberdade Sindical”. Essas pessoas acabam até
vencendo eleições ou sendo chamadas para ocupar cargos públicos,
aparelhando o estado, graças à sua influência no
sindicato utilizado como massa de manobra.
Para Gilberto, a liberdade sindical e a retirada do
imposto sindical poderiam ajudar nesse aspecto, ainda que possam ser
incômodas
a princípio. “O sindicalismo nasceu errado no Brasil, de
cima para baixo, durante a ditadura [de Getúlio] Vargas. Agora, não se
cura
doente terminal sem remédio amargo. Claro que a liberdade
sindical, em um primeiro momento vai perder força, mas no final
ficariam os sindicatos que de fato representam a maior
parte dos trabalhadores, e esses, com certeza, seriam mais fortes dos que
vemos hoje”, acredita.
Perguntas e respostas sobre o saque do FGTS
Como as agências vão funcionar? Haverá um expediente
diferenciado?
A partir do dia 10, trabalharemos em horários estendidos.
Vamos antecipar em duas horas a abertura das unidades. Em locais onde a agência
já abre às 9h, vamos estender uma hora. Também trabalharemos aos sábados só
para atender questões relativas ao FGTS. Essa vai ser uma estratégia utilizada
durante todo o calendário, até julho. Serão 1.800 agências funcionando nos
sábados.
Para contas inativas há mais de 30 anos, como proceder?
Todas as contas anteriores à data de 13 de julho de 1990
já estão liberadas há um tempo, não é necessário seguir o cronograma.
O cônjuge pode receber o valor do FGTS de um companheiro
falecido?
Neste caso existem duas situações. Os herdeiros devem se
dirigir a uma agência com o alvará do inventário para realizar o saque. Caso
tenha mais de um herdeiro, a Caixa paga a cota parte devida. Caso o herdeiro
seja menor de idade, a Caixa abre uma poupança para ele sacar quando atingir a
maioridade. Caso não tenha o inventário, a Caixa aceita a declaração de
dependentes.
O saque pode ser transferido via TED, ou apenas em
dinheiro na boca do caixa?
Foi definido pelo decreto que todos os valores podem ser
transferidos. Vamos somar os valores e transferir via TED para outros bancos
sem nenhuma tarifa. A única exceção é se o cidadão quiser receber o dinheiro no
sábado. Vamos trabalhar aos sábados para complementar o atendimento, mas como
outros bancos não abrem, vamos limitar os pagamentos para outras instituições
ao limite do DOC, então o crédito acontece na segunda-feira.
Algumas contas apareciam com saldo, mas nos últimos dias
aparecem zeradas. O que pode ter ocorrido?
Estamos falando em um volume expressivo de contas. São
mais de 7 milhões. O valor aparecer zerado nestes dias próximos ao cronograma
de saques significa que o valor está em trânsito de pagamento. Procedemos o
débito na conta do FGTS alguns dias antes da liberação para que o cliente tenha
a condição de receber no prazo correto. Começamos a fazer isso logo após o
carnaval.
É importante ressaltar que muitas pessoas foram
surpreendidas por não terem mesmo os valores. De acordo com a Procuradoria
Geral da Fazenda Nacional, 200 mil empresas não fazem o recolhimento de forma
correta. O trabalhador pode acompanhar isso. Nossa sugestão é utilizar nossos
sistemas para cobrar a empresa.
É possível sacar o FGTS de contas inativas do exterior?
Sim. Temos duas alternativas. Se for cliente Caixa, será
creditado automaticamente. Caso contrário, o cliente baixa um formulário no
site da Caixa, preenche, anexa os documentos indicados e se dirige ao consulado
que nos envia. É bom fazer isso logo, porque as contas inativas, depois de
julho, já vão ser bloqueadas novamente.
Maria Cristina Fernandes, Valor - Pendurados na brocha
A decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal
que recebeu a denúncia contra o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) por corrupção
passiva e lavagem de dinheiro deve ampliar e acelerar tratativas do Congresso
para anistiar crimes do financiamento eleitoral.
Não se trata mais unicamente de perdoar o caixa dois. Com
a decisão da quarta-feira, urge também limpar a barra dos destinatários de
doações oficiais. No voto mais contundente da sessão, o ministro Celso de Mello
foi claro sobre a responsabilidade do candidato em relação à licitude do
dinheiro recebido. Foi na contramão do movimento do Congresso em isentar a
contratante de responsabilidade no descumprimento da lei trabalhista pelas
terceirizadas.
A decisão por três (Mello, Fachin e Lewandowski) a dois
(Mendes e Toffoli) voltou-se contra um senador pemedebista, mas exigirá muita
criatividade dos ministros para não ser aplicada aos demais partidos.
A deixa para a reação parlamentar foi sugerida por Gilmar
Mendes - sempre ele - na véspera. O ministro disse que os parlamentares
deveriam voltar a se debruçar sobre o tema, advogando contra a própria Corte à
qual pertence. Em 2015, o Supremo decidiu pela ilegalidade de doações
empresariais, respaldando a então presidente Dilma Rousseff no veto a
contribuições a campanhas.
Afinado com o presidente da Câmara, Mendes se valeu do
apelo de que a política tradicional não terá vez contra Bolsonaro, Joaquim
Barbosa ou até mesmo Ciro Gomes se não tiver meios de se financiar. A
constatação é real. Falaciosa é a tentativa de encobrir a distribuição de
biombos contra a Lava-jato.
Uniu-se à tarefa o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso com a defesa daqueles que compactuam com ilícito para se eleger contra
aqueles que o fazem para enriquecer. Mendes parecia buscar apoio contra tendência
que já previa delineada na turma, mas deixou pendurado na brocha aqueles a quem
convenceu. Resta agora ao primeiro-ministro togado ampliar sua base no
Congresso contra a decisão antes que esta venha a formar jurisprudência.
Os donos do Poder aliaram-se de novo para acabar com a Lava Jato
Os donos do Poder aliaram-se de novo para acabar com a Lava Jato
A opinião pública caiu na armadilha da opção pelo vice para se livrar de Dilma e do PT, perdeu as condições de mobilização e não consegue reagir para apoiar nas ruas a Lava Jato e fazer oposição a esta nova inédita aliança dos donos do Poder.
O próximo ataque dos políticos - parlamentares, partidos e governos - à Lava Jato, já tem até data para começar e poderá ser fatal para os interesses da faxina moral e ética que fazem Judiciário, MPF e PF na vida brasileira.
Será o momento da reforma política.
Isto é o que ficou claro a partir da reação irada e conjunta do PT, PMDB e PSDB à decisão do STF de tornar réu o senador Valdir Raupp, ex-presidente do STF. O STF acolheu na quarta-feira a denúncia feita pela PGR, que quer investigar, processar e punir Raupp pelo recebimento legal de R$ 500 mil por parte da empreiteira Queiroz Galvão, sob o argumento de que a doação eleitoral foi de propina e significou lavagem de dinheiro.
Os deputados Vicente Cândido e Carlos Zaratini, PT, mais o senador Aécio Neves, PSDB, e o senador Renan Calheiros, PMDB, avisaram:
- A decisão do STF jogou todo mundo na ilegalidade. Vale a tese da República de Curitiba. Agora, o Judiciário considera ilegal até o caixa um, atingindo qualquer doador empresarial: banco, indústria, comércio, agro ou serviços.Vamos regular isso.
Na esteira da anistia que a reforma política trará, escaparão todos, inclusive os políticos e empreiteiros presos, investigados e processados, o que inclui Lula e Zé Dirceu, tudo para que não sobre também para Michel Temer e Aécio.
A opinião pública caiu na armadilha da opção pelo vice para se livrar de Dilma e do PT, perdeu as condições de mobilização e não consegue reagir para apoiar nas ruas a Lava Jato e fazer oposição a esta nova inédita aliança dos donos do Poder.
O próximo ataque dos políticos - parlamentares, partidos e governos - à Lava Jato, já tem até data para começar e poderá ser fatal para os interesses da faxina moral e ética que fazem Judiciário, MPF e PF na vida brasileira.
Será o momento da reforma política.
Isto é o que ficou claro a partir da reação irada e conjunta do PT, PMDB e PSDB à decisão do STF de tornar réu o senador Valdir Raupp, ex-presidente do STF. O STF acolheu na quarta-feira a denúncia feita pela PGR, que quer investigar, processar e punir Raupp pelo recebimento legal de R$ 500 mil por parte da empreiteira Queiroz Galvão, sob o argumento de que a doação eleitoral foi de propina e significou lavagem de dinheiro.
Os deputados Vicente Cândido e Carlos Zaratini, PT, mais o senador Aécio Neves, PSDB, e o senador Renan Calheiros, PMDB, avisaram:
- A decisão do STF jogou todo mundo na ilegalidade. Vale a tese da República de Curitiba. Agora, o Judiciário considera ilegal até o caixa um, atingindo qualquer doador empresarial: banco, indústria, comércio, agro ou serviços.Vamos regular isso.
Na esteira da anistia que a reforma política trará, escaparão todos, inclusive os políticos e empreiteiros presos, investigados e processados, o que inclui Lula e Zé Dirceu, tudo para que não sobre também para Michel Temer e Aécio.
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