Como informou ontem a noite o editor, o Banco BTG Pactual acaba de anunciar como seu mais novo sócio o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Nelson Jobim, no maior esforço até agora para virar a página da prisão de seu fundador.
Pouco mais tarde, o jornalista Geraldo Samor, com quem o editor conversou de manhã, editor do Brazil Journal, informou que o gaúcho Nelson Jobim, que também foi ministro de FHC, Lula e Dilma. além de advogados de empreiteiras, será responsável pelas relações institucionais e pela área de compliance do banco, além de se tornar membro do conselho de administração do BTG e da BTG Pactual Participations Ltd., outro veículo do banco.
A posse de Jobim está sujeita à aprovaçào do Banco Central.
Se, por um lado, a escolha de um jurista que já presidiu a mais alta corte do País permite ao BTG dizer que está fazendo um 'fresh start', distanciando-se da imagem de um banco que mantinha relações carnais com o antigo governo, por outro, o histórico recente de Jobim sugere a narrativa oposta.
Um recente perfil do ex-ministro no Estadão o descrevia como “conselheiro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para questões jurídicas e políticas, advogado e consultor das maiores empreiteiras do País, interlocutor frequente de alguns dos principais nomes do PSDB e PMDB, (e) amigo de ministros do Supremo Tribunal Federal."
No mercado, a chegada de Jobim foi interpretada como um convite de André Esteves, que voltou ao comando de fato do banco depois que sua prisão domiciliar foi revogada. "A grande questão hoje é se as agendas do Esteves e do banco são coincidentes ou conflitantes," diz um investidor com trânsito entre sócios do BTG.
A chegada de Jobim vem no momento em que há notícias de que James Oliveira — sócio do BTG, CEO e CIO Brasil da BTG Pactual Asset Management — estaria deixando o banco em meio a alterações relevantes nas participações dos sócios.
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