Neste início de ano, uma combinação de eventos climáticos adversos levou a episódios de estiagem e temperaturas elevadas na região sul, com consequentes quebras de safra. As estimativas de perda continuam sendo atualizadas e apontam para um cenário pior do que o previsto no final de 2021. O boletim de grãos do USDA, divulgado ontem, trouxe uma revisão baixista de 8,7 milhões de toneladas da produção mundial de soja, sendo 5 milhões referentes à safra brasileira, revisada para 134 milhões de toneladas. Com isso, os estoques globais continuam sendo revisados para baixo, em um cenário de demanda sustentada, sem espaço, portanto, para alívio de preços no curto prazo. O levantamento da Conab, divulgado há pouco, aponta na mesma direção: a safra brasileira de soja agora é estimada em 125,5 milhões de toneladas, uma queda de 10,7% em relação ao último relatório. Olhando à frente, o quadro climático e os custos de insumos agrícolas são as principais variáveis para reavaliarmos as perspectivas para os grãos em 2022.
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