Estudantes se matam na universidade de Rio Grande

 O suicídio dos estudantes Gustavo Ledur e Gabriela Simões, dias 9 e 14 (ontem), levou a Universidade Federal do Rio Grande (Furg) a suspender as atividades acadêmicas em todos os seus campi, entre os dias 15 e 19 de setembro. A medida foi tomada às pressas, ontem. Os estudantes eram do curso de Ciências Econômicas, ambos moradores da Casa do Estudante Universitário.

Há denúncias de mais outros dois suicídios.

A decisão atinge as unidades de Rio Grande, Santo Antônio da Patrulha, São Lourenço do Sul e Santa Vitória do Palmar. De acordo com a instituição, a suspensão busca oferecer um espaço de acolhimento e diálogo diante do impacto causado pelas perdas recentes na comunidade acadêmica.

Durante o período sem aulas, a universidade promoverá reuniões e atividades voltadas ao cuidado coletivo. A Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) manterá o serviço de psicologia disponível para estudantes, enquanto a Pró-reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (Progep) oferecerá suporte a servidores. As atividades administrativas seguem normalmente, e a Furg informou que o calendário acadêmico será reprogramado sem prejuízo aos alunos.

Suicidios

O Jornal das Cidades explica quem foram os dois suicidas:

O estudante Gustavo Ledur, que cursava Ciências Econômicas e residia na Casa do Estudante, faleceu no dia 3 de setembro. Na ocasião, a direção do Instituto de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis (Iceac) manifestou solidariedade à família e suspendeu as aulas do instituto por um dia. Em nota, entidades estudantis cobraram maior atenção institucional às políticas de saúde mental e criticaram a manutenção de atividades festivas no campus no mesmo dia do ocorrido.

Na noite de 14 de setembro, a Furg comunicou também o falecimento da estudante Gabriela Simões Reis, colega de curso e residente da mesma Casa do Estudante. Em texto publicado no site da Furg, o coordenador do curso de Ciências Econômicas, Pedro Leivas, destacou a dedicação da jovem à vida acadêmica e ao convívio comunitário. A diretora do Iceac, professora Audrei Cadaval, afirmou que a perda deixa um “vazio irreparável” e ressaltou o compromisso da unidade em honrar a memória da estudante.


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