Diante dos
nomes até o momento arrolados como pretensos e possíveis candidatos
presidenciais, nenhum me cativa e nem inspira confiança e capacidade
necessárias.
Entre tais já
há alguns com expressivo destaque popular e midiático, a exemplo de João Dória
e Jair Bolsonaro. Evidentemente, são reflexos e efeitos colaterais do
populismo, demagogia e frustração com os recentes governos. Repete-se a antiga
máxima política: “os opostos se atraem!”
Claro, há
outros nomes. Inclusive, o próprio Lula. Mas, dada a gravidade (em todos os
aspectos) da situação nacional, quem poderá oferecer liderança e serenidade
para a nação retomar um ambiente de trabalho, progresso e paz?
Ilude-se quem
pensa que o simples e direto processo político-eleitoral presidencial, ainda
que democrático e legítimo, possa restabelecer um ambiente promissor.
A degradação
da representação política, a precarização da economia nacional e o sentimento
de frustração e desesperança popular, serão um ambiente propício aos demagogos
e populistas.
Historicamente, nossa nação tem um renovado “inimigo”, ainda que sempre
simpático e com discurso nacionalista, o populista realiza mais estragos do que
benfeitorias.
Regra geral,
o fenômeno do populismo não tem rigidez e vocação ideológica. Ora se apresenta
como de esquerda, ora como de direita. Ou nem uma coisa, nem outra. Em qualquer
circunstância, sempre será personalista.
Outro aspecto
recorrente no populismo: raramente tem práticas de gestão e qualidade duradouras.
São sempre governos efêmeros. Sacrificam o futuro pelo sucesso presente.
Dito de outro
modo, substantiva e adjetivamente, é a “vitória” do curto prazo sobre o longo
prazo, o “triunfo” do superficial em detrimento do essencial e
estrutural.
Mas não pense
que o populismo é uma desgraça e exclusividade nacional. Ultimamente, tem
ocorrido em outros países. Alguns com elevada experiência democrática.
Vitorioso ou
não, o discurso populista se fez presente nos recentes processos eleitorais
inglês (ver Brexit), frances (ver LePen), norte-americano (ver Trump) e
holandês (ver Wilders), especialmente.
Aqui ao nosso
lado, além do próprio Brasil, temos vários exemplos. Venezuela (ver
Chaves-Maduro), Equador (ver Rafael Correa), Bolívia (ver Morales), Nicarágua
(ver Ortega), etc...
Em resumo, o
grande desafio dos brasileiros, em 2018, não será apenas escolher o melhor
candidato e presidenciável possível. Será afastar e superar o risco do
populismo!
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