Site O Financista, por Marcio Juliboni
29/02/2016
Luiz Cezar Fernandes fala baixo e
pausadamente, embora sem timidez. Também gesticula com moderação e ri
praticamente sem fazer barulho. Por isso, quem o visse atendendo a reportagem
de O Financista, dificilmente imaginaria que, com aquela calma toda, o
fundador do antigo Pactual e sócio de Jorge Paulo Lemann no
lendário Garantia estava descrevendo um futuro horripilante para o Brasil.
Até 2018, a dívida pública crescerá a uma velocidade tal que nem
mesmo a inflação alta será capaz de corroê-la.
Só restará, então, uma saída para o Palácio do Planalto: decretar o calote oficial da dívida interna – e não apenas fazer cara de paisagem para o que os economistas chamam de “default branco”, aquele em que a dívida nominal é paga, mas já não vale nada, porque foi carcomida pela inflação.
O Financista: Em quanto tempo, o senhor acredita que a dívida pública vai estourar?
Só restará, então, uma saída para o Palácio do Planalto: decretar o calote oficial da dívida interna – e não apenas fazer cara de paisagem para o que os economistas chamam de “default branco”, aquele em que a dívida nominal é paga, mas já não vale nada, porque foi carcomida pela inflação.
O Financista: Em quanto tempo, o senhor acredita que a dívida pública vai estourar?
- Fernandes: Se você capitaliza a 16% ao ano, em cinco
anos, dobrou a dívida. Certamente, nós chegaremos lá por volta de 2018. Antes
disso, não. Mas, ali, em 2018, antes ou depois da eleição, estaremos nesse
ponto.
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